Dias da Cunha ao DN!

Dias da Cunha propõe retirada da SAD da Bolsa

Ex-líder não quer clube à mercê dos ‘Abramovich de cá’

Dias da Cunha receia que a direcção do Sporting repita os erros da venda de património com a futura alienação de acções da Sociedade Anónima Desportiva (SAD). “Basta que repita a mise-en-scéne levada a cabo aquando da alienação de património. Vender acções é deixar a SAD à mercê dos Abramovich desta vida e há-os por cá”, alerta. Por isso, sugere a Soares Franco que retire a SAD da Bolsa de Lisboa.

E, para que não haja dúvidas, o ex-presidente leonino garante que não tenciona comprar acções, ou mesmo vender as que tem: “Isso só acontecerá se a SAD vier a ser alvo de uma OPA total. Mantenho as acções que subscrevi na altura da formação da sociedade e por vontade própria não me desfazerei delas. Um dia serão dos meus netos, que seguem as pisadas do avô, são sportinguistas.” Mas admite trocá-las: “Se o Sporting resolver seguir uma proposta dos meus tempos de presidente e retirar a SAD do mercado, e a substituir pela holding, então permutarei as acções da SAD pelas da holding.”

O ex-líder defende que “a SAD, gestora do futebol do clube, não pode depender de opiniões divergentes de accionistas com peso suficiente para se fazerem ouvir no conselho de administração, que deve ser construído por uma equipa profissional, designada apenas pelo Sporting”.

Alienação de património

Sobre o recente acordo entre os leões e a Câmara Municipal de Lisboa (CML), Dias da Cunha mostrou-se desgostoso, mas com o processo de venda em si. “A alienação de património, dada a forma que assumira - venda pura e dura, sem retrocesso, em vez do simples negócio financeiro [alienar com direito de retoma] inicialmente previsto -, foi claramente ilegal por pôr em causa os fundamentos que levaram a CML a conceder ao Sporting as autorizações necessárias à construção do Complexo Alvalade XXI”, acusa.

O ex-presidente leonino explica ainda que “a densidade de construção do complexo excede largamente a densidade de construção prevista no PDM e só foi autorizada por se tratar do Sporting, que alegou necessitar das receitas decorrentes da exploração dos diferentes edifícios para a sua viabilização”. Diz por isso que “se tratou de uma operação que, tendo em conta os contornos de que se rodeou, se situou numa área que no mínimo terá de se apelidar de gestão danosa. O clube saiu dela manifestamente empobrecido”. Mas quem ganhou com isso se não foi o clube? “A falta de transparência de todo o processo, a que há que acrescentar a inventona de um buraco nas contas, prestar-se-ia às mais diversas especulações…”, afirmou sem concretizar.

Caso João Pinto

Quanto ao envolvimento no caso João Pinto, Dias da Cunha disse nada querer acrescentar ao que foi tornado público depois de ser constituído arguido, já que é um processo em segredo de justiça. " A minha participação nesse processo não passa de um epifenómeno." Ou seja, “um fenómeno que acresce a outros sem no entanto exercer sobre eles qualquer influência ou relação”, explicou bem–disposto, apesar da delicadeza do assunto. Apesar de reconhecer que não têm sido dias fáceis - “no futebol nunca são”-, está de “consciência tranquila” e acredita que não vai ser formulada acusação contra si dada a “inexistência de qualquer ilícito penalmente qualificado”.

A sua imagem pode ter ficado beliscada com a conotação negativa que a opinião pública dá ao estatuto de arguido, mas “quem anda à chuva molha-se”, sorriu. Apesar disso, tranquiliza os adeptos leoninos quanto ao uso dos dinheiros leoninos: “Se alguma vez houve sacos azuis no Sporting, eles deixaram de existir pelo menos a partir da entrada do dr. Roquette. Das verbas pagas a João Pinto não houve nunca qualquer regresso a algibeiras sportinguistas.”

Quanto à discrepância existente no documento de acerto de contas com João Pinto, assinado por Dias da Cunha em 2005, reafirmou que “são detalhes sem qualquer importância e sentido, introduzidos, segundo julgo saber, pelo assessor jurídico de João Pinto, vá-se lá saber com que fim, e a que o Sporting inadvertidamente não se opôs”.

De qualquer forma, clarifica que “o acerto de contas, para além do documento já referido, deu ainda lugar à emissão de um cheque em nome de João Pinto que lhe foi entregue e que foi assinado por mim e pelo dr. Rui Meireles, pessoa a quem tornei responsável financeiro em 2003 e era e é da minha inteira confiança”.

Concordo pleanamente com o Dias da Cunha. Não é pela SAD estar cotada em bolsa que tem mais liquidez. Ao invés, este modelo de “gestão” tem levado gente muito pouco recomendável para o futebol do Sporting, e afastado a sua maior riqueza (a massa adepta sportinguista) do clube. Isto para além dos riscos que o Sporting corre de perder o controlo do futebol. Há que repensar o projecto Roquette, por isso a contribuição do Dias da Cunha vem em boa hora. Não há vacas sagradas no projecto, principalmente porque o seu mentor se pôs na alheta. E acho revoltante que seja o Dias da Cunha a ser constituido arguido no caso João Pinto. Não me surpreende nada que tenha havido ilegalidades neste, e noutros casos, de compra e venda de jogadores. Mas os principais responsáveis, como sempre na Justiça portuguesa, não estão a ser responsabilizados. Talvez porque ainda continuam no Sporting…

Mas querem ver que nao tarda nada ele vai edir mais espacos verdes? E claramente um mercenario a mando do SLB para prejudicar o SCP, estes gajos do BE… ah , espera nao e este, este e o Dias da Cunha… Afinal o projecto vai mesmo contra as leis vigentes… :rotfl:

E hoje isto ao 24 horas??? :wall: :wall:

Tu quoque, Brutus, fili mi!

estamos a cair no ridiculo na comunicaçao social.

Há amor no beifica, diz o DC. Pois eu não me recordo de nenhum presidente do beifica tratar os sócios desse clube como o DC tratava os do Sporting. Aliás, não me recordo do Sporting fazer um esforço para reforçar o seu plantel como o beifica faz todos os anos. Também não me recordo de ver um presidente do beifica a elogiar o Sporting. É que assim não é fácil haver amor no Sporting. Não é fácil haver bom ambiente num clube onde os seus dirigentes parecem produto de consanguinidade tal o grau de moleza.

[b]Post editado. Dava jeito tratarem as pessoas pelos seus nomes próprios.

(skygod)[/b]