O povo não se engana...

E correu com o Santana! :smiley: 8)

  1. :lol:

:wall: :wall: :wall:

“O povo não se engana…”

a ver vamos!! não estou assim tão certo!!

cumps,
VCoelho

O povo não tem é alternativas.

Correr com o Santana e, se Deus quiser, terminando com a a sua carreira política nos próximos anos é intrinsecamente bom. Santana é tão ridículo que não teve a dignidade de se demitir após tão estrondosa queda, até o Paulinho das Feiras teve mais diginidade que ele, o que de facto já se tinha percebido há muito tempo que não é difícil.

Um bom paralelismo futebolístico: o PSD entregou-se ao populismo e bateu no fundo, ontem simbolicamente viu-se Santana a cantarolar o novo cântico do psd baseado na catedral do populismo de portugal: o benfica. O novo cântico do psd é baseado no slbê, slbê… mais simbólico que isto é impossível. As disgusting as it gets.

No entanto é um grande risco entregar o país de bandeja com maioria tão forte ao PS, quando quem se apresta não tem provas dadas. Se fosse o vitorino tinha menos receio, mas este gladiador aventureiro assusta-me quase tanto como Santana, e imaginando Santana com uma maioria absoluta começo a temer.

Apesar de não ter votado no Socrates espero bem que dêem show pois o país não aguenta mais incompetência galopante. O PS tem o que nunca teve, uma maioria intocável para fazer o que prometeu.

Espero também que nas presidênciais todos abram os olhos e, gostando ou não da herança de Cavaco (eu não gostava do homem, perante o que me oferecem hoje acho-o um nível acima dos demais) decidam pela eleição de um presidente que de alguma forma equilibre a balança e sirva de verdadeiro fiscal para se Socrates começar a “santanizar” existir alguém que possa fazer o que Sampaio fez, senão é o regabofe.

Estas foram de facto as eleições mais deprê que me recordo, em quem quer que eu votasse (e votei) ficaria com peso na consciência, resta-me o sabor amargo de não ter votado no palhaço triste (Santana) nem no palhaço alegre (Sócrates).

Siga a banda

Quem correu com o Santana não foi o povo…foram lobbys economicos.

Infelizmente tou a ver a canalha que nos fez penar de regresso, mas desta vez com a diferença que não têm um cofre recheado para gastar ao seu bel-prazer.

E proveitar para ver o que fazem às medidas impopulares (mas necessárias) por eles criticadas, do governo da coligação, como o aumento da taxa máxima do IVA, propinas, beneficios fiscais, SCUTs…

Algo que não percebo quenado falam em populismo…tão a falar de populismo em campanha, ou populismo governativo?

É que um governo populista não toma medidas impopulares…

É realmente triste o panorama que temos pela frente. A percentagem de mérito de Sócrates nestas eleições será infinitivamente inferior à percentagem de demérito de Santana. Estou convencido de que fosse quem fosse o candidato apresentado pelo PS, os resultados não andariam muito diferentes daqueles a que assistimos.

O próprio Ferro Rodrigues deve estar bem arrependido de não ter sido capaz de se aguentar mais uns meses. Seria agora o Primeiro Ministro de Portugal.

Também eu não estou nada optimista em relação a Sócrates. Não vou ao ponto de o considerar o Santana do PS, até porque felizmente isso não deve ser humanamente possível, mas não vejo em Sócrates as tais capacidades de liderança de que este país precisa. A quantidade de lugares-comuns que debita é impressionante, dando a ideia de estar mais preocupado com o parecer do que com o ser. Espero estar enganado.

Bileão,

estou à vontade para falar pois votei durão há 3 anos. A nível governativo Santana não podia optar pelo populismo, tinha de seguir os compromissos de durão, não foi pelo populismo que levou com os garfos (embora tenha tentando, não nos esqueçamos das promessas de baixar impostos em plena comunicação ao país, anedótica).

O populismo veio na campanha, onde ele mostrou toda a sua raça. Acredito que na sua demência e narcisismo lhe subiu à cabeça a visão da figura Santana a garantir resultados per si, quando de facto era exactamente a figura Santana que jogava contra o PSD. Não duvido que se o PSD tem mudado para QUALQUER outro líder teria tido melhroes resultados, mas o partido não o quis e bem pois assim conseguiu o que tinha de acontecer: o enterro político (mesmo que momentâneo) de um mandrião que só quer é regabofe e coboiada. O PSD deixou que Santana fizesse uma campanha de culto da personalidade, misturada com uma campanha negativa engraçada mas moralmente condenável, de chamada de atenção para os podres dos outros mas esquecendo os pps erros.

