Crónica de um "seminarista"

Como já referi noutro tópico, estive presente no seminário promovido pelo movimento “Sporting Renovado”, que teve lugar no passado sábado. Lamento não ter podido relatar aqui há mais tempo o que lá se passou, mas foi-me de facto totalmente impossível. Bear in mind que não sou jornalista, mas sim um declarado e empedernido opositor da “situação”, e que foi nessa qualidade que lá estive. Em todo o caso, tentarei ser factual.

Primeira questão: o local.

O seminário decorreu no Hotel Holiday Inn Continental. Praticamente todos os intervenientes começaram as suas comunicações lamentando o facto de estarmos ali e não no nosso estádio, que possui um auditório com condições ideais para aquele efeito.

Este lamento foi depois aproveitado por FSF para descredibilizar o seminário, alegando que ninguém teria pedido ao Sporting para o realizar no estádio. Como normalmente sucede, FSF manipula os factos e tenta enganar os sportinguistas.

Tal como já era do domínio público e foi repetido no seminário, há uns tempos esteve marcado para o estádio do Sporting um evento semelhante a este, organizado pelo José Eduardo. A poucos dias de se realizar teve que ser desmarcado porque a direcção a que pertencia e pertence FSF determinou que afinal o mesmo não era conveniente e impediu a sua concretização nas instalações do Clube.

Desta vez, tendo o referido precedente e não querendo ficar sujeita aos humores do Projecto, a organização decidiu, e bem, marcar o evento para outro local. É simples.

Segunda questão: a participação de elementos do Clube.

Também já expliquei noutro local o que se passou a este respeito. FSF foi convidado, aceitou, e solicitou meios técnicos para projecções (e lá estavam eles). No dia do Sporting-Marítimo comunicou que não ia aparecer, alegadamente ofendido por ter sido chamado de “coveiro”.

Ernesto Ferreira da Silva também foi convidado e aceitou. Dias antes do seminário avisou que afinal não estava em Lisboa, e por isso não iria comparecer. Dispenso-me de comentários sobre estas condutas, as conclusões que as tire cada um.

Terceira questão: a “desconsideração” a Moniz Pereira.

Tem sido badalada nos últimos dias a alegada desconsideração de que o Prof. Moniz Pereira terá sido alvo, a propósito da questão do ecletismo. Esclarecendo: é rotundamente falso que o Prof. Moniz Pereira tenha sido alvo de crítica a propósito do ecletismo.

O que sucedeu, de facto, foi que ele foi chamado de “traidor” por um dos participantes. Falo de Dionísio Castro e passo a explicar.

O ex-atleta do Sporting foi um dos que se dirigiram à plateia, sem comunicação preparada. Começou por pedir desculpas por uma atitude parva que tivera aquando da final da UEFA, justificando-a com a forma como antes fora tratado pelo ignóbil Cácá Mãos de Gelatina.

Explicou que tinha dois jogadores no CSKA (não disse o nome mas sabe-se que são Daniel Carvalho e Vagner Love), e que, antes de os colocar na Rússia, tentara negociá-los com o Sporting a preços de ocasião (não disse quanto). Em resposta terá ouvido do viscoso que o negócio não interessava. Terminou este capítulo lamentando-se pelo facto de conseguir pôr jogadores nas maiores equipas da Europa mas, em virtude da acção de CF, ter fechadas as portas do clube que sempre foi o seu.

Pegou em seguida numa questão que até àquele momento já tinha sido várias vezes abordada- a forma como o Sporting tem tratado as suas referências. Contou a sua história no Clube e em particular o seu desfecho. Explicou que, encontrando-se gravemente lesionado num joelho, aceitou ser infiltrado para poder ajudar o Sporting numa Taça dos Campeões Europeus. Ficando com o joelho esfrangalhado, andou dois anos a tentar curar-se antes de ser despachado pelo Clube, tendo que procurar trabalho no Brasil. Descreveu também a forma como o seu irmão foi corrido do Sporting, pouco depois dele.

