Isso é que é uma explicação bem esgalhada! :great:
Só uma dúvida: essa referência a distorção em todos os casos pode-se entender como sendo propositada ou também poderia ser entendida como simples ruído?
Se eu percebo bem a pergunta, a resposta é sim para ambos os casos.
Se eu usar um termo menos assustador que «distorção», se calhar o impacto é outro.
Distorção em sentido lato abrange todo e qualquer desvio em relação ao sinal. Em sentido restrito abrangerá talvez apenas os desvios involuntários, os inevitáveis, inerentes ao processo de reprodução.
Costuma-se designar os desvios «tolerados», aqueles que o designer e fabricante, ou se marimbaram neles, ou até quiseram que tivessem lugar, por «colorações».
Por exemplo, usa-se muito esse termo em relação às colunas, referindo as chamadas «colorações de caixa».
Todos os equipamentos têm colorações, pelas mais diversas razões. Por vezes as marcas provocam isso, criando uma espécie de som de marca. Sei lá, a Sony costumava usar uma curva de resposta de frequências concreta (mas, não original, atenção), com uma ligeira ênfase nos graves. Algumas marcas que vocês nunca devem ter ouvido falar (a Sony não é uma marca orientada para a Alta Fidelidade em si) têm uma sonoridade própria; um conhecedor é capaz de identificar a marca do aparelho num blind test.
É evidente que isso não deixa de ser distorção. Isso não faz parte da gravação. Um aparelho próximo da perfeição deve ser um autêntico camaleão, a sua sonoridade deve variar ao sabor das gravações, pois reproduzi-las-á tão fielmente, que as diferenças entre as várias gravações serão bem notórias.
Só que, lá está, o objectivo não costuma ser a perfeição, mas sim o lucro.
Até neste domínio existe clubite (nota-se muito, por exemplo, na escolha das colunas). Assim como alguns preferem uma marca de sportswear ou de automóveis, outros preferem uma marca de hi-fi, daí que o fabricante tente «colorir» o som, para o consumidor se sentir familiarizado, para se sentir em casa.
Também se dá o facto de certos aspectos da distorção serem agradáveis ao ouvido. Pensem num solo de guitarra eléctrica, num desafinado vocal, pode perfeitamente ser giro. Isso pode ser acentuado, enfatizado, até certo ponto, pela distorção.
Um exemplo típico da distorção agradável ao ouvido é a provocada pelos amplificadores a válvulas. Por diversas razões pontuais, muitos desses equipamentos tendem a «arredondar» o som, retirando-lhe agressividade, e até adoçando-o. Isso vende. Acreditem.
Alguns desses equipamentos tendem a tornar o topo da gama média «brilhante», e a base da gama baixa menos definida. Isso pode retirar agressividade ao som, e muito gostam disso. Por outro lado, retira algum «ataque», o que não será do agrado de outros.
No caso da música amplificada, a reprodução inclui a distorção da amplificação, por isso a fidelidade é difícil de comprovar. No caso da música puramente acústica, é mais fácil comparar a gravação com a memória da audição ao vivo. Um conhecedor saberá se uma flauta, ou um clarinete, ou uma viola, etc., estão bem ou mal reproduzidos.
Já a voz humana e o piano, vulgarmente citados como bons termos de comparação, variam muito, um vocalista não canta sempre da mesma maneira, e um piano pode ser afinado de várias maneiras. No entanto, tudo o que for captado directamente, sem amplificação, é melhor termo de comparação.
O embelezamento do som não é forçosamente uma coisa melhor. Além da subjectividade (o que agrada a uns pode não agradar a outros), perde-se informação (ao adulterar o sinal), e as diferenças entre as várias interpretações esbatem-se.
Se o que se quer mesmo ouvir é aquela interpretação em que o cantor estava mais rouco, é bom que o sistema de som seja fiel, porque senão ou estará rouco em todas as gravações, ou pouco rouco numas e exageradamente rouco noutras, sem que se diferencie correctamente.
O concerto correu mal? Azar. Na gravação deve soar mal.
Mas isto só interessa aos maluquinhos que ainda querem o som mais fiel possível…
É um orçamento pequeno e só te deves conseguir safar com aqueles equipamentos «mainstream», mas que não te garantem uma qualidade muito boa. Para esses não te aconselho nada, porque apenas aconselho coisas que eu compraria para mim e essa «Alta - Fidelidade» não me enche as medidas. Se puderes esticar o orçamento, tens estas opções:
Cabos para colunas: QED Silver Anniversary XT (8 € o metro) Suportes para colunas: Soundstyle Z2 (?)
