As associações representantes de transportadores de mercadorias e passageiros que se reuniram ontem em Pombal decidiram convocar uma paralisação para as 00h00 da próxima segunda-feira, revelou o presidente da Associação de Transportadores de Terras, Inertes, Madeiras e Afins (ATTIMA).
Pedro Morais apelou, citado pela Lusa, para que os camiões fiquem parados nos parques durante a iniciativa de contestação.
O responsável falava aos jornalistas após uma reunião destinada a apresentar os resultados das negociações com o Governo para a obtenção de medidas de apoio ao sector.
No encontro estiveram também representantes das associações Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP), Nacional de Transportes Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), Portuguesa de Operadores Expresso (APOE) e Rodoviária de Transportadores Pesados de Passageiros (ARP).
Em comunicado divulgado na sexta-feira, as empresas de transportes de mercadorias afirmavam que se pretendia encontrar soluções para “as mais de 11.000 empresas que operam no mercado nacional responsáveis por mais de 72.000 trabalhadores, que se encontram numa situação de sobrevivência.”
Das negociações entre as associações que representam os transportadores rodoviários de mercadorias e o Governo já tinham ficado acordadas quatro medidas de apoio ao sector, disse à Lusa na quinta-feira uma fonte oficial do Ministério dos Transportes.
As medidas acordadas dizem respeito, entre outras matérias, ao abate de veículos e à possibilidade de majoração das despesas com combustível até 140 por cento.
O presidente da ANTP já afirmou, no entanto, que os apoios acordados apenas terão efeito a “médio e longo prazo”, não resolvendo os problemas a curto prazo das empresas, nomeadamente as consequências do aumento do preço dos combustíveis.
Também a ATTIMA considerou, numa nota enviada às redacções, que nas negociações com o Governo não se alcançaram “quaisquer medidas de efeitos imediatos”.
Entre as reivindicações das empresas estavam descontos nas antigas auto-estradas sem custos para o utilizador (as Scut) e a criação do gasóleo profissional. Exigências que o executivo informou que não seria possível satisfazer
Greve da CP, agora dos camionistas, quero ver como vou sobreviver uma semana sozinho sem comida no supermercado e como irei para casa no final da semana.
Há bocado na SicN, um empresário do sector pedia moderação aos próprios camionistas porque atiraram pedras a um camião seu (o único em funcionamento) que transportava… material médico imprescindível. :
Creio que não terá sido esse o único incidente associado a esta paralisação. Pelo menos já hoje de manhã tinha ouvido falar em desentendimentos ocorridos durante a noite, nas estradas, com alguns camionistas que decidiram não aderir e que foram quase forçados a parar.
Mulher, obviamente labrega (não que o sejam todos os camionistas, pelo contrário) a dizer:
-Estamos a fazer parar os que querem e… os que não querem. É forçar? Eu acho que não.
Em 2008 só conseguiram descontos nas Auto Estradas, actualmente poucos percorrem a A1, na A2 e A6 a conversa é outra porrque alternativas não há. Muitos utilizavam as SCUTS e estradas nacionais.
Eu sou defensor das greves quando elas de facto são bem feitas e produzem resultados em que nós, o povo, não somos afectados. Esta manhã, ia-me passando dos carretos para pôr gasoleo, e não era para atestar… Greve do Metro e mangueiras “secas” estavam a deixar um caos no trânsito. Á parte disso, concordo com o protesto dos camionistas (patrões), em quererem um gasoleo profissional e redução/ abolição nas Scuts. Quem não depende de combustivel para trabalhar, apenas para se deslocar, não se apercebe do impacto mensal que isso tem nos nosso bolsos. Eu gasto mensalmente 250€ a 300€ de combustivel, + cerca de 100€ de portagens, fora oficinas e impostos. É muito dificil. É como para um não-fumador, quer lá saber que um maço de tabaco custe 4.00€, até poderia custar mais. Amigos, eu não sei onde isto vai parar…
Pois, é como a porra das portagens nas scuts. Quando comprei a minha casa não havia portagem, mas ao fim de ano e meio, pimba! Lá meteram.
Entretanto, fazendo as contas, para ir de casa a Matosinhos (casa da sogra) dá quase um bilhete de Metro, pena que a linha não chegue às minhas bandas.