Leão segura-se a si próprio

[i]Leão segura-se a si próprio

Pela primeira vez em cinco anos o Sporting conseguiu abarcar todos os seguros que envolvem a sua actividade. Aos do clube juntou, também, os da SAD, numa operação que custa cerca de 1,8 milhões de euros por ano. Para a sociedade que gere o futebol profissional a mudança representa uma redução de despesas em mais de 300 mil euros. Para a sociedade Sporting, Seguros, um aumento da sua facturação anual em cerca de 80 mil euros.

Foi em Maio de 2001 que o Sporting decidiu expandir o seu negócio. Desta feita a aposta na área de seguros, que tinha subjacente a intenção de conseguir condições mais vantajosas para os seguros que clube e SAD, anualmente, eram obrigados a subscrever por força da sua actividade desportiva. Sem know how nesta área específica de negócio, o Sporting decidiu estabelecer uma parceria com dois corretores existentes no mercado português: a Villas-Boas e a Corbroker. Cada uma detém uma quota idêntica na sociedade (12,5 por cento do capital), ficando os leões com maioria qualificada de 75 por cento. Assim, ao número de empresas já existentes, a direcção leonina decidiu criar a Sporting, Seguros, que, desde a sua escritura, apenas ficou com os seguros do clube mas não da SAD.
Foram precisos mais de cinco anos para que essa sociedade conseguisse, pelo menos, abarcar todos os seguros relacionados com a sua actividade. Foi o que sucedeu este ano. Em concurso lançado antes do início oficial da temporada, a Sporting, Seguros, conseguiu encontrar condições mais vantajosas no mercado e permitir que a empresa criada pelo grupo leonino conseguisse acumular os seguros do clube com os da SAD, que custam por ano qualquer coisa como 1,8 milhões de euros.

SAD poupa mais de 300 mil euros

A mudança de seguros na sociedade que gere o futebol permitiu uma redução de custos na ordem dos 300 mil euros e, consequentemente, um aumento da facturação da Sporting, Seguros em cerca de 80 mil euros — estão previstos lucros estimados em cerca de 190 mil euros.
Entre os aspectos mais significativos do novo programa de seguros estão a redução, em cerca de 340 mil euros, no seguro de acidentes de trabalho e mais 25 mil euros no ramo dos seguros de acidentes pessoais, além de outras benesses que reduzem os encargos da SAD, como por exemplo exames médicos, cirurgias e situações similares.
Além disso foram estabelecidos alguns protocolos para que, sem descurar o serviço prestado, todas as requisições médicas sejam feitas pela direcção clínica da SAD em nome da seguradora.
Uma medida de gestão que veio ao encontro das preocupações do presidente Filipe Soares Franco e também das exigências das entidades bancárias que patrocinaram a modernização do clube aquando da renegociação do project finance, em reduzir custos e aumentar as receitas nos próximos anos.
Em Alvalade, e apesar dos milhões que a equipa já conseguiu com o sucesso que representou a venda das Gamebox e do significativo encaixe financeiro pela entrada directa na Liga dos Campeões, o tempo ainda é de apertar o… cinto.[/i]

in A BOLA

Existia alguem neste fórum com uma estória interessante sobre os seguros do SCP, mas isto da esclerose vai subindo e varreu-se mesmo, mas é engraçado ver agora tomadas as medidas k podiam ter sido tomadas há 4 ou 5 anos, mas vale mais tarde que nunca…

Não percebo a relação entre a constituição da sociedade (quando se falava de diminuir o número de sociedades…), e sobretudo (talvez derive daí) exactamente quais as actividades que a sociedade pode desempenhar no mercado segurador, já que parecem ir além da simples mediação para “venda” a outras unidade do Grupo Sporting, pois não as encontro exactamente especificadas. Se alguém souber de mais artigos sobre este tema, por favor coloque aqui. Obrigado.

A constituição de sociedades mediadoras de seguros por parte dos clubes pode ser um bom negócio, da parte do clube são vários os benefícios, um dos quais prende-se com reduções substanciais dos prémios a pagar em seguros em que o segurado é o próprio clube; outro benefício que podem obter é com as comissões na venda dos seguros aos associados ( e não só ), claramente existem sinergias para que este negócio prospere.

