O “Le Cirque du Soleil” está de volta a Portugal, já em Outubro.
Desde pequeno, sempre gostei muito de circo. O meu pai levava-me a mim e ao meu irmão, ao Coliseu dos Recreios, em Lisboa, todos os natais para ver o maior espectáculo do Mundo.
As luzes, os fatos, os números variados fascinavam-me. Mas à medida que fui crescendo fui perdendo o interesse.
Até que um dia, aí há uns 9/10 anos, estava a ver televisão com a minha filha, que na altura deveria ter uns 3/4 anos, e vi um espectáculo diferente. Parecia circo pois tinha números de circo. Mas tinha música e canções que não eram nada aquelas a que me tinha habituado nos espectáculos de circo. Até os próprios fatos dos artistas e a maquilhagem eram completamente diferentes.
Claro que o espectáculo interessou-me mais a mim do que à minha filha que logo arranjou uma “Polly” para brincar e me deixou a mim sózinho a ver. Ainda por cima, não tinha nenhum número com animais. Que chatice para a Inês que gostava tanto de cãezinhos e cavalinhos e macaquinhos. Não havia nada disso…
Quando o espectáculo terminou (já sem a Inês por perto que entretanto se tinha entretido a deitas as bonecas todas alinhadinhas no chão para fazer óó) vi que se tratava da companhia “Le Cirque du Soleil”, uma companhia de circo canadense da qual nunca tinha ouvido falar até à data.
Para quem não conhece, deixo aqui alguma informação que “googlei” e que vos pode dar uma ideia da dimensão deste projecto:
[i]O “Cirque du Soleil” foi fundado em Quebec em 1984 por dois ex-artistas de rua, Guy Laliberté e Daniel Gauthier, em resposta a um apelo feito pelo Commissariat général aux célébrations 1534-1984 do governo de Quebec, sobre a comemoração do 450º aniversário da descoberta do Canadá pelo explorador francês Jacques Cartier (1491-1557). Em 2000, Guy Laliberté comprou a parte do circo referente a Gauthier, que deixou a companhia e agora é dono da área de ski Le Massif, no rio St. Lawrence em Quebec. Atualmente o Cirque du Soleil é dirigido por Guy Laliberté, proprietário de 95% do patrimônio do Cirque e na lista de bilionários da revista Forbes. Le Grand Tour du Cirque du Soleil fez grande sucesso em 1984, e após dois anos de fundação, Laliberté contou com a ajuda de Guy Caron, do National Circus School, para recriar a arte circense de modo particular.
Cada espetáculo do Cirque du Soleil é a síntese da inovação do circo, contando com enredo, cenário e vestuário próprios, bem como música ao vivo durante as apresentações.
De 1990 a 2000, o Cirque expandiu rapidamente, passando de um show com 73 artistas em 1984, para mais de 3.500 empregados, em mais de 40 países, com 15 espetáculos apresentados simultaneamente e lucro anual estimado em US$ 600 milhões.
As criações do Cirque du Soleil já ganharam diversos prémios, tais como Bambi, Rose d’Or, Gemini e o Emmy. Em 2004, a Interbrand consultoria classificou o nome Cirque du Soleil como o 22º nome de maior impacto global.[/i]
[i]O Cirque du Soleil tem sido descrito como um “circo moderno” cheio de histórias e performances estonteantes, os shows não utilizam animais. Há vários espetáculos rodando o mundo e outros fixos em cidades como Orlando e Las Vegas (EUA).
Cirque du Soleil itinerante no parque Villa-Lobos, no município de São Paulo.Recruta artistas e números de circo de toda parte. O elenco é composto por artistas de mais de 40 nacionalidades. Os números sofrem influência do teatro mambembe, do próprio mundo circense, da ópera, do balé e do rock.
O espetáculo começa através de um conceito criativo, geralmente com elementos de uma história central, aliada ao desenvolvimento do design do show e a seleção de um compositor para a música.
Há contorcionismo, malabarismo, palhaços e trapezistas, todos com roupas coloridas e maquiagens. Demonstra traços medievais e barrocos. Os shows fazem uso de música ao vivo, a língua falada durante o espetáculo é o “Cirquish”, um dialeto imaginário criado pela companhia.
A trupe do circo é hoje membro da Calçada da Fama do Canadá.
Suas performances disponibilizam-se em DVDs e CDs e estão sempre com espetáculos em toda parte do planeta.[/i]
Fonte: Wikipédia
Na altura em que vi um espectáculo pela primeira vez, lembro-me de pensar que ver o espectáculo ao vivo seria fantástico e de pensar que dificilmente o conseguiria, a viver em Portugal. Fui compensando essa mágoa comprando os espectáculos em DVD: “Corteo”, “La Nuba”, “Dralion”, “Varekai”, “Quidam”, “Kooza”… Estes são alguns dos nomes dos espectáculos maravilhosos e diferentes que tenho em caso.
Mas, o meu desejo afinal realizou-se. Não pude, infelizmente vê-los na primeira vez que vieram a Portugal, há cerca de 3/4 anos, onde deram um espectáculo extraordinário no “chapitô” que esteve ali no Passeio Marítimo de Algés. Mas no ano passado não faltei. Tive ocasião, com a família, de ver o espectáculo “Varekai”, do “Cirque du Soleil”, uma maravilha para os sentidos. Quando o espectáculo terminou, saimos cheios de pena e com a determinação de que se ele cá voltasse, fariamos todos os possíveis para estar novamente presentes.
E felizmente eles vão voltar. Em Outubro. No Pavilhão Atlântico. Com o espectáculo: “Saltimbanco”, o mais antigo que têm no seu “portfolio”.
É verdade que não é um espectáculo barato. Porque não é um espectáculo de circo tradicional, não é um espectáculo para ir ver com crianças muito pequeninas. Penso que só a partir dos 9/10 anos é que se aprecia verdadeiramente a beleza e a complexidade do espectáculo e se tem uma reacção à envolvência do mesmo.
Quem já viu, decerto que percebe o entusiasmo com que falo desta experiência extraordinária, passe a publicidade. Quem nunca viu, porque não experimenta? Vai gostar de certeza.
Vá lá. Vamos ao Cirque du Soleil… Vale muito a pena… Eu já tenho bilhetes para mim e para a minha família. E vocês, de que é que estão à espera? :mrgreen: