Fátima: 100 anos de um fenómeno de massas

O negócio de Fátima foi bem montado e tiro o chapéu a quem o pensou e estruturou. Aquilo funciona e devia ser motivo de estudos académicos. É também uma força de motivação para todos os crentes, mesmo que seja tudo irreal e falso, a verdade é que as pessoas acreditam e às vezes basta isso, que há uma força que lhes ajuda e isso é suficiente para terem um espírito positivo e acreditarem que os problemas se resolvem. É uma questão mental e de atitude perante a dificuldade que enfrentam.

Já fui a Fátima várias vezes. Sente-se uma áurea especial por ali. Pode bem ser algo que tenhamos já interiorizado, desconheço. É um lugar de culto, as pessoas sentem-se bem ali e é uma fuga aos problemas diários. Ajudou-me a ter motivação-extra, obviamente que aquilo que ali agradeci, foi fruto do meu trabalho, do meu esforço e que sem estas duas componentes, nada feito. Sou inteligente o suficiente para desconfiar e colocar em causa tudo aquilo, mas também sou inteligente o suficiente para utilizar em meu proveito, dando aquela confiança, aquela crença, extra para viver a vida. Muitas vezes, é preciso algo mais, um alento, um acreditar e Fátima, muitas vezes, consegue transmitir isso.

Hoje, é muito raro frequentar uma cerimónia religiosa. Acho tudo uma montagem, muita farsa e muita coisa por explicar. A devoção a um livro sagrado cuja a veracidade é questionável, levanta-me muitas dúvidas. Reconheço o papel da religião, nomeadamente o papel social, que tem sido importante nestes tempos difíceis, ajudam imensas famílias. Mais do que isso, tenho as minhas reticências, respeito quem acredita, quem é crente e tem fé. Cada um sabe de si. Mas, vejo a religião mais como um negócio, uma forma de conduzir espiritualmente os crentes, de acordo com determinados ideais, é trabalhar a mente de forma a servir os seus propósitos. A Igreja, a Religião Católica, está a perder fiéis porque tarda a inovar e outras religiões, nomeadamente a Islã, fruto dos abanões políticos que temos tido, tem vindo a desenvolver um trabalho de captação, perigoso e ao mesmo tempo interessante. Adaptou-se muito melhor ao tempos modernos utilizando a mesma ferramenta que os extremistas políticos utilizam: demagogia, populismo e um discurso ácido perante as questões políticas, económicas e sociais.

Vou fazer uma t-shirt a dizer “Eu quero ser canhãonizado!”.

Acabei por não entender muito bem a tua resposta em relação ao meu comentário já que presumo a tua alusão ao coelho da Páscoa seja relacionado com os fenómenos de Fátima mas a Canonização dos Pastorinhos, ou de outros elevados ao estatuto de Santo, não tem a ver com fenómenos religiosos.

Quando falei em fenómenos inexplicáveis que são avaliados por ateus, médicos, cientistas, crentes, não crentes etc. para depois se iniciar o processo até chegar ao Papa, falo em casos médicos, em casos cujo acontecimento não tem explicação cientifica. Estou na faculdade e não tenho agora acesso ao histórico recente e não te quero induzir ao erro mas é facilmente pesquisável, recordo-me por exemplo do caso do João Paulo II que se deveu a uma paciente a quem os médicos davam um mês de vida devido a um aneurisma cerebral que não podia ser operado e que felizmente desapareceu e a paciente ficou curada, não havendo depois explicação dos médicos nem da ciência para tal facto. Sei que no caso dos Pastorinhos Jacinta e Francisco se deve a uma criança brasileira mas admito que ainda não li muito sobre o caso.

É claro que poderão existir várias teorias, a(s) cura(s) pode ter acontecido por si mesma, pode ter acontecido uma qualquer coincidência, não sendo da área não posso entrar em grandes pormenores, mas o simples factos de não terem uma explicação lógica para a tal cura, seja pessoas em estados vegetativos, paraplégicas, com doenças incuráveis etc, o facto de terem ocorrido imediatamente após a morte do futuro Canonizado ou de alguma maneira a família ou instituições serem devotas a tal causa, origina depois o processo de Canonização.

Era canalizar 90% do lucro desses chulos para o estado e o país ficava sem dívida.

Religião e século XXI does not compute.

Ok. Não há nada a acrescentar. Vai falar de milagre aqueles que são diagnosticados com cancro, é-lhes dado 6 meses e morrem em 2 ou 3 dias. Vai falar de milagres e canonizações aos putos em áfrica que passam fome todos os dias. Nem me vou dar ao trabalho de contra argumentar, já estou como o [member=5815]joker76 , religião no Sec XXI does not compute.

O problema de pessoas abertamente agressivas com a religião é que não percebem que ajuda mesmo muita gente a suportar a merda de vida que têm.

Se os faz felizes, porque hei-de eu destruir uma das poucas coisas que lhes traz conforto?

Só pelo prazer de ter razão? Isso parece-me mesquinho.

Façam o que entendem.

Não precisas de me contar em como a vida é extremamente injusta, eu também perdi duas das pessoas mais importantes da minha vida vítima de cancro, também perdi a minha avó que dormia a paredes meias do meu quarto no ano passado após ter caído, em que tive de estar 20 minutos enquanto esperava a ambulância a fazer batimentos no peito numa das pessoas que mais amava e que sabia já estar sem vida. Também vi o meu avô viver os últimos meses de vida sem poder sair da cama e sem reconhecer ninguém. Eu sei o quanto a vida é dura, não preciso que me relembres.