Atacama Nexus 6 (120 €)
Numa loja especializada em Hi-Fi, não deves ter dificuldade em arranjar este material. Não esquecer os cabos para colunas e os suportes para as mesmas, especialmente estes últimos, uma vez que as colunas que sugeri, não são colunas de solo.
Devo dizer que não conheço as ditas a não ser de vista, mas por aquilo que li as ditas Wharfedale estão muito bem cotadas por aí para o preço que elas custam.
Tudo muito interessante mas o “topic starter” ficou elucidado sobre aquilo que precisa pra ligar o seu prato e colunas?
@106
um conhecedor é capaz de identificar a marca do aparelho num blind test.
Tens a certeza? Eu desafio-te a ires à procura de um teste onde isso ficou provado!
O contrario é o que acontece sempre, em blind test, as pessoas nâo conseguem identificar um amplificador ou leitor de cd’s do outro! Desde que bem desenhados e fabricados, as diferenças sâo tâo pequenas que o ouvido humano, que é relativamente pouco sensivel, é incapaz de identificar e quantificar. Foi pra desmitificar as qualidades de som que as marcas high-end reclamam(um monte de pr bullshit) que foi inventado o blind test. Blind test é um teste onde os ouvintes têm que identificar qual aparelho e quais as diferenças entre 2 aparelhos sem saber qual estâo a ouvir.
A parte mais importante num sistema de som hoje em dia sâo as colunas: construçâo, filtro e unidades usadas, como sâo distribuidas no espaço onde vâo ser postas e a acustica do espaço. Uma sala de estar que tenha um châo de tijoleira, paredes vazias, bancos em couro & poucos moveis, por exemplo, tem uma acustica pessima e fara pouco sentido por la um sistema de som caro, com colunas tb caras e de qualidade.
Penso que sim, mas não tenho a certeza. De facto isto descambou para off tpoic, é o costume.
Opiniões… Eu já tenho identificado muita coisa, e conheço autênticas enciclopédias que topam tudo à primeira. Quanto à tua premissa «desde que bem desenhados e fabricados», também há muitas opiniões quanto à qualidade de concepção e de fabrico… Já tenho visto gurus de electrónica deitarem as mãos à cabeça, quando abrem equipamentos famosos. Até eu que sou um leigo, já me apercebi de autênticas barbaridades. Aliás, até tu podes constatar isso: Observa bem o painel traseiro dos equipamentos; vais ver que em determinados, a entrada de sinal fica demasiado próxima da entrada de corrente…
Quanto a onde cada um coloca o seu sistema, há de tudo. Até sei dum que abdicou do quintal, para construir uma sala dedicada, pois morria se não comprasse determinadas colunas gigantescas, cuja resposta na sala (dada a forma e tamanho, não os revestimentos) era desastrosa.
Se as colunas fossem assim tão mais importantes que o resto, não se vendiam fontes e amplificadores aos preços exorbitantes que se vêem, uns mais baratos serviam.
(Há células de gira-discos a mais de USD 10 000! Há cabos a mais de USD 20 000!)
Num sistema tudo é importante, e não se pode simplificar a hierarquia desse modo. As colunas apenas reproduzem o sinal que lhes é transmitido. Se esse final for de má qualidade, delas emanará um som de má qualidade. O amplificador limita-se a aumentar o ganho do sinal que lhe é transmitido pela fonte de sinal. Se esse sinal for de má qualidade, o amplificador transmitirá um sinal de má qualidade às colunas. Quanto melhor for a fonte de sinal, melhor será o som final, isso é garantido.
Dizer que as colunas são o componente mais importante é um lugar-comum hoje em dia, mas facilmente refutável. Ou bem que se limita o âmbito duma afirmação desse teor, ou ela cai pela base. Ligando umas colunas supostamente melhores que outras a um amplificador, tendo com fonte um rádio a pilhas, e ligando um leitor de CDs highend, a um amplificador igual, por sua vez ligado a umas colunas supostamente inferiores, o melhor som será, de caras, o segundo.
