Acho que a diferença de pontos de vista que aqui há é porque uns pensam na bolsa como uma espécie de Bwin.com e outros olham a longo prazo.
Quem olha a curto prazo, fiado na especulação pura, o mais provável é mesmo que perca dinheiro, porque quem manipula o mercado é quem tem volume e não os pequenos accionistas, que ganham em algumas e perdem noutras e dificilmente compensará. Ok, podem ter sorte num dia, ganham 5%, mas apostam esses 105% no dia seguinte, perdem 3% e estão quase na casa de partida.
O longo prazo definitivamente compensa, sobretudo em acções não sobrevalorizadas e de empresas sólidas. Uma EDP valerá sempre muito, e crescerá sempre todos os anos enquanto estiver neste mercado de monopólio. Uma PT idem. Um banco idem, embora estejam agora a levar no pelo, mas não duvidem que esses não batem no fundo, os governos não deixam, e está a acontecer agora precisamente a defesa dos bancos como seria de esperar. Ao fim e ao cabo, as acções baseiam-se também na economia real, e esta cresce todos os anos, ou pelo menos cresce de certeza no espaço de uma década.
Mas cuidado, houve uma excepção em 1930, poderá haver outras (não considero o estoiro das dot com uma excepção, era óbvio para alguém do meio das dot com que aquilo ia estoirar porque era impossível que aquelas compras a preços astronómicos de empresas de vão de escada e os planos de negócios mirabolantes de algumas dessas empresas eram fantasias nas cabeças deles e a economia, e a bolsa, não vivem, a longo prazo, de fantasia, mas de resultados.
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, mas repara bem no que eu disse, disse que apostar em empresas fiáveis e com pés bem assentes na economia compensa a longo prazo (EDP e PT, 2 empresas em monopólio e franco crescimento em Portugal e estrangeiro, acrescentaria ainda a Galp embora me pareça que esta está sobrevalorizada por causa dos poços de petróleo que encontraram no Brasil); digo ainda que as tecnológicas eram obviamente um buraco e o que aconteceu com o estoiro da bolha era bastante óbvio a quem percebesse minimamente do assunto. A rentabilidade interessante de algumas não me interessa, uma vez que em média a probabilidade de estoiro é enorme. A questão por exemplo é: Quanto é que a Google vai rebentar? É a maior das bolhas e isso irá suceder-lhe.