O Sporting alinhou em 4-3-3, com Rui Patrício na baliza, André Nogueira a defesa direito, Paulo Renato e Daniel Carriço como dupla de centrais e Tiago Pinto a defesa esquerdo. A linha do meio campo apresentou Zezinando a trinco (capitão), Pedro Celestino sobre o lado direito e André Pires sobre o lado esquerdo. A frente de ataque esteve entregue a David Caiado na ala esquerda, Tomané ao centro e Diogo Tavares na ala direita. No banco de suplentes estiveram o guarda-redes Tiago Jorge, os defesas Simão Coutinho e Tiago Pires, os médios Bruno Pereirinha e João Martins e os avançados Ricardo Nogueira e Fábio Paim. O trio de arbitragem, cujos elementos eram muito jovens, veio do Algarve.
O Capitão Zezinando durante a escolha de campo e bola.

Da esquerda para a direita: Zezinando, Rui Patrício, Diogo Tavares, Daniel Carriço, Pedro Celestino, Tiago Pinto, André Nogueira, Tomané, Paulo Renato, André Pires e David Caiado.

O jogo iniciou-se com uma toada marcadamente leonina. Logo ao segundo minuto, David Caiado cruzou da esquerda e o guardião sadino não conseguiu segurar a bola, deixando-a escapar e provocando um susto à sua equipa. Aos 5 minutos Caiado ofereceu-nos aquela que começa a ser uma das suas imagens de marca. Pegando na bola no flanco esquerdo, derivou para o meio em velocidade, fintando os adversários que lhe apareciam pelo caminho, finalizando com um remate frontal, que o guarda-redes defendeu. Ao oitavo minuto, Caiado bateu um canto no lado esquerdo e Diogo Tavares cabeceou para nova defesa do guarda-redes do Setúbal.
A partir deste momento, após este forte início do SCP, o jogo entrou num período mais dividido com muita disputa pela posse da bola a meio campo. Luís Martins começou, nesta fase, a intervir com mais veemência, procurando orientar os seus pupilos. Só aos 19 minutos se quebrou a apatia do jogo com a inauguração do marcador. André Pires cruzou primorosamente do lado esquerdo e um dos centrais do Setúbal, ao tentar cortar a bola para fora, cabeceou para dentro da própria baliza.
Apenas aos 22 minutos, o Vitória fez o primeiro remate à nossa baliza. Rui Patrício defendeu em dois tempos. Cinco minutos depois, David Caiado, Tomané e Pedro Celestino construíram uma jogada de ataque bem combinada, com remate de Celestino a sair por cima da baliza. À passagem da meia hora, David Caiado arrancou um bom cruzamento, desta vez da direita, para cabeceamento de Diogo Tavares por cima. Aos 36 minutos, uma descida do Setúbal com perigo pelo flanco direito, resultou num cruzamento tenso que Daniel Carriço se encarregou de cortar.
No minuto seguinte, o Vitória beneficiou de um livre directo frontal a que Rui Patrício correspondeu com uma magnífica estirada. Aos 41 minutos, Tiago Pinto e David Caiado combinaram muito bem no lado esquerdo com o extremo a cruzar para a área e Diogo Tavares a desperdiçar mais uma oportunidade, cabeceando ao lado. Dois minutos mais tarde foi a vez do Setúbal rematar à baliza mas Rui Patrício disse presente. E assim se chegou ao intervalo.
A segunda parte trouxe-nos um jogo mais dividido, com o Setúbal a tentar fazer algo para mudar o resultado. Aos 53 minutos, registou-se a primeira alteração no SCP, com a saída de David Caiado e a entrada de Fábio Paim. Este foi colocar-se no flanco direito, passando Diogo Tavares a ocupar o lado esquerdo do ataque. Entre os 55 e os 60 minutos, o Sporting beneficiou de três livres directos em posição frontal. Nos dois primeiros, Pedro Celestino rematou à figura e no último, Fábio Paim atirou à barreira.
Aos 61 minutos, Tomané fez um chapéu ainda fora da grande área, descaído sobre o lado esquerdo, que o guardião sadino defendeu com dificuldade para canto. Dez minutos depois, o Sporting consegue finalmente chegar ao 2-0. Pedro Celestino recuperou uma bola perdida no lado esquerdo, cruzou para a área e Diogo Tavares cabeceou, com a bola ainda a ir ao poste mais distante e a colar-se ao fundo das redes. No minuto seguinte, nova oportunidade, desta feita por Fábio Paim, que rematou cruzado no lado direito da grande área. O guarda-redes defendeu para canto.
O Setúbal já não conseguia dar a volta aos acontecimentos mas aos 74 minutos, cruzou com perigo para a área com Daniel Carriço, uma vez mais, a afastar qualquer intenção sadina de rematar à baliza leonina. A segunda alteração chegou ao minuto 75, com a saída de Tomané e a entrada de Bruno Pereirinha. O Sporting passou a jogar em 4-4-2, com Diogo Tavares e Fábio Paim como dupla de ataque e Pereirinha a juntar-se aos demais elementos do meio campo.
Aos 77 minutos, a nossa defesa fez um lançamento em profundidade para o meio campo sadino. Diogo Tavares conseguiu captar a bola e iniciou uma corrida em direcção à baliza contrária. Ainda foi agarrado durante o percurso mas, com grande insistência, entrou na área isolado e rematou, não dando qualquer hipótese. Estava feito o 3-0. Dois minutos depois, saiu André Pires e entrou João Martins. Aos 86 minutos, novo livre directo para o Vitória e mais uma defesa segura de Rui Patrício.
Nos descontos, destaque para dois lances. Primeiro um bom passe de André Nogueira a isolar Bruno Pereirinha mas com o remate deste a sair ao lado. Finalmente, uma jogada entre Diogo Tavares e João Martins com este a isolar-se mas a permitir a defesa do guarda-redes, quando o tentava contornar.
Vitória justa do Sporting, por 3-0.