[Eleições SCP 2011] Conselho Fiscal e Disciplinar

Não posso concordar por completo.

Um Sporting fraco pode levar, em último caso, à refundação do clube. E isso como tu bem disseste,

…não lhes interessa.

Um Sporting fraco nunca os levará à refundação. Sabes porquê? Porque o Sporting continua a ser um clube formador e de tempos em tempos lá sai mais um jogador que tem de ser vendido à pressa para “equilibrar contas”… E é isso que se pretende para o Sporting: compra-se de tempos em tempos uma saca de caramelos baratos, alega-se que não há dinheiro para mais, entretanto vende-se um jovem de qualidade que surja das camadas jovens e a situação vai-se arrastando eternamente… Vai-se arrastando com o juro sempre a pingar!

Achas mesmo que se passarem algumas épocas de desinvestimento na equipa de futebol, e de classificações vergonhosas como resultado disso, sem fim aparente, os sócios do Sporting não abandonam o Sporting-instituição caduco, e fundam uma nova instituição Sporting Clube de Portugal?

É difícil definir “algumas épocas” em termos numéricos.O que eu digo é que a banca relativamente ao Sporting não joga só com os juros. Há a Academia que vai dar-lhes bom lucro e mais dia menos dia terei curiosidade em ver o que será feito com o estádio…

Obviamente que num cenário destes a debanda dos adeptos seria uma realidade mas ainda assim era algo progressivo e não instantâneo o que manteria a situação rentável para eles por muito tempo. É que 3 milhões de adeptos ainda é muita fruta!
E depois não te esqueças que o Sporting é só um tabuleiro. Convém não esquecer que eles ao mesmo tempo jogam a favor do investimento e consequente sucesso do fifica. São situações cujos interesses se tornam claramente convergentes.

A não ser que fosse organizada… Mas isso sou eu a sonhar que temos sócios e adeptos com fibra para uma empreitada destas… ::slight_smile:

Um Clube cujos sócios e adeptos permitem que uma cleptocracia esteja em funções desde há 15 anos, está vivo?

Um Clube cujos sócios e adeptos permitem que a equipa de futebol se arraste penosamente pelos estádios e que antes das épocas começarem já as tenha perdidas, está vivo?

Um Clube cujos sócios e adeptos permitem que o Sporting esteja a perder toda a sua implantação e em que as direcções fomentem a desertificação e a debandada, está vivo?

Um Clube cujos sócios e adeptos permitem que eles próprios sejam ostracizados, excluídos, tratados como meros clientes, está vivo?

Um Clube cujos sócios e adeptos permitem que as Direcções dêem ordens à polícia para carregar sobre eles próprios e que contrate jagunços da claque para os agredir, está vivo?

Um Clube cujos sócios e adeptos permitem que as sucessivas direcções da Era Roquette lhes tenham roubado a paixão e que os tenham afastado, ao ponto de hoje ter cerca de 15 mil sócios efectivos com as quotas em dia, está vivo?

Um Clube cujos sócios e adeptos permitem que as sucessivas direcções da Era Roquette tenham descaracterizado o Sporting, lhes tenham roubado a identidade, está vivo?

Um Clube cujos sócios e adeptos permitem que todo o seu património tenha sido espoliado e entregue a terceiros, está vivo?

Um Clube cujos sócios e adeptos permitem um enfeudamento e um conluio com a banca em claro benefício desta e em prejuízo do Sporting, está vivo?

Um Clube cujos sócios e adeptos permitem que dirigentes do Sporting sejam comissários do BES, em claro conflito de interesses e em que o objectivo é a defesa dos interesses do banco, está vivo?

Um Clube cujos sócios e adeptos permitem que seja o BES a escolher os presidentes do Sporting, está vivo?

Um Clube cujos sócios e adeptos permitem que se cave de forma criminosa um passivo superior a 400 milhões de euros, está vivo?

Um Clube cujos sócios e adeptos permitem que os meliantes que estão no poder fujam de uma Auditoria Externa de todas as empresas do Grupo Sporting nos últimos 15 anos, com o objectivo de se saber a verdade e responsabilizar os culpados, está vivo?

Um Clube cujos sócios e adeptos permitem que o Sporting tenha sido esvaziado de todos os seus bens, que financeiramente, desportivamente e socialmente esteja liquidado, está vivo?

Um Clube cujos sócios e adeptos permitem que as sucessivas direcções da Era Roquette envergonhem e humilhem a história do Sporting Clube de Portugal, está vivo?

