Ex-treinadores do Sporting

Futebol

PASSAGEM AO PLAY-OFF DA LIGA EUROPA NÃO GARANTE MAIS VALIAS FINANCEIRAS

Sjinisa Mihajlovic mantém a penhora sobre as receitas dos leões na UEFA

João Estanislau

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23 de Setembro 2020, 12:52

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O Sporting CP vai disputar, esta quinta-feira, o acesso ao play-off da Liga Europa, na 3.ª pré-eliminatória, diante do Aberdeen FC. Contudo, mesmo que consiga bater a equipa escocesa, não terá quaisquer benefícios financeiros dessa passagem. A justificação está na penhora exigida por Sjinisa Mihajlovic, num tribunal suíço.

Sabe-se que o técnico pretende três milhões de euros de indemnização (valor decretado pelo TAS). Os leões aceitaram esse valor, mas retiraram 750 mil euros, referentes a 25% desse valor para impostos.

O treinador sérvio, descontente com a situação, recorreu a um tribunal suíço e exigiu a penhora na UEFA. Como ainda não há uma decisão final, os prémios encontram-se congelados.

Recorde-se que, caso o Sporting CP consiga sair vitorioso do jogo de quinta-feira, a contar para a 3.ª pré-eliminatória, somará 280 mil euros em prémios pela UEFA. Já se conseguirem mesmo chegar à fase de grupos da Liga Europa, vão somar mais 2,92 milhões de euros.

“HISTÓRIA DO SPORTING CP EXIGE MUITO MAIS DO QUE AQUILO QUE FOI ESSA ÉPOCA”

Jorge Silas em declarações sobre a sua passagem pelo Sporting CP

João Estanislau

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23 de Setembro 2020, 10:45

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Jorge Silas chegou em setembro de 2019 ao reino do leão. Ainda que no início da época, não preparou a mesma e segundo o próprio, nenhum jogador foi escolhido pelo técnico português:

“Os jogadores não foram escolhidos por mim, eram jogadores difíceis de encaixar nas ideias que eu queria, é diferente trabalhar assim. Se tivesse tido pré-época, teria corrido de forma diferente”.

Silas substituiu Keiser e após cinco meses, seria dispensado de Alvalade para dar lugar ao atual treinador dos leões, Rúben Amorim. Contudo, apesar de curta, é uma experiência que não está arrependido de a ter realizado.

“Passei por coisas pelas quais não passaria tão depressa noutro lugar. Para mim não foi uma desilusão, foi uma experiência, uma oportunidade de aprender. Sò durei cinco meses? Para treinar um clube como Sporting, até por cinco dias ia”.

O treinador de 44 anos, fez um total de 28 jogos oficiais pelo Clube de Alvalade e conseguiu um registo de 17 vitórias, um empate e 10 derrotas.

Tiago Fernandes está de saída do Leixões. Após o empate entre os matosinhenses e o Ac. Viseu, clube e treinador acertaram a rescisão de contrato, numa decisão que deve ser oficializada nas próximas horas.

Tiago Fernandes deixa assim o Leixões depois de cinco jogos. Neste período, o técnico somou três empates e duas derrotas, saíndo do clube sem qualquer triunfo somado. Os próximos dias devem trazer novidades quanto ao sucessor de Tiago Fernandes no comando técnico do Leixões.

:sob:

O Mourinho não se safa

NOTA DE CONDOLÊNCIAS

Por Sporting CP
27 Jan, 2021

NOTÍCIAS

Jozef Vengloš

O Sporting Clube de Portugal manifesta o seu pesar pela morte de Jozef Vengloš, antigo treinador do Clube, que faleceu nesta terça-feira, aos 84 anos.

Jozef Vengloš treinou a equipa principal de futebol do Sporting CP entre 1982 e 1984.

O Sporting CP endereça as mais sentidas condolências aos familiares e amigos, não deixando de enaltecer e agradecer os anos de dedicação e devoção ao Clube.

