Memórias das claques e outras histórias

http://sportingtv.pt.to/

Está aqui o jogo completo dos inesquecíveis 7-1

Bom proveito!

PS - 1:31:00 - há um momento em que se vê claramente as fogueiras na bancada norte com os caches, cartões, bandieras e afins que os lamps fizeram a partir do 4-1

O Zak já tratou disso, felizmente, porque eu tenho o vídeo em VHS… estou a ficar velho!

Obrigado ;D Aqueles lampioes sao uma tristeza…

Confirma-se. Existiam essas 2 claques, Força Verde e Onda Verde.

Basicamente, a Força Verde foi talvez a primeira claque portuguesa minimamente organizada. Segundo sei foi a primeira claque a expor uma faixa em Portugal. Acabou no final da década de 80.

A Onda Verde nasce devido a uma cisão na Força Verde. Ainda resistiu aos anos 90. Terá acabado por volta de 1992/93.

Eu ainda me considero jovem, muitas das histórias já contadas passaram-se quando eu ainda só ligava aos Legos. Mas as duas histórias que vos trago retractam bem o Sporting de antes e o de depois, o da era moderna. Histórias de adepto.

Sporting CP vs Estrela da Amadora. 1993. 3-0.

Velho e saudoso Alvalade, sem secções arquitéctónicas, sem anéis, uma elipse contínua de bancada de cimento, pejada de adeptos. Sol das 16 horas, quentinho, domingueiro, sombra no relvado, outra metade iluminada. Entro no estádio com o meu Pai e primos e sinto aquele cheiro que era um msito de relva com tabaco, e pessoas, multidões. As buzinas míticas que se foram extinguindo. O senhor dos gelados Cornetto. O chão da bancada vibrava levemente e na minha barriga apertava aquele nervoso miúdinho próprio de um garoto que está entusiasmado com a ida á bola no tempo em que as claques andavam à pêra quase todos os jogos, . Morria de medo da Juve Leo.
Nesse domingo os meus primso haviam convidado o meu pai e eu para ir a alvalade, pois tinham orientado bilhetes à borla, e lá fomos. Os nossos lugares eram no topo Sul, bacada precisamente da Juve Leo. Nunca antes tinha estado no topo Sul, sempre vi os jogos na Norte. Começa o jogo e a claque levanta-se toda a cantar uma musica cheia de palavrões e ninguem consegue ver nada. Uma senhora já de idade que estava na minha frente começa a reclamar e de súbito Iordavov marca o primeiro. Não me lembro bem do que aconteceu. Só sei que a debandada de Ultras foi tal que levaram tudo na frente, desci 4 lanços de bancada ás cambalhotas. O meu pai outras tantas. A velhota não mais a vi. O meu joelho sangrava e eu chorava baba e ranho porque no meio daquilo perdi o meu pai, que entretanto me deu a mao e ao colo me tirou dali do topo sul. Resolvemos logo após esse golo mudar de topo, e meio do caminho o SCP marca o segundo. E antes de eu chegar ao topo Norte Iordanov bisa na partida. Conclusão: não vi nenhum dos 3 golos…Tinha todas as razões para recordar esse jogo como deprimente, mas foi a partir daí que começei a amar este Clube e o futebol. A partir daí lembro-me de tudo e mais alguma coisa relacionada com o SCP.
Velhos tempos.

Belenenses vs Sporting CP. 0-0. 2006/2007.
A convite do forista Nando, num ano em que eu tinha adquirido a gamebox, resolvi ir ver pela primeira vez, ver o SCP jogar num estádio adversário. Sim só aos 21 anos. Esse jogo foi a retrato da decadência espiral em que o Clube está mergulhado desde 2005. Fui de Arroios a Belem, e pelo caminho encontrámos a claque. Meia dúzia de gatos pingados, com uma tocha, a sair do comboio e a cantarolar desfasados, desmotivados, monótonos.
Subi ao Restelo e comprei o bilhete a um membro da claque que comia uma bifana. Ele abriu o casaco, e dum molho de bilhetes retirou um. Entrei no estádio, belo estádio, amplo, com tartan, à antiga. Fiquei inserido no meio da claque n zona para Sportinguistas e o ambinte estava alegre, tudo cantava, até começar o jogo. Mal a bola rolou o estilo de jogo molengão secou as gargantas, impressionante, tudo ficou como que com pena do que via. O jogo era péssimo Bento ainda estava em graça nos adeptos e havia convocado Pererinha. Lembro-em de estar com a fezada toda no miúdo, fruto do mito que nasceu em torno da academia com os casos Ronaldo, Quaresma, Viana, Nani etc. Para embelezar o cenário, Carlos Martins vendo que ia ser substituido tem aquela expulsão propositada. E algo extraórdinário, toda a claque começou a cantar “filho da p*ta”, como se um adversário fosse. Era um sinal dos tempos. O total divórcio entre adeptos e clube. Foi aí nesse jogo que jurei não mais gastar um cêntimo no SCP enquanto não me provassem que há condições para eu ir á bola e ver que há espectáculo. Gastei os ultimos jogos da Gamebox, cantei no ultimo jogo “até morrer”, e meu dito meu feito: Este ano a carteira ficou mais gorda.

