Devido às notícias que associavam os jogadores Derlei, Liédson, Pepe, e Paulo Assunção à Selecção de todos nós, decidi “apimentar” a discussão.
Esta discussão será, com toda a certeza, um alvo fácil para todos aqueles que não perdem uma oportunidade de acusar os outros de racismo ou xenofobia. Será fácil também utilizar esta questão para nos focarmos em razões clubistas, mas o que interessa é analisar o tema como um assunto de Estado, de Identidade Nacional, alheio a qualquer preferência pessoal.
Mas sobretudo a esses que têm opiniões dúbias, questiono se será, a dupla nacionalidade, motivo suficiente para que aceitemos qualquer cidadão “semi-português” como seleccionável para a equipa das quinas?!
A incerteza de um resultado desportivo, que espelhe a imagem de um país, será motivo suficiente para que um cidadão nascido num dos outros 192 países do mundo, mesmo que isso signifique maior solidez competitiva, represente a nossa selecção à conta de uns míseros 5 anos de convivência lusa?!
Qual a diferença entre o maior clube de futebol do mundo e a nação onde actuam os melhores jogadores do mundo?!
Se o Ronaldinho, o Zinedine Zidane, o Luís Figo, o Thierry Henry, o Andriy Shevchenko, o Gianluigi Buffon, o Walter Samuel, o David Beckham, o Ruud Van Nistelrooy, o Didier Drogba, ou o Samuel Eto’o pertencessem à mesma selecção, o que seria do futebol mundial ao nível de pátrias?
Será que este assédio à Selecção portuguesa não passará de um claro oportunismo profissional?
Não terão limites as ambições profissionais de cada um? Eu acho que têm, mas gostava de saber a vossa opinião…