Bruno de Carvalho propõe alteração legislativa
O Sporting, através do seu presidente Bruno de Carvalho, apresentou um documento ao Governo, partidos políticos, FPF, Liga e clubes sobre alterações da legislação desportiva, e o líder leonino explicou porque decidiu avançar com a iniciativa. "É um documento único. Pela primeira vez explica-se o que se passa e avança-se com propostas de regulamentação para melhorar. Foi um trabalho de meio ano. Ouço dizer que falo e não apresento soluções. Já o fiz. Agora temos esperança de conversar com os clubes no início do ano para discutir estas temáticas", atirou em entrevista ao "Expresso".
Um dos pontos sensíveis do documento passa pelos impostos, entendendo Bruno de Carvalho que a carga fiscal prejudica a competitividade dos clubes portugueses. “Demos um exemplo claro na parte fiscal: um jogador a quem se ofereça 600 mil euros, num clube que lute pela permanência em Espanha, recebe 500 mil porque têm vários escalonamentos de impostos: cá, fica-se pelos 300 mil. Isso retira competitividade aos clubes. Não queremos deixar de pagar impostos nem ter regalias, mas das duas uma: ou se mexe no nosso sistema actual ou se tenta mexer no mercado europeu, tornando-o igualitário”, explicou.
Empresários sem direito a percentagens de futuras transferências
A proposta leonina também tem um claro enfoque nos direitos dos empresários e dos fundos e Bruno de Carvalho sublinhou que os agentes não devem ter direito a percentagens de futuras transferências, uma vez que isso criará instabilidade. “Os empresários não deveriam ficar com percentagens de futuras transferências - isso cria sérios focos de instabilidade. Em relação aos fundos, não dizemos que se deve eliminar um elemento financeiro, mas defendemos que devem ser repensados. Se desaparecessem, os clubes perdiam a capacidade de fazer investimento; no entanto, a capacidade de gestão que esses fundos têm nos clubes deve ser limitada. Isto vê-se num modelo de sucesso, o inglês”, completou.
Continuando a referir-se aos fundos de investimento, Bruno de Carvalho reconheceu que a ideia não passa por acabar com os mesmos mas sim terminar com aquilo que chama um sistema de “win-win” de que dispõem. “Devem ser parceiros do win-lose e não do win-win. Os clubes não devem ser esquartejados dos seus direitos. Dou outro exemplo: um jogador custa 500 mil euros e um fundo entra com 50%, 250 mil. Automaticamente tem direito a metade do jogador. O clube paga dois milhões por ano, fica por três anos, seis milhões de encargos. É vendido por mais de cinco milhões, dez vezes mais: o clube ganha 2,5 milhões e gastou 6,25. Tem alguma lógica? O clube perde quase quatro milhões! Ou vamos para um lado onde assumimos tudo, e se um clube tiver 20% do passe só paga 20% dos encargos, ou balizamos regras”, disse.
Classificações dos árbitros devem ser públicas
Bruno de Carvalho também defende que as classificações dos árbitros devem ser enviadas e explica claramente porquê: “Nenhum clube pode achar bem que as classificações não sejam conhecidas. Qualquer dirigente de um clube pode reagir a tudo em sua casa: opinar em relação ao trabalho de uma equipa que, boa ou má, tem influência, isso é que não. Faz sentido?”, questionou.
As novas tecnologias ao serviço do futebol são outro aspecto que o líder leonino gostava de ver implementado, tendo expresso isso mesmo no documento que enviou e explicado porquê: “Em vez de virem contra quem critica e refila com direito, devem dizer que querem mais meios para errarem menos. Devem dizer que querem novas tecnologias para que o quarto árbitro perdesse dois segundos a ver um lance na TV. Isso eliminava o erro grosseiro”, defendeu.
Sorteio dos árbitros com regras
O Sporting também sugeriu a implementação do sorteio condicionado para os árbitros, uma vez que o líder leonino entende que existe alguma hipocrisia na dita imparcialidade de certos juízes. “O futebol tem de acabar com esta hipocrisia do ‘sou deste clube mas sou imparcial’. Eu sou dedicado, honesto, mas se apitasse, o adversário acabava só com o guarda-redes e para ver a sofrer golos. Disse isso mesmo na reunião: quem tossisse era expulso, via uma agressão com perdigotos a um jogador do Sporting. Se o clube é emoção, mexe e interfere com a razão. Por isso, defendemos um sorteio condicionado a clubes, ao histórico. Há árbitros com que refilei este ano e que tiveram boas actuações com o Sporting onde não interviu o seu clube…”, atirou, antes de confirmar que falava de Duarte Gomes: “Por exemplo: com o Vitória de Setúbal, muito bem: com o Benfica, foi o que se viu”, completou.
Por fim, e em jeito de conclusão, Bruno de Carvalho prometeu continuar esta cruzada por aquilo que considera um melhor futebol, uma vez que não aceita pertencer a algo que por vezes o envergonha. “Não aceito pertencer a um Mundo que considero opaco, cinzento, pouco claro, pouco leal devido a isso tudo. E não me concebo calado. Foram muitos anos a sonhar ser presidente do Sporting, mas isso não encerra em si a minha missão nem faz com que deixe de sentir vergonha por pertencer a um Mundo assim. Não me calo. E dou o Sporting como exemplo. Se sinto vergonha do Mundo do futebol não saio, altero para melhor”, finalizou ao “Expresso”.
