Haverá luz ao final do tunel?

Rescisão de Matusalém condenada pelo TAS
DECISÃO HISTÓRICA PARA A ESTABILIDADE CONTRATUAL

O Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) condenou esta terça-feira o médio brasileiro Matusalém a pagar uma idemnização de 11,8 milhões de euros aos ucranianos do Shakhtar Donetsk, com quem rescindiu o contrato unilateralmente, em 2007.

Matusalém havia sido condenado pela câmara de resolução de litígios da FIFA ao pagamento de uma idemnização substancialmente inferior, no valor de 6 milhões de euros, por a rescisão ter sido considerada ilegal e sem justa causa.

Tanto o jogador como o Shakhtar (que pedia uma compensação de 25 milhões de euros) recorreram da decisão e o processo transitou para o tribunal de Lausana (Suíça), que agravou a pena, considerando também a responsabilidade solidária dos espanhóis do Saragoça, com quem Matusalém se comprometeu de imediato. O Saragoça foi considerado instigador da rescisão. A pena inclui o pagamento de juros de mora à taxa de 5 por cento ao ano, a contar de 5 de julho de 2007, até ao efetivo pagamento.

A histórica decisão do TAS, da qual não há recurso, é um importante reforço para o princípio da estabilidade contratual que vem sido defendido pela Associação das Ligas Europeia de Futebol Profissional (EPFL), como entidade representante dos empregadores.

O diretor executivo da EPFL, o português Emanuel Medeiros, saudou a decisão que “defende os legítimos interesses dos clubes contra as rescisões selvagens” e exortou a FIFA a promover um debate com vista à revisão do Art.º 17.º do Regulamento de Transferências.

No âmbito do Diálogo Social Europeu, decorrem encontros entre a EFPL, a FFIPro (federação dos sindicatos dos jogadores) e UEFA e a Associação Europeia de Clubes (ECA) com vista à criação de um contrato coletivo de trabalho para os jogadores de futebol.

Fonte: Record

Toma que já almoçaste.

E agora vai dizer o one-o-six: “Mas onde é que ele tem esse dinheiro?”

:twisted:

Criei em tópico e se acharem que não pertence aqui podem o mover. Mas esta notícia, apesar de passar ao lado da maioria dos adeptos do futebol é um grande passo para a estabilidade dos clubes. Quantos não são os jogadores que “batem o pé” exigindo que sejam vendidos para poderem jogar noutro clube, noutro campeonato, mesmo que isso signifique péssimos negócios para os clubes em questão? Quantos não são os jogadores que pelas suas teimosias e exigências não são vendidos por preços que nada coadunam com a sua qualidade? Rescisões de justa ou não justa causa que põem o clube em cheque. Por mim é um marco significativo e uma grande vitória!