Foi a este respeito e relembrando que Moniz Pereira fora como que um pai para eles quando chegaram ao Sporting, que lhe chamou “traidor” por ter alinhado nas manobras com que foram corridos do Clube. Não foi bonito, ninguém gostou de ouvir, mas de certa forma pode compreender-se o contexto, dado que, por esta altura, já há muito que Dionísio Castro estava a chorar.

Quando ouvi a acusação percebi logo que ela ia dar brado. De tal maneira que, quando estava a sair do hotel, comentei com quem me acompanhava que o que iria resultar de tudo aquilo nos jornais do dia seguinte seria que um grupo de conspiradores se juntara para chamar nomes ao Moniz Pereira. E pelos vistos não me enganei muito.

Seguindo em frente, para o evento propriamente dito.

O modelo contemplava comunicações de diversos oradores, subordinadas a temas distintos, com uma troca de opiniões no final, aberta aos assistentes. Em paralelo com isto, foi decorrendo também uma espécie de mini-AG, em que quem quisesse falar teria que se inscrever para o efeito.

Quanto às intervenções propriamente ditas, houve-as melhores e piores, como é óbvio.

Nas piores destaco claramente a do José Eduardo. Poderá ser (ou antes, é mesmo) uma embirração minha, mas o homem só diz vacuidades e lugares-comuns. É detentor, suponho, do menor ratio de ideias por palavra que alguma vez presenciei.

Nas melhores, saliento três: a de Rui Oliveira e Costa, ainda de manhã, que versou sobre a política de comunicação do Sporting, e na qual apresentou um modelo de jornal-revista-canal de televisão que pareceu bastante promissor; a de Sérgio Abrantes Mendes, que fechou o seminário, uma comunicação solene e com peso, subordinada à “Tradição e Modernidade no SCP”, que foi como que uma síntese do espírito geral do seminário; e a de Dias Ferreira, que foi a mais importante e aplaudida de todo o dia. Detenho-me um pouco nesta, a mais marcante e significativa de todas.

Dias Ferreira estava completamente on fire. Começou por dizer que tivera que alterar o conteúdo da sua intervenção na véspera, em virtude da sua indignação perante a declaração de apoio de Miguel Galvão Telles a FSF, ainda antes de convocadas as eleições.

Fez uma intervenção apaixonada e arrebatadora, que por diversas vezes foi interrompida com salvas de palmas. Falou da degradação da cultura clubística, do défice democrático dos actuais dirigentes, das justificações mentirosas de FSF, da miríade de empresas que sustentam a rapaziada amiga. No final foi aplaudido de pé.

Sobre as contas (também houve uma intervenção sobre elas, conduzida de forma morna por Hélder Varandas), ficam as informações reveladas, em alguns casos pelos dois conselheiros leoninos presentes:

O passivo deixado por Sousa Cintra era potencialmente de cerca de 55 milhões de €, e veio a verificar-se ser efectivamente de 43 milhões. Esta portanto a herança que ele deixou no Sporting em 1995, revelada por Jesus Oliveira, antigo membro do Conselho Fiscal e pessoa insuspeita de parcialidade pró-Cintra (até pelo contrário).

Dois anos depois, em 1997, já com Roquette ao leme, o passivo tinha engordado até aos 70 milhões. Desde então veio a crescer, com particular incidência a partir de 2001.

Números actuais do passivo: 308 milhões de €. Trata-se de um número não consolidado, que não inclui o passivo da SAD ( :shock: ) nem o da SGPS. Teme-se que o número real possa aproximar-se perigosamente da barreira dos 500 milhões.

