É um tempo de mudança.
De sangue novo.
De independência aos poderes instalados há demasiado tempo.
É o fim do brinquedo Sporting nas mãos de uns quantos, supostamente privilegiados com um dom que lhes permitia fazer deste clube o que bem entendiam, como queriam e quando queriam.
Espero que seja também o tempo de rigor, exigência, competência, paixão, ambição e responsabilização.
De existir uma ideia unificadora que coloque os Sportinguistas a remar para o mesmo lado.
De refundação de valores, que impeçam os Sportinguistas de voltar a aceitar a mediocridade e o falhanço consecutivo de objectivos
De acabar com o achincalhamento do lema do clube. De não haver esforço, não haver dedicação e devoção e muito menos glória.
Que a partir de agora, que se promova a informação dos Sportinguistas e a transparência de gestão.
Que, após muitos anos, se exija o cumprimento do desígnio e dos valores de um clube que nasceu para ser grande.
Que todos os que vestem esta camisola, seja dentro dos campos de futebol, nos pavilhões, nas pistas, nos gabinetes, lutem até à exaustão para deixar o melhor de si, que cerrem os dentes e que nunca desistam da vitória.
É tempo também de muito trabalho.
O novo presidente tem uma tarefa hercúlea pela frente. Vai errar. Vai ser criticado. Sobre ele cairão as frustrações, primeiro daqueles que não acreditaram nele, depois, dos outros. Espero que acerte bem mais do que falhe. Que quando falhe, não seja em medidas vitais. E, acima de tudo, que em valores que devem ser inalienáveis como a responsabilidade, a verdade, a honra e a democracia, Bruno de Carvalho não se desvie um milímetro do que prometeu.
O novo presidente tem em mim um Sportinguista feliz pela honra que os Sportinguistas lhe deram e esperançado num clube mais próximo do que idealizo, mas sempre vigilante.
Boa sorte, presidente!