Esclareçam-me o seguinte, era Força Verde ou Forza Verde? É que tenho ideia de uma tarja que dizia “FORZA”.

Vejam apartir dos 12 seg o que era a JUVE LEO (a verdadeira)…

Era Força Verde! Sem italianices à mistura. Havia, isso sim, uma outra claque que era a Forza Leonina.

Que me lembre, assim de cabeça, já existiram as seguintes claques no Sporting:

FUNDADAS NOS ANOS 70

Juventude Leonina

Força Verde

FUNDADAS NOS ANOS 80

Torcida Verde

Onda Verde

Império Verde

Forza Leonina

Norte Leonino

FUNDADAS NOS ANOS 90

Ultras Sporting

FUNDADAS NO SÉCULO XXI

Directivo Ultras XXI

Brigada

Obrigado a todos pelos esclarescimentos sobre as claques, afinal o caschecol que tenho lá é da Força Verde, quer dizer que a claque é ainda mais antiga que a Onda Verde. Afinal tenho um cachecol clássico em casa. Fixe. :smiley:

Falta-te as Wild Ladies, ou coisa que o valha, claque puramente feminina e que só durou uma época, penso que foi a meio de 90.

Quanto aos lamps a rasgarem e queimar cartões, posso garantir, eu não era para ter ido a esse jogo e só fui pq uns fdp´s lamps me partiram tanto a cabeça e me foram buscar a casa que não dava para dizer que não, meses antes tinham-me convencido a ir ao galinheiro e tinhamos levado 5 secos para a Taça, o resto já foi aqui descrito, aos 4-1 começam a sair, os que ficaram começam a insultar a equipa, primeiro começaram a queimar as bandeiras, depois os cartões (inclusivé 2 que estavam comigo e ainda hoje me dou com eles), as fogueiras que se vêem são todas de bandeiras e cartões do Glórias…

Tenho várias “estórias” para contar, volto com mais tempo…

Foste ao 7-1 obrigado por lamps? Definam ironia… :rotfl:

Sobre os primórdios da história das claques do Sporting havia um tópico num fórum de claques entretanto fechado, contado na 1ª pessoa por quem teve papel participante na sua génese.

Era um documento histórico fabuloso, que cheguei a copiar mas que entretanto lhe perdi o rasto.

Se por acaso alguém o tiver, ou conhecer o autor, peço por favor que o poste aqui!

Este video deu me alegria para o dia…

http://www.youtube.com/watch?v=cb_zoXNt07U&feature=related

Que espirito…

Falta-te as Wild Ladies, ou coisa que o valha, claque puramente feminina e que só durou uma época, penso que foi a meio de 90.

As Wild Ladies faziam parte da Torcida Verde, e terão funcionado entre 1993 e 1995.

Um pequeno esboço feito por mim duma possível história da Juve Leo.

