EXPULSÃO DE PEPE? “SÓ COM SANGUE E UMA FRATURA EXPOSTA”
Miguel Braga, responsável pela comunicação leonina, teceu duras críticas à Comissão de Instrutores da Liga por arquivar queixa dos leões contra o jogador do Porto, falando em “total impunidade”
Redação
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21 de Setembro 2021, 12:24

Miguel Braga, responsável de comunicação do Sporting, teceu duras críticas à Comissão de Instrutores (CI) da Liga. Em causa está a decisão de arquivar o pedido leonino relativo à elaboração de um auto de flagrante delito a Pepe, na sequência do lance polémico com Coates no Clássico.
“Murro que o Pepe dá no Coates não é um murro claro para os Instrutores da Liga”
“O que os Instrutores da Liga responderam, no fundo, é que as imagens não mostraram de forma clara, evidente e inequívoca que foi cometida uma infração. Ou seja, este murro que o Pepe dá no Coates não é um murro claro, nem evidente, nem inequívoco para os Instrutores da Liga. O que me deixa logo a pergunta: o que é que será claro e evidente? Se o Pepe entrar com uma matraca dentro do jogo? Não sei. Se o Coates jorrasse sangue? Faz-me a maior confusão, ainda para mais tendo uma Liga que é presidida por aquele que foi considerado e que se dizia muito que era o melhor árbitro português”, começou por dizer à Sporting TV.
“Ele cerra os dentes, dá-lhe um murro na cara e isto para alguém não é claro”
“Parece que estamos todos aqui a brincar e que se deixe que o Pepe faça estas coisas dentro do campo. Volto a dizer, não está em causa o Pepe, a pessoa, está em causa um jogador do FC Porto que deu um murro nos queixos a um jogador do Sporting. Temos a sorte de ter uma câmara de televisão que está a ver de perto o lance. Ele cerra os dentes, dá-lhe um murro na cara e isto para alguém não é claro, nem evidente, nem inequívoco. Eu adorava saber a explicação dos senhores da Liga. Certa impunidade é ser simpático. Isto não é uma certa, é a total impunidade”, acrescentou Miguel Braga.
“Parece que só com sangue e com uma fratura exposta é que considerassem um lance claro”
“Faz-me muita confusão que os Instrutores da Liga olhem para isto e achem que isto não é um lance claro, evidente e inequívoco. E se vamos estar atentos a exibições de árbitros, acho que também vamos ter de estar atentos ao que dizem estes Instrutores da Liga em casos futuros. Porque, volto a dizer, parece que só com sangue e com uma fratura exposta é que talvez considerassem que era um lance claro e inequívoco. Não se consegue perceber como é que alguém olha para isto e diz que está tudo bem”, referiu, finalizando ao explicar a participação leonina ao Conselho de Disciplina.
“Eu acho que isto é um caso de Justiça elementar”
“O Sporting fez uma participação ao Conselho de Disciplina sobre este lance, para dar origem a um processo disciplinar. Obviamente, não é o processo sumário, mas esperemos que do lado da Federação, de forma mais ponderada, tenham acesso a esta repetição, se calhar os senhores da Liga não tiveram, e digam de sua justiça. Eu acho que isto é um caso de Justiça elementar”, concluiu.