BOLONI: “TÊM DE ACONTECER COISAS MUITO ESTRANHAS PARA O SPORTING NÃO SER CAMPEÃO”

Em entrevista ao jornal ‘Record’, antigo treinador dos leões falou sobre o título que conquistou em Alvalade, aposta nos jovens e dificuldades sentidas nos leões

Redação Leonino

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7 de Março 2021, 13:49

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László Bölöni não tem dúvidas de que o Sporting está muito perto de conquistar o título. Em entrevista ao jornal ‘Record’, o antigo treinador dos leões falou sobre o título que conquistou em Alvalade, aposta nos jovens e dificuldades sentidas nos leões.

Confira a entrevista completa:

Como se sente por ser o último treinador campeão pelo Sporting?

  • Triste, mas ao mesmo tempo orgulhoso. O Sporting é uma família, merece melhores resultados. Mas sinto-me orgulhoso, porque consegui fazer o que outros, antes e depois de mim, não conseguiram. Ou seja, oferecer aos sportinguistas algo de muito valor e que me enche de satisfação. Mas não quero ficar com todos os louros. Fiz muito bem o meu trabalho, mas atrás de mim tive uma equipa que aceitou as minhas ideias.

Quando saiu, o Sporting tinha acabado de inaugurar a Academia e de lançar jogadores como Ricardo Quaresma e Cristiano Ronaldo. Com essas condições, como se explica este jejum?

  • Só com jovens não é possível ganhar o campeonato. Os jovens têm de ser bem enquadrados. Depois, é preciso haver boa dinâmica, força, boa direção…

Visto ao longe, acha que houve desvios, impaciência?

  • Sim. Mas, muitas vezes, a impaciência começa na direção. Uma grande vantagem de Benfica e Porto é a estabilidade. O clube tem condições para ter estabilidade a nível diretivo, agora? Não sei. A única coisa que sei é que Hugo Viana está no Sporting.

O Sporting tem uma vantagem confortável, mas Rúben Amorim é muito cauteloso…

  • Conheço muito bem esse sentimento e as palavras de Rúben Amorim, mostrando calma e tranquilidade. Eu faria a mesma coisa. Gritar já vitória é dar mais responsabilidade aos jogadores e a ele próprio. O Sporting está a fazer uma época muito, muito boa. É uma surpresa positiva. A dinâmica é muito boa e tudo indica que o momento do Sporting chegou. Não sei que catástrofe tem de acontecer para o Sporting não ser campeão.

Acha mesmo que o título pode fugir?

  • O Benfica fez grande investimento e dizem que tem o melhor plantel. Também é conhecido o caráter do Porto. Se fosse uma destas equipas, diria que o campeonato estava resolvido. Sendo o Sporting, ainda há reservas. De qualquer forma, têm de acontecer coisas muito estranhas para o Sporting não ser campeão.

Que coisas?

  • Não sei o que está a pensar. Em situação normal, esta vantagem tem de decidir o campeonato. Mas o que o Jardel disse é muito importante. No futebol, tudo é possível.

Há 19 anos, por esta altura, estava a caminho de ser campeão português. Era uma situação diferente da que vive atualmente?

  • Era uma situação diferente, sim. Sei exatamente o que aconteceu, está bem presente na minha memória e nunca vou esquecer. Foram muitas coisas fantásticas. Tive momentos tristes e outros felizes. Mas, feito o balanço, as minhas recordações serão sempre positivas.

Como era o Sporting naquela altura?

  • O clube enfrentava grandes dificuldades financeiras. Esses problemas começaram com a construção do estádio. Na segunda época, tivemos de jogar num estádio parcialmente demolido e de mudar o local de treino. Mas o mais duro foi ouvir da direção, depois de termos sido campeões, que o investimento para a época seguinte seria de zero euros. Mesmo que tenhamos vendido Hugo Viana, que André Cruz e Phil Babb tenham saído, que João Pinto tenha sido suspenso seis meses, que Jardel tenha perdido a cabeça e que Niculae não tenha voltado bem da sua lesão

Como foi trabalhar com essas adversidades?

  • Quando disseram que o investimento seria zero, tinha noção de que a segunda época podia correr mal. De qualquer forma, foram duas épocas muito ricas. No primeiro ano, tínhamos conquistado tudo o que era possível conquistar em Portugal. Na segunda, Quaresma e Ronaldo chegaram ao plantel. Conseguimos vender Hugo Viana. A equipa técnica e os jogadores deram um apoio financeiro muito importante para o futuro do clube. Mas não posso de deixar de sublinhar o mais importante: conseguimos fazer o que fizemos naquele período porque tínhamos uma direção fantástica. Estou a pensar em Dias da Cunha e em Miguel Ribeiro Telles. Fizeram o que um bom presidente e um bom diretor de futebol tinham de fazer. Foram duas pessoas fantásticas, de se lhes tirar o chapéu. A pressão do Boavista, sempre atrás de nós, foi enorme e o trabalho destas duas pessoas foi muito importante. Nunca vou esquecer Ribeiro Telles. Será sempre o melhor dirigente na minha carreira. Tive outro no Rennes. Foram duas pessoas de grande, grande qualidade. Também devo destacar o diretor desportivo, Carlos Freitas. Com a sua calma, estando mais na retaguarda, navegou entre equipa técnica e jogadores, dando grande apoio. E a loucura do treinador também foi importante!

Quem viu aquela equipa jogar não imaginava esses problemas. Parecia uma orquestra afinada. Como foi possível?

  • Muitas vezes, não recebemos o ordenado. Tivemos salários em atraso. Recebi o meu dinheiro quando saí, o Sporting respeitou isso. Mas não fui para Lisboa impreterivelmente para ganhar dinheiro. Fui para dar um passo em frente na minha carreira. Deixei de selecionador da Roménia, para regressar ao Ocidente e ingressar num clube com grande nome. Fiz uma boa escolha.

Com essas adversidades, como foi possível motivar os jogadores?

  • O dinheiro é muito importante, mas aqueles jogadores tinham fome de vitória. Trabalharam e deram tudo para ganhar. Quando temos jogadores com esta mentalidade é tudo mais fácil. Jardel, embora fosse um miúdo, era um fantástico goleador. Atrás do dele, havia João Pinto. Foi o meu Napoleão, porque era ele quem dirigia os ataques. Depois, havia a garra dos Bentos, Paulo, Rui – não sei onde arranjaram um coração enorme! –, a combatividade de Phil Babb, Beto e a inteligência de Rui Jorge. André Cruz foi fantástico e não posso esquecer o meu capitão, Pedro Barbosa. Sofreu comigo, porque não foi sempre titular. No entanto, com a sua inteligência, mostrou o caminho que a equipa tinha de seguir. Agradeço-lhe, porque não seríamos campeões sem Pedro Barbosa. Tudo isto deu mais valor aos jogadores.

Alguma vez lhe exigiram o título?

  • Equipas como Sporting, Benfica e FC Porto têm sempre o objetivo de ser campeãs. Mas só uma pode ser. Nunca aceitei objetivos. Ninguém me pode impô-los! O meu objetivo era dizer que dei o máximo cada vez que entrava em casa. Nunca fui de ir para a frente dos sócios, dirigentes e jogadores dizer “quero ser campeão”. Isso é normal. O que dizia era que ia fazer tudo.

Quando é que percebeu que podia ser campeão?

  • Na parte final da primeira volta, quando ganhámos [1-0] ao Vitória de Setúbal em casa, num jogo em que infelizmente Niculae se lesionou. Estávamos em primeiro lugar e senti que podíamos conseguir algo positivo. Pouco depois, empatámos [2-2] no Porto. Mesmo com três expulsões, continuámos fortes. Isso mostrou que podíamos ganhar o campeonato. Não sou de falar sobre os meus projetos, de abrir todas as portas, mas o sentimento foi que podíamos ser campeões. Ainda me lembro de uma conversa com Ribeiro Telles, no autocarro, na parte final do campeonato, estávamos logo atrás de Viegas, o nosso motorista, e o presidente disse: “Como será a tristeza se, depois de tantos bons jogos e tantas vitórias, os sócios não receberem uma recordação da nossa parte?” Isto aumentou a minha responsabilidade.

O que se passou com Jardel na segunda época?

  • O problema foi muito simples: o Jardel pensou que ia sair, depois da época que fez. O seu empresário, José Veiga, que mais tarde foi para o Benfica, fez algumas coisas para acabar com Jardel. Prometeu-lhe o Real Madrid, depois era o helicóptero que estava pronto para ir para Itália. É verdade que Jardel ficou para sempre um grande miúdo e não foi suficientemente forte para resolver os problemas da sua vida, mas Veiga não o apoiou. Depois, foram os problemas com o álcool e outras coisas… O selecionador brasileiro, Luiz Felipe Scolari, não o convocou [para o Mundial]. Tudo isso mexeu com ele.

O álcool e a droga foram os principais adversários dele?

  • Não conheço a sua vida, mas penso que sim. Estive duas semaas com ele na Academia. Dormimos em quartos próximos. Ele foi um miúdo fantástico! Trabalhámos bem 10 dias, mas depois a sua cara mudou e não o consegui parar. Foi uma frustração. Fiz o que o treinador não tem de fazer.

Foi um pai para Jardel?

  • Não, fui para o clube! Não era um problema meu tentar mudar a vida de um jogador.

No Sporting, lançou Quaresma e Ronaldo. Ao primeiro chamou Mustang, porquê?

  • Fui informado pelo Carlos Freitas de que tínhamos de fazer um treino de conjunto de apresentação. Quaresma foi chamado para completar o grupo. O lateral-esquerdo da outra equipa era Dimas. O que Quaresma fez a Dimas… Meu Deus! Disse ao Carlos Freitas que ele ia comigo para Rio Maior, onde fizemos a pré-época. Chamei-o Mustang porque chegava aos últimos cinco metros, saltava o guarda-redes, voltava e aproximava-se do banco. Era um Mustang que precisava de ser disciplinado. Mas sempre foi correto comigo. Aceitava que fizessem trivelas e outras coisas se fossem eficientes. Mas não aceitava que brincassem com o treinador, os companheiros ou os adversários.

E a Ronaldo, que nome lhe daria? A máquina?

  • A máquina não porque ele tem coração. Fico zangado quando dizem que é orgulhoso. Não é verdade! Eventualmente, reconhece o seu valor. Mas é uma pessoa com grande qualidade humana. João Pinto era o Napoleão, Rui Jorge o diretor, mas para o Ronaldo… é difícil.

Adivinhava que pudesse ter atingido este nível?

  • É difícil dizer algo de um jogador quando tem 17/18 anos. Apostei com o meu advogado, Fernando Seara, em como seria melhor do que Figo e Eusébio. Ele disse-me que era louco. Vi as qualidades e meu o ‘feeling’ era que, se não houvesse lesão ou doenças, só a sorte o poderia parar. Quando comecei a analisá-lo, em minha casa… Era pé direito, pé esquerdo, cabeça, resistência, boa coordenação… Saía do balneário aos saltinhos, mas no campo demonstrava uma enorme maturidade, treinava como André Cruz!

Tirou alguma vantagem por ter sido campeão nacional no Sporting?

  • A melhor vantagem é o meu sentimento. Muitos bons treinadores não conseguiram saborear essa satisfação. Graças a Deus – e agradeço-lhe por isso… Consegui. Na minha cabeça, no meu coração e no meu escritório há uma parte que se chama Sporting. E depois há outras que se chamam Cristiano Ronaldo, Standard Liège, seleção da Roménia e 100 jogos pela seleção.

O campeonato que conquistou no Sporting deu-lhe projeção?

  • A minha carreira não é má. Sou feliz. Mas cometi um erro, que foi continuar no Sporting. Quando não temos as mesmas condições para obter resultados, temos de parar. De qualquer forma, não acuso ninguém, nem a vida, nem a sorte. A única pessoa que podia ter dado um pouco mais fui eu.

Falou da loucura do treinador. Porquê?

  • Trabalhei muito. Os primeiro três/quatro jogos foram muito difíceis. Inclusive, vi lenços brancos. Mas o mais difícil foi a adaptação. Foi um período complicado. A minha vida resumia-se ao meu apartamento (vivia a 500 metros de Alvalade), estádio, Academia e Colombo, onde ia comprar alimentos. Era concentração, trabalho, trabalho.

Não desfrutou de Lisboa?

  • Depois de conquistarmos o campeonato, fiquei uma semana para conhecer Lisboa. Assisti a um espetáculo sobre Amália e saí uma vez para ver a cidade. Entrei na Basílica da Estrela (estava de calções) e havia um velório. Pedi desculpas, disse que não queria perturbar e saí. Atrás de mim, veio um senhor a correr. Pedi desculpas, mas ele disse: “Foi o meu pai que morreu, mas eu queria pedir-lhe um autógrafo!” Num pequeno passeio, pode acontecer tudo!

