França - Nicolás Sarkozy "expulsa" ciganos do território gaulês

Sarkozy expulsa ciganos ilegais, UE nega responsabilidades 29 | 07 | 2010 17.51H

A Comissão Europeia clarificou hoje que a expulsão de ciganos acampados ilegalmente em França anunciada pelo governo de Nicolas Sarkozy é da exclusiva competência do Estado francês.
Destak/Lusa | destak@destak.pt

“É um assunto de França decidir a sua legislação sobre esta matéria. Apenas podemos dizer que a expulsão de indivíduos deve ser tratada caso a caso e que deve ser regida pelo critério da proporcionalidade”, disse um porta-voz da Comissão Europeia.

Segundo Bruxelas, o processo de expulsão de um cidadão comunitário por um estado membro deve incluir um “teste de proporcionalidade”, no qual são nomeadamente analisados o cadastro, a situação familiar e laboral e o período de residência no território.

“É competência francesa gerir a luta contra o crime no seu território”, acrescentou o porta-voz, reiterando que “são as autoridades francesas as únicas que podem actuar” em relação à minoria cigana em França.

O ministro do Interior francês, Brice Hortefeux, anunciou na quarta feira um conjunto de medidas contra a violência entre a comunidade cigana, depois dos incidentes de 16 de julho em que um grupo de 50 pessoas atacou a esquadra de Saint Aignan, no centro de França, em protesto contra a morte de um jovem às mãos da polícia.

As medidas incluem o desmantelamento nos próximos três meses de 300 dos 600 acampamentos ilegais que existem atualmente em todo o país e a possibilidade de expulsar os ciganos – alguns de nacionalidade comunitária – que cometam delitos contra “a ordem pública”.

A União Romani considerou que Sarkozy “declarou guerra aos ciganos” e o coletivo de Associações ciganas de França lançou uma “declaração de paz” e um apelo ao Presidente para que França “continue a ser o país dos direitos humanos”.

[url]http://www.destakes.com/redir/6d5b025892034c2984e2bbe9322cd83b[/url]

Sondagens apontam para descida da popularidade do Presidente francês Expulsão de ciganos marca rentrée política de Sarkozy, que enfrenta críticas da Igreja

24.08.2010 - 08:30 Por Isabel Gorjão Santos

O Vaticano apelou ao acolhimento “das legítimas diversidades humanas”, e o jornal Le Monde tornou-se ontem no palco das opiniões críticas, de esquerda e de direita.

A renntrée de Sarkozy está a ser marcada pelas críticas vindas de vários quadrantes políticos A renntrée de Sarkozy está a ser marcada pelas críticas vindas de vários quadrantes políticos (Philippe Laurenson/Reuters)

Nicolas Sarkozy regressa hoje ao trabalho, depois de 20 dias de férias, com uma remodelação governamental prometida, mas o que o espera é uma chuva de críticas vinda da esquerda, de alguns líderes da direita e até da Igreja. O Presidente francês está a ser duramente contestado pelas suas políticas que, em nome da segurança, já levaram à expulsão de mais de 200 ciganos para a Roménia ou a Bulgária. Algumas sondagens indicam que a sua popularidade nunca foi tão baixa.

As críticas estão a chegar até do Vaticano: no domingo, o Papa Bento XVI recebeu um grupo de peregrinos franceses e, apesar de não referir explicitamente a expulsão de ciganos em França, apelou ao acolhimento “das legítimas diversidades humanas”, naquela que foi considerada uma mensagem do Vaticano às autoridades francesas.

E o arcebispo Christophe Dufour, de Aix-de-Provence, no Sul do país, emitiu um comunicado em que diz ter assistido ao desmantelamento de um acampamento de ciganos. “As caravanas foram destruídas. (…) Apelo ao respeito pelas pessoas e a sua dignidade”.