A Juventude Leonina é, actualmente, o mais antigo grupo organizado de adeptos em Portugal. Tendo sido fundada em 1976 pelos filhos do então presidente do Sporting, João Rocha, de inicio não seria mais que um grupo de jovens que entre si partilhavam afinidades clubísticas e de amizade, até porque muitos seriam colegas no colégio São João de Brito em Lisboa. De início, e ao contrário do que se veio a verificar mais tarde, as principais influências vinham das torcidas organizadas do Brasil, de certa forma dando continuidade a uma tradição de apoio organizado que já existia em Alvalade na década de 70, com os célebres Vapores do Rego, um grupo de jovens brasileiros que se destacavam pelas suas alegres batucadas e que ajudaram a equipa a vencer o campeonato de 1973-74. Ou seja, as influências inglesas (através da cultura hooligan) e italianas (pelo exemplo dos grupos ultra) vieram mais tarde, mais concretamente no início dos anos 80. Ainda no que diz respeito aos primeiros anos de vida da Juventude Leonina, a sua formação estava integrada num projecto de grande dinamismo que o presidente João Rocha trouxe ao Sporting, que se traduziu na construção de grandes equipas de futebol, que culminaram nas “dobradinhas” de 1973-74 e 1981-82, para além do título de 1979-80, e num ecletismo que implicou as vitórias no hóquei em patins, no andebol, no basquetebol, no atletismo e em muitas outras modalidades. Convém não esquecer que em 1986, quando João Rocha abandonou a presidência do Sporting, o clube contava com mais de 100 000 sócios.
Nos primeiros anos da década de 80, a claque encontrava-se situada na Superior Sul do Estádio de Alvalade, tendo passado, por volta dos anos de 1983/1984, para a célebre Ponta Sul. Neste período já encontramos a claque com uma maior organização, começam a surgir as primeiras faixas, as primeiras bandeiras com simbologia alusiva à claque e a utilização regular de fumos, seguindo o modelo italiano dos grupos ultra. Toda a cor e alegria que a Juventude Leonina trazia aos estádios portugueses fez com que nos outros clubes começassem também a surgir grupos organizados de apoio, compostos essencialmente por jovens, como foi o caso dos Diabos Vermelhos no Benfica fundados em 1982, dos Dragões Azuis no F. C. Porto, fundados também no início da década de 80, da Fúria Azul no Belenenses e dos Panteras Negras do Boavista, fundados em 1984, da Alma Salgueirista do Salgueiros e da Mancha Negra da Académica de Coimbra, fundadas em 1985. Ou seja, na primeira metade da década de 80 quase todos os clubes que disputavam a primeira divisão contavam com uma claque organizada, sendo de referir que só no Sporting chegaram a existir em simultâneo, por volta de 1986,quatro grupos reconhecidos oficialmente pela direcção sportinguista (Onda Verde, Força Verde, Norte Leonino e Juventude Leonina), para além daqueles que não contavam com o apoio oficial, como por exemplo, a Torcida Verde fundada em 1984, cujos fundadores chegaram a militar na Juve Leo, e que só viu o seu apoio reconhecido a nível oficial em 1988). Toda esta proliferação de claques organizadas culminou nos Congressos Nacionais de Claques organizados nos anos de 1984 e 1985.
Os anos 80 significam para o Sporting o início do longo jejum no que diz respeito a títulos no futebol sénior. Com excepção das vitórias alcançadas na gloriosa época de 1981-82, só há a destacar a vitória na Supertaça da época 1986-87, resultante da presença na final da Taça de Portugal perdida para o eterno rival Benfica. Mas foi também na década de 80 que as claques de futebol se instalaram definitivamente no imaginário desportivo português, constituindo o Estádio de Alvalade um exemplo para os restantes clubes no que diz respeito a apoio organizado. Foram várias as claques portuguesas que adoptaram o nome “Juventude”, ou até mesmo o diminutivo “Juve” (ex: Juventude Bracarense no Sporting de Braga, ou Juve Negra no Tirsense), influenciadas, muito provavelmente, pela dinâmica e capacidade de organização que a Juve Leo demonstrava, às quais não seriam certamente alheias as ligações familiares dos fundadores da claque.Começaram também nos anos 80 as deslocações ao estrangeiro por parte da Juventude Leonina, a primeira terá talvez sido a Sevilha na época 1983-84 em jogo a contar para a Taça UEFA. Seguiram-se outras como Auxerre (1984-85), Roterdão, Bilbao (ambas na época 1985-86), San Sebastian (com a Real Sociedad em 1988-89) e a Nápoles (1989-90), onde na equipa local pontificava um senhor de nome Diego Armando Maradona… Contudo, ficaram também célebres as noites europeias de Alvalade, donde se podem destacar os jogos com Athletic de Bilbao, Barcelona, Atalanta, Ajax e o já referido Nápoles de Maradona.No entanto, o apoio dado pela Juve Leo ao clube não se limitava ao futebol, e desta forma modalidades como o hóquei em patins ou o andebol (sendo de recordar no caso específico do andebol a final da Taça de Portugal da época 1988-89, disputada em Loures contra o eterno rival da 2ª Circular) também beneficiaram da presença da claque no pavilhão ou na nave do antigo Estádio José de Alvalade.
O início dos anos 90 significam para a Juventude Leonina a transferência da mítica Ponta Sul para a Superior Sul do Estádio de Alvalade, isto já no mandato de Sousa Cintra, eleito em 1989, depois de um período de grande turbulência directiva e desportiva motivada pela direcção do polémico Jorge Gonçalves, que dirigiu o clube durante a época 1988-89. É também neste período que se começam a falar pela primeira vez de infiltrações de extrema-direita nas claques de futebol, e a Juventude Leonina não foi excepção, e começaram-se a ver bandeiras com cruzes celtas junto das faixas da claque. Se estas bandeiras neo-nazis tinham de facto algum significado político ou se não passavam de simples exibicionismo, é uma questão que se pode colocar.