Sobre a questão actualmente em cima da mesa, da venda do património: a conclusão a tirar desta medida, tendo em conta o impacto apresentado em Conselho Leonino, é que ela não se prende com qualquer reorientação estratégica do grupo. O produto da venda do edifício do Visconde e da Alvaláxia servirá para abater 30 milhões de € de passivo bancário, e o restante é para financiar a tesouraria. Esqueçam pavilhões, pistas ou quaisquer outras promessas populistas. A mais-valia a realizar no património serve apenas para fôlego de tesouraria nos próximos meses: como se comentou, é “vender prédios para pagar salários”.

Outras curiosidades, estas quanto ao “rigor” empregue na construção das infraestruturas:

  • Estádio orçamentado em 110 milhões de €, custou 175 milhões;
  • Academia orçamentada em 10 milhões de €, custou 35 milhões.

E ainda mais uma revelação, esta relativa a um dos mistérios mais comentados aqui pelo fórum: a questão dos terrenos do novo estádio.

Foram vendidos por 60 milhões de € que, segundo as informações apuradas pelos dois conselheiros leoninos presentes, já foram recebidos. Estamos a falar dos terrenos que, no figurino aprovado pelos sócios, pagariam a maior parte do investimento no estádio e permitiriam um endividamento quase zero. Temos pois um colapso total do project finance.

Foi também levantada no seminário a questão de a empresa que audita as contas do Sporting- uma das tais “cinco maiores do mundo” referidas por FSF- ser nem mais nem menos que a BDO, presidida em Portugal por Ernesto Ferreira da Silva, presidente do Conselho Fiscal e da comissão do Centenário.

Mais uma curiosidade que, com um mínimo de esforço, consegui apurar: nas contas da SAD descobrirão a certificação legal, relatório de auditoria e relatório do fiscal único. Todos são assinados por Pedro Aleixo Dias, em representação da sociedade de revisores oficiais de contas Barroso, Dias, Caseirão & Associados. Agora carreguem aqui: chegarão à página das “Pessoas” da BDO Portugal, onde, por baixo de Ferreira da Silva, descobrirão as carantonhas dos mesmíssimos Barroso, Dias e Caseirão…

Em função de toda esta nebulosidade em torno das contas do Sporting, da inexistência de contas consolidadas e da manifesta divergência entre o quadro pintado para o exterior, o que releva dos (poucos) dados contabilísticos disponíveis, o que é apresentado em Conselho Leonino, e possivelmente aquele que existirá na realidade (e também, obviamente, por causa desta quase confusão entre a auditora e a pessoa de um dirigente de topo), surgiu a ideia de recolher assinaturas em número suficiente para forçar o presidente da mesa da AG a convocar uma assembleia prévia àquela em que FSF pretende fazer aprovar a venda de património.

O objectivo desta primeira AG será o de recolher o voto favorável dos associados à realização de uma auditoria verdadeiramente independente e que englobe todo o universo do Grupo Sporting, de modo a que, depois de publicados os seus resultados, os sócios estejam verdadeiramente esclarecidos quanto à decisão que serão chamados a tomar por FSF.

Julgo que esta medida seria uma questão de bom senso, dada a seriedade da decisão em causa. Parece que o presidente entende que não e prefere continuar a atirar areia para os olhos. Adiante.

Outros assuntos em discussão foram o modelo desportivo para o futebol (preconizando-se em termos gerais a implementação de uma direcção técnica comum a todos os escalões, uma aposta reforçada em técnicos da casa para as camadas jovens, a construção de uma rede de prospecção, em particular na América do Sul e PALOPs, e o estabelecimento de parcerias com clubes dessas regiões), e também a subsistência das modalidades (todos os participantes à excepção de um concordaram que elas são uma força motriz do sportinguismo e não só não devem ser reduzidas como devem ser aumentadas, dentro de modelos de auto-financiamento).

Resumo ideológico da jornada:

A síntese fundamental do seminário não é divergente das posições que ultimamente fazem carreira aqui no fórum.

Primeiro, o Clube tem que ser devolvido aos sócios, a sua maior riqueza. Deve acarinhá-los e tratá-los com consideração, porque são eles a sua razão de ser e são eles, numa óptica mais mercantil, os seus “clientes”. Fazê-los sentirem-se parte de uma instituição que os tem banido é um imperativo.

