Sporting Tático
51 min
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Sporting 1 – 4 LASK - Destaques
Wendel foi o que mais tentou rumar contra a banalidade e Tomás ainda deu ilusão, mas não há milagres!
Muitos erros individuais, inexistência de um coletivo, futebol previsível, um conjunto de bons rapazes e a inércia de um treinador ditam o primeiro rombo da época!
Adán. Nervosismo incompreensível.
Ao longo do jogo foi notório um nervosismo que não se entende - dada a sua experiência - e que ainda não se tinha visto esta época. Ficou mal na fotografia no golo de livre direto. Fica a ideia que a barreira não estava corretamente posicionada e a reação ao remate foi despropositada. A bola nunca poderá entrar por ali. Negou que o resultado fosse mais avultado.
Porro. Noite desastrosa!
Muito erros, muito nervosismo, maus posicionamentos e uma noite para esquecer. Quase tudo o que fez foi mal feito. Dificuldades a sair a jogar, lidou mal com a pressão alta do adversário, foi perdendo bolas atrás de bolas e com muitos passes errados à mistura. Deu-se mal com a marcação e raramente conseguiu ganhar duelos individuais. Abordagem muita má no segundo golo do LASK e nunca mais se conseguiu recompor. Único aspeto positivo do jogo foi a temporização e passe para Nuno Santos no golo do empate.
Neto. Começou bem mas…
Boa entrada do central português com muita agressividade na marcação e na antecipação às transições do adversário. Com o desenrolar do jogo foi perdendo clarividência e começou a somar erros. Alguma dificuldade com bola quando tinha de sair a jogar e mau posicionamento no quarto golo. Depois da expulsão de Coates perdeu-se em campo.
Coates. Dificuldades.
Não conseguiu ter bola na primeira fase de construção devido à pressão alta. Quando teve, deu-se mal com a pressão do adversário. Alguns cortes e alguma superioridade no futebol aéreo mas juntou-se a uma noite desinspirada da equipa. Contudo, é importante salientar que foi mal expulso e nem sequer havia motivo para marcação de falta.
Feddal. Mau jogo.
Muitas dificuldades nos duelos, nas bolas nas costas e na marcação individual. Somou erros e acusou a pressão da responsabilidade do jogo. Tentou dar critério na saída com bola, mas nem sempre foi feliz. Abordagens infelizes que poderiam ter dilatado o resultado. Nota para o passe muito bom que isola Nuno Mendes no término da partida.
Nuno Mendes. Desaparecido.
A tendência do ala do esquerdo do Sporting demonstrada nos últimos jogos é desaparecer quando a responsabilidade do jogo aumenta. Normal, tendo em conta que ainda tem 18 anos. Ofensivamente foi quase nulo e nunca conseguiu lidar bem com a pressão alta do adversário. Culpas no primeiro golo com uma abordagem que não se pode ter numa bola parada. Culpas no segundo golo porque não acompanhou a subida do lateral que fez o cruzamento e quando subiu no terreno teve a oportunidade de faturar, mas foi muito lento a decidir.
Matheus Nunes. Não foi dos piores!
Alguns fogachos no meio campo, mas quase sempre inconsequente. Tentou ser mais rápido na circulação de bola. Destaque para o momento em que recuperou a bola no meio campo no golo do Sporting e libertou para Porro que viria a dar a Nuno Santos. Desapareceu completamente do jogo na segunda parte.
Wendel. Foi o mais inconformado!
Não fez um grande jogo, mas tentou rumar contra os acontecimentos. Algo individualista no miolo poderia ter libertado a bola mais vezes. Mas estava muito desacompanhado. Porém, foi Wendel que queimou linhas, saiu a jogar e tentou aparecer no último terço. Mas o adversário engoliu o meio campo do Sporting e o esforço do brasileiro foi inglório.
Vietto. Péssimo jogo!
Nunca será útil à equipa naquela posição. Facilmente anulado porque nem tem tempo para respirar. Muito tenrinho, muito macio e pouco agressivo nos duelos. Muitos passes falhados e quando teve a responsabilidade de fazer o último passe esteve péssimo. Está completamente fora de forma e a jogar ali naquela posição é menos um.
Tiago Tomás. Belo golo!
Foi anulado quase em toda a partida porque o adversário nunca deixou que o avançado recebesse a bola entre linhas. Correu, esforçou-se e marcou um belo golo num gesto técnico de grande execução. Mas está muito verdinho para ser titular indiscutível do Sporting. Positivo pelo grande golo. Já leva dois golos em três jogos oficiais.
Nuno Santos. Ali nunca vai dar!
Nuno Santos não é o extremo que o Sporting necessita. Sempre vi a sua contratação como um backup a Nuno Mendes na ala. Como Amorim quer que um interior jogue , dificulta a sua ação porque não é um jogador forte em espaços curtos, não é jogador para atuar de costas para a baliza e não tem qualidade para jogar entre linhas. Nuno Santos é um jogador vertical, de profundidade, de corredor, que gosta de jogar de trás para a frente e gosta de definir quando vai à linha. Nunca será o extremo que o Sporting necessita e muito menos no esquema de Amorim. Fica bem patente a sua ação quando caiu na cara do golo. Tremeu e não assumiu. Excelente cruzamento no golo do empate.
Pote. Um excelente passe a registar!
Entrou numa altura péssima em que o jogo estava decidido. Algumas dificuldades físicas normais e muitas perdas de bola no miolo. Nota de registo para o excelente passe a rasgar que meteu Sporar na cara do golo.
Sporar. Perdeu a alegria.
Entrou algo cabisbaixo na partida. Não deve ser fácil gerir esta situação. É o único ponta de lança disponível no plantel, não é opção e só entrou com o resultado a 1-3. Teve a sua oportunidade para provar que Amorim está errado, mas nota-se que está com uma falta de confiança gritante e falhou.
Antunes. Entrou mal!
Pouco tempo em jogo, mas algumas dificuldades para defender o lado esquerdo da defesa.
Amorim. Levou banho tático!
O adversário era conhecido, já se sabia como jogavam e até apresentou um modelo semelhante ao do Sporting. Amorim continua a apresentar os mesmos problemas: futebol muito previsível, com muitos homens atrás e pouco afluência na frente. Pouca variabilidade num futebol muito fácil de ser anulado. Começa a entrar no registo da invenção quando coloca a equipa sem uma referência atacante e sobretudo quando apresenta um modelo de jogo que não beneficia as características dos seus jogadores. Não conseguiu mudar o estado das coisas ao intervalo e só reagiu quando a eliminatória estava completamente perdida. Os discursos bonitos não ganham jogos e neste momento terminou o estado de graça do treinador do Sporting. Está nas suas mãos mudar modelo de jogo ou apresentar dinâmicas diferentes do que se tem visto. Se não o fizer vai acabar por cair agarrado à sua teimosia.