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Covid-19. Treinador Nuno Presume nos cuidados intensivos

07 abr, 2021 - 14:14 • Redação com Lusa

O técnico, de 51 anos, adjunto de José Peseiro na seleção Venezuela e comentador da Renascença, encontra-se intubado e em coma induzido, segundo fonte do Hospital de Abrantes.

O treinador português Nuno Presume deu na terça-feira entrada nos cuidados intensivos do Hospital de Abrantes, do distrito de Santarém, com Covid-19, confirmou fonte hospitalar à Lusa, esta quarta-feira.

De acordo com a mesma fonte, Nuno Presume é um dos dois pacientes em cuidados intensivos na unidade de Abrantes do Centro Hospitalar do Médio Tejo. O treinador encontra-se intubado e em coma induzido.

Nuno Presume, de 51 anos, é adjunto de José Peseiro na seleção da Venezuela, como foi no Sporting, em 2018/19, e no Vitória de Guimarães, na época anterior. O técnico também colabora com a Renascença .

O treinador português, natural de Pombalinho, no concelho da Golegã, iniciou a carreira no Cartaxo.

Presume teve também passagens por clubes como Carregado, União de Santarém, Fátima, Riachense, Loures, Portomosense e 1.º de Dezembro, antes de integrar as equipas técnicas de Daúto Faquirá, no Olhanense e nos angolanos do 1.º de Agosto.

Epá… 51 anos :frowning:

As melhoras e que tudo corra bem.

Octávio não quer regresso de quem “explorou insatisfação de jovens nas claques”

Treinador fala de “esqueletos” e de “gente manipuladora” que liderou o Sporting

O triunfo de quarta-feira em casa do Rio Ave, adversário que nos últimos anos tem complicado a vida ao Sporting, deixou a formação de Rúben Amorim prestes a agarrar o troféu de campeão nacional. Passaram a faltar quatro pontos para a confirmação matemática do título, com a vantagem da formação verde e branca poder ficar a assistir no sofá à visita do segundo classificado (FC Porto) ao terceiro (Benfica), para a mesma jornada (31.ª), sabendo que uma derrota dos dragões deixa o Sporting a apenas um ponto da vitória no campeonato quando sobram nove por disputar.

Em Alvalade, já se prepara a festa, mas há várias figuras do universo leonino que não querem deixar cair no esquecimento as várias dificuldades, inclusive internas, que a equipa orientada por Rúben Amorim teve de enfrentar. A mesma equipa que na época passada terminou o campeonato no quarto lugar, como lembrou Octávio Machado, figura incontornável do Sporting, em comentário na CMTV.

Antigo jogador, treinador e dirigente do Sporting, Octávio realçou que a pandemia de covid-19 trouxe um grave prejuízo ao futebol, devido à proibição de público nos estádios, que para o Sporting resultou em pleno, pois deu “a paz” que a equipa tanto precisava. “Há um fator de importância transcendente que é mau para o futebol, mas que foi ótimo para o Sporting, que é a falta de público. A falta de público beneficiou completamente o Sporting, principalmente nos jogos em casa”, realçou.

Na lógica de Octávio, os adeptos do Sporting, em particular as claques, vinham a ser instrumentalizadas por antigos dirigentes leoninos, pelo que, se não fosse a pandemia, estariam em Alvalade mais para ‘desalojar’ a direção de Frederico Varandas do que para apoiar os jogadores leoninos, de forma a permitir o regresso de alguns “esqueletos” aos órgãos sociais. “Não critiquemos tanto as claques, nas claques há pessoas boas. O problema é o que gira à volta das claques. Gente sabedora, manipuladora, que explora (e de que maneira) a insatisfação de uma juventude ansiosa e desejosa por festejar o título”, afirmou Octávio Machado, lembrando que “os sportinguistas da província” tiveram de “descer a Lisboa para dizer ‘não’” aos mesmos “esqueletos” que agora tentam recuperar o poder no Sporting.

