Casamento de Homossexuais e Adopção

Na sequência da proposta de referendo na AR, abro este tópico para falarmos sobre este assunto. Em relação ao casamento, sou totalmente a favor e é uma medida discriminatória não ser ainda permitido. A sexualidade da pessoa não tem que ser uma condicionante para a elaboração de um contrato que vai celebrar uma relação.

No que diz respeito à adopção, também sou a favor. As últimas pesquisas na área da Psicologia demonstram que as crianças filhas de dois pais do mesmo sexo são tão saudáveis em termos mentais como as que têm pais heterossexuais. Para além disso, durante algum tempo pensou-se que isto iria condicionar as escolhas sexuais dos filhos, mas chegou-se à conclusão que a taxa de filhos homossexuais entre pais do mesmo sexo e de sexos opostos é idêntica também. A favor também existe o argumento das instituições, qualquer criança institucionalizada teria muito mais afecto se vivesse com dois pais saudáveis do mesmo sexo do que numa Casa Pia ou afins. O que conta, neste caso, é a saúde mental dos pais e isto não tem nenhuma relação com a preferência sexual.

O argumento mais usado do contra é a questão social: dos filhos de pais homossexuais serem ostracizados. Ora, na minha opinião este argumento acaba por ser perverso, porque parte do pressuposto que a sociedade não muda. Há 50 anos era uma vergonha ser filho de pais divorciados, neste momento isso alterou-se por completo. A sociedade evolui e muda, tenho a certeza que daqui a 50 anos será perfeitamente normal e bem aceite ser filho de pais gays.

Casamento de Homossexuais: A Favor.
Adopção por parte de Casais Homossexuais: Não tenho opinião definida.

A análise mais detalhada que já li dos estudos existentes sobre o assunto foi feita por um comité sueco aquando da introdução da mesma questão na sociedade sueca. Confirmo o que o Winston escreveu: não está provado qualquer problema sistemático de um modo geral para a criança quando adoptada por pais homossexuais - os factores decisivos para a ocorrência de determinados problemas são outros.

Por incrível que pareça, desde que a lei entrou em vigor há uns anos praticamente não existiram quaisquer pedidos de casais de homossexuais para adoptar crianças. Acredito que seja pelo medo, nem que seja inconsciente, de criarem um estigma à criança, uma vez que a componente social é bastante explorada nas escolas até à adolescência (os suecos não gostam de deixar pontas soltas nesta área).

E até lá haverão imensas crianças ostracizadas, certo? Essas serão uma espécie de mal necessário, então.

Falaste várias vezes da questão da saúde mental…

Pois bem, existe uma quantidade de crianças que criam complexos para o resto da vida devido a serem ‘alvos fáceis’ (gordos, altos, pálidos, marrões, borbulhentos, gagos, etc., etc.).
E esses complexos, por vezes, podem ter implicações mais graves do que apenas timidez. Esta pode muito bem evoluir para fobia social, transtorno de personalidade esquiva, esquizóide, anti-social… Estamos a falar de psicopatias que podem condicionar algo como arranjar um emprego, casar ou simplesmente apanhar um transporte público.

Agora apliquemos isto a filhos adoptados por um casal homossexual. As implicações não serão menores, com certeza. E não estou de acordo que se aplique a lei para que daqui a 50 anos seja uma situação normal, pois muitos sofrerão com isso.

Quanto à questão do casamento homossexual… Estou completamente de acordo e penso que essa medida pode e deve ser aplicada brevemente.

Just my 2 cents…

Casamento de Homossexuais: A Favor.
Adopção por parte de Casais Homossexuais: A favor, porque se trata de regulamentar uma situação que já existe mas não legalmente.

Quanto ao casamento acho que nem se discute. Como já foi dito trata-se de um contrato entre 2 adultos concordantes e nada a isso deve obstar. Até porque se já podem beneficiar do estatudo de união de facto, não se poderem casar no registo é absurdo. É um mero proforma, mas com significado para os intervenientes.

Quanto à adopção, admito que o estigma que possa causar nas crianças será o único aspecto que ainda me levanta reticências, mas contra o mesmo temos o facto de que nada neste momento impede que um homosexual pague uma barriga de aluguer (quando homem) ou que engravide (quando mulher) e crie à mesma uma criança num lar inteiramente homossexual. E isto ja acontece mais vezes do que a maioria imagina. Nada também impede que um homossexual se candidate à adopção omitindo a sua preferência sexual e facilmente consiga a adopção desde que mostre possuir uma situação económica estável e um lar. Confesso que entre ver uma criança ao abandono num orfanato ou criada num lar homossexual onde seja acarinhada prefiro claramente a segunda opção. Mesmo que fosse eu o envolvido.
Sendo assim e tal como no caso da prostituição, está na altura da sociedade tirar a cabeça de dentro do chão e deixar de fingir que são coisas que não existem, e tratar de as enquadrar legalmente.

As sociedades evoluem e as leis têm de as acompanhar.

O que descreves é um problema da sociedade, não dos homossexuais em si. Eu sei que em Portugal o “mobbying” e a criação de complexos é algo muito praticado e frequente, na Suécia também, só que cá em muito menor escala visto ser também punido e cada vez mais reprimido (existe uma consciencialização crescente de que o mal-estar que provoca não é aceitável).

A sociedades têm de evoluir e seria bom que a nossa (portuguesa) também o fizesse.

e em que sentido o casamento entre pessoas do mesmo sexo fazem evoluir a sociedade?..

Não é o casamento que faz evoluir a sociedade, é a aceitação de comportamentos e formas de estar individuais (homossexual, gordo, freak, marrão, borbulhento, gago) que espelham a evolução da sociedade… nesse aspecto, a portuguesa está a anos-luz de distância de outras.

O casamento julgo que será algo consensual na maioria da população, o Estado não deve fazer diferenciação entre opções sexuais e como tal deve permitir o mesmo estado civil a qualquer casal.

Quanto à adopção não sei responder, não será certamente benéfica em todos os aspectos a adopção por casais homossexuais e é uma questão a que acho que só especialistas podem responder com alguma legitimidade, olhando apenas ao interesse das crianças. A mim não me parece que neste momento seja algo que deva avançar até porque passar da situação de não poderem casar para uma em que podem adoptar parece-me uma precipitação tendo em conta a sociedade, mas vale o que vale a minha opinião.

Completamente contra.

Isso mesmo, tá a argumentar que tenho de fazer uma composição filosófica sobre isto para Filosofia. :mrgreen:

Sou a favor dos casamentos entre homossexuais, quanto a adopção, ainda não sei muito bem. :think:

Tenho a mesma opinião de muitos de vós.

A favor na questão do casamento.
Não tenho ainda um opinião totalmente formulada sobre a adopção. Já ouvi varios testemunhos em ambos os sentidos.

SL

Completamente contra tanto o casamento como a adopção.

Não tenho nada a ver com as escolhas e opções de cada um porque cada um é livre de o fazer , no entanto ao nível da sociedade , acho que esta não deve incentivar estilos de vida que contribuiem não para a dinamização da sociedade , mas sim para o seu definhamento.

Porque o Estado ao tomar uma posição destas , está a dar a indicação a muitos jovens e a muita gente que pela sua idade ou outros factores ainda não têm a formação suficientes a nível pessoal , que a homossexualidade é um comportamento aceitável e normal que não é.

E porque é que o Estado não deve aceitar isto , simples , porque o Estado não deve apoiar formas ou estilos de vida que no limite possam levar à extinção da própria sociedade , que é o que aconteceria se no futuro toda a sociedade optasse por ser homossexual , só se encontrassem alguma forma alternativa de procriação :lol: , talvez a clonagem :twisted:, mas isso a longo prazo não seria vantajoso para a própria espécie.

Na minha opinião a homossexualidade é uma doença igual à pedofilia , o problema está no cérebro , não é por acaso que os tratamentos que se dão hoje aos pedófilos são os mesmos que se davam antigamente aos homossexuais.
A única diferença hoje é que a homossexualidade está como que despenalizada socialmente e a pedofilia é condenada.

Depois de dar a minha opinião sobre isto , nem venho mais a este tópico , porque o que menos me interessa a mim é conversa de gays.

Antes que me chamem homem das cavernas :lol:

Só digo pelo menos naquela altura não havia gays :twisted:

Porque coitados dos que houvessem , levavam logo uma marretada na cabeça. :rotfl:

Casamento: A favor.
Adopção: A favor.

Não vejo problemas imputáveis à opção sexual nos 2 casos acima referidos, seja casamento ou adopção eu entendo que a opção sexual não provoca ou acarreta, per si, problemas ou complicações, pelo menos problemas que não existam numa reação entre heterosexuais, daí ser a favor das duas situações! :arrow:

Bom, quanto ao concordar com o casamento entre homosexuais a melhor resposta que já ouvi à pergunta foi dada por um homosexual: o casamento como instituição pertence ao mundo heterosexual e não ao homosexual.
Eu também acabo por ser desta opinião, não vejo o porquê desta insistência no casamento em si quando me parece que a insistência deveria ser apenas na garantia dos mesmo direitos a todos os níveis, comparadamente com quem está casado através de outro tipo qualquer de contrato legal.

Quanto à adopção, o facto é que a sociedade ainda é o que é e não será nada fácil para uma criança adoptada por um casal de homosexuais fazer a sua vida normal, pois todos sabemos bem que será sempre uma criança com um estigma pesado.

A definição de normal é relativa.
A homossexualidade não é uma doença nem sequer um distúrbio mental, é antes um estado psíquico.

Relativamente à adopção por casais homossexuais, eu gostava que me explicassem isto como se eu fosse uma criança de 10 anos (e digo isto sem ironias): há pelo menos 30 anos que existe um acordo entre o estado e o seu povo que estabelece os princípios fundamentais pelos quais se deve reger a sociedade. Esse acordo chama-se Constituição e uma das coisas que diz é que nenhum cidadão deverá ser descriminado em função do seu credo, etnia, sexo ou orientação sexual. Ora se é assim, como é que sequer se coloca a questão de os casais homossexuais poderem ou não adoptar crianças? Não só me parece que têm esse direito, como acho muito bem que tenham esse direito.

Relativamente ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, tendo a pensar da mesma maneira que o Nick Jagger. Se o casamento é e sempre foi um acordo legal que liga um homem e uma mulher, isto é, se é uma coisa de heterossexuais, em princípio não parece lógico que os homossexuais reivindiquem esse direito. No entanto, se por não ser permitido aos homossexuais casarem, eles ficam privados dos mesmos direitos que tem um homem e uma mulher, então acho muito bem que se possam casar, ou então que se crie outra “figura jurídica” ou lá o que é, que conceda a um casal homossexual os mesmos direitos que tem um casal heterossexual.

Os homossexuais nunca vão poder casar pela Igreja… quando se fala em casar é no fundo o casamento civil, um termo usado para definir um contrato entre duas pessoas que decidem assumir determinados compromissos na presença de um juiz (tem um nome engraçado este juiz só que agora não me lembro), acho que isto é pacífico.

Como o Schism diz, por mais liberal que sejamos, para aplicar a medida da adopção, devido ao preconceito da sociedade, iremos crucificar milhares de crianças ao longo de vários penosos anos para que um dia a sociedade “acorde para a vida”? Não tem qualquer razão de ser. A aplicação de leis, seja de cariz política, social, económica, o quer que seja, tem que ser ponderada de acordo com o tempo e realidade que se vive. Em determinados países o casamento de homossexuais tem razão de ser noutros não. Acho que em Portugal já existe um certo conformismo/aceitação das relações gays como tal o casamento a meu ver é natural. A adopção não! Os do sim podem apelar a factos científicos, estudos, etc que nada influência as futuras opções dos adoptados, mas num contexto mais global, numa sociedade plural, seria catastrófico para a criança sofrer danos morais, que poderiam ser irreparáveis no futuro devido a uma exigência moral Não tem nexo. O Smith disse, daqui a 50 anos seria perfeitamente normal e bem aceite. Então daqui a 50 anos aplica-se a lei. Não agora.

Exactamente! O casamento não passa de um mero contrato entre duas pessoas de modo a que tenham regalias ou não. Não pressupõe amor, afecto ou qualquer tipo de sentimento. A sua rescisão normalmente reflecte em danos materiais.

Argumento absurdo. A inclinação sexual não é uma questão educacional. Não se aprende. Ou se é ou não é, indepentemente do tipo de familia em que se é criado.
Quanto ao não ser aceitável, diz quem? Dizes tu pelos vistos, porque eu não digo o mesmo. Eu não me acho no direito de ditar a outros adultos a forma como devem gerir a sua vida amorosa. Tu achas-te?

Mais uma vez. A homosexualidade não se ensina nem se aprende. É inata aos que a perfilham. E existe em muitas espécies do reino animal que curiosamente ainda não se extinguiram.

Realmente quando se compara a homosexualidade à pedofilia, que é que se pode esperar…