O episódio do “colo”, a sugerir a homossexualidade não assumida de Sócrates foi o cúmulo do mau gosto, por mais razões de gozo que nos dê a história.

Santana enterrou-se, felizmente à grande, e por mais que sonhe com regressos penso que o povo já o topou e nunca mais lhe dará abébias, o que para o PSD só pode ser bom. Pode ser que agora volte alguém de jeito a liderar a direita, algo que o país precisa como de pão para a boca.

Santana é o espelho do lado negro do português: a ambição pelo caminho mais fácil, o paleio por oposição ao trabalho, o eterno “saltito” de poiso sempre em busca de melhor poleiro sem acabar aquilo que promete ao próximo.

Agora ao PSD abrem-se dois caminhos: ou aposta numa primeira fase de recuperação protagonizada por alguém sem perfil para vir a constituir verdadeira alternativa mas que por sacrifício apare o “golpe” (ex: marques mendes) para depois dar lugar a uma verdadeira alternativa ou vai pelo caminho de avançar já com uma alternativa forte pois dificilmente o partido fará pior do que fez sob a influência da núvem santanista.

Embora controversa a minha opção seria o Marcelo embora ache que ele não deve estar para aí virado. É a única figura do PSD actualmente com crédito positivo junto da opinião pública, e a eventual saída de Portas abre espaço a possíveis entendimentos à direita no futuro.

Esclarecido Mauras :wink:

O próprio Ferro Rodrigues deve estar bem arrependido de não ter sido capaz de se aguentar mais uns meses. Seria agora o Primeiro Ministro de Portugal.

Caro,

Se fosse ainda Ferro o lider do PS, nunca o Presidente teria dado o “golpe de estado” que deu para por o PS no poder antes de se ir embora, a minha unica esperança é a eleição de Cavaco como presidente o mais breve possivel, para que a incompetencia socialista não vá longe demais…

Quanto a Sócrates, por esta hora a Via do Infante já deve estar bem rodada… :twisted: :twisted:

As boas notícias não páram!

PSD: Santana Lopes deixa liderança do partido

Lisboa, 22 Fev (Lusa) - Pedro Santana Lopes vai deixar a liderança do PSD no próximo Congresso do partido, disse hoje à Lusa fonte do gabinete do primeiro-ministro demissionário.

Segundo a mesma fonte, Santana Lopes “tomou sozinho” a decisão de não se recandidatar no próximo Congresso e vai comunicá-la hoje ao final da tarde à Comissão Política Nacional do PSD.

Na reunião da Comissão Política do PSD, marcada para as 18:00, Santana Lopes irá ainda “apresentar a forma que preconiza para encontrar uma nova solução” para a liderança do PSD, acrescentou a mesma fonte.

Melhor que isto, só se se confirmar que não vai reassumir a presidência da minha Câmara Municipal (uma brevíssima interpretação dos resultados das eleições no concelho de Lisboa chegará para evidenciar o desacerto absoluto que o regresso constituiria).

As boas notícias não páram!

PSD: Santana Lopes deixa liderança do partido

Lisboa, 22 Fev (Lusa) - Pedro Santana Lopes vai deixar a liderança do PSD no próximo Congresso do partido, disse hoje à Lusa fonte do gabinete do primeiro-ministro demissionário.

Segundo a mesma fonte, Santana Lopes “tomou sozinho” a decisão de não se recandidatar no próximo Congresso e vai comunicá-la hoje ao final da tarde à Comissão Política Nacional do PSD.

Na reunião da Comissão Política do PSD, marcada para as 18:00, Santana Lopes irá ainda “apresentar a forma que preconiza para encontrar uma nova solução” para a liderança do PSD, acrescentou a mesma fonte.

Melhor que isto, só se se confirmar que não vai reassumir a presidência da minha Câmara Municipal (uma brevíssima interpretação dos resultados das eleições no concelho de Lisboa chegará para evidenciar o desacerto absoluto que o regresso constituiria).