As críticas não chegam apenas da Igreja. Sarkozy já tinha anunciado no final de Julho que muitos acampamentos de ciganos iriam ser desmantelados e que cerca de 700 seriam repatriados para a Bulgária ou a Roménia. Os repatriamentos começaram na semana passada e durante o fim-de-semana mais de 200 ciganos tiveram de abandonar a França, ainda que as autoridades defendam que não foi violada qualquer lei sobre a liberdade de circulação na União Europeia.

Uma mancha na bandeira

Amanhã, Sarkozy irá presidir ao primeiro Conselho de Ministros após as férias, mas a rentrée está já a ser marcada pelas críticas que chegam dos vários quadrantes políticos, da oposição socialista à direita mais próxima do Governo.

O antigo primeiro-ministro Dominique Villepin escreveu no Le Monde que a política de segurança de Sarkozy é uma “indignidade nacional” e adiantou: “Há hoje uma mancha de vergonha na nossa bandeira”. Villepin teve Sarkozy como ministro do Interior do seu Governo, entre 2005 e 2007, e é ainda membro da União para um Movimento Popular do Presidente francês, apesar de os dois se terem incompatibilizado e de Villepin ter fundado o República Solidária.

Também o antigo primeiro-ministro socialista Lionel Jospin defendeu no Le Monde que o objectivo do Governo “não é tanto reduzir a insegurança, mas sim explorá-la”. Ao contrário do que tem sido defendido pelas autoridades, sublinhou, não houve um reforço dos meios de luta contra a insegurança, mas até “uma redução, em três anos, de 9000 postos de polícia”.

A ex-ministra da Justiça de Sarkozy, Rachida Dati, que hoje é eurodeputada, assinou também um artigo no Le Monde em que apela a “reencontrar a unidade perdida nos valores da República”. Ela, que é de origem marroquina e filha de imigrantes, considerou que, para os filhos da imigração, “a igualdade é o vector e a finalidade de uma integração de sucesso”.

Sarkozy tem prometida uma remodelação governamental para o Outono - não se sabe quem sai, mas ontem o Libération especulava sobre a possível saída do próprio primeiro-ministro, François Fillon, que se tem mantido silencioso nesta polémica da política securitária.

[url]http://www.publico.pt/Mundo/expulsao-de-ciganos-marca-rentree-politica-de-sarkozy-que-enfrenta-criticas-da-igreja_1452616[/url]

Quinta-feira à tarde um voo charter partiu de Lyon para Bucareste, com 73 Roma a bordo. Horas antes, outras 14 pessoas da mesma etnia foram repatriadas para a Roménia a bordo de um voo comercial que descolou de Paris. Uma fonte do ministério dos Negócios Estrangeiros da Roménia revelou que outros voos semelhantes estão previstos para este mês e para Setembro

Cerca de 700 pessoas de etnia cigana deverão ser repatriadas para os seus países de origem, de forma faseada, no espaço de um mês, segundo anunciou na terça-feira o ministro do Interior francês, Brice Hortefeux.

Responsáveis da imigração disseram que os 93 ciganos que deixaram o território francês o fizeram “de forma voluntária”. A maioria dos repatriados recebeu uma soma em dinheiro, (300 euros por cada adulto e 100 por cada criança), para os ajudar a recomeçarem a vida no seu país natal. Uma prática que segundo as mesmas fontes, é habitual em França.

Antes de partirem, alguns Roma mostraram-se pouco entusiasmados com a perspectiva de regressar ao seu país.

“Na Roménia , trabalha-se por 30 dias, 12 a 15 horas por dia, e recebe-se apenas 150 euros ao mês” disse um deles aos jornalistas antes de embarcar .

Apesar disso, à chegada a Bucareste, alguns ciganos queixaram-se à agência France Press da vida dura que tinham em França, onde, segundo disseram, havia pressões constantes, por parte da polícia, e das autoridades municipais.

Medidas Duras

A campanha para expulsar os ciganos romenos segue-se ao recente motim protagonizado por ciganos franceses, que atacaram uma esquadra em Saint-Aignan, no centro do país, para protestar contra a morte de um jovem Roma. Este tinha sido morto por tiros da polícia quando, de carro, tentou forçar a passagem por uma barreira de estrada.

