Luís Neto - Treinador Adjunto do Sporting Clube de Portugal

Tive receio que não acabasse o jogo, mas depois lá acalmou.

Neto com mensagem para Palhinha, Pote e Nuno Mendes: «Onde for um de vocês, vamos todos»

Central do Sporting fez a análise da época, sem se esquecer dos leões convocados para o Euro’2020

Luís Neto aproveitou uma publicação na sua página de Instagram para fazer a retrospectiva do que o próprio considerou “uma época merecida e que premeia o grupo de trabalho”.

“Está fechada mais uma época, esta com dois títulos que muito nos orgulham. Agora é desfrutar das férias, carregar baterias porque no próximo ano vamos lutar por mais. Este não pode ser o ano, este tem de ser apenas mais um ano de conquistas. E o hábito começa já em agosto”, começou por referir o jogador.

Neto não se esqueceu também de Nuno Mendes, João Palhinha e Pedro Gonçalves, jogadores dos leões que mereceram a confiança de Fernando Santos na convocatória para o Euro’2020: “Uma palavra para os três leões presentes na convocatória da Seleção Nacional, estou muito feliz por vocês. É merecido e premeia também o nosso grupo de trabalho. Agora é fazer o mesmo que fizeram aqui. Ganhar”.

“E onde for um de vocês. Vamos todos”, rematou, lembrando um dos slogans que foi destaque na época do Sporting.

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Dá-me particular prazer vir aqui. Neto não é um jogador de eleição mas deu tudo o que tem e quando assim é…hats off! No início da época, mesmo com jogos competentes, era arrasado mas nunca vergou. Um dos “segredos” da nossa brilhante liga e o Neto. Fui o referindo aqui ao longo da época. Líderanca pelo exemplo. Nem só de predestinados se fazem grupos fortes. Obrigado e até para o ano :sunglasses::muscle:t2:

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LUÍS NETO REVELA ALGUNS SEGREDOS DO CAMPEÃO

SPORTING 11:11

Luís Neto é um dos heróis do Sporting da presente temporada. Numa conversa simples e informal, por videochamada, o central falou sem rodeios da (brilhante) campanha dos leões, da relação com o mister Rúben Amorim e dos festejos pela consagração do título.

«Quando estás a descer a avenida e consegues ver as pessoas todas… Aquilo foi uma mistura de pessoas, chuva e pirotecnia. Foi um momento incrível. Lembro-me que quando estávamos mesmo a chegar, o hino - Marcha do Sporting - estava a tocar e o pessoal todo a cantar. Depois deu o We Are The Champions… Foi emocionante! Acabámos o jogo às dez da noite e chegámos ao Marquês às três e quarenta da manhã, ou seja, as pessoas estiveram cinco ou seis horas à nossa espera. Foi o que escrevi no texto que partilhei nas minhas redes sociais: eu queria muito sentir o que é o Sporting durante o meu tempo aqui e estou muito contente, porque felizmente consegui. Tenho tudo gravado em vídeo e de vez em quando gosto de rever», contou.

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«NO PRIMEIRO DIA EU CHAMEI-LHE ‘MISTER’ E ELE DISSE-ME: ‘MISTER, ESTÁS TOLO? É RÚBEN, CARAÇAS’»

A BOLA FORA 16:24
Por Tânia Ferreira Vítor

Luís Neto é um dos heróis do Sporting da presente temporada. Numa conversa simples e informal, por videochamada, o central do Sporting falou sem rodeios da (brilhante) campanha dos leões, da relação com o mister Rúben Amorim e dos festejos pela consagração do título. Obrigada, Neto, e boas férias!

- À hora que te ligo, o que estás a fazer?

  • Acabei de levar o meu filho à escola, em Belém. Era suposto irmos hoje de manhã [ontem] para o Norte, mas a noite não correu bem com a Mel - a minha filha decidiu vingar-se - então vamos só ao final do dia. À tarde, vamos fazer as malas e depois seguimos para uma semana em casa, na Póvoa de Varzim.

- Já estão oficialmente de férias? Como foi o último dia?

  • A nível de Sporting, ontem [quinta-feira] foi o último dia de trabalho. Tivemos a manhã preenchida na Academia com muitas camisolas para assinar, material para receber e trazer para casa. Tivemos uma pequena reunião para desejar boas férias a toda a gente. À tarde, tivemos a visita à Câmara Municipal de Lisboa e à noite o jantar de equipa. A partir de hoje [ontem] estamos oficialmente de férias.

