O que é que lêem, nestas noites...? (Livros, BD, colectâneas)

Dois links da Coleção ASA

http://www.alfarrabista.com/coleccao-detalhe.php?idColeccao=100390

http://www.asa.pt/pt/autores/index.php?letra=A&id=104212

Para começar, o autor nem sequer patrocina a tese que vocês estão a contestar.
Ninguém é capaz de dizer, sem mentir descaradamente ou omitindo centenas de factos, que os nazis (e todos os outros, porque ninguém na Alemanha defendia o TV – como bem sabemos, os políticos que defenderam o TV ou foram rapidamente escorraçados, ou foram assassinados) não aproveitaram o impacto do TV para crescerem política e eleitoralmente.
Ele não diz que a ascensão dos nazis não está relacionada com o Tratado de Versalhes.
O que ele diz, resumidamente (repito: vão ler o livro, vale a pena, e só depois critiquem-no), é que o TV, embora não tivesse funcionado (para começar, porque foi várias vezes revisto e a avaliação do mesmo, adiada), não foi um tratado desprovido de justiça (que o TV teve razão de ser, na opinião dele).
Ele diz que a historiografia sobre o tema não pode imputar unicamente ao TV a ascensão dos nazis; que é preciso culpabilizar os políticos de Weimar; que é necessário estudar a política económica seguida entre os dois conflitos (e aqui entra em cena uma das teses originais do autor, em que ele aventa que a laboração do TV foi propositadamente minada, contra os interesses da própria Alemanha, pela classe política, na expectativa de que os maus resultados económicos advindos dessas políticas calculadamente defeituosas impelissem os vencedores da I Guerra Mundial a abolir o TV ou a rever profundamente o seu conteúdo; e dedica uma parte considerável do livro às causas da hiperinflação que fulminou o regime de Weimar.
O TV, diz ele, era amortizável – há mais historiadores que dizem o mesmo. A opinião de que o TV era cumprível está longe de ser considerada revolucionária.
As questões que ele procura responder no livro são estas, no fundo (se escrevo mais, exponho aquilo que diferencia o livro e que faz valer a pena a sua leitura): 1) foi o Tratado de Versalhes um documento mal elaborado, malicioso, desnecessário? 2) falhou porquê, por culpa de quem; 3) tratou-se de um tratado indigno dos valores do pós-I Guerra Mundial?

Se a minha opinião sobre o mesmo merece a vossa suspeita, deixo aqui a de uma autora sobejamente conhecida, Margaret MacMillan, que escreveu um dos livros mais conhecidos sobre a diplomacia que resultou na eclosão da Primeira Guerra Mundial (The War that Ended Peace):

‘In this highly readable account Jurgen Tampke tackles the much-debated and perennially fascinating question of whether the Treaty of Versailles caused the Second World War. He comes down firmly on the No side and produces a wealth of evidence and careful analysis to back his arguments. Anyone who is interested in what remains one of modern history’s most important debates will want to read this.’

f***-**, até parece que estão a falar de um livro do David Irving.

Há algumas semelhanças entre o que o Niall Ferguson pensa sobre isso e a tese do autor, especialmente quando se trata de enumerar os argumentos que dizem que a China não ganharia nada, e arriscaria perder tudo, em criar confusão (com a ocasional dica de que “tudo pode acontecer, nunca se sabe” :mrgreen:).

Honestamente, presumindo eu que os factos apresentados pelo NF são verdadeiros, é complicado discordar da opinião do Niall Ferguson sobre a probabilidade de os EUA andarem à mocada com a China.
A minha crítica a esse ponto de vista é que ele presta pouca atenção à acção de terceiros (aliados dos EUA, interesses económicos da China na região, etc.)
Já tenho aqui um livro que espero que aprofunde o meu conhecimento sobre isto, livro que foi publicado há pouco tempo:

Ó Hayek, olha que vai ser lançado em Outubro o novo livro do NF.

1º Eu li o livro, e se tivesses lido o meu primeiro post sobre a matéria saberias isso.

2º Existem dados históricos que tornam mais do que legítimo discordar da interpretação feita do TV e dos factos que em certa medida estão omissos do livro sobre as causas da primeira-guerra mundial.