A medida faz parte de um pacote de medidas de segurança avançado pelo Presidente francês, que foi eleito em 2007 com a promessa de combater o crime.

Os ciganos nascidos fora de França são frequentemente vistos a mendigar nas ruas das cidades francesas, muitas vezes transportando consigo crianças ou pequenos cães, e muitos franceses consideram-nos como um incómodo, ou pior.

O próprio Sarkozi associou publicamente os Roma à criminalidade, classificando os acampamentos ciganos como fontes de tráfico, exploração de crianças e prostituição. A 28 de Julho prometeu que os acampamentos ilegais seriam “sistematicamente evacuados”. Desde então já foram desmantelados 51 campos e os seus ocupantes foram realojados em abrigos temporários. As autoridades francesas planeiam desmantelar um total de 300 destes acampamentos nos próximos três meses.

Perigo de Xenofobia

Longe de ser pacífica, esta operação foi condenada por grupos de direitos humanos, que acusam Sarkozi de estar a estigmatizar uma comunidade geralmente respeitadora da lei, para agradar aos eleitores de direita e desviar as atenções da crise económica, antes das eleições de 2012.

Na semana passada, membros da Comissão da ONU para a Eliminação da Discriminação Racial também criticaram o tom do discurso politico em França, dizendo que o racismo e a xenofobia estão a atravessar “um ressurgimento significativo” naquele país.

O Governo da Roménia também reagiu às expulsões. O ministro romeno dos Negócios estrangeiros, Teodor Baconschi , disse a uma rádio francesa “estar preocupado com os riscos de populismo e xenofobia no contexto de uma crise económica”.

Já o Presidente romeno Traian Basescu mostrou-se mais conciliador, dizendo: “compreendemos os problemas causados pelos acampamentos Roma nos arredores das cidades francesas”. Basescu insiste, no entanto, “no direito de qualquer cidadão da União Europeia se mover livremente no interior da UE”.

“De acordo com as regras”

Mas o Governo francês insiste que as suas acções “estão plenamente de acordo com as regras europeias, e não afectam a liberdade de movimentos dos cidadãos da União Europeia, tal como são definidas pelos tratados”.

O porta-voz dos negócios estrangeiros Bernard Valero disse à France Press que existe uma directiva da UE, que “expressamente permite restrições ao direito de livre circulação, por razões de ordem pública, segurança pública e saúde pública”.

Os Roma são cidadãos da União Europeia, provenientes, na sua maioria, da Roménia e da Bulgária, que passaram a integrar a União em 2007. No entanto a lei francesa exige que qualquer visitante europeu que tencione permanecer no país mais de seis meses obtenha uma autorização de trabalho.

Os responsáveis franceses insistem que não estão a estigmatizar os Roma, embora a directiva do Presidente Sarkozi faça recordar ecos que muitos franceses prefeririam esquecer.

Durante a ocupação Nazi da segunda guerra mundial, as autoridades enviaram os ciganos franceses para campos de concentração. Aí permaneceram até 1946, dois anos depois de a França ter sido libertada.

http://rtp.pt/noticias/?t=Franca-comecou-a-deportar-ciganos-romenos.rtp&article=368895&visual=3&layout=10&tm=7

Além dos ciganos clandestinos, França quer expulsar também emigrantes com cadastro

Paris – Além dos emigrantes clandestinos, o governo francês prepara-se para expulsar do país todos os emigrantes com cadastro. A medida abrange não só os ciganos mas também argelinos, belgas, espanhóis e portugueses.

«Estas expulsões são efectuadas ao abrigo de uma directiva de 2004 e que não se aplica apenas a romenos. Ela aplica-se a belgas, portugueses ou espanhóis, como é de direito do quadro europeu.», afirmou esta sexta-feira Pierre Lellouche, ministro dos Assuntos Europeus.

A França pretende assim, com base nas estatísticas policiais e ao abrigo de uma directiva de 2004 expulsar os cidadãos europeus com cadastro, portugueses incluídos.