- Quais são os teus planos?

  • O meu plano é ficar uma semana no Norte para estar com a família e também quero ir ver o Varzim no sábado - tem um jogo decisivo. Já não estou com os meus há algum tempo por causa do Covid-19 e também porque estávamos a lutar para ser campeões. Já não me lembro da última vez que saí de Lisboa e é importante que os meninos passem tempo com os avós e os primos. De 29 de maio a 12 de junho, vou para o Algarve. Aluguei uma casa em Vilamoura para uns dias de descanso em família. Não vamos fazer grandes viagens, porque a minha filha é muito pequenina, ainda estamos a dar os primeiros passos. Depois, vou regressar a Lisboa. A época só começa a 29 de junho, mas quero começar a treinar mais cedo para ganhar índices físicos - já passei dos 30 anos [risos].

- O Rodrigo fez seis anos recentemente. Ele já entende o que o pai conquistou? O que é que te disse?

  • Olha, a história mais particular com o meu filho é esta: o Rodrigo tem fobia a foguetes e a festas tipo passagem de ano. Ele não lida muito bem com festejos. Então, não gosta que o pai ganhe campeonatos ou taças, porque isso é sinónimo de festa. Sabe que quando levantamos a taça há foguetes, barulho e papéis a voar e ele tem fobia com isso. Para teres uma ideia, nem no aniversário gosta que lhe cantem os parabéns com velas. Então na festa do título, disse-me assim: ‘papá, eu vou lá, tiro uma fotografia e venho logo embora’. É claro que o meu filho fica contente, porque sente que os pais estão em casa felizes só que dispensa os festejos. No Zenit também não gostava.

- Este ano foi especialmente marcante para ti, porque a somar aos sucessos desportivos, nasceu a tua filha. Conseguiste assistir ao parto?

  • Consegui! Obedecendo a todas as normas de segurança, com teste de Covid, consegui entrar na parte final. Foi nos Lusíadas e uma semana mais cedo do que o previsto. A Andreia tinha ido à médica no Montijo, mas o líquido amniótico estava no limite e ela acabou por entrar em trabalho de parto - fez a cesariana no dia 7 de abril. Eu não tinha assistido ao parto do Rodrigo por estar na Rússia, mas consegui no da Mel e fiquei muito contente. Não fiz muita coisa, mas foi um momento muito bonito.

- A ideia que transpareces é a de uma pessoa muito calma. Na hora do parto também foi assim ou as pernas tremeram?

  • Olha, os enfermeiros disseram que eu portei-me muito bem. Consegui tirar fotos e tudo e ainda brinquei com eles. Um era sportinguista e felizmente a fase era boa para brincar. Aquelas piadas de pai que vai ter uma menina: que a partir dali eu ia ser mais rígido, etc. Correu tudo bem. Não tenho grandes medos ou imagens que me possam ferir suscetibilidades. Mesmo assim, fiquei ao lado da minha esposa e não vi as partes mais difíceis, porque estavam tapadas. Não queria fazer má figura [risos].

- Depois de sete anos seguidos no estrangeiro, regressaste ao campeonato português na época passada. Emigraste um jovem e voltas como um dos mais experientes do plantel leonino. No balneário, eras um dos velhotes?

  • Ali no plantel é engraçado, porque os mais velhos estão em minoria: sou eu, o João Pereira, o Antunes, o Adán, o Feddal e o Seba [Coates]. Acabou por ser engraçado, porque temos muitos miúdos e realmente sente-se. Antes, era eu que ia ao meiinho, agora estou no meiinho dos mais jovens para manter a ordem e para aquilo não descambar [risos]. O Nuno Mendes, o Mateus, o TT [Tiago Tomás] chamam-me cota. Nota-se que eles têm um carinho especial pelos mais velhos e foi dessa mistura que saiu um grande grupo.

- De que forma é que os mais experientes como tu foram importantes para manter a malta jovem com os pés no chão?

