[Eleições SCP 2011] Para um Sporting mais democrático

Nao da para entender como continuam a usar as eleições dos 90% como justificação para tudo. O equilíbrio patenteado nessas eleições, em todos os escaloes de numeros de votos, foi motivado apenas por um factor, para a maioria dos votantes nao existia alternativa credivel a JEB. E segundo informações do ambito publico, foi formado um grupo de trabalho para elaborar uma proposta de alteraçao estatutaria, que foi concluida e guardada na gaveta de JEB. E discordando de opiniões contrarias, este é um optimo lugar para discutir isto. Possibilita que se formem opinioes e que mais gente chegue às AG’s com ideias minimamente estabelecidas.

Não foi só nas eleições dos 90%! Já vi aqui no fórum análise idêntica aplicada às eleições em que ganhou Soares Franco.

Convence-te de uma coisa: não é o sistema de voto que determina quem ganha as eleições! FSF e JEB ganhariam com percentagens idênticas mesmo que todos os sócios tivessem 1 voto!

Onde a diferenciação do número de votos tem um peso significativo é nas AGs menos frequentadas,. como é facilmente compreensível.

Cuidado também com esse projecto de alteração estatutária! Podendo algumas das medidas propostas ser vantajosas para o clube, existem outras que na minha opinião serão bastante nocivas.

Não foi à toa que JEB manteve a revisão na gaveta! Ele sabia que aprovar as novas medidas não seria pacífico e compraria uma nova guerra!

Por fim, concordo contigo que este é um excelente local para discutir estas questões.

Obvio que nao defendo a alteraçao incondicional dos estatutos tendo como base o tal projecto, que nem conheço na generalidade. Mas deveria servir de ponto inicial para uma discussão publica em torno do que temos de mudar.

Por essa ordem de ideias não vale a pena discutir opções do Paulo sérgio, por exemplo, não faz sentido, ele é que decide e não o faz pelo que é escrito no Fórum! ::slight_smile:

Discordo completamente, a discussão faz todo o sentido, mais que não seja para a manter viva e actual! :arrow:

A alteração estatutária é fundamental, embora duvide que qualquer presidente eleito tenha margem para pegar nisso logo no início do mandato. O que as pessoas querem logo ver é resultados no futebol, mesmo que seja ao nível da atitude e comportamento dos dirigentes. Só com algum crédito, mesmo que inicial, há condições para avançar para temas de fundo como a incontornável alteração estatutária, até porque alguns temas podem gerar forte discussão (ex. mudança da distribuição de votos por antiguidade) e só um presidente com crédito positivo pode ter arcaboiço para as fazer passar.

Esclarecendo dúvidas que possam existir e visto que fiz parte dos dois ou três da lista Ser Sporting que ficaram mesmo até ao fim do dia das eleições (fui eu aliás que recebi o relatório de resultados e que o assinei em nome da lista) posso referir que a derrota nada teve a haver com a questão dos votos por antiguidade. Se fosse 1 sócio e voto o resultado seria mais ou menos o mesmo logo não foi por aí que certamente PPC ou SAM perderam como perderam (sendo que pelo que sei SAM até teve mais votos dos que pesam do que PPC).

Uma questão fundamental, e o agendamento de eleições para um sábado já é um começo é o da participação, até hoje muito condicionada pela centralização em Lisboa e por realização de AGs eleitorais e outras em dias de semana. Mas não basta. É preciso criar condições para os sócios de todo o pais (e até estrangeiro) poderem votar no futuro. Não que isso seja garantia de resultados diferentes, e nem deve ser esse o motivo, mas pelo simples facto de que todos os sócios devem ter a vida facilitada na hora de votar algo importante no Sporting. Temos núcleos e casas por todo o pais e estrangeiro, e mesmo tendo constatado que muitos deles estão entregues ao abandono, existirá pelo menos um local destes por distrito capaz de, com regras definidas e acompanhamento, participar no voto descentralizado. Esse era um tema previsto no programa Ser Sporting e é um que quero ver presente numa lista na qual eu decida votar.

É ridículo que nunca tenha sido implementada a caixinha de voto nos núcleos (e depois bastava ter um júri com 1 elemento de cada lista). São mais de 200 e espalhados pelo país fora e concentram neles a maioria dos sócios efectivos do clube fora da Grande Lisboa. Isto é algo que se faz em pouco tempo e como disse é ridículo que ainda não tenha sido implementado.

Sobre os votos, deveria ser 1 sócio 1 voto tenha o tempo que tiver de filiacão. As quotas são iguais para todos e cada quota representa o ser-se sócio no período de duracão da mesma e deveria ser sempre encarado dessa forma (apesar da existência de mecanismos que impedem a desfiliacão imediata caso não se renove… e muito bem a meu ver), reflectindo-se também no voto.

Eu também concordo com o método 1 sócio=1 voto. Por uma questão de princípio e não pela esperança vã de achar que dessa forma se alteram resultados eleitorais.

É claro que tal sistema necessita de mecanismos de protecção, que até serão relativamente simples.

Como forma de premiar a fidelidade ao clube, poderiam ser criadas algumas excepções:

  • 1 voto adicional aos 25, 50, 75, 100 anos de sócio;
  • 1 voto adicional por dedicação e serviços excepcionais prestados ao clube, propostos e votados com plena maioria pelos seus pares em AG.

100 anos de socio é complicado :rotfl:

A grande diferença entre um sócio do Sporting e um cidadão português ambos com direito a votar é que és cidadão português porque nasceste aqui e és sócio do SCP porque pagas para isso! Dai não poder ser comparado uma coisa com a outra…

Uma alteração que eu proporia é que quem é sócio juvenil passe a ter, imediatamente , direito de voto assim que faz 18 anos e se transforma em sócio efectivo. Não faz sentido só poder votar depois e 1 ano de sócio efectivo quando já é sócio do clube, eventualmente, há 18 anos.

Tem de haver uma idade legal para ter voto na matéria, caso contrario vinham putos de 10 anos escolher o futuro do Sporting. Talvez até fosse melhor :slight_smile:

A minha questão não era tanto sobre a idade mas mais sobre a carreira contributiva (pagamento de impostos vs direitos), pretendia fazer o paralelismo com o pagamento de cotas vs nº de votos! :great:

Quanto à idade, concordo se o sócio ao completar 18 anos tiver já alguns anos de sócio, 10 anos parece-me suficiente! :idea:

Continuo a dizer que esta discussão não leva a lado nenhum.
Primeiro, nunca haverá consenso. Segundo, mesmo que por milagre houvesse, não serviria para nada.
É claro que quase todos concordam que o sistema actual está errado. Mas quanto ao sistema ideal, cada um tem a sua ideia.
Por exemplo, eu defendo períodos de transição, e sei que quase ninguém concorda com isso.
Por um lado, é importante premiar a fidelidade (embora a importância desse premiar não seja a do passado), por outro lado não faz sentido o desequilíbrio actual.
Acrescentar votos por cada dez anos de quotas pagas não é nada de outro mundo, mas dois votos chegavam, há uma década atrás, e um chega e sobra nos dias que correm.
Do mesmo modo, a inclusão dum tecto máximo também é uma medida perfeitamente justificável.