A questão da Macron é ridícula. Dar entender que o novo Pavilhão iria ser paga com a venda de GB modalidades é tão absurda que nem consigo classificar... :shifty:
Pois é, é tão absurda que ele nunca disse tal coisa. O pavilhão pode não ser construido com a venda das GB mas para o mesmo ter sustentabilidade é preciso haver interesse por parte dos adeptos/sócios pois a questão não é só construir e pronto.
Mas como prometi, em breve vou tentar esclarecer alguns pontos do meu outro comentário. :great:
Não lhe tiro méritos, mas também não sou obrigada a calar perante algumas mensagem sem sentido. :great:
Dizer que a reestruturação financeira está em causa por causa da venda de GBs… :wall: :wall: :wall:
Pois, mais uma vez, não foi isso que ele disse de todo, essa é uma frase sencacionalista criada pela CS, em nenhum momento do comunicado está lá escrito que toda a reestruturação financeira está em causa, porém terá obviamente um impacto.
Faltando ainda vender cerca de 2000 Gamebox na presente época, estamos irremediavelmente afastados do objetivo de receita definido e necessário, colocando em perigo a reestruturação efetuada com os possíveis efeitos negativos que daqui podem advir e para os quais todos fomos alertados.
:great:
A Macron é uma questão que precisa ser muito bem explicada. Não é mencionar a grandeza do universo Sporting para atacar os adeptos e prevenir possíveis “falhanços” e depois não ter capacidade de usar essa grandeza para fazer um acordo com uma marca desportiva de renome e que pague tanto ao Sporting como as outras marcas pagam aos clubes rivais.
Foi só um exemplo de que atirou uma pedra, sabendo que tem telhados de vidro. Aguardo ansiosamente por ver esse negócio esclarecido.
Há excessos a ser cometidos, e era bonito se a moderação interviesse a serenar os ânimos. Eu também achei que o post da Cila ontem foi absolutamente desproporcionado e disse-o aqui. Seja ela ou não quem diz ser, seja ela ou não do Sporting (disso não tenho razões para duvidar, sinceramente, ainda que ache que faz escolhas péssimas no que ao clube diz respeito), neste momento está-se a entrar pela via do achincalhamento e até mesmo da baixaria.
Somos o Sporting, não o carnide ou um fórum de rebarbados. Estes últimos gifs, a forma como se tem falado, etc… enfim.
Concordo contigo, quando as pessoas não sabem o limite do ridículo e que se devem calar, pois só falam por falar e para irritar, eu nem respondo, e acho que esta discussão é um pouco :offtopic:.
Acabem lá com a discussão, “Roma e Pavia não se fizeram num dia”, tal como certas mentes precisam de tempo.
Faltando ainda vender cerca de 2000 Gamebox na presente época, estamos irremediavelmente afastados do objetivo de receita definido e necessário, colocando em perigo a reestruturação efetuada com os possíveis efeitos negativos que daqui podem advir e para os quais todos fomos alertados.
:great:
Ok fair enough.
A fonte pela qual li o comunicado por alguma razão decidiu retirar esse excerto do comunicado. Mas mesmo assim encaro isso como a situação estar pior do que se pensava, como disse anteriormente as receitas das GB terão sempre algum impacto independentemente da magnitude do mesmo, logo não vejo como pedir o auxilio dos sócios/adeptos é estar a atacá-los, do ponto vista estratégico o resultado é estimular a compra de GB e o aparecimento de novos sócios, o que é que é mais importante, o Sporting ou o não ferir susceptibilidades?
A Macron é uma questão que precisa ser muito bem explicada. Não é mencionar a grandeza do universo Sporting para atacar os adeptos e prevenir possíveis "falhanços" e depois não ter capacidade de usar essa grandeza para fazer um acordo com uma marca desportiva de renome e que pague tanto ao Sporting como as outras marcas pagam aos clubes rivais.
Foi só um exemplo de que atirou uma pedra, sabendo que tem telhados de vidro. Aguardo ansiosamente por ver esse negócio esclarecido.
É um assunto que ainda não está resolvido, logo não creio que estejamos ainda em posição de criticar ou aplaudir sem saber quais as propostas em cima da mesa, é normal que o presidente tenha um discurso diferente perante os adeptos já que são eles que podem elevar ainda mais a grandeza do clube e não as marcas. O que as marcas vêm é dinheiro e aquilo que o Sporting tem ou não feito nos últimos anos.
[mod]Já apaguei mensagens e modifiquei outras e não o pretendo fazer de novo. Vamos evitar provocações sejam por escrito ou por gifs/imagens, caso contrário terá que se passar a moderar foristas. Vamos manter o nível e caso se tenha algo a dizer pff usar o atendimento vip ou ainda o botão denunciar. São ferramentas úteis aos vosso dispor.[/mod]