  • Às vezes até falamos sobre isso, sobretudo quando temos um almoço ou jantar de equipa para fazer a retrospetiva da época. E a verdade é que houve apenas um momento ou outro em que o tivemos de fazer, o que num ano inteiro não é nada de especial para uma equipa que compete para ganhar o campeonato nacional. Sentimos pouca necessidade de intervir nesse sentido, até porque tínhamos a exigência de quem nos lidera e que deixa pouca margem para que isso aconteça. O nosso trabalho estava facilitado nesse sentido, porque a exigência era muita e a concorrência era forte, o que nos obrigava a competir todos os dias. Quem não estivesse nesse caminho possivelmente não jogava. Ou seja, não dava para facilitar. Toda a gente queria evoluir, toda a gente queria mais e melhor. Os miúdos passaram a ter objetivos pessoais também, serem chamados aos sub-21 ou à Seleção A.

- Qual foi o momento mais emocionante dos festejos?

  • Foi a chegada ao Marquês de Pombal, uns dois ou três minutos antes. Quando estás a descer a avenida e consegues ver as pessoas todas… Aquilo foi uma uma mistura de pessoas, chuva e pirotecnia. Foi um momento incrível. Lembro-me que quando estávamos mesmo a chegar, o hino - Marcha do Sporting - estava a tocar e o pessoal todo a cantar. Depois deu o We Are The Champions… Foi emocionante! Acabámos o jogo às dez da noite e chegámos ao Marquês às três e quarenta da manhã, ou seja, as pessoas estiveram cinco ou seis horas à nossa espera. Foi o que escrevi no texto que partilhei nas minhas redes sociais: eu queria muito sentir o que é o Sporting durante o meu tempo aqui e estou muito contente, porque felizmente consegui. Tenho tudo gravado em vídeo e de vez em quando gosto de rever.

- É inequívoco dizer que uma das grandes figuras deste Sporting é o vosso treinador. Em que é que o Rúben Amorim se distingue?

  • Eu diferencio o mister na liderança e na forma como consegue colocar todos os jogadores unidos num só objetivo. Claramente que enquanto jogadores, temos as nossas pretensões individuais, mas ele consegue com que cada um pense no coletivo acima de tudo. E em relação ao trabalho, ele distingue-se pela repetição, consistência, detalhe e exigência, seja no aquecimento, numa velocidade ou no ginásio. Se for possível fazer oito repetições em vez de seis, ele quer as oito. Gosta de levar as coisas ao limite. Em cada jogo, diz-nos sempre em que é que o adversário é mais forte em duas ou três variantes para estarmos preparados. Mas o que mais sentimos ao longo do ano é a ideia de repetição sobre repetição que nos leva a melhorar. Durante a época, apesar de toda a gente saber como o Sporting jogava, sabia-se que era fácil analisar mas difícil de contrariar. Tentou ao máximo colocar jogadores com o pé contrário em posições na direita ou na esquerda, meter alas a defesas. Quando as coisas ficavam mais agarradas digamos assim, o mister tinha sempre alternativas dentro do próprio sistema. Lá está, aquilo que nós sentíamos era: nós vamos jogar sempre assim. Saber que íamos ter sempre os mesmos princípios, rigor e intensidade dá uma grande força à equipa. O mister conseguiu que andássemos todos no mesmo caminho.

- Vocês tinham sido colegas na seleção nacional…

  • Sim, estivemos juntos em alguns estágios e no Mundial-2014.

- E, no início, não foi estranho ter um antigo colega como treinador?

  • No início, foi. Lembro-me que no primeiro dia, eu chamei-lhe mister e ele disse-me: ‘Mister? Estás tolo? É Rúben, caraças’. Tínhamos uma relação profissional por termos estado no Mundial ao serviço da Seleção. Eu vou ser muito sincero: eu não gostava de ter um treinador que tivesse sido meu colega de balneário, porque à partida sabe muito sobre mim - o que sinto quando eu jogo ou não, etc. Às vezes, quando nos conhecem bem retiram-nos qualquer coisa, mas no contexto em que o Rúben entrou no Sporting e da maneira como apresentou as ideias dele no pós-Covid, fiquei muito mais tranquilo. Antes dele chegar, as coisas não estavam a correr bem… O Rúben trouxe uma luz, uma alegria e uma energia que eram mesmo necessárias. Essa crença que eu tinha de não gostar de trabalhar com quem me conhece bem caiu por terra quando vi o tipo de liderança que ele tinha, a ideia que trouxe não só para o plantel mas também para o clube. Senti naquele momento que estávamos no rumo certo.

- Rúben Amorim recusou assumir a candidatura ao título praticamente até ao final, mas imagino que os jogadores falassem disso no balneário. A partir de que momento é que abordaram o assunto sem ser tabu?