Entretanto desde que Sarkozy deu início á expulsão dos ciganos romenos ilegais, a popularidade do presidente francês atingiu o o nível mais baixo de sempre.

De referir que não só a França, mas também a Suécia, Dinamarca, Itália e Alemanha estão a proceder às mesmas expulsões.

(c) PNN Portuguese News Network

2010-08-27 16:54:53

[url]http://jornaldigital.com/noticias.php?noticia=23205[/url]

O Presidente francês, Nicolas Sarkozy, respondeu às críticas da comissária europeia da Justiça sobre a expulsão dos ciganos romenos de França sugerindo mesmo que Viviane Reding abrisse as fronteiras do seu país, o Luxemburgo, para receber as pessoas expulsas do território francês.

“Ele [Sarkozy] disse que estão a ser aplicadas as leis europeias e francesas e que não há nada a reprovar no comportamento da França nesta matéria, mas que se os luxemburgueses quiserem ficar com eles [os ciganos] não há problema nenhum”, relatou o senador Bruno Sido após uma reunião com Nicolas Sarkozy.

“Disse ainda que a nossa política é acertada e que é escandaloso que a Europa se exprima desta maneira sobre as ações da França. Disse ainda que se explicará melhor amanhã”, em Bruxelas, na reunião do Conselho Europeu.

A comissária para a Justiça e para os Direitos dos Cidadãos, Viviane Reding, dirigiu duras críticas à política francesa de expulsão dos membros da etnia cigana para os seus países de origem. “Acho que a Europa não quer voltar a ver este tipo de situação similar à da Segunda Guerra Mundial”, disse a comissária.

[url]http://www.record.xl.pt/fora_campo/interior.aspx?content_id=463219[/url]

O ex-presidente cubano, Fidel Castro, afirmou numa das últimas das suas reflexões que o Presidente francês, Nicolas Sarkozy, «parece» estar a ficar louco. Fidel teceu o comentário quando se referia à política francesa relativamente à expulsão de ciganos romenos.

A reflexão de Castro, publicada no domingo no site «Cubadebate», é dedicada à França, tanto pelas expulsões de ciganos como pelo seu poder nuclear, que consiste, segundo Fidel, em 300 bombas que só podem ser acionadas com chaves guardadas numa mala que está na posse do próprio Sarkozy.

«Suponhamos que Sarkozy de repente ficava louco, como parece ser que está a acontecer. Que faria nesse caso o Conselho de Segurança das Nações Unidas a Sarkozy e à sua mala?», pergunta Castro.

O líder cubano qualificou de «Holocausto racial» a política do Governo francês relativamente aos ciganos.

Castro interrogou-se ainda sobre o que «acontecerá se a extrema-direita francesa decidir obrigar Sarkozy a manter uma política racista em contradição com as normas da Comunidade Europeia» e acrescenta que o Conselho de Segurança da ONU deveria pronunciar-se tanto sobre esta questão como sobre o poderio nuclear francês.

A reação francesa não demorou. O governo francês considerou, este sábado, inaceitáveis as declarações do dirigente cubano Fidel Castro. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês respondeu que esta utilização do termo holocausto por Castro «revela a ignorância da História e um desrespeito pelas suas vítimas».

«Por isso são inaceitáveis» as declarações do líder cubano, acrescentou, em declarações à agência AFP o porta-voz Bernard Valero à margem de uma reunião dos chefes da diplomacia da União Europeia, em Bruxelas.

[url]Lux

Durão Barroso e Nicolas Sarkozy envolveram-se hoje numa violenta discussão, a propósito da questão da expulsão dos ciganos na França. A revelação foi feita pelo primeiro-ministro búlgaro, Boyko Borissov, em conversa com um grupo de jornalistas.

Durante a reunião da manhã, Sarkozy acusou a Comissão de “ferir a França”, a propósito das críticas à política francesa de expulsão dos ciganos da comissária europeia para a Justiça, Viviane Reding. Segundo a AFP, a discussão entre o chefe de Estado francês e o presidente da Comissão Europeia terá acontecido durante o almoço, quando Sarkozy retomou a questão das críticas de Reding. Durão Barroso terá então respondido com veemência em defesa do executivo europeu.