Reparem que o universo de sócios e simpatizantes dum clube é enorme e se, se obtiverem descontos significativos mudam para a mediadora do clube, ganham em descontos e o clube ganha ( se o volume for grande ) importantes comissões, exemplos destes casos não são raros, por exemplo, existe uma mediadora de um clube ( fcporto ) a Porto Seguro ( foram felizes no nome ) que segundo li é, em termos de volume de vendas, a maior mediadora de seguros da cidade.

Existia alguem neste fórum com uma estória interessante sobre os seguros do SCP, mas isto da esclerose vai subindo e varreu-se mesmo, mas é engraçado ver agora tomadas as medidas k podiam ter sido tomadas há 4 ou 5 anos, mas vale mais tarde que nunca...

Penso que referes uma história que eu contei, relacionada não só com seguros mas com o patrocínio da equipa de futsal. Essa história data do tempo em que o grande Meireles mandava. Recebeu uma proposta de patrocínio da equipa de futsal mas que surgia agregada a uma proposta também ela muito vantajosa de assunção dos seguros do clube a um custo mais baixo do que o Sporting pagava, a única coisa que a empresa pedia era acesso aos dados de todos os seguros para poder apresentar uma proposta inferior global que compensasse o Sporting. Meireles convidou a empresa a avançar para o patrocínio e quanto aos seguros “logo se via”, obviamente mandaram-no à merda.

Relativamente a este assunto penso que na altura existia algo interessante em redor do passado do Meireles e da seguradora envolvida.

Cerca de 120 associados do Sporting aprovaram ontem, em AG, as contas relativas ao último exercício, que terminou com um resultado operacional de 316 mil euros positivos – contra os orçamentados 1,046 milhões – e um resultado líquido de 36 mil euros negativos – contra os 813 mil previstos.

Os desvios registados ficaram a dever-se a prejuízos nas modalidades, Bingo, jornal do clube, ao aumento das taxas de juro e ao pagamento de indemnizações por rescisões antecipadas.

O relatório passou com 776 votos a favor, 62 abstenções e zero votos contra, o que deixa transparecer a forma serena como decorreu a reunião magna, que durou pouco mais de 1 hora e, na qual foi aprovada uma moção de louvor ao Conselho Directivo e total solidariedade com as diversas equipas do clube.

A proposta foi aprovada com duas abstenções (de Soares Franco e Ribeiro Teles).

A constituição de sociedades mediadoras de seguros por parte dos clubes pode ser um bom negócio, da parte do clube são vários os benefícios, um dos quais prende-se com reduções substanciais dos prémios a pagar em seguros em que o segurado é o próprio clube; outro benefício que podem obter é com as comissões na venda dos seguros aos associados ( e não só ), claramente existem sinergias para que este negócio prospere.

Reparem que o universo de sócios e simpatizantes dum clube é enorme e se, se obtiverem descontos significativos mudam para a mediadora do clube, ganham em descontos e o clube ganha ( se o volume for grande ) importantes comissões, exemplos destes casos não são raros, por exemplo, existe uma mediadora de um clube ( fcporto ) a Porto Seguro ( foram felizes no nome ) que segundo li é, em termos de volume de vendas, a maior mediadora de seguros da cidade.

De facto, parece-me que é uma boa ideia!

A constituição de sociedades mediadoras de seguros por parte dos clubes pode ser um bom negócio, da parte do clube são vários os benefícios, um dos quais prende-se com reduções substanciais dos prémios a pagar em seguros em que o segurado é o próprio clube; outro benefício que podem obter é com as comissões na venda dos seguros aos associados ( e não só ), claramente existem sinergias para que este negócio prospere.

Reparem que o universo de sócios e simpatizantes dum clube é enorme e se, se obtiverem descontos significativos mudam para a mediadora do clube, ganham em descontos e o clube ganha ( se o volume for grande ) importantes comissões, exemplos destes casos não são raros, por exemplo, existe uma mediadora de um clube ( fcporto ) a Porto Seguro ( foram felizes no nome ) que segundo li é, em termos de volume de vendas, a maior mediadora de seguros da cidade.

De facto, parece-me que é uma boa ideia!

De facto parece boa ideia, é preciso é que a Mediadora seja bem gerida.

O problema é que os 10 anos anteriores das várias empresas do Grupo SCP não auguram nada de bom.

Constata-se que na actividade seguradora não se aplica a doutrina franquista de reduzir a operação do Clube ao seu core desportivo. Neste caso a forma encontrada para acautelar a falta de know how específico foi a associação com dois parceiros do ramo. Noutros negócios, “misteriosamente”, o rumo foi a liquidação pura e simples… :arrow: