Pontapé de saída do jogo.

O jogo iniciou-se com o Setúbal a querer tomar rapidamente o domínio da partida, beneficiando da pequena dimensão do campo, que prejudicou o estilo de jogo do Sporting. A equipa leonina tentou reagir a essa pressão inicial, equilibrando a partida mas a luta a meio campo era o aspecto predominante. Apenas aos 11 minutos, o Sporting conseguiu rematar à baliza, por intermédio de João Martins que recebeu a bola, após passe de calcanhar de Diogo Tavares, mas Moretto defendeu. O jogo não estava a ser bonito nem bem disputado, dado que a bola andava muito pelo ar e longe das balizas. O Setúbal usou e abusou de alguma dureza na disputa dos lances, que o trio de arbitragem não sancionou devidamente, ao longo de todo o jogo. Aos 21 minutos, David Caiado sofreu uma entrada mais dura e merecedora de cartão amarelo, que o árbitro optou por não mostrar. No minuto seguinte registou-se a ocasião mais perigosa do jogo. David Caiado bateu um canto do lado esquerdo, com a bola a atravessar a pequena área sem que ninguém a tocasse.
Por esta altura, o Vitória dominava territorialmente mas sem provocar grande perigo. As faltas ao contrário eram a tónica do trio de arbitragem, o que contribuiu para o enervamento dos nossos jogadores. À passagem da meia hora, houve duas ocasiões de golo mas Diogo Tavares rematou à figura e Tiago Pinto, na cobrança de um livre directo, rematou por cima. Aos 39 minutos, o Setúbal teve a sua oportunidade mais flagrante, com um dos avançados a isolar-se mas Rui Patrício, com uma boa saída, fez a mancha e defendeu para canto.
O nosso guarda-redes também merece destaque, ei-lo incentivando os seus companheiros.

Ao minuto 42, o SCP inaugurou o marcador. Após um cruzamento para a área e alguma disputa da bola pelo ar, Diogo Tavares ficou isolado perante Moretto e rematou para o fundo das redes. Estava feito o 0-1. Até ao intervalo destaque para um remate de David Caiado ao lado.
Na segunda parte, o Vitória tornou a entrar mais forte e a prova disso é que empatou o jogo aos 51 minutos. De um cruzamento da esquerda, Rui Patrício defendeu com uma palmada e a bola ficou à mercê de um vitoriano, isolado e sem marcação, que só teve que a empurrar para o fundo da baliza. Estava feito o 1-1. O SCP tentou reagir de pronto, aproveitando igualmente a quebra física dos jogadores do Vitória. Tiago Pinto, em novo livre directo, rematou ao lado da baliza.
Como se não bastassem as faltas ao contrário e a permissividade para com a dureza dos setubalenses, o árbitro encarregou-se de admoestar os jogadores do SCP, em várias ocasiões. Ao minuto 57, André Nogueira viu cartão amarelo por empurrar um adversário, ao tentar que este despachasse um lançamento. O mesmo André Nogueira viria a sair lesionado um pouco mais tarde, dando o seu lugar a Vasco Campos. Aos 65 minutos, João Martins bateu um livre e Simão Coutinho cabeceou ao lado. Na jogada imediata, o Setúbal rematou por cima. Ao minuto 70, mais um remate sadino dentro da nossa grande área a que Rui Patrício respondeu, defendendo com os pés. De seguida, saiu Sebastião Nogueira entrando Bruno Pereirinha. Não concordámos com a saída do pequeno extremo-direito, dado que estava a fazer uma boa exibição.
Aos 75 minutos, Pedro Celestino rematou por cima. Na jogada seguinte, ataque do Vitória com nova defesa de Rui Patrício. Pouco depois, a última alteração do Sporting com a saída de Diogo Tavares e a entrada de Tomané. Mais uma vez, consideramos que Luís Martins foi pouco ousado nas substituições, limitando-se a trocar um ponta de lança por outro numa altura crucial da partida, em que ainda havia tempo suficiente para marcar o golo que nos daria a vitória. Na jogada imediata Bruno Pereirinha foi travado em falta na área sadina, ficando um penalty por assinalar. O defesa sadino, derrubou Pereirinha, prendendo-lhe as pernas! Os nervos dos jogadores leoninos aumentavam e João Martins, sempre inconformado, rematou de longe mas ao lado.
Até ao final da partida houve tempo para mais manifestações de incompetência por parte do árbitro. Mostrou cartão amarelo a Bruno Pereirinha por mão na bola, quando esta tinha sido rematada à queima-roupa por um adversário. Num lance de ataque do SCP, Moretto defendeu um remate de longe, não agarrando a bola. Tomané foi mais rápido, chegou primeiro e rematou contra a cabeça do guardião brasileiro. Levou cartão amarelo, porque o árbitro considerou que Moretto tinha a bola em seu poder. Os sadinos pediam cartão vermelho. Não o mostrou a Tomané mas mostrou-o directo a Zezinando, por uma entrada mais dura a meio campo, que talvez justificasse apenas o cartão amarelo. Isto numa fase em que o Sporting tentava o tudo por tudo, com Tomané, Bruno Pereirinha, David Caiado e João Martins a evidenciarem-se na busca do golo.
O jogo terminou empatado a uma bola, resultado que consideramos justo, tendo em conta o que foi produzido por ambas as equipas.