Estorilgate

Encontrei isto por aí, mas não encontrei as referências quanto à sua origem:

No ano horribilis de 2005 aconteceu aquele que foi o maior roubo da história do futebol português e curiosamente ou não o produto desse assalto foi mais uma vez para os bolsos do mesmo clube de sempre. Mas já lá vamos.

Decorria o ano de 1999 quando Luís Filipe Vieira, à época Presidente do Alverca pensou na melhor forma de entrar no Sport Lisboa e Benfica e com isso atingir o grau de notoriedade financeiro e pessoal que essa função trás. Para conseguir esses objectivos e como estava associado a uma “amizade” com Pinto da Costa tratou de inventar um testa de ferro de seu nome Manuel Vilarinho. Mas para isso teria primeiro de arredar João Vale e Azevedo da presidência do clube encarnado. O advogado que tinha granjeado grande apoio da massa associativa muito por força do seu discurso populista anti-porto, era um empecilho, uma pedra no sapato. Roubar o Benfica nunca foi problema para ninguém a não ser quando alguém quer tomar o lugar que proporciona em Portugal mais vantagens do que ser Presidente da República. Começam então as manobras de bastidores que levaram à prisão de Vale e Azevedo por alegados e mais tarde provados (?) desvios de dinheiro. Mas deixemos essa vertente da conspiração para os outros – o que nos interessa aqui é apurar outras jogadas extra-desportivas. Afastado Vale e Azevedo era altura de colocar na presidência o seu testa de ferro – nada mais fácil depois de uma autêntica guerra na imprensa onde começaram a aparecer as mais variadas provas contra o advogado. A opinião pública e o universo benfiquista estava assegurado - Vale era um ladrão… Manuel Vilarinho é eleito em 2000 com o apoio de Luís Filipe Vieira, presidente do Alverca – clube satélite do Benfica, cargo que acumulou com o de director do SLB até meados de 2003 ainda que com funções um pouco nebulosas. Durante esses três anos de mandato de Vilarinho foi notório que quem mandava de facto era LFV e já se sabia de antemão que era uma questão de tempo até este subir ao poder.

Entretanto, e como presidente do Alverca, LFV foi fazendo jogadas de charme para com os associados benfiquistas de forma a que o seu passado com o cachecol azul e branco fosse rapidamente esquecido. Atacou o FC Porto, o seu presidente, os adeptos azuis e brancos e como cereja ofereceu Pedro Mantorras ao SLB . O jogador que com 17 anos jogava com uma enorme pujança física no Alverca e que segundo LFV valeria 90 Milhões de euros. De outra forma seria impossível que este empresário ligado às mais diversas actividades económicas (…) fosse eleito em 2003 depois da desistência de Vilarinho em continuar o projecto a que se tinha proposto. Não surpreendeu o sentido de voto. Dizia Vilarinho, que para tornar o Benfica campeão, só com um homem como LFV nos comandos do clube encarnado. Os adeptos sedentos de vitórias concordaram e assim começou “oficialmente” o reinado.

Poderíamos escalpelizar os contornos duvidosos da transferência do angolano para a Luz, as contas que ficaram por saldar com a SAD ribatejana, a constituição de uma SAD que beneficiou todos menos o próprio Alverca, os jogos deste clube de 1999 a 2003 com o Benfica e outras histórias que circulam nos corredores do futebol português, mas aqui a questão é voltarmos ao primeiro parágrafo deste texto – “se tivesse existido verdade desportiva estaríamos seguramente a um pequeno passo de festejar o hexa”.