Um Clube cujos sócios e adeptos permitem que os estatutos sejam constantemente atropelados e que até o próprio símbolo do Clube tenha sido adulterado e seja ilegal à luz dos mesmos estatutos, está vivo?

Um Clube cujos sócios e adeptos não se revoltam e permitem que eles próprios se tenham transformado num rebanho de carneiros, conformados, resignados e perdedores, está vivo?

É claro que pode renascer. É claro que pode ressuscitar. É claro que pode ser “refundado”.

Mas isso só acontecerá quando todos os que o mataram, todos sem excepção, forem extirpados do Sporting.

Se isso não acontecer, o Sporting que nós conhecemos, o Sporting de que nós nos orgulhámos de ter sido, está efectivamente morto. Mataram-no.

Este sporting que hoje existe, não é o Sporting. Este sporting que hoje existe, este sporting da Era Roquette, é um sporting de pulhas e de bandalhos.

Se este sporting fôr para continuar, com esta gente, com esta mentalidade, que arda lenta e dolorosamente no inferno.

A situação hoje é demasiado clara para que possam haver quaisquer dúvidas.

Dum lado está a Era Roquette, a oligarquia, o lobby, a continuidade, os coveiros, e todos os que com eles se coligarem.
Do outro está o Sporting.

Os Sportinguistas decidirão o que querem.

Terão o que merecem.

Como é que resolves esse problema? Bem, primeiro convém tirar de lá o Ricciardi, porque o BES não tem nada que ver com as opções que o Sporting toma em relação aos seus próprios assuntos e depois é dar inicio ao trabalho difícil e lento, mas sólido e frutífero de contratar jogadores que possam ser vendidos mais tarde por 5x o seu preço inicial e não acabar dispensados, contratar treinadores com estaleca que consigam tornar o colectivo consistente e competitivo e vencer o maior número de competições possível no futebol. Tudo isto está interligado, mas só a conjugação destes factores poderá valorizar a marca Sporting e gerar o dinheiro que o clube precisa para se gerir e comportar a divida que acumulou.

Não existe qualquer outra solução eficaz, todas as outras permitem-te apenas ganhar tempo, nada mais.

Descobri agora este tópico e o texto que está na sua génese.

Do mesmo, retirei:

BLÁ, BLÁ, BLÁ… O Sporting está morto!.. BLÁ, BLÁ, BLÁ… Gestor de um cadáver… BLÁ, BLÁ, BLÁ… putrefacto…

Percebo o colega, a sua descrença, a sua tristeza, a sua ansiedade.

Mas se o Sporting está morto, então o que é que andamos aqui a fazer? De que servem as horas, as noites, que passamos aqui a dissertar, a opinar, a chatearmo-nos uns com os outros, sobre o Nosso Grande Amor?

Bem sei que o Sporting está doente, muito doente. Mas é verdade também que há responsáveis. E esses responsáveis são conhecidos. E têm que ser responsabilizados por erros de gestão danosa por terem delapidado, expoliado, vilipendiado, desonrado o Sporting Clube de Portugal.

Se o Sporting efectivamente morrer, deixo de ver desporto português. Prefiro ser adepto de um clube estrangeiro do que mortificar-me a pensar no que fomos e podiamos ter sido.

de que serve extinguir o Sporting Clube de Portugal e refundar um novo clube com nome igual ou parecido? Então o património não está todo pertença de outras sociedades? Essa refundação seria uma refundação sem estádio, sem academia, sem terrenos, sem acções, sem nada. Seria um grande saco de vento, podíamos ir jogar para o campo do Operário Futebol Clube, que Alvalade, esse seria demolido para dar lugar a um belíssimo condomínio onde os senhores dos bancos podiam ir buscar os seus milhões.

Ou tens dinheiro para pagar o passivo ou não refundas nada.

Prezo e respeito demasiado o tempo e inteligência de ambos para prosseguir esta discussão. Mais a mais quando são atirados argumentos como esse.

Ainda assim, tento esclarecer. O que eu atrás salientei é que havia muito mais substancia na proposta além daquela primeira frase. Frase e conceito que ainda por cima são explicados e balizados logo a seguir. E essa definição está para mim mais próxima da realidade do que o “temos que apoiar” que se viveu no último ano e meio.

E não aceito que se venha falar da literalidade do significado de morto, pois todos neste espaço já assistimos ou usamos liberdades semânticas e de estilo do mesmo tipo!

Por mim encerrado!

Sobre a ideia, continuo a digeri-la (peço desculpa pela lentidão)!

o problema do Sporting é aceitar tudo o que a banca diz. esse é o problema do Sporting. é ser governado por gente que faz o que a banca manda em vez de fazer o melhor para o Clube. achas mesmo que a banca quer ter 300 milhões de um cliente como seu passivo, dinheiro completamente irrecuperável?
o Sporting tem é de fazer frente aos bancos, e se tiver que caminhar para a segunda divisão que se caminhe.
o importante é que os responsáveis por termos chegado a este ponto sejam presos. isso sim é importante. ou também achas que este passivo apareceu pela construção de um estádio e de uma academia?
tudo o que estes bandalhos prometeram não cumpriram, todo o dinheiro que existia foi mal utilizado e em todos os contratos que foram negociados com os três clubes o Sporting ficou sempre a perder.
BASTA!
há que rapidamente se passar para a realização de uma auditoria às contas da sgps dê lá por onde der.

A fonte principal é chamar de volta o maior capital do Sporting, os Sportinguistas a participarem activamente na vida do clube, não é insultar sócios e adeptos, não é fugir, não é esconder números e realidades.

Isto foi o que foi feito por estes FDP, que destruiram nos últimos 14 anos com a visão corporate anglo saxônica.
Alguns mereciam ser encostados na antiga 10A e serem alvo de justica popular.

O Sporting está tão morto como eu ou o autor desta ideia, que conheço e respeito apesar de termos diferentes pontos de vista quanto ao Sporting e esta é uma delas. Como alguém diz se está morto isto não faria sentido algum, e menos sentido faria para quem é Sportinguista, o que se sobrepõe sempre aos objectivos secundários, mesmo que muito importantes. Esclarecer o passado e punir nos casos em que isso se justifica quem prejudicou o Sporting é um objectivo fundamental, mas nunca é nem pode ser mais importante do que recuperar ou mesmo refundar, se for caso disso, o nosso Sporting.

O Sporting nunca morre. Porque se morrer cá estarão muitos certamente para o fazer nascer novamente.

Olha, pode ser uma questão de fechar os meus olhos a qualquer teoria da conspiração. Por norma, tomo-as como desculpas para o insucesso… não vejo como é que o BES manobra tudo, apesar de ser algo que é muitas vezes repetido… e não vejo como é que então o BCP permite, porque terá os mesmos interesses que o BES. Mas admito… à distância e com a informação que tenho, posso perfeitamente tomar o que vocês dizem como verdade… aquilo que me parece é que são as lideranças fracas que permitem interferências externas. Quanto aos fundo de jogadores, sendo verdade, é o que dá negociar em baixa e com as calças na mão… além de não concordar com vendas de percentagens de passes de jogadores que já são nossos, vários deles com potencial mas com valor facial ainda baixo…

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É isso mesmo.

Está-se a colocar demasiado a tónica sobre a forma, em vez de se atentar no conteúdo.

O que o autor deste tópico escreve, na sua forma vibrante e sanguínea de viver as coisas, é que o Sporting, tal como o conhecemos, deixou de existir.

O grande clube de base associativa, com uma implantação nacional e uma massa fiel em todas as horas, de vocação e ambição ganhadora, o clube que há 16 anos era o mais bem posicionado para enfrentar os desafios do futuro, esse, todas as evidências apontam que morreu mesmo.

Já não tem base associativa, porque praticamente tudo aquilo que tinha de valor - desde 3/4 da receita que lhe advém dos sócios até ao próprio direito de explorar comercialmente o nome, o símbolo e as cores, passando pelos activos imobiliários - é agora detido por uma sociedade comercial, da qual o clube perderá a maioria dentro de cinco anos. E até o cartão que identifica os seus membros é propriedade de um banco…

Já não tem implantação nacional - basta atentar na decrepitude de muitos núcleos ou ver os estádios desertos quando o Sporting joga fora, em locais onde outrora provocava enchentes -, nem a fidelidade é a mesma de outros tempos - basta atentar na evolução das assistências em casa ao longo dos últimos anos.

A vocação e ambição ganhadora, pelo menos no futebol - que à maioria é aquilo que interessa -, também já não existem. Para ser candidato a alguma coisa não basta dizer que se é, e pelo menos numa coisa Roquette tinha razão: não há em Portugal espaço para mais do que dois grandes clubes de futebol com dimensão europeia. Nós perdemos esse comboio, em parte porque desbaratámos as condições ímpares que tínhamos, e noutra porque num momento chave demos a mão ao beifica e ajudámos a que se reerguessem do jejum que atravessava.

