Já há algum tempo que não participo regularmente neste espaço e há muito mais que não abro um tópico, mas hoje é o dia.
Já alguns o fizeram e com mais qualidade, mas também queria deixar aqui o meu desabafo. Escrever, debater e falar é um bálsamo para a dor que me (nos) vai na alma.
No Sporting há demasiados anos que falta cultura de vitória, cultura de trabalho e cultura de responsabilização.
Pensei que se tinha “batido no fundo” com a presidência do JEB. Puro engano. Continuamos em queda livre.
Apesar de não ter apoiado GL, nunca me passou pela cabeça que poderíamos vir a passar por uma situação tão miserável, quer na vertente desportiva quer no associativismo e no fervor sportinguista, com a agravante de não se perspectivar qualquer sinal de melhoria.
Os últimos presidentes do Sporting têm sido “escolhidos” por uma troika invisível que há mais de uma década decide o futuro do Sporting. Acontece que, com o passar dos anos, a qualidade dos mesmos tem vindo a decair de uma forma radical, sendo GL o expoente máximo dessa falta de qualidade.
GL não tem uma única característica daquilo que entendo ser obrigatório num Presidente do Sporting:
[ul][li]Cultura Sportinguista[/li]
[li]liderança[/li]
[li]conhecimentos de futebol[/li]
[li]carisma[/li]
[li]honestidade[/li][/ul]
Além de não ter nenhuma destas qualidades rodeou-se de gente incapaz (o famoso “saco de gatos”) e com outra agenda. Ganhou as eleições, mas perde o Sporting.
Chegado a este ponto, deve ter a hombridade de reconhecer que lhe falta muito mais que um danoninho para ser Presidente do Sporting Clube de Portugal.
Só lhe resta a opção de pedir a demissão e marcar eleições para breve. Como dizia o JEB, é preciso carta de pesados para o Sporting. Infelizmente para todos nós, quer JEB, quer GL ainda só estão nas lições de código da estrada.
Há que dar a vez e a voz a novas pessoas e novas ideias.
A torrente de más decisões tem sido devastadora, mas os dirigentes continuam a assobiar para o ar. Apela-se à união por dá cá aquela palha e responsabilizam-se aqueles que criticam a direcção – como é possível não o fazer? – pelo mau momento do clube. Eles administram (mal), mas a culpa dos insucessos é dos outros.
E os sócios? Todos sofremos, mas diverge-se na solução para sair do buracão.
O argumento que mais me enerva é quando dizem que não há alternativas. Como assim?? Num universo de 3 milhões de Sportinguistas não se arranja gente com capacidade para gerir o clube? Claro que há! E muitos!
Ainda estão anestesiados por estes “gestores de topo” com duas consoantes no apelido.
Só acordarão quando forem goleados em casa pelos lamps.
Da mesma forma que nalgumas relações se costuma “dar um tempo” para efectuar uma retrospectiva, para pensar na vida, acho que chegou o momento de fazer o mesmo relativamente ao Sporting.
Vou-me afastar um pouco – o último jogo que vi do Sporting foi o da vitória sobre o braga – descansar a cabeça, dar paz ao coração, porque tudo isto faz mal à saúde. A mim e a quem me rodeia, já que, a minha “azia” também os afecta.
Inclusivamente, já informei o meu filho que, enquanto esta direcção lá estiver, iremos arranjar outras actividades que substitua a ida à bola, que já a fazemos juntos há 7 anos. Obviamente vai custar, mas está a ser insuportável.
Também deixarei de pagar quotas até que esta gente esteja à frente do clube. Colocarei de parte esse dinheiro e regularizarei a situação na véspera de eleições.