Dois anos depois de ter chegado à presidência do SLB, LFV já desesperava por não conseguir cumprir a principal promessa eleitoral – o titulo nacional de futebol. O de futsal já era uma realidade mas não chegava sequer para promessa…apenas para LFV aparecer de tronco nu perante as câmaras de TV…

Começa o EstorilGate

Lembrou-se então de convidar José Veiga, que há muito tinha sido desmascarado por PdC como o homem que fez fortuna com uma “pá de pedreiro”. José Veiga era à época presidente da SAD do Estoril-Praia, clube que tinha descido à 2ª Divisão B mas que desde que entrou no clube, este teve uma subida meteórica até à 1ª Liga. Veiga utilizava o clube canarinho como porta de entrada e saída para muitos jogadores brasileiros. Foram feitos muitos negócios mas nenhum beneficiou financeiramente o Estoril – recorde-se que Veiga também era o dono do Bom Sucesso, um pequeno clube brasileiro. Lembro-me de ver o Estoril-Praia a jogar bom futebol mas a ser sistematicamente ajudado por factores a que muitos chamavam de “sorte”. A verdade é que o Estoril subiu de divisão e Veiga é convidado para o Benfica. Contudo os regulamentos não deixavam que este acumulasse os dois cargos – o de presidente e accionista da SAD do Estoril com as de director desportivo do Benfica. Nada mais fácil de resolver – LFV já tinha feito o mesmo com o Alverca na época de Vilarinho – e vendeu a sua participação a três empresas inglesas que nunca se soube muito bem a quem pertenciam e que tinham sede social em paraísos fiscais. Resolvida essa questão com a estranha conivência da CMVM e da Liga presidida por Valentim Loureiro eis que Veiga entra no Benfica – começava então a época das beijocas.

Estávamos em 2005 e o FC Porto tinha acabado de conseguir tudo aquilo que LFV tinha prometido aos adeptos benfiquistas – domínio em termos europeus, a conquista de provas internacionais, a espinha dorsal da Selecção Nacional…

LFV tinha obrigatoriamente de “fazer as coisas por outro lado” e Veiga era a peça chave do seu plano. No Estoril, este já tinha provado que mais do que ninguém conseguia mexer os cordelinhos das nomeações, dos sumaríssimos, das promessas vãs a jogadores adversários e como extra o Benfica teria menos um adversário no campo – o Benfica começava o campeonato com 6 pts a mais do que os restantes adversários. O Estoril era na teoria o Benfica B.

Em troca, Veiga decidiria qual o treinador e teria controlo absoluto sobre transferências ganhando com isso as habituais comissões mas sobretudo a protecção de se trabalhar para o Benfica. Recorde-se que Vale e Azevedo apenas foi preso depois de ter saído do clube e apenas quando isso deu jeito aos da sua laia.

O campeonato foi um autêntico desfile de ladrões equipados de negro. Trapattoni é um senhor do futebol e sabe imenso da poda, mas o seu desconhecimento do futebol português aliado a uma equipa medíocre onde pontificavam jogadores como Karadas , Delibasic , Everson , Carlitos, Sokota , Bruno Aguiar entre outras pérolas da arte de bem jogar futebol era manifestamente muito pouco para almejar o titulo. Mas, e já dizia o Carlos Cruz – existe sempre um mas - com Veiga e as suas beijocas aliado a um ano atípico do FC Porto com três treinadores tudo seria possível. E foi.

Entre muitos roubos de igreja, foquemo-nos nos dois jogos com o Estoril de Veiga.

Na primeira volta, no jogo disputado na Luz os jogadores canarinhos ainda não tinham bem noção de quem é que lhes pagava os ordenados e fazem uma primeira parte em que dominam o Benfica. Chegado o intervalo, foi tornado público por Paulo Sousa (emprestado pelo Boavista) que Petit exigiu que estes abrandassem o ritmo de jogo e que deixassem de meter o pé. Paralelamente, o árbitro do desafio recebia uma camisola do SLB como “recuerdo” durante esse mesmo intervalo. A cama estava feita e o homem de negro até calçava botas com o símbolo da águia. Tudo coisas normais de acontecerem numa competição profissional. Espanta-me que o apito não tivesse também ficado em casa. O Benfica acabou por ganhar o jogo e recordo a indignação de parte do plantel e equipa técnica do Estoril no final do encontro.

