Estado condenado a indemnizar Pinto da Costa

O Tribunal condenou o Estado Português a pagar uma indemnização a Pinto da Costa por «prisão ilegal».

Mas alguém ainda acredita nesta justiça?..

Basta juntar este caso às decisões dos tribunais que impõem termo de identidade e residência a suspeitos que atacam e assaltam à mão-armada e à decisão que obriga também o Estado português a indemnizar o pedófilo Pedroso, para termos o ramalhete quase completo.

Este país está nas mãos dos criminosos e dos corruptos. Há por aí alguém que ainda acredite numa Democracia(?) onde os direitos dos arguidos se sobrepõem aos direitos das vítimas.

Se isto não fosse sério, até dava vontade de rir. :arrow:

Aquando daquela vez em que ele foi avisado e fugiu pra Espanha pra nao ser preso em sua casa?

Pouca vergonha total! >:D

Não pode ser da vez que ele fugiu para Espanha, porque dessa vez ele apresentou-se voluntariamente, não foi preso. E mais, ele levou os Supermorcões para em caso de ser detido eles invadirem aquilo e tirarem de lá o homem.

É verdade. No ano passado um tresloucado disparou 2 tiros (falhados) contra o Presidente da Câmara de Tarouca (distrito Viseu) e também ficou em liberdade, com termo de identidade e residência. Fiquei parvo quando li a notícia mas pensei que tivesse havido algum engano.

Na semana passada um tipo entrou numa esquadra em Portimão, disparou tiros, desta vez alvejando um homem que ficou em estado grave…e o autor dos disparos está a aguardar julgamento em liberdade, também com termo de identidade e residência.

Mas quem é que entende isto?

Não se pode creditar e/ou acreditar na justiça em Portugal … Esse exemplo é um exemplo publico pois todos nós sabemos de muita INjustiça que vai por aí. Não indo mais longe, ouvi essa notícia no autocarro de regresso a casa, e logo a seguir a essa ouvi outra em que, foi parada uma inceneradora… como pode um país avançar se há tanta gente interessada no seu atraso… e fazem-no sem qualquer fim em vista… deve ser melhor ter lixo tóxico á porta de casa e a queimar em lixeiras ao ar livre sem qualquer protecção para o meio ambiente! Sei que estoua fugir um bocado á conversa mas tudo nao passa de uma grande treta. Justiça aos ricos. INjustiça aos pobres!

Pinto da Costa, conquista com isto , mais umas gotas de água para lavar a cara!

Não sei onde é que o Paulo Pedroso foi condenado por ser pedófilo.

Relativamente ao PdC, só conhecendo os detalhes, que não tenho tempo de procurar. Para avaliar da falta de sentido desta decisão específica, qual a vossa base?

É verdade que não se pode falar sem conhecimento de causa, como parece ser o caso desses 2 casos específicos. Mas porra, atendendo aos exemplos que referi atrás é perfeitamente legítimo sentir desconfiança da Justiça como um todo e sentir que há algo que não está bem e precisa de ser mudado.

Eu não percebo como é que um Juíz pode deixar a aguardar julgamento em liberdade, um indivíduo que atentou contra a integridade física de outrém usando armas de fogo, mesmo que a intenção de matar ainda esteja por provar, a não ser que o Juíz esteja a dar oportunidade às vítimas de fazerem justiça pelas próprias mãos, o que seria tão ou mais grave do que assegurar os direitos atribuídos aos arguidos.

Se um indivíduo tentasse matar um familiar meu e ficasse a aguardar julgamento em liberdade, eu só fazia uma coisa: ia falar com uns ciganos do Bairro do Ingote, comprava-lhes uma pistola, ia a casa do arguido e mandava-lhe um balázio entre os olhos e depois entregava-me às autoridades. Não por vingança, mas simplesmente por uma questão de segurança e por uma questão de assegurar a integridade física de quem me é querido, integridade física essa que não está assegurada quando um louco que tentou matar anda em liberdade.

É numa sociedade assim que queremos viver?

E se eu falar nos miúdos (não foi apenas um, mas vários) que reconheceram o Pedroso nas fotos no processo «Casa Pia»? Isso aviva-te a memória? E se eu falar na vergonha que foi a decisão do tribunal no julgamento do mesmo processo, em impedir que os miúdos se referissem ao Pedroso, mesmo reconhecendo-o nas fotos, pelo simples facto de que o tribunal aceitou uma interposição (ou lá como lhe chamam) do advogado do Pedroso, alegando que as fotos não estavam suficientemente… nítidas? Diz-te alguma coisa?

Já estou a imaginar uma sessão do julgamento:

  • Mas vocês foram mesmo violados?
  • Fomos sim, Sra. Juíza.
  • E conseguem identificar de algum modo o violador ou violadores?
  • Sim e Não.
  • Sim e Não? Como é isso?
  • Conseguimos identificar um dos violadores em várias fotografias, mas estamos proibidos de falar dele.

