quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018
Luís Filipe Vieira - Um alvo da justiça

A revista Sábado apresenta hoje um artigo sobre “os casos que abalam o poder de Vieira”. Neste artigo são apresentadas várias novidades em relação ao que já era conhecido. Farei um pequeno resumo das principais novidades e colocarei no final do post os prints da revista. Cliquem na imagem para aumentar e poderem ler sem dificuldades.
De Vigo com amor
No âmbito da operação Lex, a unidade nacional de combate à corrupção da PJ deparou-se com dois problema importantes na investigação:
1 - O pedido de escutas telefónicas para o juiz Rui Rangel e outros suspeitos, esteve cerca de dois meses pendente no ministério publico;
2 - A divulgação publica dos emails do Benfica e outros casos .
Os investigadores acreditam que estas duas situações “colocaram de sobreaviso os visados ligados ao Benfica, em especial Luís Filipe Vieira”. Isto depois de numa primeira fase do caso dos emails as buscas terem sido impedidas por um juíz no seu último dia de funções no tribunal.
O “IC19”
Mesmo assim a PJ detectou a utilização de códigos nos telefonemas entre Vieira e Rangel. Um desses termos seria “IC19”. Para os investigadores este código seria referente a um processo fiscal de 1,6M de euros que envolve a empresa Votion, Investimentos Imobiliários, SGPS, SA. Empresa do universo de Vieira e gerida pelo filho Tiago Vieira.
O arguido Vieira
Luís Filipe Vieira é arguido no processo, apesar de ter recusado assinar o auto pela suspeita de crime de tráfico de influência. Em causa está um alegado pedido de Vieira para Rangel intervir no processo em troco de um "cargo remunerado na futura direcção da escola Benfica e da universidade do clube. Um projecto que foi tornado público no verão do ano passado. Mas as benesses mão se ficariam por aqui: Rangel "passaria também a ser uma espécie de convidado VIP das viagens do Benfica ao estrangeiro para ver os jogos das competições internacionais. A PJ terá mesmo a vigiar um encontro/refeição entre ambos num restaurante do Estádio da Luz.
A busca secreta
No dia 30 de Janeiro, dia em que se realizaram buscas no estádio da Luz relativos à operação Lex, uma outra equipa esteve no Estádio da Luz com um mandado de busca relativo ao casos dos emails. Foi portanto a segunda vez que foram feitas buscas no âmbito do caso dos emails, depois da primeira mega operação a 19 de Outubro de 2017.
A investigação tem decorrido com naturalidade e os investigadores têm questionado o Benfica sobre diversos assuntos. Esta busca secreta surge no seguimento de respostas consideradas como satisfatórias dadas pelo Benfica. Os investigadores consideraram necessário efectuar novas buscas e aproveitaram a operação Lex para o fazerem de forma mais discreta.
Os advogados
Estas novas buscas estarão relacionadas com pagamentos a advogados. No dia das buscas João Correia disse algo que não fazia sentido nenhum, mas que agora bate certo: “Sei que foram invadidas privacidades e garantias de alguns advogados”. Sem que ninguém percebesse, João Correia estava a falar da tal busca secreta. Na peça da sábado é referia a Vieira de Almeida e Associados como sendo uma sociedade que pode estar a ser utilizada como fachada para pagamentos a árbitros e outros agentes desportivos.
Prints do artigo da Sábado
Cliquem na imagem para aumentar.