A roubalheira espalhou-se por todos os campos em que o Benfica jogava e a par de 1994 foram muitos os jogos ganhos depois do tempo regulamentar ou com as célebres faltas apitadas ao contrário ou penalties e fora de jogo fantasma.

Ainda assim, o Benfica jogava mal e tinha muitas dificuldades para vencer. O FC Porto conseguia chegar à recta final do campeonato colado aos encarnados e o xeque-mate de Veiga seria feito aquando da visita do SLB à Amoreira, num campo tradicionalmente difícil para os grandes.

Veiga já estava avisado que Litos e Carlos Xavier tentavam blindar o balneário canarinho das influências patronais e decide dar ordens à administração do Estoril presidido por António Figueiredo (ex-dirigente benfiquista) para que este aceitasse a “sugestão” de o desafio ser jogado no Algarve. A administração estorilista acede com a naturalidade de um empregado que acata as ordens patronais e informa o plantel disso mesmo. O jogo era marcado para o Algarve com a anuência da Liga.

Porém, Litos, Xavier, sócios e alguns jogadores nucleares do clube da linha reclamam da decisão alegando que o Estoril precisava de pontuar para se manter na 1ª Liga e que jogando no seu campo as hipóteses de somar pontos seriam naturalmente maiores. Nada feito. As ordens estavam dadas e o argumento ia no sentido de que era a única forma de os ordenados em atraso serem pagos. Era mais importante o aspecto financeiro do que o desportivo mas a verdade é que a descida de divisão trazia muito mais problemas económicos do que o não pagamento dos ordenados, mas como a questão dos vencimentos já tinha sido acautelada meses antes, naquela que foi a preparação psicológica para que os jogadores sentissem mais do que nunca a necessidade de receber dinheiro para pagar as contas…o desespero financeiro de alguns seria mais forte do que a sua moral desportiva.

Litos e Xavier não se calaram e Veiga tinha um problema para resolver em plena semana de jogo. Os treinadores canarinhos utilizavam diariamente o escândalo de terem que ir jogar ao Algarve para motivarem o plantel para o jogo das suas vidas, fazendo ver a estes que a vitória era o único resultado positivo para calarem os rumores de pressão externa e que ficando na 1ª Liga seria vantajoso para todos a nível desportivo – um jogador que desce tem menos chances de fazer bons contratos do que aqueles que conseguem a manutenção.

Veiga decide enviar um familiar trajado de capanga ao Estoril e este irrompe pelo campo durante um treino. É a revolta de Litos e Xavier que conseguem expulsar aquele que mais tarde acaba por se encontrar com alguns jogadores no Bar do Campo situado na parte exterior do Estádio da Amoreira.

Enquanto a grande parte dos intervenientes guarda para si as indicações do emissário de Veiga, existiram dois jogadores que falaram com a equipa técnica relatando o sucedido durante o almoço bem regado. Reza a história de que alguns teriam tido a promessa de envergar na época seguinte a camisola encarnada ou no mínimo de ingressar em clubes de maior nomeada pela mão daquele que já tinha sido o principal empresário do mundo – José Veiga.

Chegado o dia de jogo aconteceu aquilo que todos sabemos. Os jogadores do Benfica jogavam em casa perante 30000 benfiquistas ávidos de interromper o jejum de 11 anos e o Estoril teria que enfrentar duas equipas e meia – o adversário, os homens de negro e metade da sua própria equipa.

