Uma jovem de nacionalidade russa está em risco de ser expulsa de Espanha, depois de ter invadido o relvado durante o jogo entre o Motril e o Granada Atlético (0-0) da terceira divisão do país vizinho. A mulher de 25 anos entrou em campo, juntamente com uma colega espanhola, apenas de sapatilhas e de corpo nu exibindo um cartaz onde estava inscrito «infraestruturas já». Tratou-se de uma iniciativa da revista Batráquio Amarelo que assim pretendia reivindicar a construção de duas auto-estradas em Motril. E tudo isto seria apenas um protesto original se a jovem russa não tivesse o seu visto de residência caducado, enfrentando agora um processo de expulsão do país e a proibição de entrar em território espanhol durante dez anos.
A jovem, que chegou a Espanha em Setembro passado com o sonho de encontrar um emprego consonante com os estudos de engenharia que possui, diz no jornal As que foi enganada e que nem sabia o que estava escrito no cartaz. A mulher conta que lhe pagaram 150 euros pelo “passeio em pelota” e que lhe disseram que não teria quaisquer problemas com a polícia, porque esta estaria avisada para a invasão. O caso poderá resultar em consequências mais caras para esta russa que ganhava a vida como bailarina num clube nocturno e que estudava espanhol com o intuito de tentar obter a validação do seu título profissional na Universidade.
Entretanto o director da Batráquio Amarelo, revista que se auto-designa como «de humor para um país de riso», assegura que desconhecia a situação ilegal da jovem e mostra-se disposto a oferecer-lhe um contrato de trabalho para legalizar a sua situação. Esta publicação, criada em 1994 na Universidade de Granada, assume um tom satírico de crítica social que logo lhe suscitou muito êxito e muitos processos judiciais. Começou por ter uma tiragem de menos de 100 exemplares e uma distribuição clandestina, tendo uma tiragem actual de 10 mil exemplares, difusão gratuita e vivendo do dinheiro da publicidade e das assinaturas.
Porra, então uma moçoila já não pode andar em campo toda descascada aos pulinhos? Cambada de fascistas politicamente correctos.
Por mim, gajas boas que estivessem dispostas a fazer o mesmo que esta moça nem deviam pagar o bilhete. Era maneira certa de encher o Alvalade XXI e ter direito a “show” ao intervalo.
André