“Houve uma discussão muito violenta entre o Presidente da Comissão e Presidente francês”, revelou Borissov, citado pela agência AFP.

Na terça-feira, Reding afirmou, a propósito da expulsão dos ciganos em França, que depois da II Guerra Mundial não esperava voltar a ver uma situação similar na Europa. A comissária ameaçou ainda abrir um processo de infração contra a França.

[url]http://www.record.xl.pt/fora_campo/interior.aspx?content_id=463428[/url]

Não sei se já havia ou não algum tópico, relativamente a isto (eu andei à procura e não encontrei). Acho que é um assunto da actualidade e que tem oposto diversas opiniões.

Fiquei curioso, para saber o que pensam vocês disto. Eu tenho uma opinião, mais ou menos formulada, relativamente ao assunto.

Vergonhoso o governo francês :cartao:

O ataque a Reding “se os luxemburgueses quiserem ficar com eles [os ciganos] não há problema nenhum”, é totalmente contrário ao espírito supra-nacional da Comissão, já que ela é comissária, e não representa o Luxemburgo. E depois o sarko ainda tem a lata de ir ao Conselho dizer-se ofendido pelas palavras da Comissão.

Queria ver se fossemos nós, ou a Roménia ou a Bulgária a ter este tipo de comportamentos… O Sarko percebeu bem isso, apelando a Comissão a respeitar “a França porque é um grande Estado” (logo, para ele deve-se respeitar menos os pequenos).
A Comissão tem que levar a França a tribunal, senão fica confirmado que na UE temos filhos e enteados…

Bom, bom é o Estado Português que dá casas quase de borla (porque ou pagam pouco, ou não pagam), subsídios de reinserção social e 120 € por cada filho (a minha esposa quando esteve na maternidade estava lá uma miúda de 16 anos que já ia no 2º filho)

Depois existem lelos a limpar 1200€ mês sem fazerem um peido para a sociedade, ainda vendem material contrafeito e/ou droga.
É velos de Mercedes C e E (já não é Vito), ou BMW 320d/520d.

Deixem de hipocrisias, eu pagos os meus impostos, o meu carro, a minha casa ao banco e o estado ainda me vem dizer que estou no últimos escalão do subsidio de família. Que a minha esposa por estar a recibo verde à 12 anos não tem direito a subsidio de desemprego ou de maternidade.

Até eu ia leva-los à Roménia ou Bulgária, e ainda fazia um esforço e ia levar outros ao outro lado do Atlântico.

Trata-se de uma jogada política. É agradar à extrema direita, cada vez mais em crescendo na França (e não só). É agradar aos que estão sem emprego e culpam os movimentos migratórios disso. Não é a primeira jogada do mesmo tipo em França, nem sequer a mesma do Sr. Sarkozy. Os que foram expulsos voltarão, até o governo francês sabe disso. Provavelmente até usarão o dinheiro dado para voltar.

Seria importante as pessoas reflectirem no que está por detrás deste episódio e como ele leva a que se ganhem votos (e muitos). Eles são reflexo de uma mentalidade em crescendo na Europa (já há alguns anos), também em Portugal, e está na hora de tal ser discutido. O problema é que raramente se consegue ultrapassar os tabus e as ideias pré-definidas. As duas partes (como é normal) nunca se dão ao trabalho de sequer se ouvirem.

Seria uma jogada politica mais arriscada se fossem atrás do magrebinos dos subúrbios de Paris, Marselha (esta então), mas a força destes em França é muito grande, mas vai chegar a esse dia.

E cá também vai chegar, não se iludam, o estado social não vai aguentar muito mais esta politica de subsídios a quem nada faz, nem nunca fez. Sejam eles de que cor, credo ou nacionalidade forem, portugueses de gema também.

Mais uma vez deixem de ser hipocritas.

A BBC à uns tempos fez uma exelente reportagem (deu cá na SIC noicias) sobre a comunidade Cigana desde as suas origens nos paises de leste, á emigração ilegal e as relações à Máfia organizada.