Surpreendentemente o Estoril coloca-se em vantagem ainda que aos 25 minutos um dos jogadores presentes no almoço já tivesse sido expulso. O jogo vai para intervalo e a segunda parte trás mais do mesmo, com um Estoril aguerrido pela enorme disponibilidade moral de jogadores como Dorival , Abadito , Jorge Baptista, Elias, João Pedro e Torres. O resultado teimava em manter-se apesar da ajuda de Hélio Santos para empurrar o SLB para dentro da área do Estoril. Depois de muita pressão, Luisão marca o golo do empate aos 75 minutos mas não chegava pois o FC Porto continuava muito perto. Aos 78 minutos Hélio Santos expulsa o avançado João Paulo que tinha rendido Moses aos 55 minutos. O Estoril passava a jogar com 9 jogadores e foi com naturalidade que assistimos ao golo de Mantorras 4 minutos depois.

O resultado de 1-2, a exibição dos árbitros e alguns jogadores do Estoril confirmavam os maiores receios de quem queria acreditar em justiça desportiva. Tinha sido notória a anormalidade de certas jogadas.

No final, Litos diz tudo o que lhe veio à cabeça perante um grupo de jornalistas que não escondiam a alegria de ver o Benfica perto de ser campeão 11 anos depois. No dia seguinte as capas dos jornais falam em festa do futebol e esquecem as manigâncias do desafio. Dias depois, Litos esclarece que foi ameaçado de despedimento por Veiga.

Mas como, se Veiga não tem ligações ao Estoril? Perguntavam algumas inteligências jornalisticas.

A verdade é que o Benfica foi Campeão Nacional, o Estoril desceu de divisão, os ordenados não foram pagos, Litos e Xavier foram mesmo demitidos e Rui Duarte, Paulo Sousa, Moses , Cissé Fellahi , Amoreirinha e Yanick não foram para o Benfica à imagem do que aconteceu noutras alturas com jogadores como Nuno Assis, Fonte, Marco Ferreira…

Durante toda a época de 2004/05, os dirigentes do Benfica foram vistos e ouvidos a combinarem nomeações de árbitros, a terem menos adversários do que os restantes competidores, jogando duas vezes em casa, a almoçar e a jantar com intervenientes do jogo, a oferecer beijocas e empregos em algumas empresas ligadas ao Benfica e seus dirigentes…tantas coisas que daria um texto maior do que este.

Nada serviu para fazer Maria José Morgado reabrir processos que já tinham sido arquivados apesar das provas e testemunhos de pessoas credíveis. A CMVM decidiu 3 anos depois multar Veiga com a quantia “astronómica” de 30 000 euros por ter ficado provado para esta que o “senhor das beijocas” teria tido participação numa sociedade aberta e outra cotada sem ter feito a declaração disso mesmo.

A imprensa reagiu a este escândalo com pequenas notícias ou notícias nenhumas.

Facebook/Carlos Xavier PORTUGAL Carlos Xavier: "Não tenho dúvidas de que esse Estoril-Benfica foi comprado"

Ex-jogador disse ainda que, agora, percebe o motivo pelo qual o Sporting não tem sido campeão.
Carlos Xavier, ex-jogador e atual colaborador do departamento de scouting do Sporting, disse, sem papas na língua, que o célebre Estoril-Benfica, em 2005, jogado no Algarve, foi comprado. “Não tenho dúvidas nenhumas que esse Estoril-Benfica foi comprado”, disse, à revista “4men”, antes de explicar: “Por que razão não jogámos num estádio na região de Lisboa? (…) aliás, eu e o Litos fomos ouvidos na Polícia Judiciária por causa desse jogo, certamente havia suspeitas de que algo de ilícito se tinha passado. Infelizmente, essa investigação foi abafada, mas fico feliz por agora estarem a ser descobertas muitas coisas graves que se têm passado no futebol português”.

Sobre este episódio, Carlos Xavier que, na altura, era treinador adjunto de Litos, no Estoril, disse ainda que a decisão [de jogar no Algarve] de António Figueiredo, presidente do Estoril, prejudicou o clube da Amoreira: “Foi ele [Figueiredo] que nos fez descer de divisão com essa decisão, trocando a possibilidade de lutarmos pela permanência pela vitória do Benfica, o seu clube do coração”.

