[Eleições SCP 2011] Ligações Grupo Roquette, Banca, Maçons e Baronato.

Viridis… acho que estás a exagerar um pouco; ninguém aqui defende o Sporting como clube de elite, nem os sócios vão fazer a sua escolha com base nesse pressuposto; as razões para os roquettistas continuarem no poder… vão para além disto e aqui as culpas vão para todos nós, que ainda não conseguimos apresentar uma alternativa verdadeiramente forte.

Veremos nestas eleições. Deus (ou alguém) te ouça.

Eu mudava a referência para :

O perfil da generalidade dos sócios votantes do Sporting, não andará muito longe do cidadão de classe média alta, geralmente conservador e ponderado.

Daí os resultados eleitorais serem como são! :arrow:

Este tópico é muito perigoso. Numa altura em que boa parte dos sócios já se aperceberam que o caminho da continuidade não é o mais correcto, vir com este tipo de discurso é uma enorme regressão. A oposição tem de agregar, não descriminar.

Alem disso não percebo mesmo este tipo de discurso, o Sporting foi um clube fundado por uma elite , que mais tarde se popularizou. Hoje em dia o Sporting é um clube de todos. Ricos e pobres. Lá porque nos ultimos anos o clube tem sido gerido por uma elite que o tem destruido, nao quer dizer que toda a elite é um bicho papão que quer destruir o Sporting.

Eu por exemplo tenho nome estrangeiro, sou monarquico e aficionado. E estou completamente contra o que se tem passsado no Sporting nos ultimos anos, indo por isso votar numa candidatura de não continuidade. Este é o tipo de discurso que só afasta os sócios que podem decidir as eleições.

Rui. Acho que sim, tens razão.

“…nome estrangeiro, sou monarquico e aficionado”, isso sim é q é discriminar e não descriminar. O português que se ensina na corte é diferente do da plebe.

Se acham que a banca e os seus testas de ferro que estão na direcção do SCP são os grandes responsáveis pela situação do Sporting, que tal começarmos um lobby no facebook do tipo: “Somos Sportinguistas e não gostamos de como a banca trata o Grande Sporting”.

Primeiro pode ser só uma situação de desagrado pela situação, se a discriminação continuar podemos optar por ir à concorrência saber das condições de tranferência da nossa conta ordenado, do crédito pessoal ou mesmo mudar o crédito à habitação…individualmente pouco podemos fazer, colectivamente e neste momento economicamente delicado para a banca podemos como clientes fazer pressão para respeitarem a grande Instituição que é o Sporting. A banca deve ser parte da solução e não parte do problema como aparentemente parece ser o caso!

Desde o diferendo Sagres/SCP nunca mais comprei essa marca! E no caso dos bancos podemos fazer o mesmo, como clientes temos esse poder!

Bem sei que este é apenas o meu segundo post, e se calhar deveria ter mais ponderação, mas achei que poderia ser uma ideia a partilhar!

Saudações Leoninas

Começo por dizer que é mais que óbvio que o Sporting é muito mais que o clube da capital, porque se o fosse, não teria adeptos e sócios fora de Lisboa. Quanto ao perfil do adepto de Lisboa… peço desculpa, mas isso soa-me sempre a citadinos/provincianos. Quando estudava em Lisboa, eu nunca morava em Portalegre, mas sim no Alentejo e chegavam a perguntar se conhecia não sei quem de Castro Verde (que para quem não sabe, fica longe de caraças). O perfil do adepto do Sporting é igual em todo o país, em todas as classes sociais. É um perfil de grande amor pelo seu clube!

[font=tahoma]Discordo totalmente disso.
Aliás, discordo da actualidade da visão que o to-mane expressou.

Falando por mim, sportinguista de nascença, desde miúdo que sempre notei que as «peneiras» dos sócios que deram origem a essa visão (e descritos nela) não correspondiam, nem nada que se parecesse, à maioria dos sócios que se viam na rua (a seguir a Volta a Portugal em Bicicleta) ou no estádio, no Pavilhão dos Desportos, etc. Se havia clube verdadeiramente popular, fossem os seus dirigentes quais fossem, era o Sporting (sobretudo fora de Lisboa).

Vim viver definitivamente para Lisboa em 1974, e o pós-25 de Abril ainda acentuou mais esse aspecto, da diferença entre a teoria e a prática. Acho até, influenciado pelo que vi na época, que ate se tornou «de bom-tom» ser-se adepto dos orcs. O típico «menino queque» que conheci na faculdade e reuniões estudantis da época era lampião, e, mais notoriamente ainda, tudo o que tinha pretensões políticas (não os que eram empurrados para a política) fazia constar que simpatizava com a orcalhada.