Além disso, já ouvi as colunas a tocarem diferentemente, ao sabor do resto do sistema. Trocava-se de amplificador, e as colunas já não pareciam as mesmas; qual era o mais importante, o amplificador ou as colunas?
Mais ainda, já ouvi colunas bem diferentes tocarem praticamente da mesma maneira, de tal forma o mesmo amplificador as controlava com mão de ferro.
É tudo muito relativo. Mas um sistema não se deve construir de trás para a frente.
Uma coisa é a sinergia entre as colunas e a sala, outra é basear um sistema nas colunas. Segundo a minha experiência, na maioria dos casos dá asneira, acaba-se por pôr tudo em causa, a começar pelas colunas.
Mas as opiniões são o que são.
Há toda uma série de marcas que foram compradas e que perderam a identidade, eram de highend e passaram a mainstream, e essa é uma delas. Entre elas há Celestion, Infinity, Mordaunt-Short, e até certo ponto a KEF. Passaram a pertencer a grandes grupos internacionais (geralmente orientais), e nunca se sabe bem o que vem dali.
Mas normalmente a relação qualidade / preço é bastante razoável.
Acrescentaria as seguintes colunas, dependendo do preço que se conseguissem:
• Acoustic Energy Aegis Evo 3
• Acoustic Energy Aegis Neo 1
• Mordaunt-Short Alumni 2
• Mordaunt-Short MS 902Ai
• Tannoy Mercury F1
Mas tendo em conta o preço dos suportes, consideraria igualmente as Mordaunt-Short MS 904Ai e as Wharfedale Vardus VR-300, assim como algumas Acoustic Energy ou Tannoy de chão que caiba no orçamento.
Quando o orçamento é muito limitado, normalmente procura-se o mercado de usados, já que a desvalorização dos equipamentos chega a atingir números consideráveis, tipo cinquenta por cento abaixo do preço em novo.
Também recomendo amplificação Rotel (e fontes digitais Rotel).
Quanto ao Pro-ject Genie, por muito dinheiro que isso possa custar, aviso que a célula Ortofon OM3 deve ser trocada por outra qualquer. Essa célula limita dramaticamente a prestação do gira-discos, e falo por experiência própria, sei de quem desistiu dele por causa disso. Uma simples Audio-Technica AT95E transfigurará o som.
(Há uma Audio-Technica abaixo dessa, mas tem agulha cónica, o que é de evitar.)
O engraçado é que sâo precisamente as marcas mais exoticas(e caras!) que vêm com o hocus pocus de electronica “alternativa”, o que é um escandalo porque nâo ha segredos nem formulas magicas em electronica hoje em dia.
Porque nâo construir um sistema de som de tras pra frente(designaçâo com qual eu nao concordo em absoluto) de 1o escolher e comprar as colunas que mais te agradam(em termos visuais, de som e enquadradas no espaço onde as vais colocar ) e depois um amplificador que tenhas as caracteristicas necessarias para tirar o melhor partido possivel das colunas?
Logicamente que teras que ter em conta a tua situaçâo pessoal quando fazes essa escolha. Se vais ouvir musica num espaço pequeno, nâo precisas de mamutes de 100 kgs como colunas com caracteristicas de impendancia etc dificies e que pedem amplificadores com muita potencia e que tb pesam 50 kgs.
Precisamente. Há muita aldrabice nesse meio. Daí que eu tenha chamado a atenção para a motivação de quem vende ser ganhar dinheiro, e não tornar os clientes felizes.
Se soubesses quantos equipamentos são iguaizinhos por dentro, mas custam valores completamente desproporcionados, terias uma surpresa. E mesmo muitos que parecem diferentes por dentro, têm no fundo topologias iguaizinhas. E, sem grande surpresa, o som também não é assim tão diferente, mais coloração, menos coloração.
(E nem falo de cabos…)
Como disse, porque isso não costuma resultar. Citei até o caso de quem teve que construir uma sala no quintal.
Ou bem que se parte duma receita experimentada, que já se conhece, e que agrada, esperando que resulte noutra sala, ou essas combinações deixam quase sempre a desejar.
No teu texto chama a atenção uma expressão, que tem imenso a ver com a teoria da prioridade às colunas. Só que na minha opinião isso está errado. Não é em termos visuais que umas colunas têm que ter o melhor desempenho, mas sim em termos acústicos.