3º É incontornável, que os termos vexatórios do TV e por isso deixei o link no post anterior para as pessoas o lerem e tirarem as suas próprias conclusões.

4º Segundo a opinião do autor eram amortizáveis, o que também é um ponto bastante discutível tanto por historiadores como economistas. Como é que uma economia resultante de uma guerra reúne condições financeiras para pagar reparações de guerra?

5º O essencial é a interpretação do autor dos factos e as suas opiniões sobre os mesmos, o que não invalida de maneira nenhuma que se discorde dele e se debatam as suas ideias.

A minha visão mantém-se é um livro onde se desaprende.

Por último e continuando na 1ª Grande Guerra um livro isento baseado nas transcrições dos intervenientes e nos documentos diplomáticos da altura prefiro a leitura deste livro de Christopher Clark.

Ya vou comprar, tenho-os quase todos. Não se cansa de escrever o NF :mrgreen:

Ainda nem li o the moon is a harsh mistress, agora ando entretido com o Zweig. Devorei a novela de xadrez e ‘momentos decisivos da humanidade’ (este por recomendação do proprio Niall Ferguson, num artigo que escreveu) e agora estou no Mundo de Ontem e é também de grande qualidade. Se por acaso ainda não os leste, sugiro que o faças.

Tive a pesquisar esse autor do asia’s reckoning e tem outro, The Party. Acho que vou comprar os 2 em conjunto com o destined for war.

Ainda não li Zweig. Vou mandar vir esse livro dele.

As aquisições que fiz nos últimos 15 dias:

Done. 4 de 5. É uma boa novela literária, com potencial para ser adaptada ao mundo cinematográfico.

Vou agora iniciar a leitura de:

Terminei o As Três Vidas, do João Tordo. 3,5 de 5.

Agora:

Povo, nos mails que um gajo recebe da Wook contendo os livros em pré-lançamento, dei de caras com o seguinte livro, que recomendo:

Tragédia de um Povo, de Orlando Figes: sobre a Revolução Russa.
Um dos melhores livros de não ficção que já li.

Nunca percebi como é que este livro não tinha sido editado cá.
E aí está ele (chegou agora ao mercado por razões facilmente identificáveis - admito que suspeitei).

E vem aí o novo livro de Dan Brown.

O Nobel da Literatura de 2017 foi atribuído ao escritor inglês Kazuo Ishiguro e aos seus "romances de grande força emocional, que revelam o abismo da nossa ilusória sensação de conforto em relação ao mundo", anunciou esta manhã em Estocolmo a secretária permanente da Academia Sueca Sara Danius.

Ishiguro é o celebrado autor de Os Despojos do Dia (1989), romance vencedor do Booker Prize que viria a ser adaptado ao cinema em 1993 por James Ivory. Escreveu também Os Inconsolados (1995, vencedor do Cheltenham Prize), Quando Éramos Órfãos (2000, nomeado para o Booker Prize e para o Whitbread Prize), Nunca me Deixes (2005, nomeado para o Booker Prize; adaptado ao cinema), Nocturnos (2009) e O Gigante Enterrado (2015), publicados em Portugal pela Gradiva. A Relógio D’Água publicou em 1989 As Colinas de Nagasaki.

Minutos após o anúncio, Sara Danius explicou numa curta entrevista difundida em directo que o Nobel da Literatura de 2017 distingue “um escritor de grande integridade” e “um romancista absolutamente brilhante” que “desenvolveu um universo estético só seu”. “Kazuo Ishiguro está muito interessado em compreender o passado. Não para o redimir, mas para revelar o que temos de esquecer para podermos sobreviver enquanto indivíduos e enquanto sociedade”, acrescentou, confessando que o seu romance favorito do autor britânico é o recente O Gigante Enterrado, “uma verdadeira obra-prima que começa como uma comédia de costumes de P.G. Wodehouse e acaba num registo kafkiano”.

Natural de Nagasáqui, no Japão, onde nasceu em 1954, Ishiguro mudou-se com a família para o Reino Unido quando tinha cinco anos. Licenciou-se pela Universidade de Kent em 1978 e obteve um mestrado em escrita criativa pela Universidade de East Anglia em 1980.