Segundo, o Clube tem que cuidar dos seus valores. Deve cultivar os traços característicos do sportinguismo, mantendo a aposta no ecletismo, respeitando a sua vocação ganhadora e os seus tradicionais princípios de ética no desporto.

Terceiro, pode discutir-se modelo de gestão, venda de património, abertura de capital, etc., etc.; o que não se pode, qualquer que seja a conclusão, é entregar o Clube aos mesmíssimos que nestes quase onze anos o trouxeram até à beira do abismo.

Resumo político:

Vim de lá com a certeza reforçada que Dias Ferreira será, de uma maneira ou de outra, um actor principal das eleições. O homem é um leão, está mais feroz que nunca, e quanto mais o espicaçarem mais luta ele vai dar. FSF, burro, está a levar a batalha para onde nunca poderá ganhá-la: a truculência, o debate olhos nos olhos, a ofensa pessoal.

Sendo eu da opinião que os votos não devem dispersar-se por mais do que uma candidatura de oposição, fiquei satisfeito, porque não vi divergências de fundo que justifiquem que DF e a linha do “Sporting Renovado” se apresentem separados.

Esperemos para ver. Confirmando-se que MRT está com FSF, o único player com mediatismo que sobra é Luís Duque, cuja posição ainda não se conhece.

Fica o resumo possível. Obrigado por lerem e se tiverem alguma dúvida, tentarei esclarecer dentro do que puder.

  1. FLL se não te importas vou imprimir para ler amanha ao p.almoço :arrow: :wink:

Luis Duque esteve nessa reunião?

Obrigado pelo texto FLL.

Estou preocupadissimo com o que se está a passar no nosso clube, e vai custar muito superar esta crise.

Obrigado pela reportagem, tenho pena mas não pude assistir, até porque fiquei escaldado qdo em Junho preparei a minha vida para assistir ao Forum entretanto cancelado.

A situação é mto má, só fica admirado quem andar a dormir.

Os casos pessoais, no qual destaco o do Dionisio, terão de ser analisados á luz própria das relações humanas, e creio que maior parte de nós aqui no Forum tem já a experiência suficiente (familiar e profissional) para perceber que existem sempre mtas “nuances” nestes casos e que a razão nunca está apenas de um lado.

Gostava de deixar aqui um ponto que acho importante e gostaria ver confirmado:

E ainda mais uma revelação, esta relativa a um dos mistérios mais comentados aqui pelo fórum: a questão dos terrenos do novo estádio.

Foram vendidos por 60 milhões de € que, segundo as informações apuradas pelos dois conselheiros leoninos presentes, já foram recebidos. Estamos a falar dos terrenos que, no figurino aprovado pelos sócios, pagariam a maior parte do investimento no estádio

Eu lembro-me de ouvir dizer que o lucro relativo aos terrenos pagaria 25% dos novos investimentos, não mais que isso.

De resto, tal como já referi noutro lado, vender algumas infraestruturas para receber 40/50 milhões é tratar um derrame cerebral com uma aspirina… já existem novos estudos de mercado que aconselhem essa venda em detrimento da exploração?

E fica a ideia base… algumas medidas podem ser (e provavelmente são-no) de aplicação obrigatoria, mas NUNCA pelos mesmo que colocaram o Clube na situação em que está.

Só pegando em 3 pontos:

Sobre a questão actualmente em cima da mesa, da venda do património: a conclusão a tirar desta medida, tendo em conta o impacto apresentado em Conselho Leonino, é que ela não se prende com qualquer reorientação estratégica do grupo. O produto da venda do edifício do Visconde e da Alvaláxia servirá para abater 30 milhões de € de passivo bancário, e o restante é para financiar a tesouraria. Esqueçam pavilhões, pistas ou quaisquer outras promessas populistas. A mais-valia a realizar no património serve apenas para fôlego de tesouraria nos próximos meses: como se comentou, é “vender prédios para pagar salários”.