É certo que quem não é invisual deve ter em conta que vai olhar para as colunas todos os dias, mas isso deve ser quando muito um critério de desempate, não um factor decisivo. Por muito que isso te custe a aceitar, acredita que te podia contar várias histórias sobre isso, qual delas a com o fim mais triste.
Em tempos escolhi um par de colunas, com todo o cuidado, e quando um par à experiência chegou à minha sala, constatei que aquilo não funcionava em termos estéticos, devido a um pormenor. Não podia avaliar até que ponto a habituação ultrapassaria isso, e optei pelas mesmas, noutro acabamento (infelizmente bem mais caro). Também não ficaram perfeitas, mas por acaso até resultou. Se fosse como certos «loiros» que conheço, teria optado por outras.
Repara que nos tais termos visuais que referes, até gostava delas, mas até as ver na minha sala.
Outra razão para não se partir da coluna x ao construir um sistema, é haver imensas colunas no mercado. Deve-se, isso sim, elaborar uma lista de várias colunas com características semelhantes (tendo em conta a tal adequação ao tamanho da sala), e testando-as comparativamente, em função do resto do sistema.
Mais uma coisa sobre a estética das colunas, por mais cuidado que tenhas com isso, «ela», SWMBO, nunca concordará. Ou bem que as colunas são microscópicas, cheias de mariquices, ou terão um WAF baixíssimo. É uma causa perdida…
Quando dizes «em termos visuais, de som, e enquadradas no espaço onde as vais colocar», uma vez que já abordei o primeiro aspecto, quanto a «em termos de som», já chamei a atenção para o facto da sonoridade depender do resto do sistema. Qualquer um pode constatar isso, basta ligar o mesmo par de colunas a dois conjuntos fonte/amplificação diferentes; com um conjunto soará sempre melhor que com outro. Isso de «em termos de som» envolve bastantes variáveis.
Isso pressupõe que as colunas têm um som próprio, em vez de mudarem em função do sinal que recebem. Por acaso até têm, mas não deviam ter. Quando se raciocina como se as colunas fossem uma fonte de sinal, e não um mero transmissor desse sinal, está-se a embarcar no jogo dos fabricantes, que não procuram a fidelidade ao sinal, mas sim o embelezamento do mesmo.
Lembro-me de numa audição para a qual foi convidado, determinadas colunas «engrandecerem» o som. A Roberta Flack parecia um gigante, e o acompanhamento orquestral parecia a Filarmónica de Nova Iorque. Passado primeiro entusiasmo geral, caí em mim, e tentei que os outros caíssem também, dizendo-lhes que aquilo não correspondia à realidade. Lá se concentraram, e admitiram que de facto o que ouvíamos não podia ser o que foi gravado. Foi o próprio vendedor que disse que as colunas em questão eram «demasiado coloridas». Mas se visses as colunas que, de longe, tocaram melhor nesse longuíssimo comparativo… Até fugias!
Eram umas antepassadas destas, em cor de cimento (a do subwoofer ao lado):
E mesmo quanto ao último aspecto, a adequação ao espaço, as variáveis também são várias. Além de as mesmíssimas colunas soarem diferentemente com componentes diferentes, e, obviamente, se adequarem melhor ou pior ao espaço em função disso, por vezes temos que mudar o tal espaço mais vezes do que pensamos. Além duma eventual mudança de casa, pode ter que haver uma mudança de sala, ou, mais frequente, uma mudança de layout da sala. Adequar a coluna ao espaço não é uma coisa assim tão simples.
Lembro-me a propósito dum amigo que teimou (por acaso até é bastante teimoso por natureza) em escolher determinadas colunas, em teoria adaptadas à sala, mas condicionadas ao layout da sala, por sua vez escolhido em função da decoração.
Aquilo nunca funcionou bem. Havia um cancelamento de certas frequências bastante notório (e desagradável), tornando as audições uma sensaboria. Nem imaginas o drama. Fui lá várias vezes ( e é longe), assim como outros, e nada que se fizesse punha as colunas a tocar decentemente. É claro que topei logo uma solução óbvia (que ele experimentou às escondidas, sem que mais ninguém ouvisse), que consistia em rodar a sala (mais exactamente o conteúdo) noventa graus, mas a teimosia dele não a aceitava, a decoração era o mais importante. Escusado será dizer que as colunas foram rifadas, e trocadas por outras que disfarçavam um pouco o problema (que subsistia), apesar de em teoria serem adaptadas ao espaço. Mas isso tudo é uma long story.