Foi pena os comunas dos soviéticos não terem deixado que os nazis resolvessem o problema dos ciganos. Agora sobrou para nós, pois para onde pensam que estes marginais imundos e sujos vão emigrar para se dedicarem à pedincha ao crime e ao roubo? Aqui no rectângulo atlântico. Pena o Sócrates não ter a mesma fibra que o Sarkozy. Vive la France et leur president.

Comentário no público. E muitos outros (diria mais de 50%) sao do mesmo teor. É isto que é grave. A banalizacao da discriminacao e da estigmatizacao étnica. Se nao queriam as vagas migratórias da Roménia e da Bulgária, deviam ter adiado a adesao desses países até eles progredirem um pouco socio-economicamente (também com ajudas pré-adesao europeias), e ajudarem a integracao dos ciganos nesses países. Ah mas esqueci-me, dava jeito às empresas fazer aderir esses países enquanto a mao de obra era barata…

Quanto aos ciganos em Portugal em Franca, eles sao franceses / portugueses, etc… nao há “país de origem” para onde eles possam voltar. Ou Portugal os integra / eles se integram, ou a situacao nao vai mudar. Por isso os discursos de expulsoes é totalmente desadequado ao problema que existe, que é a integracao social e económica dessa comunidade.

E cá também vai chegar, não se iludam, o estado social não vai aguentar muito mais esta politica de subsídios a quem nada faz, nem nunca fez. Sejam eles de que cor, credo ou nacionalidade forem, portugueses de gema também.

Pois nao. Sejam eles BPNs, BPPs, a grande criminalidade de colarinho branco que custa milhoes de euros ao país. Se te revoltas com os subsidios sociais para os ciganos, vê os numeros da evasao fiscal. E aí nao sao os ciganos: é a nossa “elite”. E é engracado como nenhum governo fala disso… é o que dá ter a direita a regir a Europa.

O Le Pen até se deve ter espumado com isto. É incrivel que depois de tudo o que se passou na Europa ainda existam pessoas com este tipo de opiniões.

Os franciús são os primeiros a discriminar e a empurrar os magrebinos para os guettos mas depois aplaudem quando eles dão títulos ao seu País (Zidane, Nasri, Djorkaeff, etc)… Muito coerentes sem dúvida. ^-^

Eu revolto-me com os subsidios para os ciganos e para todos que sejam parasitas da sociedade e vivem à custa de quem trabalha, sejam eles de que raça forem.
Não admito que quem trabalhe, desconte, page impostos e quando necessita o Estado diz não. Olho para o lado e vejo outras situações que não aceito.
Entendes? Ou pretendes fazer disto uma questão racial?

Quanto à Elite Politica e Económica, ela é corrupta, seja de Direita ou Esquerda (alguma aburguesada como os BE).

Nada de hipocrisias. No meu post nada havia a condenar ou louvar esta atitude. Preocupo-me mais com o que sustentou o seu ressurgimento. Quando digo que há que ser discutida, é pelo simples facto de irmos à raiz do crescimento da extrema direita pela Europa. Os que acham que isto tem a ver com ciganos oriundos de outros países estão enganados. E nem venho mandar postas contra ou a favor da direita. O que digo é que existem problemas na Europa que não são resolvidos e até tardam em ser discutidos em condições. Eu, felizmente, estou livre dessas coisas da “direita”, da “esquerda” ou do “centro” como são hoje em em dia vistos.

O que o Governo francês está a fazer, é o espelho daquilo que a sociedade em geral deseja. Só que ele, tem a audácia de fazer aquilo que os outros não têm, mas querem.

A Comissão Europeia clarificou hoje que a expulsão de ciganos acampados [b]ilegalmente [/b]em França anunciada pelo governo de Nicolas Sarkozy é da exclusiva competência do Estado francês. Destak/Lusa | destak@destak.pt

Acho que a palavra chave é a que está a negrito.