O ex-jogador disse ainda que, agora, percebe por que motivo o Sporting não tem sido campeão e disparou, sobre esta temporada: “Vamos ver se não existem algumas armadilhas fora do campo. Volto a dizer: hoje em dia percebe-se por que razão o Sporting está há tantos anos sem ser campeão nacional”.

António Figueiredo responde e diz que estranho foi o Estoril-Sporting

António Figueiredo respondeu a Carlos Xavier e voltou a justificar a mudança do Estoril-Benfica para o Algarve.

António Figueiredo, antigo presidente do Estoril Praia, voltou a reiterar a necessidade do clube ter jogado no Algarve devido aos problemas financeiros atravessados pelo clube na altura e contra-atacou: “estranho foi o jogo contra o Sporting” no qual o Estoril promoveu alterações na defesa que considerou “estranhas”. António Figueiredo vincou ainda que o recinto algarvio não foi sequer a primeira escolha da administração do clube, relembrando também que não foi apenas contra o Benfica, dos primeiros classificados do campeonato dessa temporada, que o Estoril perdeu pontos. As declarações, feitas ao Bancada, surgem na sequência das acusações feitas ontem por Carlos Xavier relativas ao encontro entre o Estoril Praia e o Benfica disputado no Estádio do Algarve em 2005.

“Parece que o anormal não sabia que os jogadores estavam com vários meses de salários em atraso. Parece que o anormal não sabe que eu falei com a equipa toda antes de irmos para lá. A decisão não foi minha, foi uma decisão do conselho de administração, não foi uma decisão individual. Parece que o anormal não sabe que isso permitiu pagar os salários. Parece que o anormal não sabe que se tentou jogar no Estádio Nacional e se estava a mudar a relva. Parece que o anormal não sabe que o Estádio do Restelo estava impedido pois estava cedido para os jogos da cidade e não pôde ser emprestado. Parece que o anormal não sabe que se tentou montar uma bancada provisória no sítio onde está agora aquela bancada, mas que razões de segurança não o permitiam”, contra-atacou o antigo presidente do Estoril Praia.

António Figueiredo explicou-nos ainda pormenores relativos à mudança do encontro para o Estádio do Algarve, reafirmando a decisão coletiva que foi tomada. “Foi pedida opinião ao treinador, aos jogadores… Sabe o que é os capitães de equipa me disseram? Disseram-me que para eles até jogavam no Estádio da Luz. Queriam era receber o dinheiro”. “O Estoril quando passou à primeira, tinha acabado o dinheiro. E assim que garantimos a subida, o Sr. Joaquim Oliveira adiantou metade do valor das transmissões televisivas do ano seguinte. Eu fico na primeira divisão e, entretanto, o Veiga vai para o Benfica. Vendeu ações a um grupo inglês que nunca entrou com dinheiro. O Damásio saiu. Fiquei eu, mais o Manuel Alves, mais o Laranjo, e ficámos agarrados com aquilo e com dinheiro para metade da época. Depois deu o que deu. Se não fosse aquele jogo tínhamos acabado a época recheados de dívidas. Se calhar no outro ano a seguir nem na segunda divisão competíamos”, acrescentou.

António Figueiredo reforçou ainda a ideia de que o jogo do Algarve foi uma boia de salvação para o Estoril Praia: “Foi por milagre, já quando nos preparávamos para declarar falência, que eu lá convenci o João Lagos a entrar naquele negócio. Onde até perdeu um dinheirão, mas permitiu que o João Lagos tivesse negociado com a Traffic e o Estoril esteja agora onde está. Quando chegámos ao Estoril o clube estava na segunda divisão B e perto de descer. A prioridade era não descer da II B. Era só o que me faltava”

