Centralização dos direitos televisivos

Para bem do futebol Português seria importante a centralização dos direitos televisivos, seria um passo importante para que os pequenos clubes não se deixem subornar pelo SL Bosta que compra jogadores só para depois os emprestar em troca de pontos, ou de condicionar esses clubes nos jogos contra a lampionagem.

Um campeonato em que houvesse um maior equilíbrio financeiro entre os grandes e pequenos clubes seria mais difícil o SL Bosta comprar jogadores para condicionar o mercado e emprestar jogadores a troco de pontos ou condicionamento de jogos.

Somos um pais pequeno e para sermos competitivos na Europa o ideal seria uma redução para 12 clubes no campeonato, o bolo das transmissões seria mais para menos clubes.

Actualmente o bolo total das transmissões televisivas negociadas individualmente é de 220 milhões de euros, com a centralização dos direitos televisivos como aconteceu em outros paises na pior das hipóteses duplica e na melhor das hipoteses triplica, ou seja seria um valor que rondava entre os 440 e os 660 milhões de euros, uma verba média por clube entre os 36 e os 55 milhões, quando actualmente num campeonato de 18 clubes a verba média por clube é de 12 milhões de euros.

Reduzir a dependência dos clubes pequenos, reduzir o número de equipas na 1a. divisão e apurar o campeão em formato de playoff, num modelo semelhante, não necessariamente igual, ao do Futsal.

O Estado Lampiânico nunca iria nisso…

Diria sem grandes certezas, q foi por causa disso q a fificatv mudou de nome para btv. Houve uma altura q tentaram centralizar os direitos de transmissão da segunda liga e o fifica tratou de comprar os direitos de uns 4 ou 5 clubes e impedir isso. Igualmente depois na primeira liga ao venderem o maior contrato desportivo para direitos de tv em portugal.

LEÕES APOIAM CENTRALIZAÇÃO DOS DIREITOS TELEVISIVOS

Antecipação da medida discutida na Cimeira dos Presidentes, que contou com presença de Frederico Varandas

Tiago Jesus

Texto

3 de Setembro 2021, 15:35

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A sétima Cimeira de Presidentes realizou-se na passada quinta-feira, 2 de setembro, e pode ficar na história como sendo o primeiro grande passo para a centralização dos direitos televisivos, ainda antes da data indicada pelo Governo, uma vez que todos os clubes presentes são a favor desta medida. Os leões estiveram representados ao mais alto nível, por Frederico Varandas, e são mais um dos emblemas de acordo com a centralização dos direitos televisivos.

O Presidente da Liga Portugal, Pedro Proença afirmou que “ficou claro que os clubes estão absolutamente convictos de que é isto que defende melhor a criação de riqueza num momento tão complexo e difícil, em que o futebol profissional não teve qualquer apoio governamental para fazer face à covid-19”.

Pedro Proença acrescentou que “este processo será sempre de inclusão. Ninguém pode ficar de fora. Os próximos desafios serão incluir todos os ‘players’ na discussão, como clubes, operadores e quem vai financiar a operação. Há uma grande positividade perante todos estes interlocutores e estamos absolutamente convictos de que os interesses serão salvaguardados”.

A centralização dos direitos televisivos nas ligas profissionais portuguesas irá ficar concluída até 2028/29, de acordo com o decreto-lei aprovado em 25 de fevereiro em Conselho de Ministros, que impossibilita os clubes de comercializarem de forma individualizada os direitos dos seus jogos a partir dessa época, sem interferir nos efeitos dos atuais contratos televisivos.

O presidente da Liga Portugal propôs a criação de um comité para estudar o modelo de comercialização, a exploração de conteúdos, a repartição de receitas, o plano de expansão para mercados internacionais e a estratégia para melhorar o produto audiovisual e marca das competições profissionais: “Foram discutidos alguns dos modelos e novas metodologias de trabalho que vamos ter relativamente aos próximos meses. Foi uma discussão muitíssimo positiva e envolvente. Ninguém vai receber menos do que recebe. Serão salvaguardados os interesses dos operadores e de quem a certa altura tanto apostou no futebol profissional”.

Esse grupo de trabalho apresentará as conclusões na próxima Cimeira de Presidentes, agendada para fevereiro de 2022, também no Porto.

Gravata verde sempre guardada em casa.

Centralização bicuda

«Surpreendentemente, ou talvez não, a cimeira de presidentes da Liga, considerou a antecipação da centralização de direitos televisivos, porventura já na próxima época.

Lembre-se que o DL nº 22-B/2021 previa a centralização, a partir da época 2027/2028, embora admitisse que, por consenso dos interessados, pudesse ocorrer mais cedo. Porquê agora esta pressa? Em minha opinião, este volte-face tem um nome, que é CVC Capital Partners.

Em Espanha, com base na sociedade veículo que comercializa os direitos de transmissão, a CVC adiantou aos clubes 2,1 mil milhões de euros e, em contrapartida, cedeu 11% dessa sociedade durante 50 anos. Esta bazuca, muito contestada pelo Real Madrid, veio aliviar fortemente as tesourarias dos clubes, depauperadas pelo Covid.

Só centralizando em Portugal se conseguirá obter um enquadramento jurídico, que permita pensar numa operação semelhante. Este percurso confronta-se, porém, com alguns escolhos.

O primeiro tem a ver com os contratos actualmente vigentes e que teriam de ser denunciados. O segundo prende-se com os financiamentos que a generalidade dos clubes obteve com base nas receitas futuras, justamente com origem em tais contratos e que estão dadas como garantia às entidades mutuantes. O terceiro, last but not least, consiste na dificuldade em acomodar os interesses de todos os intervenientes, sobretudo dos três grandes que, naturalmente, não querem perder receitas com a centralização.

Se estiveram atentos às declarações de Rui Costa na cimeira, foi isso exactamente o que ele quis dizer. Tendo em conta o fosso quantitativo entre o que recebem, em Portugal os três grandes, e os outros, acomodar todos os interesses releva da quadratura do círculo.

Acresce que La Liga tem argumentos de qualidade, organização e protagonistas que, infelizmente, não se replicam nas nossas competições. Desejo a maior sorte a Pedro Proença nesta missão tão espinhosa. Talvez o aliciante de um maná de dinheiro ajude a amenizar irredutibilidades. Mas que é difícil, é sim senhor.»

( Carlos Barbosa da Cruz , O Canto do Morais, in Record, hoje às 00:12)