Era inevitável. Nem o próprio deveria ter vontade de estar na oposição durante 4 anos. Dá muito trabalho…

Mesmo para a Câmara de Lisboa, acho uma aposta algo arriscada. O homem queimou-se por completo neste curto espaço de tempo em que esteve à frente do governo. Com reais possibilidades de sucesso, só mesmo na Figueira.

[i]So um reparo, o PS nao ganhou as eleicoes, foi o PSD que as perdeu. Aqueles que depositam fe no PS liderado por Socrates podem comecar a tomar Prozac porque a realidade e que o PS nao tem nem nunca teve solucoes a medida para o pais. Vao ser as mesmas maos abertas de sempre para as mesmas pessoas de sempre, OS RICOS. :evil:

Os medias, PRIMEIRO PODER POLITICO PORTUGUES, nao se cansaram de mostrar uma imagem “trabalhada” do Santana, que linda democracia.

Agora votem Guterres para Presidente da Republica. :roll:

PORTUGUESES = MEMORIA CURTA, CURTISSIMA :!: [/i]

[i]Agora votem Guterres para Presidente da Republica. :roll:

PORTUGUESES = MEMORIA CURTA, CURTISSIMA :!: [/i]

Votar Cavaco não é ter memória curta, é não ter memória nenhuma! :roll:

Votar Cavaco não é ter memória curta, é não ter memória nenhuma! :roll:

Desvalorizar o que o Prof. Cavaco fez por Portugal, é um enorme erro e uma enorme injustiça, quem me dera que houvesse outro “Cavaco” em Portugal, um HOMEM que faz (não pergunta se o povo não se importa que faça), que sabe para onde deve levar o país, que tem um rumo, e é isso que acho que faltou ao Santana, e que o Socrates não sabe como fazer (pelo menos ainda não vi nada). Quando vejo o Socrates a discursar, faz-me lembrar aqueles políticos fantoches, que têm um grupo de pessoas que não se querem “queimar” na politica, mas são eles que ditam as leis e que fazem as politicas.
Muito sinceramente espero estar imensamente enganado, mas não acredito no Socrates.

cumps,
VCoelho

P.S. Só tenho pena que o Jerónimo de Sousa seja comunista, senão era nele que eu votava, um homem consciente, comedido nas promessas. Não é “doutor” mas ensinou a muita gente como uma pessoa com influencia deve estar.

Cavaco cometeu os seus erros, sobretudo o de confiar nas capacidades de pessoas que o rodeavam como se das suas capacidades se tratasse.

No entanto, e inventem-se as desculpas que se inventarem, ele deixou um país que nada tinha a haver em termos de desemprego, déficit, etc que os governos seguintes, esquerda ou direita deixaram.

Acho que também ninguém coloca em causa a honestidade de cavaco. Pode ser arrogante, conservador, o que quiserem mas dá toda a impressão de ser um homem sério, e como isso falta na política nacional.

Quando Cavaco levou nas orelhas achei bem, tinha cometido erros graves. Hoje dá para ver que estava na primeira liga e os que andam por cá agora na segunda divisão.

Nem há comparação com Guterres. Este último foi um cobarde que preferiu fugir em vez de enfrentar os problemas que ele próprio criou, nunca foi capaz de tomar as decisões que o país precisava.

Acho que existe gente no PS que mais depressa vota Cavaco que Guterres, sobretudo na franja de eleitorado flutuante, os que agora votaram PS mas tb votam PSD conforme as circunstâncias.

Em relação ao Cavaco, convém não esquecer que governou o País numa altura em que os dinheiros vindos da CEE chegavam em ritmo e quantidade bem agradáveis. A sua chefia do governo não pode ser dissociada desse “patrocínio externo” que ajudava bastante os cofres do Estado.

Cavaco tinha o defeito de se achar acima das críticas, não procurando alguns diálogos que teriam sido úteis para encontrar as necessidades dos cidadãos; Guterres pecava por querer dialogar demais, acabando por querer agradar a todos e faltando-lhe o pulso indispensável para se ser um bom governante. Da minha parte, confesso não ter saudades de nenhum.

Antes de mais devo dizer que concordei com a nomeação do Santana e discordei da dissolução da AR. No primeiro caso porque a AR continuava a ter uma maioria estável capaz de suportar um Governo, coisa que sucede sem sobressaltos em qualquer democracia madura; no segundo porque não creio que a inabilidade de um primeiro-ministro seja suficiente para dissolver uma câmara eleita por quatro anos por sufrágio directo.