Sintomaticamente, toda a imprensa deu imenso destaque a um incidente durante um jogo contra o Boavista FC em Alvalade. Por causa duma possível invasão do campo, foi chamada ao estádio uma força militar, além da policial. Assistiu-se então a uma vaia gigante, vinda dos topos e Peão, à qual se seguiram aplausos vindos da Central. A imprensa noticiou em letras garrafais uma suposta «Luta de classes em Alvalade», e a análise do que se passou devi ater sido mais profunda e menos demagógica, mas o facto é que o clube representava a sociedade, toda, e não apenas quaisquer hipotéticas elites.
A vaia até podia ter uma origem política. A força militar em questão era claramente conotada com a direita e tinha recentemente intervindo, activamente, na cena política, mas também podia ter apenas a ver com um protesto contra a repressão sobre os adeptos presentes no jogo; imaginem-se no estádio, e este ser autenticamente invadido por tropas… Já quanto aos aplausos da Central, lembro-me duma pessoa ao meu lado dizer «Estes é que são os bons!» enquanto batia palmas, ao mesmo tempo que os assobios se intensificavam.

Com o fim dessa era e a adesão à União Europeia ainda se generalizou mais o lampionismo das personalidades públicas e importantes. Tudo o que é conhecido e endinheirado se apresentava como tal.
Pelo contrário, ao longo desse tempo todo, o adepto comum sportinguista permaneceu quem era, popular. Sobretudo fora de Lisboa!

Vivi já várias eleições, e quem vejo nas longas filas de votos não são os tais elitistas, nem nada que se pareça. Mas em quem as pessoas votam é uma questão completamente diferente. No entanto, as eleições de Jorge Gonçalves e Sousa Cintra tiveram o seu quê de revolução, com grande adesão dos sócios, e não eram candidatados minimamente vistos como pertencendo às elites.

Mas se alguém tem dúvidas, revejam o que foi a fulgurante manifestação nacional espontânea, de Norte a Sul, na noite e madrugada do domingo em que terminou o jejum. Quem viram na rua? Elites?

Um coisa é a origem do clube, outra aquilo em que ele se tornou.[/font]

Concordo com o one_o_six, até porque hoje em dia já não faz sentido nenhum falar em elites, porque o paradigma dos chamados “novos-ricos” veio alterar toda a denominação até ai utilizada. Além disso hoje em dia está tudo acessivel à maioria das pessoas independentemente da sua origem. Esta cambada que anda no Sporting de sangue-azul não tem nada ou tem muito pouco…

:arrow: :arrow: :arrow:

Concordo inteiramente com a frase que assinalei a “bold”.

Apesar de perceber a ideia que esteve na génese deste tópico pelo @ Viridis, acho que a mesma labora numa ideia que à força de ser repetida à saciedade, acaba por se assumir como verdadeira.

Só para contar um episódio que se passou comigo:

Há cerca de 2 anos, mais ou menos, num Sábado à tarde, iamos jogar com os orcs em Alvalade, tive que ir ao supermercado. Estava lá na caixa um moço vestido com a camisola da Juve, por acaso de etnia cigana e, apesar de nunca nos termos visto, meti conversa com ele, até porque também ia ver o jogo.

Ao mesmo tempo que falávamos, estava na fila um casal que, pela aparência se via que era gente de posses, e que começaram também a meter-se na conversa e que se assumiram como Sportinguistas, o marido inclusivamente era sócio com um número bem baixinho. E a funcionária da caixa também era Sportinguista.

Querem exemplo mais heterogéneo deste grupo de Sportinguistas que se conheceu na fila da caixa do supermercado?

Ah, é verdade. O supermercado fica na linha de Cascais. :mrgreen:

Não refuto a heterogeneidade e a dimensão nacional, orgulho-me delas. Como não se deve refutar a origem ( e não é que me orgulhe ou deixe de orgulhar da mesma, mais cidadão comum que eu não há ) e que a mesma deixou algumas marcas no ADN do clube… é disto que se fala.

Só falta ter sido no Pingo Doce (verde e branco) para ficar o ramalhete completo! ;D

Como é que sabias que foi num Pingo Doce? :xock: :xock: :xock:

:lol: :great:

Achas que é possível juntar um Sportinguista como tu, um cigano da Juve Leo, um casal “in” sportinguista de Cascais e uma funcionária da caixa também do Sporting, num Continente, Modelo ou Intermarché??? :o

Só é possível num Pingo Doce perto de si (em Cascais)! :mrgreen:

“Aqui não há cartão, talão ou lampião!”
“Pingo Doce, venha cá!”

:dance:

Admito que a discussão sobre a sociologia do Sporting possa ser fascinante embora seja assunto que pessoalmente não me interesse. Mas o título da thread é incrivelmente creepy.

Para mim é um orgulho que o título deste tópico possa parecer creepy.

Mas mais medonho só mesmo o sinistro mundo da “Elite”.

Ora comecemos o Santo Ofício 2011!

Claro que são da mesma “família”. É o Baronato.

A família é a rede social de embaixadores, diplomatas, alta finança, maçons. Seus filhos, primos, tios e padrinhos.

Basta ler os nomes deles. Estas andanças para os mais novos dessas proles é o ritual iniciático para darem continuidade à posição de força que têm sobre as cabeças dos plebeus.

Penso que isto diz tudo. Este posto deveria ser obrigatório quando alguém se regista. :clap: :clap: :clap: :clap:

Realmente, é o Baronato no seu esplendor. Fui brincar um bocadinho aos facebooks e… voilá!

:mrgreen: