José Travassos

Declarações de António Travassos (filho de José Travassos) no Troféu Cinco Violinos (1/8/2015) - YouTube

SABIA QUE…

Travassos antes de se estrear na equipa de Futebol do Sporting, já representara o Clube no Atletismo, tendo na época de 1946 participado nos Campeonatos Regionais de Principiantes e integrado a equipa do Sporting que ganhou pela terceira vez na história do Clube, o Campeonato Nacional de Atletismo, competição onde correu os 200m e a estafeta dos 4x100m.

Quem o reconhece na foto?!

https://www.wikisporting.com/index.php?title=A terceira vitória do Sporting no Campeonato Nacional de Atletismo Masculino

É o que vai à frente, e bem à frente, mesmo na pista exterior.

Não fazia ideia.

Obrigado, [member=8653]nunoni , por me ajudares a conhecer melhor a nossa história! :beer:

foi o to-mane que desencantou este preciosidade!

- YouTube

O HOMEM QUE NASCEU TRAVASSOS E SE TORNOU O ZÉ DA EUROPA
Por Jornal Sporting
28 Jul, 2016
CLUBE
Com brilhantina no cabelo e magia nos pés, o rapaz que aos 13 anos foi convidado a comer mais batatas e bacalhau tornou-se num dos eternos cinco violinos. Até a Europa se rendeu ao seu futebol perfumado

Estava de férias, na Costa da Caparica, em pleno Verão de 1955, quando recebeu um telegrama inesperado – e totalmente inédito no futebol nacional – a convocá-lo para alinhar na Selecção da Europa, que iria defrontar a Grã-Bretanha, em Belfast, na festa do 75.º aniversário da Federação Irlandesa de futebol.

Primeiro achou que fosse uma brincadeira de mau gosto, mas quando percebeu que o convite era oficial, Travassos foi para Alvalade treinar. Correu na pista de atletismo, praticou ginástica e exercitou-se com uma bola de borracha. Mas não ficou por aqui: todos os dias de manhã, levantava-se bem cedo para esticar as pernas com um pouco de ‘jogging’ na Costa. O esforço valeu a pena e não tardou a encantar a crítica. Mesmo aos 33 anos, quando o Violino já não tinha a mesma melodia. Dos seus pés saíram dois golos: “Ganhámos por 4-1, mas podíamos ter dado 10 à Inglaterra!”, afirmou depois do jogo.

Recebeu 25 libras como prémio, uma placa comemorativa e fez as malas para Lisboa. À chegada ao aeroporto da Portela, tinha à sua espera uma multidão em festa que o baptizou de Zé da Europa. Uma alcunha honrosa para aquele menino que em 1922 nasceu na quinta do Lumiar – onde estava erguida a bancada nova do antigo estádio José Alvalade –, com o nome de José Travassos. Prova disso são as palavras de um jornalista inglês enviado a Belfast: “Portugal não figura entre os seis primeiros países da Europa do futebol, mas possui um interior-direito que vale quatro mil contos. Com um penteado impecável, é tão brilhante com os pés como o seu inalterável penteado de brilhantina”.

De facto, a visão de jogo apurada, a capacidade de remate, os passes fabulosos, os dribles estonteantes e a veia goleadora, eram qualidades ímpares que fizeram do médio criativo um fora de série. Um autêntico estratega no meio campo do Sporting, que de leão ao peito marcou as décadas de 40 e 50 com vários títulos: oito Campeonatos Nacionais, duas Taças de Portugal, um Campeonato de Lisboa e uma Taça 1.ª Categoria. Ao lado de nomes como Jesus Correia, Albano, Peyroteo e Vasques, formou uma linha ofensiva inesquecível, tornando-se um dos eternos Cinco Violinos.

Um feito impensável para o jogador que aos 13 anos era aprendiz de torneiro e ao tentar realizar o seu sonho de jogar no Sporting, viu o técnico Joseph Szabo mandá-lo comer bacalhau com batatas por ser demasiado esguio. Ainda assim, Travassos nunca deixou de amar o seu Clube e mais tarde, quando foi cobiçado pelo FC Porto, numa altura em que jogava na CUF, deixou o seu Sportinguismo falar mais alto (1946). Com um ordenado de 700 escudos por mês, justificou a contratação com três golos no dérbi dessa época frente ao Benfica (6-1), que lhe valeram um relógio de ouro como prémio.

Ao fim de 13 épocas de leão ao peito, e inúmeras lesões – as entradas duras dos adversários obrigaram-no a retirar três dos quatro meniscos –, decidiu pendurar as botas e deixar o negócio de arcas refrigerantes, que montou com Vasques, para se dedicar à caça, a sua outra grande paixão.

Faleceu em 2002, aos 75 anos, como um dos melhores médios portugueses de sempre. Leia-se Travassos, ou Zé da Europa, se preferir.

Travassos em números:

Temporadas: 13

Títulos: 8 Campeonatos Nacionais, 2 Taças de Portugal, 1 Campeonato de Lisboa 1, Taça 1.ª Categoria

Jogos: 321

Golos: 127

Lista de vítimas: Académica: 15 golos; Sp. Covilhã: 11 golos; Oriental: 10 golos; Elvas: 9 golos; V. Guimarães: 9 golos;Belenenses: 9 golos; Benfica: 8 golos; Atlético: 8 golos; Estoril: 7 golos; V. Setúbal: 6 golos; Barreirense: 6 golos; FC Porto: 4 golos; Sp. Braga: 4 golos; Caldas: 3 golos; Famalicão: 2 golos; Lusitano VRSA: 2 golos; Boavista: 2 golos; Olhanense: 2 golos; Salgueiros: 2 golos; Lusitano Évora: 2 golos; CUF: 2 golos; Atl. Madrid: 1 golo; Marítimo: 1 golo; Despertar Beja: 1 golo; Leixões: 1 golo

https://twitter.com/Sporting_CP/status/758754357437313024

https://twitter.com/selecaoportugal/status/966621089513201664

https://twitter.com/Sporting_CP/status/966655877938860033

Lendas do Universo Sportinguista: José Travassos Por Jorge Faria Sousa - 02/04/2018

Uma das lendas que vestiu a camisola verde e branca, um dos executantes da orquestra dos “cinco violinos”.

José Travassos iniciou a sua carreira no futebol português, ao serviço do histórico clube da CUF. Na temporada 1942/1943 começou a sua caminhada no futebol português, tendo estado ao serviço da equipa de juniores. Durante três temporadas vestiu a camisola da CUF, até se transferir para o Sporting, existindo na altura uma disputa entre leões e o Porto na aquisição de José Travassos.

No Sporting Clube de Portugal, Travassos, é uma lenda, um dos atletas que marcou a história do clube leonino. No clube de Alvalade, há uma curiosidade além de ser um campeão nas quatro linhas, foi campeão nacional de atletismo, na época de 1946.

Na sua época de estreia no Sporting, disputou o seu primeiro dérbi. Frente ao Benfica, Travassos marcou 3 golos, numa vitória dos leões por 6-1 a contar para o campeonato nacional.

Com a camisola verde e branca realizou 321 jogos oficiais e marcou 126 golos, tendo conquistado 8 Campeonatos Nacionais, 2 Taças de Portugal e 2 Campeonatos de Lisboa. Uma carreira repleta de títulos, sendo um dos motores dos míticos “cinco violinos”.

O histórico José Travassos, também conhecido por Zé da Europa foi o primeiro jogador português a ser chamado para a seleção da Europa, tendo, a 13 de Agosto 1955, disputado um jogo comemorativo do 75º aniversário da Federação Irlandesa. Pela seleção portuguesa foi internacional por 35 ocasiões, nos quais marcou 6 golos.

Travassos foi um atleta que marcou a história do futebol nacional e do Sporting. Uma carreira repleta de títulos, golos e vitórias, onde chegou a capitanear a equipa do Sporting.

Bola na Rede


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Sporting Clube de Portugal

2 h ·

José Travassos, conhecido como “Zé da Europa” e um dos Cinco violinos, faria hoje 94 anos. :violin: :lion: :green_heart: #SportingCP

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Acabei de descobrir que existe um filme da British Pathé do famoso jogo que deu ao Travassos a alcunha de Zé da Europa! :star_struck:

Foi uma vitória da seleção da Europa por 4-1 sobre o Reino Unido. O Travassos teve a honra de usar a camisola 10 de uma seleção da Europa que além dele contava com Lorenzo Buffon, Alfons Van Brandt, Robert Jonquet, Bengt Gustavsson, Vujadin Boškov, Ernst Ocwirk, Jørgen Leschly Sørensen, Raymond Kopa, Jean Vincent, e Bernard Vukas. A seleção da Europa é a que tem o emblema redondo ao peito (e equipou de vermelho), e pelo vídeo parece-me que o Travassos jogou como extremo esquerdo, apesar de me parecer vê-lo noutros pontos do campo em certas alturas.

Com toda a certeza é ele aos 5’17’’ a fazer o passe em profundidade e de novo aos 7’05’’ a fazer o lançamento lateral. De resto tenho dificuldade em reconhecê-lo.

Entretanto descobri mais um vídeo, mais curto mas a cores, do arquivo de filme da Irlanda do Norte, onde ele aparece aos 2’53’’ a recuperar a bola: Great Britain v Rest of Europe (UEFA) - View media - Northern Ireland Screen | Digital Film Archive

Já agora também se mudava o nome do Tópico para José Travassos apenas, não? Para ficar igual aos outros.

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É pena existirem tantos filmes destes, dos 1930s aos 1950s tão mal realizados. Mais valia fixarem 4 câmaras com um bom plano médio que englobasse a grande área, nas duas laterais de cada ataque, tipo isto:

É bastante irritante, porque há muitos jogos com os 5 violinos e depois não se consegue ver nada de jeito. Ainda me lembro de ver um resumo de um jogo do mundial de 1938, com a Hungria, uma boa jogada, e de repente, muda a câmara, muda o plano, a edição é às três pancadas, é frustrante…

O Travassos aparece nesses momentos e na apresentação do onze inicial:





Sim, aparece na apresentação das equipas nos dois filmes.

E no filme da British Pathé aparece novamente no final a sair de campo junto daquele que penso ser o selecionador da equipa da Europa, o belga José Crahay.

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Meu baú.

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