Este senhor também merece um tópico, nem que seja porque foi campeão!
Esta notícia merece ser lida, então não é que o nosso Ayew agora é Padre da sua própria Igreja?
A realidade de Kwame Ayew começou num sonho. O antigo avançado que brilhou em Portugal com as camisolas de Leiria, Vitória de Setúbal, Boavista e Sporting, actualmente com 38 anos, ouviu uma voz enquanto dormia a sesta e percebeu que era Deus a chamá-lo. Seguiu a sua palavra e agora é padre em Accra, capital do Gana, o seu país natal, tendo criado uma igreja há cerca de dois anos. "Curei muitas pessoas com cancro e outras doenças. Há muita gente que não acredita que eu, um jogador que ganhou quase tudo, faça isso. Mas vêm ver e é verdade", garante.Durante alguns anos, fez parte da “Vineyard Chapel”, mas em 2009 ouviu ordens de Deus para criar a sua própria Igreja. “Eu não tinha terreno, não tinha espaço, nada. Mas Ele disse-me ‘Vais começar a Igreja em tua casa’. Foi assim que comecei: juntei a minha família, algumas pessoas de fora e fiz da minha casa uma igreja durante um ano e pouco”, revela. Tudo mudou algum tempo depois, quando finalmente conseguiu “construir uma Igreja que leva mais de 1000 pessoas”, bem perto de sua casa. “O nome desta igreja é ‘Pastores de Jesus Cristo, o Senhor’”, informa.
A nova vida cristã de Ayew começou num país maioritariamente muçulmano, a Turquia, onde representou Yozgatspor e Kocaelispor. “Um dia, depois do treino, estava no quarto a dormir e alguém chegou e disse-me ‘Levanta-te, que quero mostrar-te uma coisa’. Foi um sonho, mas tudo muito real. Eu perguntei ‘Quem és tu?’ e essa pessoa disse-me que isso não interessava. Era um anjo. No meu sonho, saímos os dois pela janela e fomos a uma casa, onde havia muitas pessoas, de todas as raças e cores. Chegámos lá e esse anjo disse-me ‘Quero que faças coisas boas na Terra. Chamei-te para falares às pessoas da palavra de Deus’”, conta. Ao acordar, Ayew ficou “assustado”. “Foi a primeira vez que isto me aconteceu e não contei a ninguém. Mas comecei a ler a Bíblia e fui passando essa mensagens a várias pessoas”, recorda.
O passo seguinte foi a China, onde jogou no Changsha Ginde e no Inter Shanghai. Nesta última cidade, houve um militar norte-americano colocado numa base próxima que o abordou na rua para lhe falar da palavra de Jesus Cristo. “Disse-me que havia um grupo de pessoas que se costumavam juntar todas as quintas-feiras em casa dele para fazer orações e convidou-me para ir também. Sempre que não tinha treino ou jogo e estava disponível, eu ia”, prossegue.
Até que, numa semana, Ayew foi desafiado a orientar as orações do grupo. “Eu só pensava que não era capaz de o fazer. Mas ouvi uma voz a dizer-me ‘Vai lá’. Não foi durante o sonho, estava acordado, mas ouvi essa voz dizer-me isso. Eu concordei, disse que iria falar para todos. E essa voz disse-me ‘Não és tu que vais falar, sou Eu. Sou Eu que vou falar através de ti, da tua voz’. Foi assim que comecei como pastor”, lembra. “Quando eu estava diante das outras pessoas, todas percebiam que não era eu que realmente falava, era Deus que usava a minha voz”, assegura. Por ter a certeza de que é Ele que fala com o seu corpo, Ayew nunca precisou de nenhum curso ou formação para ser padre. “Vem tudo directamente de Deus”, reafirma.
Agora, a missão religiosa preenche totalmente a vida deste ex-futebolista. “Temos a missa ao domingo, como em quase todas as igrejas, e também à terça-feira de manhã. Às sextas à noite, também nos juntamos, mas não para fazer missas: as pessoas que têm problemas vêm e falamos sobre isso”, descreve, adiantando que “em média há entre 100 e 120 pessoas” nas cerimónias. “Na última sexta-feira de cada mês há ainda uma vigília entre as 11 da noite e as 4 da manhã. Rezamos, cantamos, falamos com Deus”, diz.
O resto do tempo livre é passado de carro, em missões de evangelização por aldeias e vilas do Gana. “Falamos da palavra de Deus às pessoas e ajudamos os mais pobres com comida e outros bens. Passo os dias quase todos assim”, explica Ayew, com a mesma convicção com que atirava à baliza para marcar golo.
É de destacar o sentimento que este jogador ainda mostra nutrir pelo clube. E que mesmo estando no Gana, mostra ser conhecedor da nossa realidade atual