As coisas não funcionam assim. Se fosse, bastava escolher as colunas com maior diâmetro no altifalante de baixos e estava resolvido o problema. Eu já vi micro-colunas com altifalantes de baixo que quase só eram perceptíveis com uma lupa e comecei-me a rir. Depois puseram-nas a tocar e eu até abri a boca de espanto. Para se obter um bom altifalante de baixos, são necessárias várias coisas, tais como o posicionamento do altifalante na caixa, o isolamento interno da mesma, o material com que é feito o cone, a suspensão, etc…
Essas Wharfedale não são más, mas para além de serem mais antigas, ficam uns furos abaixo das que sugeri.
Bem, lá está, a questão das opiniões.
Fazer um altifalante pequeno reproduzir frequências mais baixas que um altifalante maior, tem um preço, e grande. Isto, a não ser que modifiquem as leis da física…
Tive monitoras durante muitos anos (ainda tenho uns quatro pares), conheço bem as suas qualidades e defeitos, e tenho a certeza que uma coluna de chão compacta funciona melhor na generalidade das salas, pois as monitoras são exigentíssimas quanto à qualidade dos suportes (que se paga), ao desacoplamento entre a coluna e o suporte, e à própria colocação da coluna na sala, que tem que ser ultra-precisa. Além disso, nem assim costumam ter uma resposta a nível de frequências baixas tão boa. E a não ser que se ouça predominantemente algum tipo de música muito concreto que me esteja a escapar, a resposta a baixas frequências é fundamental.
No entanto, a minha sugestão tem mais a ver com a rara oportunidade. Um preço daqueles é de arromba.
Quanto às colunas, além de preferir visualmente as que não precisam de suporte, vão-me ficar mais em conta, pq não preciso de comprar os suportes. Estive a olhar para as que o one-o-six aconselha, e não me parece mal:
Não são assim muito bonitas… Mas têm um bom preço. Tenho que as ver ao vivo, pode ser que me pareçam melhor.
Finalmente o amplificador. O que o SCP Always aconselha é um bocado carote. Mas se for bom, estou capaz de ir para ele. Eu gostava era que me permitisse outras coisas, não sei se me sabem dizer. Gostava que fosse possível ligar-lhe o meu ipod touch, e se possível, o som da tv. Ligar o ipod, para poder usufruir das colunas, era essencial. Dá para fazer isso?
[font=tahoma]O aparelho (não é um amplificador) com ligação para iPod mais barato que conheço deve ser da Advance Acoustic, e até se deve encontrar algum usado, mas essa feature (ligação para iPod) ainda não está muito divulgada, pelo que para encontrares algum com ela terás que procurar bastante, e eventualmente pagar alguma coisa. Para já eu ficar-me-ia por um adaptador, até ver.
O Rotel é excelente, não arranjas melhor pelo mesmo preço. Se o preço te assusta, procura um usado, já que as diferenças entre os vários modelos mais recentes são mínimas, as linhas RA-mil-e-qualquer-coisa, e RA-zero-qualquer-coisa são praticamente idênticas. Deve haver bué usados, é uma questão de procurares.
O problema, nem é sequer o ser «carote» - é «carote» para ti, porque tens um orçamento bastante baixo. O problema é que por quase 60 broas, não existe no mercado material com qualidade que chegue sequer perto desse amplificador. E estamos a falar de «gama de entrada», que são aqueles componentes de hi-fi mais «baratitos», que se destinam àquele pessoal com os bolsos furados :mrgreen:, mas que não comprometem a qualidade por aí além. A não ser que queiras apostar no mercado de usados - aí já podes escolher amplificadores um pouco melhores e a preços mais em conta.