As “trapalhadas” atribuídas ao Governo parecem-me claramente sobrevalorizadas. O Governo tinha bons ministros a tomar medidas necessárias, muitas das quais serão necessariamente mantidas ou retomadas pelo PS. O simples facto de haver ministros a dizer mal do Santana não significa coisa nenhuma, porque no tempo do Guterres houve no Governo mais convulsões e mais graves, com ministros (Carrilho, por exemplo) a dizer dele o que Maomé não diria do toucinho, sem que então o Sampaio se tenha lembrado de dissolver seja o que for. E isto enquanto se vendia o bacalhau a pataco desaproveitando a conjuntura internacional de expansão, que poderia ter sido aproveitada em políticas contracíclicas que nos teriam tornado menos penosos os últimos (e os próximos) anos.

Parece-me haver razões para acreditar que o presidente decidiu pela dissolução como forma de fazer as pazes com a sua família política e encerrar em beleza o seu mandato, aproveitando a nova liderança do PS.

Parece-me lamentável e um precedente perigoso. E nem se diga que os resultados lhe deram razão, mostrando o descontentamento do eleitorado. Não há Governo que ao fim de 2 anos e meio (para mais de crise económica) tenha índices de popularidade altos. Se os mandatos duram 4 anos é precisamente para que possam ser implementadas políticas a prazo, que em muitos casos são impopulares. O “descontentamento” que existisse já se verificava (e seria porventura maior) no tempo da Ferreira Leite, e no entanto o Sampaio exigiu a continuidade das políticas da “Dama de Ferro” como condição para nomear o Governo do Santana…

Se o presidente queria derrubar o Santana deveria ter invocado os poderes constitucionais de que dispõe para demitir o Governo, que se pautam pela verificação de determinadas condições. Escusava de ter dissolvido uma AR legítima e sólida, onde a coligação dava mostras de coesão. Penso ser evidente que optou por esta via apenas porque neste caso o seu poder depende apenas da sua própria leitura política. Prestou com isso um mau serviço ao nosso regime. A partir de agora, Governo que, mesmo justificadamente, aperte o cinto desagradando ao Zé Povinho, rua e eleições.

Por outro lado, creio que o Santana foi alvo de uma campanha inédita por parte da comunicação social, que o derreteu sem dó nem piedade enquanto levava Sócrates no andor.

De Santana repescou-se tudo: as fotografias com lenço na cabeça, as ex-mulheres, as namoradas, as noites na Kapital e as dívidas ao Fisco.

De Sócrates, ao contrário do que faria a imprensa em qualquer país civilizado, não se investigou nada. Nem a sua vida pessoal mereceu atenção do mais reles tablóide sensacionalista, nem o facto de um homem sem grande carreira profissional viver num dos prédios mais caros de Lisboa suscitou qualquer curiosidade, ainda que fosse para o ilibar de qualquer suspeita. Chegou-se ao ponto de ele se permitir ralhar com jornalistas, dizer-lhes que perguntas lhe poderiam fazer e proibi-los de o fotografarem de costas, e não se ouviu nem um ai. Não há dúvida que em Portugal os media têm tracção à esquerda.

Nada disto apaga no entanto o essencial: o Santana foi um mau primeiro-ministro, mereceu o castigo que lhe foi aplicado e é uma boa notícia ele ter saído. É até irónico que o auto-proclamado herdeiro de Sá Carneiro, sempre convencido de ter encontro marcado com um destino “escrito nas estrelas”, tenha acabado por realizar o velho sonho de “um Governo, uma maioria, um presidente”… mas para os adversários.

Esta vitória do PS é claramente uma chacina do Santana. O Cavaco conquistou maiorias (maiores, é certo) dizimando o CDS para 5 deputados. O PS conquista-a com 22 deputados à sua esquerda. O PS entrou pelo espaço do PSD de uma forma notória.

Foi perfeitamente visível que esta vitória demolidora do PS resultou mais do desencanto com o que estava do que do entusiasmo com o que vinha. Onde vivo houve meia dúzia de carros a apitar; mesmo em Lisboa, pelo que pude ver, houve apenas o ajuntamento das vitórias eleitorais “normais”. Quem se recorde do que foram as maiorias do Cavaco, com centenas de milhares a encher a Alameda, perceberá a diferença na mobilização popular. Imagino que tenha havido muitos eleitores PSD a engolir o sapo de votar Sócrates, sem que depois tenham ficado contentes com a sua vitória.