Siga a dança… :arrow:

Isso são afirmações muito graves; tens alguma prova do que afirmas?

Fala por ti. Tu é que farias isso, e perguntas se nós queremos isso, vamos lá com calma.
Caso não saibas, tentar matar e matar não são a mesma coisa. E se um juiz decidiu que um suspeito aguardará o julgamento em casa, ele lá saberá porque o fez, se existem ou não condições para o suspeito não tentar contra a segurança d emais alguém e se há risco dele fugir. Isso é o trabalho do juiz, foi para isso que foi treinado. Mas se tu achas que percebes mais do ofício dele que ele, só tens que te candidatar ao lugar dele…

[font=Tahoma]Sem querer ser polémico, gostaria de lembrar que a Justiça tem organismos, e que por muito mal que estes funcionem, lá vão tentando cumprir o seu papel.
Neste e noutros países, a Justiça tem regras, e segundo uma delas, só se pode condenar pessoas após se provar a sua culpa.

Ao que parece, muitos acham que basta uma notícia num jornal ou num noticiário, para se provar que alguém é culpado.
Acontece que (ainda) não é assim que as coisas funcionam. Vamos lá a ter calma.

As provas tem que ser convincentes. Por exemplo, não é por se repetir muitas vezes uma mentira que ela passa a ser verdade (um exemplo: há não sei quantos milhões de lampiões). Não é por alguém afirmar que viu ou deixou de ver alguma coisa que isso passa a ser verdade. As pessoas enganam-se, mentem, etc.
É a dura realidade.

Um juiz é treinado para lidar com essas situações. Foi ensinado a não condenar ninguém sem provas convincentes. E na ausência dessas provas tem que considerar o réu inocente. Tenham paciência, a culpa não é dele, são as regras do jogo.

Muitos gostariam que as regras fossem outras, e que houvesse julgamentos populares de mão no ar, etc., mas olhem que ao longo da história isso nunca deu bons resultados, muito pelo contrário, foram inúmeros os inocentes que sofreram com esse sistema.
Não se condenam pessoas por sondagem. Tenham paciência.

Além disso, as pessoas são imensamente manipuladas, para se tentar manipular por sua vez os tribunais. É a vida.

Até hoje não se conseguiu provar nadinha, nadinha mesmo, contra Pinto da Costa.
Houve imensos indícios de ilegalidades, sem dúvida, mas provar mesmo, nunca se conseguiu nada de jeito.
Todos viram e ouviram muita coisa, mas uma vez no tribunal não conseguiram convencer ninguém disso. E assim nada feito.

No célebre caso Casa Pia, as várias testemunhas não conseguiram convencer os juízes quanto à identificação dos suspeitos em geral, e nem por sombras alguns em particular (por exemplo P. Pedroso).

Troquem agora de lugar com um suspeito qualquer de qualquer crime. Queriam ser condenados com base em testemunhos não convincentes? Acham que uma testemunha que em privado diz que tem a certeza, e que à frente do juiz diz que afinal não tem a certeza, é credível?
Quando um juiz pergunta «tem a certeza absoluta que foi esta pessoa que fez isto e aquilo?», e a testemunha hesita, gagueja, e admite que não, não tem a certeza, o juiz não pode, não pode mesmo, são as regras, condenar o suspeito.

E é esta a realidade, e não o que a imprensa sensacionalista diz, dos casos polémicos da Justiça portuguesa.

Todos dizem que viram e ouviram Pinto da Costa e Valentim Loureiro fazerem todas as barbaridades possíveis e imaginárias. Assinam depoimentos nesse sentido, e vão a tribunal testemunhar. Aí encolhem-se, e admitem que afinal era só basófia, que podia ter sido outra pessoa que não um árbitro, etc., etc.

Tenham paciência. Ponham-se no lugar dos acusados. Ou bem que se prova, ou então estão inocentes. E até prova, prova real, convincente, em contrário, estão inocentes. É assim que funciona a justiça.
E, ainda de acordo com as regras, se estão inocentes têm direito a ser compensados pelo incómodo que tiveram.
É uma questão de lógica. Se são culpados é por assim dizer bem feito, se estiveram presos, ouviram insultos, etc., é problema deles, não infringissem a lei. Se são inocentes, não tinham nada que ter passado por aquilo tudo, e têm que ser indemnizados.

Concluindo: Querem que Pinto da Costa (e tantos outros) sejam condenados? Então apresentem provas. Mas provas a sério, não cenas do género «ouvi dizer» ou «toda a gente sabe», e outras tretas.
Não têm provas? Então parem de barafustar. Deixem a polícia trabalhar. Pode ser que com menos barulho se consigam provas…[/font]