  • Nós sempre seguimos a linha do mister; a verdade é que durante muito tempo cada um sentia que falar do título era uma espécie de tabu. Nas últimas dez jornadas, sabíamos que estávamos numa boa posição para atingir o nosso objetivo. Depois tivemos a fase em que acusámos um bocadinho a pressão dos nossos principais rivais, o que é perfeitamente normal. Mas eu diria que depois da vitória em Braga, até pelo facto de termos sido reduzidos a dez aos dezasseis minutos e mesmo assim termos conseguido aguentar, de termos feito o golo na única oportunidade que tivemos. Aí começámos a achar que alguma coisa estava para ser escrita e que o título não ia fugir. Começámos a falar disso no trajeto Braga-Lisboa, sentimos que tínhamos dado um enorme passo rumo ao título. A receção em Braga e a receção em Alvalade depois do jogo foram marcantes. Chegámos às três da manhã e tínhamos tanta gente à nossa espera… Sentimos que ia ser muito difícil alguém parar-nos, independentemente do resultado do FC Porto que, no dia a seguir, empata em Moreira de Cónegos.

- Como é que lidaram com os castigos sucessivos ao vosso treinador? Deram-vos ainda mais força?

  • Às vezes o dia estava tranquilo, mas depois começávamos a ver nas notícias: Rúben castigado, Rúben suspenso mais seis dias, mais quinze dias… Estávamos a lutar pelo maior troféu que nos fugia há muito tempo, mas começámos a ver que aquilo já era exagerado e até caricato. O Rúben é um líder nato e nem gosta que se fale nesses assuntos. Consegue lidar muito bem com isso como se viu nas conferências de imprensa e nunca nos deixou pensar que as pessoas estavam todas contra nós, não foi esse o caminho. Mas é claro que os jogadores falavam e achavam que aquilo já estava a ultrapassar todos os limites. No dia em que ganhámos ao Boavista, até brincámos com a situação e dissemos que o Rúben estava castigado por tudo o que fez pelo Sporting. Não tínhamos isso presente na nossa cabeça do género: vamos ganhar pelo Rúben, porque tínhamos de ganhar para honrar a camisola que vestimos, mas sentíamos que estávamos a ser beliscados, fosse pelo mister ou pelo Paulinho. Essa mentalidade ia ao encontro do nosso lema: onde vão um, vão todos. E nisso estivemos muito fortes.

- Tinham alguma música da sorte?

  • Por acaso, não. Quem punha a música era o Nuno Mendes, o lateral, assumia quase sempre. Mas era música variada. E nunca ouvimos no autocarro a não ser no último jogo.

- Já tinhas jogado num sistema tático com três defesas? Especialmente para um central é bastante diferente…

  • Eu já tinha jogado num sistema de três, pontualmente, com o André Villas-Boas no Zenit. Em Itália, também. Mas confesso que este sistema do mister desafiou-me, porque em Itália jogava numa equipa que lutava por outros objetivos e praticamente não tinha muito espaço nas costas para cobrir, jogávamos muito baixo, era muita saída de bola, antecipação, jogo aéreo e bolas paradas. Aqui, a ideia é bater sempre com a linha no meio campo, é muitas vezes o central ser lateral. Eu nunca tinha jogado na minha carreira. A nível pessoal, foi realmente um desafio, porque eu queria muito ser o central da direita e então tive de começar a pesquisar. Às vezes pedia vídeos do meu treino para ver os posicionamentos, porque o mister é muito específico. Muitas vezes é o central que tem de entrar com bola, que tem de saltar no médio quando eles fazem superioridade. Ou seja, se jogarmos com dois médios e a outra equipa com três é o central que tem de saltar. Neste modelo de jogo, o central tem de saltar em muito lado e, por isso, foi diferente, mas exigente. Este sistema é o mais difícil de contrariar, uma das razões para termos tido tanto sucesso.

- A Póvoa de Varzim já ganhou mais sportinguistas?

  • A minha mãe e o meu pai dizem que as remessas de camisolas que mandei este ano - maiores que no ano passado - não chegam para a procura. Eles têm sempre muitos pedidos e a minha mãe está sempre a dizer que nunca pensou que a Póvoa tivesse tantos sportinguistas. Quando se ganha, as pessoas sentem de outra maneira e mostram o carinho ao clube com mais orgulho ainda. Mas tenho de fazer justiça aos sportinguistas: em termos de devoção, não acho que exista igual em Portugal.

