“Surprisingly, both occupants got themselves out of the wreck before it was engulfed by flames, with the smartphone-wielding passenger suffering serious but not life-threatening injuries. The driver suffered heavy burns and is now facing charges”
Como é público, sou um analfabeto futebolístico. Não tenho orgulho nisso: a minha distância em relação ao futebol foi um acidente. Não calhou interessar-me na altura certa. Por isso não sabia bem quem era o Diogo Jota, nem o irmão, André Silva. Mas esta notícia, que recebemos esta manhã numa emissão em que estávamos bem destravados, caiu-me que nem uma avalanche de pedras. Foi paralisante.
Lidamos com várias formas de morte a todo o instante - começando logo pelas guerras que todos os dias varrem da face da Terra uma quantidade insana de inocentes, a um ponto - perigoso - em que o público começa a ficar algo anestesiado, quase habituado.
A morte destes dois jovens irmãos bate de uma forma próxima porque reforça todos os clichês batidos mas verdadeiros sobre a vida e a morte. É uma lotaria maldita que nos chama à Terra: o auge de felicidade profissional e pessoal tende a plantar uma enganosa semente de imortalidade. Não é dita nem processada dessa maneira, mas existe um certo espírito “impossível acontecer algo de mal nesta altura e a pessoas boas e gentis”. Mas nada vale nada. Pode calhar a qualquer um, a qualquer instante. A fragilidade de tudo nunca cessa de me espantar, sempre que me é recordada com uma pancada destas.
O que me leva sempre a outro clichê: porque raio vivemos nesta fúria constante? O tempo que vejo pessoas perder em zaragatas inúteis nas redes sociais. Ou em zaragatas inúteis na vida. O interruptor pode ser desligado a qualquer instante, de qualquer maneira.
Mas sei que isto vai abalar-nos uns dias e daqui a pouco já estamos outra vez a achar que temos tempo suficiente para nos darmos ao luxo de o investir em tensões e merdas inúteis e torturantes. Está-nos na natureza, mas talvez não devêssemos resignar-nos à natureza e aprender alguma coisa.
Num post feliz de ontem, publicado a horas do seu fim, o Diogo Jota mostrava o seu casamento, ocorrido há dias. É doloroso pensar como o seu “para sempre” foi tão curto. Inimaginável a dor de quem fica.
Os juizes das redes sociais dirão que tragédias anónimas como esta acontecem a toda a hora sem tributos. Que o tributo ao Diogo seja a todos, e à reflexão a que a certeza da tragédia nos devia obrigar.
https://www.instagram.com/p/DLpQdSfMZD9/?utm_source=ig_web_copy_link&igsh=MzRlODBiNWFlZA==
Esses acabaram por ter sorte e conseguirem sair vivos, antes do incêndio.
Lá está, só prova que até a 330km/h pode haver uma chance de sair “ileso”.
E é um Hurican.
O Diogo ia num Urus.
É tudo muito circunstancial.
o mundial será por ele!
https://x.com/leroyeferaomo/status/1940708431092240694?t=LdHhtxJVBZoZ6uGQbMEDmA&s=19
Ainda ha muito camelo por esse Mundo fora fds!!
Porra completamente chocante.
Quando vi uma nota de rodapé no DN online por volta das 9h pensei que era mais um daqueles links sensionalistas e fraudulentos como há tantos usando o nome de figuras públicas.. Depois quando entrei e comparei com outras fontes não queria acreditar.
O rapaz sempre teve uma aura meio apagada, fruto de uma vida simples focada na profissão e na família. Realmente não tenho mais palavras a não ser que a família recupere o melhor possível deste choque e os filhos consigam honrar o legado do pai.
O futebol não é nada perante isto.
Muitos mesmo, muitos miúdos mas nas respostas é assustador e revoltante.
E malta dos clicks, fazem montagens com a mulher do Jota a chorar, videos falsos de outros momentos de colegas do Liverpool a chorarem, conta tudo por uma merda de uns likes.
Como dizia o Mark Goldbridge no video que postei acima, não se pode dar voz a este tipo de personagem.
Ainda há pouco no IG da BBC, li umas merdas complemente alucinantes… apenas por ser jogador do Liverpool. Há mm gente que rejubila nestes momentos.
É ignorar apenas.
Esta merda é que me deixa fodido. Fazer notícias e tempo de antena com a desgraça dos outros. O rapaz acabou de falecer, a família estará, naturalmente, completamente destroçada a pensar se vale a pena continuar nesta injustiça, nesta estupidez, e estes gajos a escrutinar se ele devia ter ido de avião para evitar o desastre a catástrofe. Tenham vergonha na cara. Merda de gente, pó crl!!
Digo no sentido que é tão aleatório que ires devagar ou não o desfecho pode ser o mesmo. Se calhar 300 foi exagerado…mas até podes ir devagar e com o rebentamento teres o mesmo destino se no momento que rebenta o local ser uma merda.
É que dizem para não travar, mas se sinto algum problema obviamente tenho de tentar parar o carro… Não vou continuar como se nada fosse. O errado é travar a fundo?
Diria que como o carro começa a fugir te, ao travar a tendência será criares força para mandares o carro virar se todo…mas decerto que haverá respostas técnicas melhores
Tens de travar mas com o motor, dentro do possível…ainda que seja tudo uma questão de segundos. Travar a fundo é que não.
A velocidade é sempre o factor mais decisivo.
Percebo o teu ponto, mas o que se deve fazer é evitar ao máximo pisar o travão e ir travando com o motor. Tirar o pé do acelerador, deixar a velocidade ir baixando e ir reduzindo as mudanças mais cedo do que o normal.
Mas é muito difícil ter esse discernimento quando as coisas acontecem.