Nada que me surpreenda. Gostaria que FSF elucidasse o seguinte:

  • como é que esta “política de rigor” se enquadra com a sua propalada intenção de aumentar o tecto salarial dos futebolistas do plantel principal (em vez da medida acertada, que seria diminuir o fosso entre os jogadores mais bem pagos e os que saíram da “cantera”)
  • no complexo desportivo do Galinheiro abriu agora um “stand” da Toyota. Como é que se passa que um clube presidido antes por um bêbado (não é que aqui sejamos diferentes, com este já é o segundo…) e depois por um iletrado utiliza os poucos terrenos que lhe restam mantendo-os na sua posse e rentabilizando-os com espaços atractivos e certamente atraindo boas rendas, e o clube dos colarinhos brancos da alta finança decide vendê-los todos para que outros os rentabilizem?

E ainda mais uma revelação, esta relativa a um dos mistérios mais comentados aqui pelo fórum: a questão dos terrenos do novo estádio.

Foram vendidos por 60 milhões de € que, segundo as informações apuradas pelos dois conselheiros leoninos presentes, já foram recebidos. Estamos a falar dos terrenos que, no figurino aprovado pelos sócios, pagariam a maior parte do investimento no estádio e permitiriam um endividamento quase zero. Temos pois um colapso total do project finance.

Mais uma vez nada que me surpreenda. Mas não esclarece se os sócios aprovaram essa decisão, e se quando o fizeram foram postos ao corrente do enquadramento inicial e de todas as implicações dessa decisão. Provavelmente terá sido mais uma “na leva” de outras, a ver se passava despercebida.

surgiu a ideia de recolher assinaturas em número suficiente para forçar o presidente da mesa da AG a convocar uma assembleia prévia àquela em que FSF pretende fazer aprovar a venda de património.

O objectivo desta primeira AG será o de recolher o voto favorável dos associados à realização de uma auditoria verdadeiramente independente e que englobe todo o universo do Grupo Sporting, de modo a que, depois de publicados os seus resultados, os sócios estejam verdadeiramente esclarecidos quanto à decisão que serão chamados a tomar por FSF.

Se promoverem essa iniciativa, contem já com a minha assinatura, por uma questão de princípio.

Contudo, fiquem conscientes de uma coisa: se de facto as eleições ocorrerem em Maio, nunca haverá tempo para fazer uma auditoria séria a um clube com a dimensão e a estrutura do Sporting e permitir o avançar de candidaturas de oposição. Será pois um gesto mais romântico que outra coisa.

FLL,

Obrigado pela informação.

Excelente report que fazia falta para percebermos o que realmente foi discutido.

De tudo o que escreveste destaco estas informações:

Explicou que tinha dois jogadores no CSKA (não disse o nome mas sabe-se que são Daniel Carvalho e Vagner Love), e que, antes de os colocar na Rússia, tentara negociá-los com o Sporting a preços de ocasião (não disse quanto). Em resposta terá ouvido do viscoso que o negócio não interessava. Terminou este capítulo lamentando-se pelo facto de conseguir pôr jogadores nas maiores equipas da Europa mas, em virtude da acção de CF, ter fechadas as portas do clube que sempre foi o seu.
O passivo deixado por Sousa Cintra era potencialmente de cerca de 55 milhões de €, e veio a verificar-se ser efectivamente de 43 milhões. Esta portanto a herança que ele deixou no Sporting em 1995, revelada por Jesus Oliveira, antigo membro do Conselho Fiscal e pessoa insuspeita de parcialidade pró-Cintra (até pelo contrário).

Dois anos depois, em 1997, já com Roquette ao leme, o passivo tinha engordado até aos 70 milhões. Desde então veio a crescer, com particular incidência a partir de 2001.