- Então, quer dizer que da próxima vez que for à Póvoa vou ver muitas camisolas do Luís Neto…

  • [risos] Sim, vê-se muita gente com a camisola 14 do ano passado. Este ano consegui o número 13 - é o meu número da sorte. No Zenit, o clube não queria que eu usasse o 13 por estar ligado ao azar, mas eu forcei e não troquei. Consegui ganhar cinco títulos na Rússia, por isso, eu costumo dizer que é o lucky thirteen [o treze da sorte]. Mas respondendo diretamente à tua pergunta: quando fores à Póvoa vais ver muitas do camisola do Neto, sim senhora.

- Já tens a medalha da Taça da Liga [risos]?

  • Já tenho. Chegou tarde, mas chegou [risos].

- Se tivesses oportunidade de voltar a jogar um jogo, qual escolhias?

  • Eu acho que da última vez respondi-te que era contra o Sevilha, da Taça UEFA. Esse ainda está atravessado. Deixa-me pensar… O Sporting-Benfica da Supertaça que foi o meu primeiro jogo oficial [o Benfica venceu por 5-0]. Acho que foi um resultado muito enganador pela primeira parte que fizemos. Esse jogo acabou por desencadear a má época coletiva do Sporting. Gostava de repetir para fazer um resultado diferente. Pode ser que a gente tenha oportunidade de repetir essa final.
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Que craque, fala tão bem…vejamos para o ano o seu desempenho dentro do retangulo de jogo.

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Os mais desatentos ouçam/leiam o que os outros jogadores dizem dele e depois venham dizer que ele não é importante e que não deve continuar.

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Futuro de Luís Neto vai ser discutido no Sporting após o fecho do mercado

Renovação está em cima da mesa, mas uma proposta atrativa poderá mudar o cenário. SAD admite reduzir salário.

O futuro de Luís Neto vai ser discutido em Alvalade após o fecho do mercado de transferências, estando em cima da mesa, segundo OJOGO apurou, a possibilidade de prolongar o vínculo por mais uma temporada, ainda que tal só possa ser colocado mediante uma revisão do vencimento do defesa-central de 33 anos.

Mas esta não é a única possibilidade que as partes equacionam, sobretudo do lado do Sporting, que admite a eventual saída do jogador caso surja algo que financeiramente seja vantajoso para o próprio atleta e este admita a possibilidade de abraçar um novo projeto no estrangeiro, algo que, até ver, parece estar afastado por parte do internacional português, que atuou fora de portas durante oito temporadas - tendo representado o Siena, Zenit e Fenerbahce.

No entanto, a eventual renovação do contrato com os leões por mais uma temporada é considerada em Alvalade como possível mediante uma redução do vencimento do atleta, que terminará o vínculo com os leões aos 34 anos e com um rendimento anual livre de impostos na ordem dos 900 mil euros. É certo que Neto, em termos fiscais, está inserido no programa “Regressar” - o qual começou em janeiro de 2019 e termina, até ver, a 31 de dezembro de 2023 -, permitindo que sejam excluídos de tributação 50% dos rendimentos do trabalho dependente, mas a SAD, ainda assim, e de acordo com informações recolhidas pelo nosso jornal, admite a redução do vencimento em caso de prolongamento do mesmo. Depois, claro, tudo dependerá do entendimento de Rúben Amorim, que colocou o internacional luso como titular em metade da última temporada, terá, ainda que o técnico olhe para a experiência do atleta como um fator a ter em conta no elenco à sua disposição. Neto, recorde-se, foi paulatinamente assumindo-se como um dos líderes no balneário, tendo efetuado 28 desafios na última época, na qual completou 2123 minutos.

Defesa-central debaixo de mira
Contratar um defesa-central é uma das prioridades dos leões no mercado de transferências, ainda que o número possa aumentar em função da continuidade ou não de Feddal. A preferência vai para um atleta que seja capaz de jogar sobre o lado direito, onde Gonçalo Inácio afirmou-se, mesmo sendo um canhoto. Rúben Amorim olha para Gonçalo Inácio como um atleta capaz de atuar no lado oposto, até ao centro onde tem evoluído Coates, daí que seja o lado direito aquele que preocupe mais, até porque Eduardo Quaresma deverá ser cedido por empréstimo.

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NETO: “É HORA DE TREINAR E TRABALHAR”

Por Sporting CP
29 Jun, 2021

EQUIPA PRINCIPAL

Defesa falou sobre o regresso dos trabalhos

Depois do treino desta terça-feira, no segundo dia da pré-temporada da equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal, Luís Neto falou sobre o regresso dos trabalhos dos Campeões Nacionais. Segundo o jogador verde e branco, “não há qualquer possibilidade de descansar” nesta fase.

“Toda a gente conhece o míster [Rúben Amorim] e a sua liderança. Foi ele próprio a dizer que desde o primeiro dia não há folgas, por isso começamos sempre a 200 por cento e a partir do momento que entramos em campo, seja para treinar ou jogar, não há qualquer possibilidade de descansar. Já tivemos o nosso tempo e agora é hora de treinar e trabalhar. Para já, não temos jogadores novos, ou seja, toda a gente conhece os métodos que temos cá”, começou por dizer o defesa-central à Sporting TV , tendo depois falado do trabalho com bola.

“Acabámos por correr com bola, conhecer cada vez mais os princípios que nos são exigidos, tentando aprimorá-los ainda mais. No futebol não existe limite para o conhecimento, por isso é sempre bom continuarmos e começarmos desde o início a exigir uns aos outros aquilo que ainda podemos fazer melhor”, referiu.

Sobre a grande aposta em jogadores da formação, com muitos deles a integrarem esta pré-temporada às ordens de Rúben Amorim, Luís Neto deu o exemplo do que se passou em 2020/2021 para motivar os que estão a chegar à equipa principal.

“Agora, eles já se conseguem rever no [Gonçalo] Inácio, no [Eduardo] Quaresma, no Tiago Tomás, no [Daniel] Bragança, no Matheus Nunes… Ou seja, é uma janela de oportunidade e eles têm de aproveitar ao máximo. Sabem a exigência que existe e que têm um espaço aberto para, dentro das regras, começarem a aprender e depois explorarem o seu potencial. Dizemos que o ritmo e o tempo para pensar são diferentes daqueles a que estão habituados, mas se querem chegar a um patamar superior é aproveitar isto ao máximo, porque os outros jogadores que fizeram parte no ano passado, como o Bragança, o Matheus Nunes, o Tiago Tomás, o Quaresma ou o Inácio, cresceram muito no treino. Não é só o jogar na equipa principal, mas sim o fazer parte de uma estrutura que funciona muito bem”, garantiu.

O primeiro jogo oficial de 2021/2022 é a Supertaça, contra o SC Braga, e o internacional português explicou que o Sporting CP vai dar tudo para entrar na época com o pé direito.

“É o nosso primeiro objectivo a curto-prazo, um título que queremos muito. Temos ainda uma longa preparação com jogos e estágio para, aqui e ali, ir trabalhando muito, que é aquilo que precisamos neste momento. O nosso objectivo principal é já dia 31 [de Julho] para dar um grande resposta contra o SC Braga e assim poder começar a época da melhor maneira”, considerou.

Por fim, Luís Neto comentou o entusiasmo dos Sportinguistas com o regresso dos trabalhos.

“As pessoas identificaram-se com a equipa, o espírito e a crença do grupo. Sentiram que o Sporting CP estava num bom caminho com princípios fortes. Depois de um ano em que todo o universo Sporting CP conseguiu muitos títulos, não só no futebol, mas em todas as modalidades, é normal que agora, mesmo ainda em situação pandémica, queiram estar mais perto e ver ao vivo aquilo que foram vendo pela televisão no ano passado. Ninguém conseguiu ir ao pavilhão ou ao estádio, por isso é natural que os adeptos queiram regressar também o mais rapidamente possível”, concluiu.

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Palavras de Capitão.

Será importante no balneário esta época e ainda mais nesta fase em que há jovens a serem integrados e que Coates está ausente.

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Que senhor. Sou fã assumido e precisamos muito da liderança dele no balneário. Para renovar.

Com a mentalidade e personalidade que tem, e se as acompanhar de inteligência para perceber o jogo acho que terá tudo para se afirmar como um belíssimo treinador quando um dia pendurar as botas.

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Só o que este homem faz crescer na mentalidade dos putos faz merecer cada cêntimo do seu salário.

O Neto é jogador de campeão, é jogador p estar num grupo forte de superioridade. Passa sempre MUITO bem a mensagem, parece que diz o que nós pensamos e di-lo com sinceridade. Fantástico ver que adora este clube

LUÍS NETO DÁ A RECEITA PARA A NOVA ÉPOCA: «TERÁ DE SER A DOBRAR»

SPORTING 10:23

Luís Neto falou esta manhã no âmbito do estágio que o plantel do Sporting está a realizar em Lagos. O central diz que o grupo não pode agarrar-se ao que foi feito na época passada e tem de dar o dobro para alcançar os seus objetivos.

«A mensagem é que o que ficou do ano passado já passou. Este ano partimos todos do zero e é toda uma nova história. Ninguém se pode agarrar ao que foi feito o ano passado. Se o fizermos, não teremos sucesso. A mensagem é que partimos todos do zero e que jogo a jogo podemos conseguir atingir os nossos objetivos. Sabemos que temos um grupo forte e claro que o que fizemos de bom o ano passado pode partir para este», disse.

«Conseguimos algo de inesperado o ano passado, agora com os mesmos jogadores, com mais quatro ou cinco reforços, temos de ter a mentalidade de elevar os níveis. Terá de ser a dobrar para nos colocarmos num patamar acima e não acharmos que foi tudo perfeito no ano passado e que chega termos sido campeões nacionais. Temos de defender, não o título, mas aquilo que criámos no ano passado», prosseguiu, sempre com o paralelismo da época transata:

«A nível de grupo foi bem patente o tipo de empatia que tínhamos o ano passado, o que muitas vezes não é fácil de conseguir. As coisas acabaram por acontecer bem, o grupo dava-se muito bem, mesmo nos momentos mais negativos. É dar continuidade, toda a gente se conhece e temos à vontade de puxarmos todos uns pelos outros para exigir cada vez mais. É isso que vamos fazer.»

Neste estágio no Algarve, o Sporting já efetuou dois jogos de preparação, ante Portimonense (2-2) e Belenenses SAD (2-1). «Foi dada a oportunidade para todos jogarem 90 minutos e acho que já nos apresentámos a bom nível, apesar de alguns erros. Mas serviu para cimentar os processos que durante as férias possam ter sido um pouco esquecidos, mas a pouco e pouco, com a exigência que o mister nos coloca, temos vindo a acertar mais o detalhe. Temos mais três jogos antes do SC Braga para aperfeiçoarmos o nosso sistema de jogo», considerou Neto, rematando: «Faltam-nos ainda três jogos de preparação. O grupo mantém-se com o mesmo espírito e com a mesma crença. Estamos a criar as raízes para uma temporada que vai ser muito difícil. Continuamos focados.»

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Neto: «Ninguém se pode agarrar ao que foi feito o ano passado»

Central do Sporting revela qual tem sido a mensagem que Amorim tem transmitido ao grupo, antes do arranque oficial da nova época

Neto falou esta segunda-feira aos jornalistas presentes, onde perspetivou aquela que tem sido até ao momento a pré-temporada do Sporting, antes do arranque oficial da época, frente ao Sporting de Braga, para a Supertaça Cândido de Oliveira.

O experiente defesa-central português sublinhou que a equipa ainda tem mais três duelos para entrar da melhor forma possível, no próximo dia 31, enaltecendo aquela que tem sido a mensagem passada por Rúben Amorim para todo o grupo desde o arranque dos trabalhos.

“A mensagem é que o que ficou do ano passado já passou. É toda uma nova história. Ninguém se pode agarrar ao que foi feito o ano passado. Se o fizermos, não teremos sucesso. A mensagem é que partimos todos do zero e que jogo a jogo podemos conseguir atingir os nossos objetivos. O que fizemos de bom o ano passado pode partir para este. O mais importante é estarmos preparados para podemos perder e ganhar a qualquer equipa”, começou por dizer o internacional luso, em declarações à Sporting TV.

Chegada de Seba e Plata aos trabalhos
“Mantém-se aquilo que já era o ano passado. Foi a minha decisão ir para aquele meinho. Estão um pouco mais crescidos, mais agressivos, mas faz parte do nosso início e do nosso treino. Esperamos hoje o Seba e o Plata, as coisas começam a assentar. Faltam-nos três jogos de preparação. O grupo mantém-se com o mesmo espírito e com a mesma crença. Estamos a criar as raízes para uma temporada que vai ser muito difícil. Continuamos focados.”

