15 DE DEZEMBRO DE 2006
Sabe-se que a Obriverca tem diversas investigações na Polícia Judiciária sobre os seus negócios na zona de Lisboa e arredores, e que apesar de o orelhas ter saído em 2001 (curiosamente no ano em que saiu do Alverca para ir para o benfica), a empresa ribatejana ainda tem familiares na sua estrutura familiar.
Construtora Obriverca investigada pela Judiciária
O departamento de combate à criminalidade económica da Polícia Judiciária tem pendentes várias investigações sobre os negócios de empresas do grupo Obriverca. Alegadas irregularidades praticadas pela construtora, em Odivelas e Vila Franca de Xira, estão também a ser investigadas pelo Ministério Público, enquanto a Inspecção-Geral de Administração do Território enviou para o Tribunal de Almada um processo em que recomenda a nulidade do licenciamento de um imóvel, construído na orla costeira de Sesimbra. Em Odivelas, os inspectores encontram ainda indícios de violação dos deveres municipais em obras da construtora.
Detentora dos terrenos da ex-Sociedade Nacional de Sabões, pelos quais passa o canal de amarração da terceira travessia do Tejo, contemplada no PDM de Lisboa, o grupo empresarial viu-se envolvido na discussão entre a Câmara de Lisboa e o Governo sobre os direitos eventualmente adquiridos com a autorização de loteamento.
Num percurso de duas décadas, polémicas e críticas nunca faltaram à construtora, que optou por um core business quase exclusivamente de habitação residencial ou de negócios, apostando em projectos de vulto, diferentes da habitual traça portuguesa - há quem lhes chame urbanizações espanholadas - com relevo para espaços verdes exóticos. À qualidade das urbanizações, defendida por uns, somam-se as críticas de outros: a empresa é acusada de actuar à revelia de licenciamentos, de não respeitar embargos dos tribunais, de fechar os olhos a servidões e outras condicionantes administrativas e de ultrapassar os índices de construção permitidos.
A ascensão da Obriverca, fundada em 1986 por Eduardo Rodrigues, Luís Filipe Vieira e Joaquim Marto (já falecido), com uma quota de 500 contos cada um, foi meteórica, sendo hoje o império económico constituído por mais de 40 empresas, em diferentes ramos de actividade.
O presidente do Sport Lisboa e Benfica veio a sair, formalmente, da Obriverca em 2001, mas alguns familiares seus ainda se mantêm na estrutura empresarial. É também na família que Eduardo Rodrigues se apoia: as duas filhas, Sandra e Ana Filipa, integram actualmente a administração de várias empresas do grupo.
Aproveitando as oportunidades de negócio que iam surgindo na sua área de influência - a Grande Lisboa -, a empresa foi revelando especial apetência para a requalificação de solos industriais (Fábrica de Material de Guerra, em Lisboa, fábrica de loiça, em Sacavém, ou Mague, em Alverca, por exemplo) e para a recuperação de edifícios inacabados (Mar da Califórnia e Quinta do Mocho).
Em 1999, essa visão empresarial resultou na constituição da sociedade Jardins de Braço de Prata, entre a Obriverca e Paulo Castro Nabais, da Somague. A empresa apanhou a meio a discussão sobre o Plano de Urbanização da Zona Ribeirinha Oriental, entretanto lançado pela câmara e pelo qual se viabilizaria a construção de uma urbanização nos terrenos da antiga fábrica.
Nabais abandonou o projecto já este ano, deixando Ana Filipa Rodrigues na administração. A trilogia familiar é partilhada na sociedade Alcântara Rio, formada em 2000. Nesse ano, em associação com Simão e Miguel Soares da Costa, Eduardo Rodrigues constituiu a Mar da Califórnia, empreendimentos. A designação-mãe foi aproveitada, em 2005, para a constituição da Mar da Califórnia, actividades hoteleiras.
O impulso pela oportunidade levou, em 2001, à constituição da Lismarvila, com 100 mil euros. Eduardo Rodrigues preside à administração, partilhada com Simão Soares da Costa e Joaquim do Vale Tarré.
Para a elaboração deste trabalho, o DN quis falar com Eduardo Rodrigues, que não estava disponível, o mesmo sucedendo com as outras administradoras.
15 DE AGOSTO DE 2007
Equipa de Morgado acusada de poupar Vieira
Um dossier anónimo entregue na Prouradoria-Geral da República (PGR) acusa Maria José Morgado e a sua equipa de investigação de ter ligações estreitas com o presidente do Benfica Luís Filipe Vieira e de, por isso, ter direccionado a investigação do Apito Dourado no sentido de prejudicar o FC Porto e ignorar indícios sobre favorecimentos ao Benfica. (…)
Já partilhei este dossier neste tópico:
http://www.forumscp.com/index.php?topic=69115.0
No contexto deste tópico, acho que é importante realçar o seguinte:
[spoiler]
(…)Comecemos pela Drª Maria José Morgado.
O seu marido trabalha há alguns anos para o Sr. Luís Vieira recebendo, sem recibo, elevadas quantias em dinheiro, mau grado não se coibir de criticar tudo e todos, nomeadamente as fugas ao fisco. Quando a Polícia iniciou, com o comando da Drª Maria José Morgado, o afamado processo das Finanças, recordar-se-á V. Ex.ª que o mesmo se tinha iniciado com uma comunicação que circulava no interior das Finanças denunciando a forma como havia sido vendida a Fábrica de Louças de Sacavém.