Não votei no PS (nunca o fiz, aliás, porque não me insiro no seu espaço político), mas face à inevitabilidade da sua vitória acabo por preferir que tenham maioria, porque ao menos poderemos ter alguma estabilidade (apesar da aparente nova leitura dos poderes presidenciais) e, acima de tudo, não teremos um Governo refém de estalinistas e/ou trotskistas para quem o retrocesso civilizacional é a bandeira.

Por outro lado, o primeiro-ministro eleito é pouco motivador. Nitidamente incomodado com o contacto popular e com um discurso que não descola, Sócrates não seria capaz de entusiasmar um vencedor do Euromilhões, assim como não conseguiria dar uma resposta objectiva nem que lhe perguntassem as horas. Valha o facto de o seu resultado lhe dar todas as condições para reunir a melhor das equipas (a aparente disponibilidade de Vitorino, que é do melhor que o PS tem, é um bom sinal). Se Sócrates fosse uma cor, era um cinzento muito pardo. Até o circunspecto Cavaco era capaz de subir a um coqueiro ou de mastigar um bolo-rei com a boca aberta…

Se não o conseguir (reunir uma boa equipa), teremos um guterrismo sem virtudes, sendo que estas se resumiam ao próprio Guterres, que com a sua incapacidade para decidir era apesar de tudo uma figura intelectualmente superior. Restar-nos-á o Lello, a Edite Estrela, o Fernando Gomes e quejandos. Espero bem que assim não seja, para bem de todos nós.

Agora, e como já alguns referiram, a minha verdadeira esperança para este país é a possibilidade de ver o Cavaco presidente.

Penso que o Mauras sintetizou a ideia: há um Portugal antes e depois de Cavaco. Eu tinha oito anos quando ele chegou e dezoito quando ele saiu. Cresci constatando as enormes melhorias no meu país e habituei-me a ver no professor o rosto desta mudança.

As eleições que ele perdeu para a presidência foram as primeiras em que votei, e guardo desse dia uma sensação de desencanto com as contradições e ingratidões da democracia. Foi um dia que me marcou como cidadão.

Ver hoje os mais diversos quadrantes suspirarem pelo Cavaco acaba por ser normal, porque de facto é necessário alguma distância para efectuar um julgamento objectivo. “Depois de mim virá quem bom de mim fará”, é bem verdade, e foi-o de forma dolorosa no caso dos governos que se lhe seguiram.

O contraste com Guterres, Sócrates e Santanas é absolutamente gritante. O Cavaco é um servidor da causa pública como provavelmente não existe outro em Portugal, e representa a memória do tempo em que a política era um ponto de chegada para os melhores e não um ponto de partida para os piores. Qualquer semelhança com os manobristas substerrâneos que hoje ascendem ao topo das carreiras partidárias é pura coincidência.

Não tive a coragem de ler tudo o que aqui foi escrito, mas afirmar que o Cavaco Silva é aquele D. Sebastião que salvou Portugal parece-me exagerado. Não comparem o Cavaco numa certa conjuntura político-económico-social e num certo momento da integração europeia, com outros que se encontram noutra conjuntura e noutro momento.

Votar Cavaco não é ter memória curta, é não ter memória nenhuma! :roll:
Desvalorizar o que o Prof. Cavaco fez por Portugal, é um enorme erro e uma enorme injustiça, quem me dera que houvesse outro "Cavaco" em Portugal, um HOMEM que faz (não pergunta se o povo não se importa que faça), que sabe para onde deve levar o país, que tem um rumo, e é isso que acho que faltou ao Santana, e que o Socrates não sabe como fazer (pelo menos ainda não vi nada)

Caro vcoelho,

o que me parece um erro e uma enorme injustiça é dizer que o Socrates não sabe fazer o que quer que seja mesmo antes de ser indigitado primeiro-ministro pela 1ª vez, uma coisa é certa, o homem é o primeiro líder político a conseguir uma maioria vindo da oposição, isto parece pouco mas lembro que o Durão teve nas mesmas condições ou até melhores, aquando da “fuga” de Guterres, e apenas conseguiu ficar 2% à frente do PS de Ferro Rodrigues, há que dar mérito a quem o tem! :!: