Concordo, mas vale a pena mencionar, não como desculpa, que isto não é um fenómeno exclusivo do Sporting, ou do futebol mundial, mas de tudo.
Lucro acima de tudo. O capitalismo desenfreado onde só tens direito aquilo que consegues pagar. Tudo tem uma mensalidade, já não és dono de nada, só serves enquanto estiveres a receber um ordenado que te sustente, e trabalhas até caires para o lado 
Queres um telhado, paga a renda! Queres um médico, paga o seguro. 
O Sporting tem de acompanhar a realidade, é verdade, e deve sim ter ofertas premium e parvoíces dessas para quem tem mais dinheiro que bom senso, e tentar sacar euros dos novos-ricos das chinas e arábias, mas sem comprometer os seus valores (se os tiver). Mas há sempre quem venha com conversas tipo “se não dás o cu ao Mendes, não consegues competir”. 
Mas tem de haver uma consciência social, e não tornar a ida ao estádio como algo elitista que só uns podem pagar. A plebe é enrabada em casa pelo monopólio da sport tv.
Hoje em dia é raro encontrar sequer um sitio público onde se possa jogar futebol sem pagar. Descampados já só existem fora das grandes cidades.
Infelizmente como em tudo, se não há uma entidade reguladora (que não se deixe corromper) a coisa descamba nestas loucuras. E quando há uma entidade, vêm os do costume chorar que o governo está a prejudicar a economia e os privados, blá, blá.
Se calhar equipas de futebol profissional deveriam ter de oferecer 50% dos lugares a um valor que fosse indexado ao ordenado mínimo nacional, ou algo semelhante.
Não sei qual é a solução, só gostava de ver gerações futuras a ter a possibilidade de fazer o mesmo que os Sportinguistas fazem há mais de um século, ir ao estádio, estar nas rulotes a conviver, sentar-se numa bancada e ver a bola.