Faleceu Manuel Reis a figura mais icónica da Noite de Lisboa e da Cultura.

Ah é um espaço para intelectuais. Tipo galamba e mariana mortágua ou mais comite central do pcp? :lol:

Não fazia ideia que tinha exposições, se calhar andou por lá a sanita do duchamp e eu não fui ver, caraças…

Sim porque o Paulo Portas nunca frequentou o Frágil nem o Adolfo Mesquita Nunes frequenta o Lux, não era frequentado por todas as facções politicas nem nada.

Que personagem.

Já não percebo se é um sitio de intelectuais ou exclusivo lgbt. Por isso é que não entram lá as nordicas, não agradam à clientela. A mortágua também só deve gostar de gajas todas furadas e tatuadas, quais nordicas.
Vá, mas não vou usar mais o tópico da morte do senhor para dizer mal da clientela hipster/intelctual/lgbtqqsisfluid dele.

Clientela - acrescente-se com propriedade - chique a valer!

Edit: *chic!

Só no Lux.


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Este alem de lampião é…


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Muito boa homenagem feita pelo Observador com o testemunho de 22 personalidades que conviveram com Manuel Reis.

PS: A reportagem é assinada por um forista deste espaço. :mrgreen: good work mate.

Que cheiro a iliteracia e ignorância neste tópico.

Grande Manuel, descanse em paz. Visionário como poucos.

E o Carlos Vaz Marques que vá levar na pá, ele que se limite a ir roubar livros à TSF, que é a única coisa que fez da vida nos últimos tempos :slight_smile:

Com voto de pesar unanime no parlamento nacional. Isto qualquer dia até a kikas de santarem vai ter voto de pesar. Se passar a receber umas esculturas da joana vasconcelos é capaz de ficar bem encaminhada. Já agora metem-no ao lado do eusebio n panteão.

Eu não tenho nada contra o senhor, não o conheco de lado nenhum. Acho é divertido este parolismo todo. Lisboa continua igual ao tempo do eça.

Nós, os que esperámos à porta do Lux

JOÃO MIGUEL TAVARES

A morte de Manuel Reis – fundador de espaços tão emblemáticos quanto o Lux, o Frágil, o Pap’Açorda, a Loja da Atalaia ou a Bica do Sapato, todos eles em Lisboa – deu origem a uma longa série de obituários e textos celebrativos da sua existência, adoptando invariavelmente um tom de tal forma íntimo, encomiástico e hiperbólico (tipo: Manuel Reis para o Panteão!) que algumas pessoas acharam que talvez houvesse ali um certo exagero. Carlos Vaz Marques escreveu a esse propósito: “Confundir o cu com as calças: achar que Manuel Reis (empresário) foi Salgueiro Maia.” Houve quem lhe tivesse respondido que Salgueiros Maias havia muitos e Manuel Reis só um.

Não pretendo, de forma alguma, desvalorizar o papel que Manuel Reis teve na noite de Lisboa, e das duas ou três vezes que falámos, a propósito do projecto de reconversão do Mercado da Ribeira em Time Out Market Lisboa – eu estive inicialmente envolvido e Reis desempenhou um papel importante –, só posso confirmar tudo o que de bom foi dito acerca dele. Era, de facto, um magnífico cavalheiro, com um gosto impecável e um prazer evidente em ajudar pessoas novas a investir na cidade. Ainda por cima, fazia-o de forma absolutamente desinteressada. Tudo junto compunha um homem de qualidades raras, e por isso compreendo muito bem a comoção dos seus amigos.

A estranheza está na desproporção das reacções, e na capacidade que uma certa elite lisboeta tem de transformar o particular em universal. Manuel Reis não transformou o país, nem sequer Lisboa. Manuel Reis – sobretudo para aqueles que lhe chamavam Manel – transformou as vidas da elite artística, jornalística e cultural de Lisboa, e de todos os que fazem da noite burguesa, intelectual, endinheirada e libertina (não é uma crítica) uma primeira casa. Foram estes, e só estes, que reagiram na semana passada como uma tribo que acabou de perder o seu xamã. Não há mal nisso. É até muito compreensível – desde que a tribo saiba que é apenas uma tribo. Ou, para citar a mais famosa frase da carreira de Mário de Carvalho, desde que não confunda o género humano com o Manuel Germano.

Infelizmente, esta tribo em particular, até por estar muito habituada a pôr-se ao lado dos “excluídos”, tem nítidas dificuldades em admitir o quão elitista é o seu mundo. Ela nunca teve de esperar nas filas do Lux, e pode chamar Guida Gorda a Margarida Martins sem ser acusada de body shaming, mas não percebe que o elogio exorbitante a Manuel Reis é também uma autocongratulação pelos seus próprios privilégios. O texto mais emblemático que li sobre Reis foi escrito por José Couto Nogueira no Sapo24, e é muito revelador quanto a isso: “E os que não conseguiam passar da porta [do Frágil]? Uma amiga que viveu esses tempos contou-me o que era passar a franquia da zona dos comuns para o espaço lá dentro – e como, ao entrar, se sentia a validação de fazer parte do clube exclusivo da elite cultural.”

Manuel Reis era um elitista – só que teve a sorte, e o mérito, de trabalhar para a elite certa. Couto Nogueira, mais uma vez: “O critério [de entrada] era sobretudo estilo – não um estilo em particular, mas um estilo diferente, pessoal, original. Uma atitude. Coisas difíceis de definir, sobretudo para quem não as tem.” Lamento: João Carlos Espada poderia dizer o mesmo da gentlemanship. As homenagens a Manuel Reis são muito bonitas de ler, mas põem a nu este terrível paradoxo: até o nosso mais vistoso cosmopolitismo é tristemente paroquial.

O Público

Não conheci, não conheço e não conhecerei pois o senhor já não está entre nós.

Prestou um serviço à nação e aos portugueses? Por ter fundado bares e discotecas? E ter dinamizado a noite lisboeta? E isso dá-lhe direito a honras nacionais? Porque não ir para o Panteão já que lá está tanta gente que não merece?

Se ele foi herói nacional o que dirão Sá Carneiro, Mário Soares, Álvaro Cunhal, que com todos os seus defeitos foram governantes deste país?

Tenho pena da sua morte mas tenho muito mais pena da desgraçada senhora anónima que foi assassinada à porrada em Manique de Cima, Alcabideche, pelo marido.

Até lhe pode ter metido os cornos que nunca mereceria tal destino.

RIP para os dois.