Viva,
Nos últimos dias todos nós fomos lendo aqui e ali propostas para ajudar o Sporting a ficar livre da dívida que tem em duas instituições credoras. O clube corre sérios riscos de vida, a SAD tem em mãos uma bomba de instabilidade, e muito embora estejamos a começar a marcar posição no mercado e junto da banca, somos hoje e nas últimas e recentes épocas um clube frágil em função dos rivais.
Ora o futebol é hoje guiado por dinheiro. É-o na medida em que montar um plantel competitivo custa muito caro, e naturalmente a convergência dos custos chega facilmente ao tecto real que um clube pode, de facto, sustentar. Se tivessemos rivais a investir menos, investiriamos menos. Como temos rivais e vivemos num contexto futebolistico europeu e mundial de custos avoltados sob todas as perspectivas, isso obriga ao Sporting investir, também ele, muito.
A dívida à banca é algo premente e urgente. Chegámos ao ponto de termos imensos activos dados como garantias, e a dúvida está, mais que a sufocar o Sporting, a matá-lo aos poucos. Re-estruturações, entrada de investidores e outras medidas dão-nos esperança, mas idealmente deveríamo-nos livrar da dívida à banca o mais cedo e rápido possível.
Como sabem, o forista cesarium foi insistindo numa proposta onde os Sportinguistas pagariam essa dívida, de forma diluída por todos. Sendo ou não viável, foi recusada pela grande maioria dos demais foristas, a meu ver, por dois grandes motivos: (1) ninguém quer pagar gestões danosas de outrém, do próprio bolso e (2) a situação sócio-económica em que vivemos não favorece a contribuição necessária para o fazer.
Aquilo que eu venho propor a este tópico é um método com igual propósito - a supressão a dívida da Sporting SAD junto da banca, por completo - mas com diferentes contornos. Em concordância com que foi proposto pelo cesarium, este método acenta também ele na ideia que as massas fazem a força. É necessária a contribuição de muita gente. No entanto, baseia-se em que cada subscritor do projecto não tenha perda alguma de capital, e esteja assegurada a sua valorização às taxas correrentes de aplicações sem risco na banca portuguesa e estrangeira. A ideia é simples: (1) Dinheiro gera dinheiro; (2) Quanto mais dinheiro se tem, mais se é gerado, mas a uma taxa maior que linear.
Resumidamente, eu proponho a criação de um agregado de capital, proveniente de vários subscritores, para ser investido em aplicações financeiras sem risco (e.g. depósitos a prazo), onde as mais valias são repartidas pelos subscritores e pela Sporting SAD, em 50% para cada um. Os subscritores que assim o desejarem, poderão abdicar de parte ou totalidade dos 50% a que têm direito.
Exemplificando, vamos supôr a constituição de um agregado de 1 milhão de euros, subscritos por milhares de subscritores (i.e. quem fornece esse mesmo capital). As taxas de juro que se conseguem para um montante desta ordem de magnitude serão muito superiores às várias parcelas subscritas pelos subscritores. É n’esta definição que o modelo garante retorno para o Sporting. Os subscritores podem entrar com valores entre 100 e 100.000 euros. Assumindo uma taxa de juro líquida de 8% ao ano, cada subscritor recebe o seu capital e ainda acrescido de 4% desse montante. Em média é esperado que cada subscritor receba de volta, em juros, o que era expectável receber se constituisse a aplicação por si mesmo. Neste caso reverteriam para a Sporting SAD cerca de 40 mil euros.
Obviamente, 1 milhão de euros é rapidamente atingível com um número razoável de subscritores. Vamos supor uma constituição com 50.000 subscritores onde em média cada um coloca 500 euros. Estamos a falar de 25 milhões de euros, onde, às taxas de juro exemplificadas em cima e assumindo que nenhum subscritor abdica dos seus rendimentos (um cenário pouco provável), falamos de 1 milhão de euros a reverter para a Sporting SAD, de forma totalmente “gratuita”.
Na minha opinião, estes valores são facilmente multiplicáveis por factores como 8 ou mesmo 10, se forem tomadas as medidas apropriadas, como divulgação junto dos sócios e adeptos depois de jogos e eventos sociais.
Até agora abordei algumas pessoas e todas se mostraram muito receptivas a esta ideia, gostaria de saber a opinião dos foristas.
Viva o Sporting Clube de Portugal,
KuRt