Para além disso, não me venhas dizer que é caro, porque eu tive de fazer das tripas coração para encontrar algo com qualidade e que encaixasse no teu orçamento. :twisted:. Se achas 290 € caro, já nem te falo dos preços dos topos de gama com pré-amplificador e amplificador separados, porque te dava logo uma falta de ar. :lol:
Respondendo à tua pergunta: Não, não dá para ligar mais nada. Dá para ligar directamente uma entrada MM/MC, o que te isenta de comprares um amplificador para o prato. É claro que sempre podes comprar um amplificador daqueles que te falei anteriormente e que dão para ligares tudo e mais alguma coisa, mas garanto-te que vais comprometer a qualidade sonora e não é pouco. Fica ao teu critério, mas para estes, não contes com a minha ajuda, porque eu seria incapaz de aconselhar a quem quer que seja, algo que eu não compraria para mim, fosse quais fossem as circunstâncias.
PS: Se fores para esse prato que referiste, é uma excelente escolha. :great:
Eu sei que o meu orçamento é muito curto. Mas é o que consigo agora, e mesmo assim já estou a considerar ir mais além, para não comprometer a qualidade. Sem a vossa ajuda, provavelmente não iria comprar nada, pq tb penso assim, para gastar dinheiro, que seja numa coisa como deve ser.
Sou capaz de ir para o amplificador que aconselhaste, de certeza que vai dar para arranjar um adaptador para ligar o ipod ao amplificador, tem que haver algo que faça isso.
Vou começar a investigar preços na net.
Resumindo, será esta provavelmente a configuração escolhida:
Pro-Ject Debut III
Wharfedale Diamound 8.3
Rotel RA-04
Mais os cabos que falaste. Isto é tudo relativamente fácil de montar, certo? Quer dizer, posso ter que dar uma vista de olhos pelos manuais, mas não há-de ser nada de extraordinario, pois não?
Quando tiver as coisas ponho cá umas fotos. Aconselham alguma loja, online ou não?
Já agora, por simples curiosidade, que sistemas têm?
[font=tahoma]A única coisa complicada de montar é a célula do gira-discos, o resto é canja.
Quanto à célula, quem vender o gira-discos monta-a, mas se for comprada lá… Ou seja, limita-te muito a escolha. Normalmente vêm com Ortofon, que são bem mais caras que as Audio-Technica equivalentes. Alternativamente impingem-te uma célula britânica, com uma relação preço/qualidade igualmente fraca.
(Se quiseres monto-a eu, é fácil)
Em off topic…
Os meus sistemas são sempre provisórios, e actualmente nem se fala, tenho uma mudança de casa adiada sine die. Tenho bué material num sótão (incluindo um pré e dois powers, vários pares de colunas…), e tenho dois sistemas improvisados a funcionar, um para testes, e outro para desenrascar.
Desde que descobri que o DIY faz milagres, comecei a vender tudo o que era caro (vendi um Meridian no mês passado), pois a seguir evoluirei para um sistema sem concessões, do qual vou aproveitar pouco do que tenho a tocar (long story).
O sistema para desenrascar (está na sala, onde há sempre alguém a ver TV…) tem como elemento aglutinador um amplificador integrado antigo Rotel muito modificado, ao qual estão ligados vários leitores de CDs antigos, sendo o principal um Philips modificado. O phono stage (MM only), é 100% DIY. O gira-discos é um Ariston RD11 Superieur com braço Linn, e a célula é uma AT440. AS colunas são umas antigas B&W P5 modificadíssimas. Os interconnects são DIY, e os cabos de coluna Mission Quartet.
O sistema que é mais usado é composto por um leitor antigo Marantz modificadíssimo, um gira-discos Basis 1400 (braço RB300 com kit Incognito) com célula AT OC9 (a Benz Glider está na Suíça), o phono stage (MC only) é DIY (baseado num Rotel RQ970BX), e há também um sintonizador antigo Sansui muitíssimo modificado. O amplificador foi feito por mim (with a huge help from my friends), é um Chipamp (com LM3470), e as colunas são umas antigas Infinity RS5001 modificadas. Os interconnects são DIY e os cabos de coluna são Cyrus.
[/font]
Ando com dificuldades em encontrar o amplificador Rotel Ra-04. Alguém sabe onde se pode encontrar, ou em alternativa, aconselham outro dentro do mesmo preço e das mesmas características?
O único sitio em que encontrei foi na In-Fidelidades, mas eles não me respondem a mails:
O que se passa é que a Rotel está a mudar de importador, e deve andar por aí alguma confusão.
Vou tentar descobrir onde podes arranjar um.
Entretanto experimenta a Fnac no Fórum Almada.
Soube dum RA-02 ex-demo na Delmax (Rua da Madalena, Lisboa):