Eu vim completamente em paz a este tópico, em nenhum momento tentei condicionar a opinião de quem quer que seja, em nenhum momento critiquei quem pensa x ou y ou tem crenças diferentes das minhas, em nenhum momento elogiei o negócio comercial que infelizmente se faz em Fátima, a maior parte dos meus amigos e conhecidos são ateus e agnósticos e também eu, católico convicto de corpo e alma, concordo inteiramente com o que o Papa Francisco disse recentemente em que disse preferir um ateu convicto a um falso crente. Apenas comentei tentei explicar como se faz a Canonização e de todo o processo que leva a tal.

Mas já no outro tópico da religião aconteceu o mesmo e está a acontecer aqui, a postura dos que pensam diferente é sempre arrogante, com 7 pedras na mão, de gozo, com piadas, de quem julga os crentes por pessoas sem QI, burros, antiquados, indignos de viver neste século, culpados das desgraças e das doenças, dos atentados e de todos os males deste mundo.

Infelizmente é quase impossível ter discussões a troca de ideias pelo que também eu dou por encerrada a minha participação neste tópico.

Basta entrar na Basílica de São Pedro para perceber a palhaçada que a religião é!

…e basta entrar na Basílica de São Pedro para apreciar o fantástico património artístico gerado pela religião…

LOL

Boa reposta de facto, é a melhor forma de esconder as coisas para passar os outros por parvos. Realmente, uma religião que se presa como protectora dos pobres e dos fracos e vive como um rico.

Uma instituição que pede a todos para ajudar o povo africano e não mexe uma palha para o fazer. :inde:

Aliás, a história conta uma diferente versão da religião, que as pessoas tentam “apagar” para se justificar.

Socialismo?

O fenómeno de Fátima é o maior atestado de estupidez que foi passado ao povo Português em toda a sua história.

Não sou de rezar, de ir a missas, nada dessas coisas, mas tenho as minhas crenças, crenças essas que acredito e que me fazem bem, me fazem acreditar que é possível, que me motivam, que me dão alento em certos momentos da minha vida.

Eu não percebo muito bem as críticas ferozes a quem acredita em X ou Y. Quem acredita porque aquilo em que acredita lhe faz bem, no fundo, acredita porque quer. Cada um é livre de pensar em fazer aquilo que bem entende, desde que respeite o espaço dos outros.

Hoje em dia, há cada vez menos crentes na religião. No entanto, vejo cada vez mais gente que ataca a religião (e aqueles que acreditam), sem grande necessidade. Acho que deve haver um meio termo. Quem acredita, tudo bem. Quem não acredita, tudo bem na mesma.

A malta que é crente e que vai a Fátima (ou outro lado qualquer), não é problema para ninguém. Problema para os outros é quando vemos malta a matar “em nome da religião”. E o problema aqui é sempre de quem pratica determinado ato, não da religião em si, seja ela qual for.

Estes comentários não são de pessoas agressivas com a religião. São comentários de religiosos que professam uma religião diversa. O ateísmo tem-se tornado um fenómeno religioso e cujo desenvolvimento tem gerado alguns “(des)crentes” extremistas. Basta ver por este comentário. É um crente (no ateísmo) que tem uma posição extremista quanto às crenças dos outros.

Nutro um profundo desprezo para com as religiões (todas elas), mas os ataques a religião que me têm causado mais nojo são aqueles de quem acredita na não existência e se acha na necessidade de ridicularizar a crença dos outros. Sendo que, muitas vezes, é essa mesma crença que permite àquelas pessoas serem um melhor ser e encarar a vida com outra cara.

Esses (atacantes) mais não são do que uns quaisquer intolerantes.

Venho apenas para acrescentar um ponto de vista que me ajudou a suavizar e a aceitar/respeitar quem leva a religião de forma praticante.
Também há pessoas que não entendem a minha devoção por um clube de futebol, não entendem como pago quotas, como gasto balurdios por ano, como abdico de coisas, como aceito chegar a casa às tantas da madrugada se for preciso para ir ver o Sporting.

Posto isto, não sou crente, não sou religioso, não tenho religião, questiono muitas coisas relacionadas com a religião, mas tenho que respeitar quem o é.

Mais do que acreditar ou não no fenómeno, acho que deve existir uma tolerância mútua: De quem é crente e de quem não o é.

Qualquer tópico neste fórum, passado uns posts, transforma-se num cenário bélico e de picardias pessoais.

PECADORES :twisted:

Antes católico que lampião

FORÇA SPORTING

Fundamentalmente as religiões existem porque o ser humano não consegue lidar com a morte e precisa de acreditar que há alguma coisa para além dela. Tudo o resto é fé, é acreditar incondicionalmente sem questionar. Não vale a pena explicar ou tentar explicar, porque de facto não tem resposta em termos racionais, pelo menos à luz dos conhecimentos actuais.

De facto, não mexe uma palha nem faz a ponta de um corno para ajudar os desgraçados dos africanos.

Enfim…um verdadeiro escândalo…

A minha posição é simples, só acredita quem quer!
Respeito ambos os lados!
O que me tira do serio é a necessidade constante de os que não acreditam atacarem os que acreditam, até mais do que o inverso!

Como em tudo, a igreja aproveita-se sempre que pode das situações, esta não e diferente e com apoio do estado!