Números actuais do passivo: 308 milhões de €. Trata-se de um número não consolidado, que não inclui o passivo da SAD ( ) nem o da SGPS. Teme-se que o número real possa aproximar-se perigosamente da barreira dos 500 milhões.

- Estádio orçamentado em 110 milhões de €, custou 175 milhões; - Academia orçamentada em 10 milhões de €, custou 35 milhões.

O primeiro quote nem preciso de o comentar.
Os dois quotes seguintes cumprem a função de triste desmistificação da ideia de que o projecto falhou desportivamente mas cumpriu-se nos objectivos financeiros e estruturais.

Obrigado F.

Venha a AG o mais rapidamente possivel. Até o Jorge Gabriel, que pode perceber tanto de bola como a minha filha e colher tantas simpatias como o IRS mas que sportinguista como todos nós, já a clama veementemente.

DF continua sem me convencer. Obviamente que recolherá a simpatia da maioria dos sócios, mas isso chega para ter a sua confiança?

Quanto a Moniz Pereira: o homem é um senhor, um dos mais importantes sportiguistas de sempre. Mas isso não o pode tornar inatacável. Viva a democracia.

F: falaram na disponibilização dos materias apresentados, se é que os houve? estou particularmente interessado no do ROCosta. Apresentou alguma coisa?

Obrigado,

A.A.

Para quando a apresentação de um projecto alternativo? Dias Ferreira é candidato assumido, há muito, mas que ideias tem para o clube?

Com um passivo que pode atingir os 500 milhões €, na vossa opinião há viabilidade para se manterem as outras modalidades que não o futebol e ter, simultaneamente, uma equipa de futebol (quer queiramos quer não, a força motriz do clube) competitiva a nivel nacional e internacional?

Pergunto isto porque, se não me engano, à excepção de alguns clubes espanhóis, mais nenhum clube de grande dimensão europeia se dedica a outras prátias desportivas que não o futebol. Considerando os custos que o futebol profissional de topo acarreta hoje em dia, não será este o modelo a seguir se pretendemos um Sporting forte em termos de futuro no futebol?

P.S.: Não, não sou apoiante do FSF nem do projeto que é um poço sem fundo…

obrigado fll

isto tudo é no mínimo preocupante!
por um lado há uma gestão que pelo que se começa a perceber pode ser considerada danosa, por outro há crítica e vontade, mas não há grande expressão de soluções alternativas, é necessário que apareça alguém que queira e saiba trabalhar mesmo antes de ser eleito, para que não se continue a perder tempo!

ps: sinto-me com vontade de ir votar nas próximas eleições…

Seja qual for a solução, a menos que seja um “russo” qualquer, vai demorar alguns anos chegar a uma situação como a de 1995, certo?

FLL:
Muito obrigado pela informação que nos deste e que nos ajuda a perceber melhor o actual estado das coisas.
Já há bastante tempo que estou convencido que o DF é a melhor solução para o nosso clube, agora mais fiquei, mas até às eleições muita água vai correr por baixo das pontes. FSF é que não, de certeza absoluta!

Seja qual for a solução, a menos que seja um "russo" qualquer, vai demorar alguns anos chegar a uma situação como a de 1995, certo?

Nao sei do que estas a falar relativamente a 1995 mas depois de ler fico com a certeza, o clube esta á beira de fechar a porta, num pais serio ja o teria feito até.

O crescimento do passivo, com ou sem estadio, e o facto de se ter de vender para pagar salarios dizem tudo.

Agora digam-me se valeu a pena ter um estadio novo. Agora digam-me tambem onde é que a gestao actual esta a pensar levar o clube, é que com um aumento do passivo de 43milhoes para perto de 500milhoes nao sei bem onde é que eles o vao amortizar agora que ja nao ha terrenos, e o alvalaxia e o prediozinho de escritorios vao tambem na vela.

Uma questao que me ocorre é como ira alguma dia ser aquele passivo amortizado, talvez vendendo tudo incluindo a equipa?..