“Há pessoas que não podem voltar ao Sporting. Fizeram tão mal, tão mal ao Sporting que efetivamente não merecem voltar. Não vamos esquecer isso tudo. Isso não se deve esquecer, não se pode é repetir”, insistiu Octávio, alertando que essas pessoas estão agora a preparar-se para se juntarem aos festejos pela conquista de um título cada vez mais próximo. “Se calhar, deviam ter um bocadinho de respeito e não entrar na carruagem, deixar isso para quem merece. O Rúben Amorim e os jogadores conseguiram passar do quarto lugar da época passada para o primeiro lugar, não é fácil. Havia candidatos à presidência assumidos e uma série de situações com que eles tiveram de viver quando as coisas correram menos bem”, recordou.

Octávio Machado recuperou ainda as críticas que muitas figuras conhecidas do Sporting fizeram sobre a contratação do treinador Rúben Amorim ao SC Braga, quer pelo valor envolvido (10 milhões de euros), quer pela polémica do não pagamento da primeira prestação (o que elevou o total em 2,1 milhões de euros, entre penalização e juros). O técnico acabou por ser o grande obreiro do título que os leões estão prestes a agarrar, provando que “a paz” em Alvalade dá… títulos.

“Este Sporting precisa de tranquilidade, precisa de paz. Precisa de paz. A paz que veio deu resultados, com perspetivas de festejar o título. Até aqueles que no início da temporada punham dúvidas em relação a tudo esqueciam-se que os jogadores ou treinadores são caros ou baratos em função daquilo que efetivamente são capazes de justificar posteriormente. O Rúben Amorim demonstrou claramente que é um treinador barato”, concluiu Octávio Machado.

https://twitter.com/1906sporting1/status/1404887436048613378?ref_src=twsrc^tfw|twcamp^tweetembed|twterm^1404887436048613378|twgr^|twcon^s1_&ref_url=https%3A%2F%2Fleonino.pt%2Fboloni-nao-esquece-musica-do-sporting-com-video%2F

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Ah carai!

«NÃO PODEM ESPERAR MAIS 19 ANOS PARA SEREM DE NOVO CAMPEÕES»

SPORTING 08:46

Laszlo Boloni, penúltimo treinador campeão em Alvalade, falou a A BOLA em Budapeste. Recordou o título conquistado há 19 anos e o que se lhe seguiu.

O treinador ficou feliz por ver o Sporting de novo campeão. Diz não conhecer o trajeto de Rúben Amorim [o atual treinador leonino tinha 18 anos quando o romeno saiu de Alvalade], mas foi acompanhando o trajeto desta equipa: «Primeiro, gostava de felicitar os jogadores; depois, a equipa técnica, os dirigentes e todos os que participaram na campanha e, obviamente, os sócios e a sua fidelidade ao clube. Nunca deixaram de amar o Sporting. Sabia que tinham grande vantagem, que depois perderam alguns pontos, mas que acabaram por ganhar. Importante agora é que não invistam zero, como há 19 anos; não podem esperar mais 19 anos para serem de novo campeões.»

Deixou ainda um alerta: «Se compararmos o Sporting com o Benfica e o FC Porto, vemos a diferença que existe na estabilidade. Os dois rivais têm presidentes fantásticos, tal como era o senhor Ribeiro Telles. Por vezes, não percebo os sportinguistas [abana a cabeça], ainda agora foram campeões e parece que alguns contestam o presidente.» E reforça: «Não entendo, não entendo…»

Bölöni e o teste de Pepe no Sporting: «Implorou-me para ficar»

Carreira do internacional português encaminhou-se para o FC Porto

Lazlo Bölöni recordou numa entrevista ao jornal francês ‘L’Équipe’ os tempos que passou no Sporting e lembrou que Pepe, antes de ir para o FC Porto, esteve à prova em Alvalade. Mas não ficou.

“O Pepe veio ver-me ao meu escritório e implorou, porque tinha muita vontade de ficar. Foi terrível para ele ter de fazer as malas”, lembrou o técnico romeno.

A carreira do internacional português, nascido no Brasil, acabou por encaminhar-se para o FC Porto, onde esteve até 2007, antes de rumar ao Real Madrid. Regressou aos dragões em 2019, depois de uma passagem pelo Besiktas.