O antigo líder do clube estorilista atacou ainda Carlos Xavier devido a decisões técnicas que apelidou de “muito estranhas” quando o Estoril recebeu o Sporting nessa temporada: “Eu nunca disse isto, mas digo-o agora. Tendo uma equipa técnica que ainda hoje eu estimo e de quem sou amigo, tendo o diretor desportivo do Sporting, o treinador do Sporting, adjuntos do Sporting, estranho muito que quando nós recebemos o Sporting tenhamos mudado a defesa toda e o Estoril tenha perdido em casa com o Sporting por 4-1. As maiores goleadas que o Estoril teve nesse ano foram contra o Sporting. Bastava ter empatado esse jogo. A defesa foi toda modificada, mudaram o capitão e o Sporting que estava a atravessar uma fase difícil conseguiu ir ali buscar três pontos o que endireitou as coisas por algum tempo”. “Não foram capazes de ganhar ao Sporting e no Algarve, onde o Estoril se bateu praticamente de igual para igual, onde o Benfica se viu aflito para ganhar o jogo com um golinho do Mantorras já a acabar, onde o Estoril vendeu a alma em campo e onde teve um jogador expulso por culpa do banco, que parecia uma gaiola de malucas, tudo a excitar os jogadores…”, acrescentou.

António Figueiredo assegurou mesmo que em mais nenhum encontro da liga nessa temporada o Estoril teve as mesmas condições de trabalho: “O jogo do Estoril foi aquele, não por parte do Estoril, que o prémio de jogo era igual ao do Sporting e FC Porto, e soube isto por eles, onde houve mais um prémio suplementar de mil e tal contos dado por um fulano qualquer que dava para que o Estoril roubasse pontos ao Benfica”. “O Litos foi uma semana antes para o Algarve preparar o jogo. Tiveram uma semana no Algarve. Tudo isso foi possível porque conseguimos encher o estádio. Porque o tempo estava bom e porque o Benfica tem essa dinâmica de levar muita gente atrás e nós faturamos 600 mil euros. Se é a isso que ele se refere, então sim, o jogo foi vendido. Mas era imprevisível. Quando a administração tomou essa decisão não sabíamos se íamos fazer muito dinheiro. Claro que mais do que se jogássemos no Estoril faríamos sempre”, acrescentou.

Por fim, António Figueiredo assegurou que o caso irá ser entregue às autoridades e será decidido na justiça. “A minha reação só pode ser através da justiça. Isto realmente ultrapassou tudo. Ao fim deste tempo todo, esse cavalheiro que foi trabalhar para o Estoril por esmola e a pedido do Mário Jorge, por esmola, ainda tem a desfaçatez de dizer aquilo que disse… devem estar a pagar-lhe com certeza…”. “É ridículo. Eu já entreguei isto à polícia. Já mandei isto para o meu advogado. Eu realmente tenho de calar este anormal. Este individuo tem sido de uma insensatez… Veja só se o Litos mais alguma vez foi buscar este cavalheiro para o ajudar. Isto demonstra que, mesmo sendo amigos, mostra o desempenho que este indivíduo teve por lá. A maior parte das vezes nem sequer aparecia. Ao fim destes anos todos, porque lhe arranjaram também uma esmola no Sporting, veio ressuscitar uma coisa com tanto tempo que eu já expliquei tanta vez. Dei-lhe emprego por esmola, por piedade e por pedido dos amigos dele”, disse ainda.

“Se fizéssemos antes como fez o Salgueiros e cobrássemos 40 contos por bilhete era outro escândalo na mesma. Seríamos presos por ter cão e por não ter”, concluiu António Figueiredo ao Bancada.

Bancada

No meio desta ___da toda era engraçado aparecer um mail de 1 P.Gonçalves, Guerra ou AVentura, para o António Figueiredo do estoril, a perguntar se n arranja uns vistos gold para um amg chinês do mendes xD

Esse António Figueiredo que vá dar banho ao cão. Desde então mais nenhum clube fez o que o Estoril fez… e dps, não nos podemos esquecer da relação entre esse Estoril Praia, e o José Veiga, que era então director do benfica. Que vá enganar parvos para o raio que o parta, corrupto do caraças…