Desculpem la o text desarticulado mas depois de ver aqueles numeros…

Continuo a achar que DF não é tão preocupante como poderia parecer. DF é a personagem ideal para uma postura exterior ou seja, para fazer o combate pelo Sporting em todos os campos que circundam o Sporting, sendo acompanhado de gente para funções específicas e mais técnicas.

Quanto a este relato já o estou a espalhar por e-mail para esclarecimento dos sportinguistas que conheço.

Seja qual for a solução, a menos que seja um "russo" qualquer, vai demorar alguns anos chegar a uma situação como a de 1995, certo?

Nao sei do que estas a falar relativamente a 1995 mas depois de ler fico com a certeza, o clube esta á beira de fechar a porta, num pais serio ja o teria feito até.

Falei de 1995 porque foi o 1º ano de projecto, com um passivo muito mais pequeno e outra “alma” no clube.

Se valeu a pena ter estádio, academia e sede? neste momento acredito que mesmo com estas obras as coisas seriam bem melhores SE outras cabeças dirigissem o clube nos anos anteriores, ou seja, e pelo passivo vê-se isso, as obras não são as culpadas de tudo.

A coisa é que por mais que pense, e desculpem q diga isto, acho que o nosso clube acabou.

Os numeros do passivo são muito, mas mesmo muito preocupantes. Têm que existir muitas mudanças no clube, pois os actuais dirigentes apenas estao a destruir o nosso clube.

Os numeros do passivo são muito, mas mesmo muito preocupantes. Têm que existir muitas mudanças no clube, pois os actuais dirigentes apenas estao a destruir o nosso clube.

É que mesmo vendendo o estádio para ser demolido e construir prédios (e jogar no Estádio Nacional, caso parecido ao do Espanhol de Barcelona) se calhar não dá para pagar a totalidade do passivo.

Um economista/gestor que diga o que deve ser feito nestes casos.

Os numeros do passivo são muito, mas mesmo muito preocupantes. Têm que existir muitas mudanças no clube, pois os actuais dirigentes apenas estao a destruir o nosso clube.

É que mesmo vendendo o estádio para ser demolido e construir prédios (e jogar no Estádio Nacional, caso parecido ao do Espanhol de Barcelona) se calhar não dá para pagar a totalidade do passivo.

Um economista/gestor que diga o que deve ser feito nestes casos.

Segundo li algures os activos do Sporting valem mais que o passivo. (acho que é assim).

Mas também percebo muito pouco de economia. Mas o pouquissimo que sei, basta para ficar preocupado com o futuro do nosso clube.

Os numeros do passivo são muito, mas mesmo muito preocupantes. Têm que existir muitas mudanças no clube, pois os actuais dirigentes apenas estao a destruir o nosso clube.

É que mesmo vendendo o estádio para ser demolido e construir prédios (e jogar no Estádio Nacional, caso parecido ao do Espanhol de Barcelona) se calhar não dá para pagar a totalidade do passivo.

Um economista/gestor que diga o que deve ser feito nestes casos.

Segundo li algures os activos do Sporting valem mais que o passivo. (acho que é assim).

Valem? esperemos que sim. Há uns meses as coisas estavam controladas e agora é o desespero que se vê.

Os numeros do passivo são muito, mas mesmo muito preocupantes. Têm que existir muitas mudanças no clube, pois os actuais dirigentes apenas estao a destruir o nosso clube.

É que mesmo vendendo o estádio para ser demolido e construir prédios (e jogar no Estádio Nacional, caso parecido ao do Espanhol de Barcelona) se calhar não dá para pagar a totalidade do passivo.

Um economista/gestor que diga o que deve ser feito nestes casos.

Segundo li algures os activos do Sporting valem mais que o passivo. (acho que é assim).

Valem? esperemos que sim. Há uns meses as coisas estavam controladas e agora é o desespero que se vê.

Isso de facto foi à uns meses. Actualmente nao faço a minima ideia. Mas espero bem que sim.