Em Portugal tambem havia muito para expulsar, romenos, ucranianos, chineses, etc etc
Grande parte estão ilegais, não percebo o que fazem para ganhar a vida, é ve los nos cafes dias inteiros…

[mod]Penso que não irias gostar de chegar ao fórum e ver os Portugueses caracterizados por exemplo como cabeças de bacalhau. Aplica então a mesma bitola a outras nacionalidades e etnias.[/mod]

Os brazucas e ucranianos (destes muitos têm cursos superiores) fazem aqueles trabalhos que tu és demasiado culto para fazer. :whistle:

Fazem fazem…as brasileiras fazem o que se sabe, os ucras fazem o trabalho todo, é por isso que volta e meia aparece um estendido no chão, ninguem sabe porque nem quem foi, nem quando foi.

sim porque não existem portugueses nessas situações. Enfim…

Existir existem, mas secalhar não andam a receber abonos de governo.
Eu que sou Portugues nunca recebi nada do estado para me ajudar nos meus estudos, nem bolsas, nem livros, nada…ao contrario de sujeitos brasileiros (casos que conheco) que tinham bolsas e até subsidios para rendas ate terminarem o 12ºano, então enquanto os filhos estudavam andavam os pais a passear, afinal não precisavam de fazer nada!

Plenamente de acordo com a actual politica de emigração francesa.

Exactamente. O resto é para encher chouriços!

Há gente aqui que confunde tudo e mais alguma coisa. Uma coisa é imigração legal. Uma coisa é vir cá para trabalhar (e como alguém já disse em cima, fazer o que nós nos recusamos a fazer cá, mas já somos capazes de fazer no estrangeiro) e ganhar a sua vida. Outra é estarem no país ilegalmente, não fazerem qualquer esforço para se integrarem na sociedade (se chegam a um país, eles é que devem-se adapatar a essa cultura) e ainda servirem apenas para criar maior instabilidade no país.
Se fizerem parte da segunda hipótese não vejo qual o problema da sua expulsão. Se é verdade que há o risco de se cair num imperialismo cultural ou xenofobia (visto que apenas se expulsaram cidadãos de uma determinada etnia) é um facto que estas pessoas estavam ilegais e como tal o governo tinha todo o direito de os expulsar, como o fez.

Agora acho que podiam ter sido mais “inteligentes”…se tivessem juntado mais uns quantos imigrantes ilegais não-ciganos já a comunidade internacional e a imprensa teriam entendido como “expulsão de imigrantes ilegais” e não “expulsão de ciganos”. A forma como a imprensa tem tratado o assunto até leva a crer que os coitados dos ciganos estavam legais e a cumprir as suas obrigações enquanto cidadãos franceses… ::slight_smile:

Concordo plenamente. Trata-se de um problema de segurança pública, acima de tudo. Os indivíduos são de uma minoria étnica, mas não estão acima da lei. Tive a oportunidade, infelizmente, de ver o problema que estas comunidades desenraizadas provocam, quando estive em Roma. Era um ambiente insuportável, degradante mesmo. As pessoas eram assediadas na rua por ciganos a pedir por tudo quanto era sítio. Cenas desagradáveis de insultos entre ciganos e muitos turistas, porque eles não largavam as pessoas. As queixas eram tantas, porque os locais se queixavam de assaltos e tráfico de droga, a imagem de Roma degradou-se a tal ponto entre os turistas, que o governo italiano, já com Berlusconi, também expulsou muitos ciganos dali. Nenhum país tem de aturar cidadãos estrangeiros que venham perturbar a sua ordem.

O problema de fundo é que a livre circulação de pessoas foi pensada e implementada para o espaço da Europa Ocidental. Com os países de Leste dentro do espaço europeu surgem uma série de problemas, que não existiam antes do alargamento a Leste. E depois isto é tudo uma hipocrisia porque os romenos e os búlgaros aproveitam-se para empurrar os ciganos para fora dos seus países.

Mais tarde ou mais cedo, os franceses chateiam-se e saem do espaço Schengen, se os continuarem a provocar e têm toda a razão.