As condições que tínhamos, está implícito, já não as temos. Em 1995 tínhamos uma grande equipa de futebol que era toda propriedade da associação Sporting Clube de Portugal, associação esta que suportava uma dívida na ordem dos 40 milhões de euros e que, às portas do boom imobiliário português, detinha umas centenas de milhar de metros de construção numa zona nobre da capital, para além de uma marca comercial forte e incipientemente explorada e de um capital humano cheio de confiança num futuro melhor e empenhado em ajudar a construí-lo.

Em 2011, verificamos que tudo isto foi trocado por um estádio moderno (com graves e imperdoáveis falhas de concepção), uma academia state of the art (esta já propriedade - ilegalmente adquirida - pela dita sociedade comercial), uma equipa de futebol medíocre, uma dívida superior a 300 milhões de euros e, em cima de tudo isso, uma tremenda desmoralização do património anímico da instituição.

Se isto não é estar morto, é pelo menos estar moribundo, afligido por uma doença muito grave, que até pode ser curada, mas deixará sequelas irrecuperáveis para o futuro, que nunca será aquilo que poderia ter sido. Sejamos realistas: o Projecto Roquette foi a nossa grande aventura colectiva em busca de um futuro melhor, e falhámos. Foram os nossos Descobrimentos, só que não chegámos a costa nenhuma e ficámos com as viúvas e os velhos a chorar e as dívidas para pagar.

É neste quadro que faz sentido que no Conselho Fiscal e Disciplinar haja uma outra perspectiva, um outro ponto de vista, haja contraditório e fiscalização efectiva. Porque o Sporting que vai existir daqui para diante - inevitavelmente mais pequeno, mais comedido, menos sonhador -, merece, por um lado, que haja quem zele por ele e impeça que volte a adoecer, e por outro, já agora, merece também que se lhe faça justiça, descobrindo em concreto qual foi a doença que o incapacitou.

Para quem não leu aqui fica de novo.
O Sporting é só um. O problema é que é visto de várias formas dependendo das várias pessoas que o olham.
Eu olho-o como o Chirola e outros.
O problema é que podemos dar as nossas opiniões mas OS FACTOs estão aí.

Há quantos ANOS não ouvimos os dirigentes assumirem a conquista no campeonato?

Quantos anos iremos manter as modalidades quando dão TODOS OS ANOS prejuízo? Um dia virão perguntar-nos, de novo, se queremos gastar dinheiro no andebol ou no futebol…

Mas este tópico apenas lança uma candidatura ao CONSELHO FISCAL E DISCIPLINAR, nada mais.

Para as soluções de gestão contribui com a elaboração do programa SER SPORTING, em conjunto com João Mineiro, Luis M Pereira e Francisco Leitão.

Estas 4 pessoas fizeram um programa eleitoral que foi apresentado por PPC. Tiveram 10% votos.

Não apareci nas listas por vontade própria mas nunca me escondi. Só não sou vaidoso.

Por isso mesmo, penso que hoje em dia (meu) o melhor contributo a dar é num órgão com poderes reais executivos, mas não ao nível da gestão.

Apenas para CUMPRIR o que alguns ainda se lembrarão que foram os objectivos traçados em 2006 pelo LdV que fundei.

Francisco,

O que tu queres dizer é o que um Conselho Fiscal deveria ser e nunca é: um orgão fiscalizador, independente e atento. Mas isso é uma coisa, outra coisa é um Conselho Fiscal cuja unica missão é combater, entregue`à amargura, que é o que (provavelmente de forma errada) transparece do texto original do Frede.

Agora pergunto eu: devemos preocupar-nos em fazer um CF deste tipo ou devemos preocupar-nos antes de mais em que surja finalmente uma solução que defenda os principios em que acreditamos e que pegue no moribundo (mas não morto) e o recupere, demore o tempo que demorar, dentro dos principios em que acreditamos, solução essa composta por um CF composto por pessoas em quem confiemos?

Acho que não há muitas dúvidas quanto a isto. Eu continuo a ver as coisas pela positiva e o Sporting pode estar muito mal mas não morreu. Recuso-me a me entregar à amargura e a desistir. Pensar compor um orgão fiscalizador como veiculador da nossa amargura em vez de nos empenharmos numa solução total é entregarmo-nos à amargura e desistir.

:arrow: :arrow: :arrow: Revejo-me muito mais nesta posição.

Pode-se fazer lista somente ao CF?
Ao CL sei que sim , mas confesso a minha ignorancia no que respeita aos restantes Orgaos.

SL