Sou mais um dos que orgulhosamente pertenceu à Força Verde desde 1979 ainda na Superior Sul. Era muito puto nessa altura mas encontrei no link SPORTING VINTAGE: Força Verde a história desta mítica claque relatada por um dos seus fundadores, o Paulo Alcobia. Mais tarde integrei o núcleo da Onda Verde no Colégio Académico.

Fiz um copypaste do texto mas vale mesmo a pena ir ao blog ver as fotografias da época.

[i]"Força Verde

 Em 1976 começaram a ganhar visibilidade em Portugal diversas organizações juvenis associadas aos partidos políticos da terceira república.
 Já por esta altura existia um grupo de adeptos incondicionais que se colocavam habitualmente no topo da Superior Sul um tanto deslocados para o lado da lateral e que se destacavam por um apoio mais efusivo com cânticos e bandeiras.
 Entre os membros mais activos deste grupo contavam-se alguns alunos do Colégio São João de Brito de entre os quais o filho mais velho do então presidente do clube, Sr. João Rocha e, uns anos mais novo, o autor destas linhas. 
 As Juventudes partidárias tinham agora uma expressão relevante na sociedade e foi, talvez inspirados na nomenclatura destas organizações, que surgiu a designação de Juventude Leonina.
 Apesar de nesta altura ainda não se utilizarem faixas identificativas, a Juventude Leonina destacava-se através da promoção de deslocações, da introdução da primeira bandeira (pano) gigante num Estádio e de outras iniciativas.
 A JL foi assim a organização embrionária do movimento das claques em Portugal. Paralelamente, em 1979, um reduzido grupo de jovens na casa dos 12-15 anos membros da supracitada Juventude Leonina, começou a acompanhar o Sporting em diversas modalidades. Em data difícil de precisar este grupo abandonou um jogo de futebol em Alvalade para apoiar a equipa de Basquet do Sporting que jogava com o Queluz o apuramento para uma fase final. Na viagem, o autor destas linhas e o Filipe Frazão apresentaram às cerca de duas dezenas de jovens presentes um projecto de claque organizada. Nascia a pioneira das claques organizadas em Portugal: A Força Verde.
 Apesar de ter sido o primeiro presidente desta claque, urge referir que o mentor e padrinho deste movimento foi o Filipe Franco Frazão, acabado de regressar do Brasil de onde trouxe ideias pioneiras como as bandeiras gigantes com canas da Indía, os efeitos de fumo (inicialmente usávamos pó-de-talco, farinha etc...).
 A este grupo pertenceram ainda o Mário Vaz Serra de Moura e os seus irmãos, o Orlando Pinto, o Manuel Luís Alçada Baptista, o António Filipe, o Jorge Dantas, o Júlio César, o José Luís Carballo, o Lucas, o Jorge Marques, os irmãos Navarro, o Jorge Simas e a Rita Vilas-Boas.
 Em poucos meses chegámos aos duzentos contactos porém, a dimensão do movimento contrastava com a falta de reconhecimento por parte da direcção do clube. Foi decidido então procurar um líder mais velho, com experiência a nível associativo. Por essa altura, João Pulido Freire de Andrade, frequentador assíduo da Superior Sul e líder nacional da J.C., foi por nós convidado para encabeçar a claque, e se já então tínhamos introduzido o pó de talco e os tambores (sugestões de Filipe Frazão), a João Pulido se devem o aparecimento da primeira faixa colocada por uma claque num estádio Português, concretamente no jogo com a Real Sociedad em Alvalade, a elaboração do primeiro ficheiro de associados e a emissão dos respectivos cartões de sócio. 
 Este aparecimento estimulou de sobremaneira a Juventude Leonina que de imediato adoptou modelos idênticos e se estruturou de tal forma que viria a marcar toda uma geração de jovens portugueses. Não é exagero afirmar que estas duas claques foram factor decisivo na escolha do Sporting como clube de eleição por parte de milhares de jovens na década de 80, período em que os resultados do futebol foram particularmente trágicos para o clube de Alvalade.
 Com o tempo, a Juventude Leonina, beneficiária de um estatuto privilegiado no seio do Sporting e com a capacidade e criatividade de um grupo de jovens superiormente liderados por João Rocha (filho) acabou por absorver dezenas de jovens das fileiras da Força Verde e muitos dos seus líderes originais. João Pulido, Filipe Frazão e Mário Moura foram as baixas mais relevantes.
 Por outro lado, da J.L. para a Força Verde vieram no início da década de 80 os irmãos Manuel e Francisco Lobato Faria e o apoio da empresa Sogás. Nessa altura a Força Verde dinamizou algumas coreografias memoráveis e inéditas com milhares de balões, panos gigantes e botijas de "fumo". Mais tarde, durante o processo eleitoral que opôs Marcelino de Brito a João Rocha surgiram três correntes dentro da Força Verde. Uma liderada por Júlio César e Orlando Pinto e apoiada pela família Lobato Faria que claramente apoiava o candidato Marcelino de Brito, outra liderada por Manuel Luís Alçada Baptista que apoiava João Rocha e finalmente uma terceira facção que defendia uma separação entre as claques e os candidatos e que contava com o meu apoio e também o dos fundadores António Filipe e José Luís Carballo. 
 Não tendo existido um acordo entre as 3 facções, os movimentos pró-João Rocha e pró-distanciamento entre as claques e os candidatos e até alguns dos apoiantes de Marcelino de Brito, como Júlio César, fundaram uma nova claque, a Onda Verde.A Força Verde passou então a ser presidida por Orlando Pinto e destacou-se neste período pela organização de diversas excursões nacionais e sobretudo internacionais.
 À Força Verde aderiram entretanto algumas dezenas de dissidentes do núcleo da JL-Amadora dirigidos, entre outros, por Luís Carlos Repolho o qual, meses mais tarde, viria a fundar a Torcida Verde. A Força Verde perdurou ainda até perto do final da década de 80.
 Durante uma década as faixas da Força Verde foram exibidas um pouco por todo o País e à Força Verde se deve o aparecimento das primeiras claques organizadas em Portugal. No FC.Porto, no Sporting de Braga, na Académica, no Desp. Aves e em muitos outros clubes de norte a sul do País nasceriam inúmeras claques com a designação de Força.
 No primeiro Congresso Nacional de Claques, realizado em 1985, em Coimbra, compareceram dezenas de organizações congéneres que, inspiradas na iniciativa da Força Verde, se disseminaram pelo País. E se é certo que a Força Verde se extinguiu, não é menos verdade que a história pode e deve perpetuar a sua existência. O espírito de iniciativa e originalidade dos seus mentores deve ser lembrado, a cor e alegria que contagiou multidões de jovens deve ser perpetuado e a postura de paz, convívio e fair-play merece ser repetida.
 Na certeza de que fizemos história, dedico a todos os que contribuíram para a Força Verde e através desta para o engrandecimento do Sporting e do Desporto em Portugal estes modestos elementos.  Autor: Paulo Alcobia Neves"[/i]

Entretanto via google descobri, na Wikipédia, esta página: Paulo Alcobia Neves – Wikipédia, a enciclopédia livre e ouvi dizer que ele mora ou em Ferreira do Zêzere ou Tomar. Se algum de vocês tiver o email do Paulo por favor enviem-mo. Obrigado.

Vet79

Belo texto. Sabe bem recordar alguns nomes que connosco viveram momentos fabulosos. Pudesse eu ter menos 20 anos… :cry:

Entretanto já te mandei uma PM com o mail do Paulo.

Era exactamente este texto do Paulo Alcobia que eu me referia atrás. E o seguimento do tópico no fórum também tinha informações muito interessantes.

Peço desculpa por desenterrar totalmente este tópico, mas estava aqui a dar uma vista de olhos pela secção, que é provavelmente das coisas mais valiosas que existe na Internet, e fiquei preso às histórias relatadas nesta thread.

Sou ainda jovem, 16 anos e com apenas 10 de sócio, e este tipo de histórias fazem-se sentir uma tremenda inveja, no bom sentido, pois claro, de vós, que viveram o nosso clube numa outra altura, que eu também adoraria ter vivido, complementando assim as minhas memórias leoninas, que não são tantas, obviamente, em virtude da minha idade.

Não sei se faz mal ter assim “desenterrado” o tópico, se sim peço desculpa, mas queria deixar a todos que contribuíram para o sentimento de orgulho e à tal inveja, tal a riqueza de todos esses relatos, um grande obrigado. E isto aplica-se a muitos outros tópicos desta secção, mas acabei por me focar neste, como referi, pelo que aqui encontrei.

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