No ano passado, algo inesperadamente, o Nobel da Literatura foi atribuído ao músico norte-americano Bob Dylan, “por ter criado novas formas de expressão poética no quadro da grande tradição da música americana”. A atribuição do 113.º prémio a Dylan foi considerada a mais radical da história da Academia Sueca.

Em 2016, o Nobel da Literatura já tinha sido concedido a Svetlana Alexievich, a jornalista bielorrusa cuja obra literária é criada a partir de extensas entrevistas a centenas de fontes, noutra escolha considerada não muito ortodoxa.

O escritor português José Saramago ganhou o Prémio Nobel da Literatura em 1998.

2 livros muito interessantes:

Sapiens e Homo Deus

Mandei vir os 2 da Amazon e ficou-me a 15€ com portos. Cá, cada um custa à volta dos 20€

Não gostei do Sapiens, nada. Acho que ainda ia gostar menos do Homo Deus.

Neste momento lê-se:

na série “aprender com os mestres”. entre o autor e os comentadores, devemos estar a contabilizar o PIB de um pequeno país em NAV.


lê-se tanbém este tour de force do neo Jungianismo.


e entretanto chegou a casa este, já tinha lido a versão resumida que o Dalio durante anos manteve na à borla na net. Considero isto um autêntico moderno manual do estoicismo.

Primeira incursão no mundo do Haruki Murakami, o eterno candidato ao Nobel da Literatura.

Estou a acabar o Sapiens , gostei , dá uma boa perspectiva e um bom encadeamento entre os principais factos que mexem com a historia da humanidade , vou mandar vir o Homo Deus e este :

pergunto-me como é possível apreciar o Sapiens. pelo menos os 2/3 final do livro são de uma leviandade completa com os factos e a lógica.

O bookdepository.com está bem referenciado por aqui?

Neste momento ando entretido com os livros (já referidos por aqui) do Max Hastings sobre as guerras. Para já estou a ler o Catástrofe e já tenho comigo o Guerra Secreta. Tenho ainda que adquirir o Inferno

O ultimo livro que li antes desta nova fase foi o Einstein: O Homem para além da mente do Walter Isaacson que recomendo vivamente para uma maior compreensão da pessoa que era Albert Einstein.

É verdade que o autor foge um bocado à abordagem tradicional para um livro deste tipo , está sempre a misturar factos.

Antes de mandar vir o livro , vi algumas criticas nesse sentido , mas lendo , até estou a gostar da maneira como ele encadeia os factos , se bem que ultimamente tenho lido aos bochechos.

Já mandei vir livros de lá , pela amazon nunca tive problema , mas ultimamente tenho mandado vir de outros , porque a concorrência aumentou.

Quais os sites que usas mais?

Neste momento estou a preparar um maior investimento em livros e os preços do wook são muito elevados quando comparados com os sites com a literatura não traduzida. E como eu não tenho qualquer problema com a língua inglesa, ando a ver os melhores sites (não falando da Amazon) para investir algum.

Por cá o que vou fazendo agora é gastar algum do saldo do cartão de refeição em livros na Note do Continente :slight_smile:

Amazon UK para livros em inglês e wook para os em português.

Eu, até há uns 4 ou 5 anos, era um dos melhores clientes individuais do BD, mas a Amazon comprou essa empresa e esbateu as vantagens que separavam essa empresa da Amazon. O BD foi criado contra a Amazon e teve um sucesso impressionante - arrebatou prémios atrás de prémios e o volume de negócios crescia exponencialmente todos os anos. Por exemplo, os livros no site do BD costumavam mostrar os preços praticados pela Amazon. Podia-se comprar as versões paperback norte-americanas (maiores que as britânicas).
Devo ter feito aí umas 60 encomendas no BD em 2 anos.
O único defeito era a impossibilidade de escolher um método de envio mais rápido. Tive aí uns livros que demoraram 3 a 4 semanas a chegar.

Não entro no site há uns bons anos.

Estou agora no site e isto está totalmente diferente, mas reparei nalguns preços bacanos, com descontos substanciais.

Eu cá uso preferencialmente o eBay, seguido do Marketplace da Amazon. Já me aconteceu comprar livros nacionais ou traduções portuguesas no OLX.
Mas o critério preferencial é sempre o preço.