Jogadores com capacidade para continuar a melhorar
“Foi dada a oportunidade para todos jogarem 90 minutos, serviu para acimentar os processos que durante as férias possam ficar esquecidos. Temos mais três jogos antes do Sp. Braga para aperfeiçoarmos o nosso sistema de jogo. Mesmo a nível de grupo, o desafio é esse. Conseguimos algo de inesperado o ano passado, agora com o mesmo grupo, com mais quatro ou cinco jogadores, temos de dar o dobro e isso é possível com treino, não acharmos que foi tudo perfeito o ano passado e defender, não o título, mas aquilo que fizemos o ano passado. Falei da agressividade no meinho no sentido lúdico e do treino. É encarar isso, o que eu digo do crescimento e de fazer mais, é o Bragança ter 20 jogos e esta temporada fazer 40, por exemplo. Todos eles têm capacidades e são capazes disso.”

Empatia de todo o grupo de trabalho
“A nível de grupo foi bem patente o tipo de empatia que tínhamos o ano passado, o que não é fácil. As coisas acabaram por acontecer bem, o grupo dava-se muito bem, mesmo nos momentos mais negativos. É dar continuidade, toda a gente se conhece e temos o à vontade de puxarmos todos uns pelos outros”, terminou.

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“DEFENDER NÃO O TÍTULO, MAS AQUILO QUE CRIÁMOS NA ÉPOCA PASSADA”

Por Sporting CP
19 Jul, 2021

EQUIPA PRINCIPAL

Luís Neto falou na exigência e elogiou os jovens jogadores

Luís Neto disse, nesta segunda-feira de manhã, antes de mais um treino em Lagos, que o nível de exigência da equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal aumentou e sublinhou que aquilo que foi conquistado na temporada passada não serve de nada para a época que em breve arrancará.

“O que fizemos no ano passado, já passou. Este ano partimos do zero, quer no grupo, quer a nível do campeonato e é toda uma nova história. Ninguém pode amarrar-se àquilo que foi feito no ano passado – melhor marcador, melhor defesa, série invencível. Foi importante, mas, este ano, se nos amarrarmos só a isso, seguramente não teremos sucesso. Partimos do zero e sabemos que jogo a jogo poderemos conseguir bons objectivos”, disse aos jornalistas presentes na sessão de trabalho, acrescentando: “Não podemos achar que foi tudo perfeito no ano passado e que chega o facto de termos ganhado o título nacional”.

“Agora é defender, não o título, mas aquilo que criámos na temporada passada, que é o nosso espírito e aquilo que o grupo transmitia para fora e que levou as pessoas a identificarem-se connosco”, referiu.

Assim, o experiente central comentou que é preciso continuar a crescer e que sente que os mais novos evoluíram muito da época anterior para esta, apontando a um novo crescimento: “Temos de ter a mentalidade de cada um aumentar o seu nível de treino, de descanso e de nutrição. Teremos de ser a dobrar e cada um terá de dar um pouco mais, não em campo, mas no sentido de nos colocarmos num patamar acima”.

“O crescimento que falo é, por exemplo, o Bragança ter feito 20 jogos e este ano fazer 40 ou o Matheus Nunes ter feito três golos e este ano fazer oito. Passa muito por aí o crescimento da equipa, porque acho que eles são capazes e têm potencial. Estão um bocadinho mais crescidos, arrebitados e agressivos até, mas é saudável e gosto muito”, afirmou, falando sobre o estágio: “Tem sido bom, o grupo ainda não está completo, esperamos hoje o Seba e o Plata, mas as coisas começam a assentar e ainda há mais jogos de preparação”.

Dizendo ainda que “o grupo se mantém com o mesmo espírito e crença”, o internacional português comentou também aquilo que achou dos primeiros dois jogos feitos no Algarve.

“Acho que já nos apresentámos a um bom nível, tanto no jogo com o Portimonense SC, como com a Belenenses SAD. Aqui e ali houve alguns erros naturais, mas é o cimentar de processos que, às vezes, quando temos o período de férias, ficam um pouco esquecidos. Agora, a nível de treino e com a exigência, aos poucos começamos a assentar ao detalhe e ainda temos mais jogos antes do encontro com o SC Braga [Supertaça] para tentar ir à perfeição no nosso sistema”.

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