Tantos ex-treinadores que são entrevistados e nenhum jornalista é capaz de contactar com o Sobrinho do Piet Keizer. Isto há coisas…

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«FUI PARA O SPORTING PORQUE QUERIA, NÃO FOI POR SALÁRIOS»

SPORTING 12:18

Leonardo Jardim, atualmente na Arábia Saudita a orientar o Al-Hilal, recordou a passagem pelo Sporting, na época 2013/2014.

«Treinar o Sporting era um dos objetivos da minha carreira. Fui para o Sporting porque queria mesmo treinar o Sporting, não foi por salários. Não havia sequer dinheiro para contratações, os nossos reforços foram o Slimani, que vinha da Argélia, e o Montero, que fomos buscar aos EUA. Tivemos de ir a estes mercados para reforçar a equipa porque não havia recursos. O Bruno de Carvalho penso que nessa altura fez uma boa gestão. Essa equipa foi fácil de trabalhar, porque tinha muita ambição, miúdos novos que queriam ganhar, jogar, muitos nunca tinham tido a oportunidade de serem titulares, e foi um ano engraçado, desportivamente correu bem e em termos de trabalho criámos uma excelente dinâmica. Perdemos o campeonato, penso, naquele jogo da Luz quando o vento deitou parte da pala abaixo. O jogo é adiado para o dia seguinte. Em termos estratégicos, íamos apostar em dois avançados para esse jogo e no dia seguinte a surpresa já não funcionou da mesma forma. Acho que o Jorge [Jesus] deve ter sabido da mudança e ainda conseguiu adaptar. Se esse jogo tem caído para o nosso lado, podíamos ter sido campeões», contou, em entrevista ao Expresso.

«Saí com pena, mas sempre fui muito frontal com o Bruno de Carvalho. Fui para o Sporting e no primeiro ano a minha preocupação não era a questão financeira. A preocupação era que o Sporting passasse aquela fase do 7.º lugar e conseguisse estar na luta. Mas depois de sermos vice-campeões, de qualificar a equipa para a Champions, não podíamos voltar ao recrutamento que tínhamos feito. Não aconteceu, e também foi por causa disso que saí para o Mónaco», explicou.

Leo Jardim pode ganhar a champs asiática hoje

Leonardo Jardim pode, esta terça-feira, fazer história para o futebol Portugal e tornar-se no primeiro treinador português a sagrar-se campeão asiático de clubes, com o seu Al-Hilal, da Arábia Saudita, a medir forças na Liga dos Campeões asiática com o Pohang Steelers, da Coreia do Sul, em Riade.

Caso a equipa de Leonardo Jardim venha a triunfar, o legado dos treinadores portugueses como vencedores das principais provas continentais de clubes estender-se-á, assim, à Ásia, depois de os técnicos lusos terem já deixado o seu marco na Europa, em África e na América do Sul.

Tudo começou com Artur Jorge, quando este levou o FC Porto à vitória sobre o Bayern Munique na final da Taça dos Campeões Europeus em 1986/87. José Mourinho repetiu o feito em 2003/04 (também com os ‘dragões’ e já com a prova a ter a denominação de Liga dos Campeões da UEFA) e em 2009/10 (aí ao leme do Inter Milão).

Pelo meio, Manuel José levou o Al-Ahly à conquista da Liga dos Campeões Africana em 2001, feito que repetiu, à frente do mesmo clube, em 2005, 2006 e 2008. Mais recentemente, foi a vez de Jorge Jesus (Flamengo em 2019) e Abel Ferreira (Palmeiras em 2020) celebrarem a conquista da Taça Libertadores (a ‘Liga dos Campeões’ da América do Sul). E há ainda André Villas-Boas, que foi despedido a meio da conquista da Liga dos Campeões por parte do Chelsea em 2011/12 (foi Roberto Di Mateo, que substituiu o português no leme dos ‘blues’ a levantar o troféu).

Al-Hilal e Pohang Steelers entram em campo a partir das 16h00 desta terça-feira (hora de Portugal continental).

Edit: Ganhou mesmo, 2-0. Marega marcou na final :see_no_evil:

Expliquem-me como se eu fosse muito burro: homenageámos o Boloni exatamente porquê?