A mesma fora adquirida por negociação directa por uma empresa de que o Sr. Luís Vieira era sócio por um preço quase anedótico. (Nota: Obriverca) Na altura apurou-se que viviam no Condomínio Privado que entretanto ali fora construído pela empresa compradora quatro Directores de Finanças.
O que resultou para o Sr. Luís Vieira? Quanto sabemos, até agora, nada.
(…)
Assim, o Sr. Luís Vieira contactou o seu homólogo (e companheiro de negócios) da Naval, entrou com a “massa” e o “caldinho” foi “cozinhado”. Foi um pouco mal confeccionado, pois cheirou a esturrado, mas até agora ninguém notou o cheiro a esturro.
Os negócios entre o Sr. Luís Vieira e o Sr. Aprígio Santos são a pesquisa de terrenos em conta, nem que pertençam a reservas, pois vendem-nos a preço elevado ao fundo do BPN, havendo um conluio com o seu Presidente, Oliveira e Costa. O lucro obtido é repartido entre os três, e os accionistas do Banco são severamente penalizados.
(…)[/spoiler]
Sobre o Aprígio Santos, há que ter em conta as seguintes notícias, que apareceram anos depois destas revelações:
Aprígio Santos, falido, negoceia venda de património imobiliário a chineses — idealista/news
BCP reclama pagamento de dívida de 250 milhões a Aprígio Santos - Banca & Finanças - Jornal de Negócios
Aprígio Santos “deve” 600 Milhões de Euros – Notícias de Coimbra
Pesquisa por: expresso sapo - SAPO.pt - Última hora e notícias de hoje atualizadas ao minuto
Em 2013, 6 anos depois da publicação do dossier, sabe-se que o Aprígio Santos devia 170M€ ao BPN, apesar de alguns perdões de dívida.
29 DE JANEIRO DE 2009
Vilarinho refere ter sido um “testa-de-ferro” do BES (e PT) para tirar o Vale e Azevedo na presidência do benfica…
Vilarinho mantém 159 mil acções da SAD benfiquista
Manuel Vilarinho, antigo presidente do Benfica, garantiu, em carta enviada à SAD do clube, que continua a deter 159.000 acções da instituição, comunicou ontem a Benfica, SAD à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
“Junto cópia da carta nesta data enviada à CMVM, na qual informo, a pedido da referida entidade, que continuo proprietário de 159.000 acções da Sport Lisboa e Benfica - Futebol SAD, representativas de 1,0599999% do respectivo capital social”, refere Vilarinho, em carta transcrita pela SAD “encarnada”.
A 30 de Dezembro, o Banco Espírito Santo (BES) passou a deter 1.832.730 acções da Benfica, Futebol SAD (12,22 por cento dos votos), depois de ter recebido 1.680.000 por meio de dação em cumprimento do accionista Manuel Vilarinho.
Assim, o BES passou a ser titular directo das 1.680.000 acções, cujos direitos de voto já lhe eram imputados.
Em Agosto de 2007, Manuel Vilarinho disse estar confiante numa decisão favorável no processo judicial que o opôs ao BES e garantiu que iria ser provado em tribunal que a titularidade de 12,22% acções da SAD do Benfica é mesmo do banco.
O antigo presidente do clube disse à Agência Lusa, na altura, que estava preparado para provar em tribunal que foi apenas “testa-de-ferro” de um negócio, preparado aquando da sua candidatura contra João Vale e Azevedo, em 2000.
Para Manuel Vilarinho, era claro, na altura, que essas acções (1.680.000), que correspondem a 12,2% da SAD do Benfica, pertencem ao BES e não apenas os direitos de voto.
Vilarinho sustenta que, no contrato, assinado a 11 de Maio de 2001, ele não era mais do que um testa-de-ferro, num negócio que envolvia várias partes, e em nenhum momento esteve em causa que ficasse com as acções.
Tudo terá começado com o envolvimento do BES e da PT na candidatura da lista de Vilarinho contra Vale e Azevedo, em 2000, que pressupunha um aumento de capital caso ganhasse as eleições. No entanto, a PT acabou por alterar a estratégia e não participar desse aumento de capital da SAD benfiquista.
O antigo presidente do Benfica acabou por ficar com mais de 22 milhões de euros de acções, não vendidas nesse aumento de capital, no pressuposto de serem colocadas no mercado pelo BES no prazo de um ano, o que não veio a acontecer.
Em termos formais, Vilarinho ficava devedor do BIC, banco que mais tarde seria integrado no BES, através de uma operação de fusão por incorporação. Seria ainda o BIC a recorrer ao penhor das acções, para pedir a Vilarinho o alegado pagamento da dívida.
A 10 de Agosto de 2007, o BES veio publicamente afirmar que tem os direitos de voto sobre essas acções (12,2 por cento da SAD do Benfica), resultantes do penhor dado em garantia no acordo de 11 de Maio. Segundo o banco, as acções (e a dívida) eram de Vilarinho, mas os direitos de voto eram do BES.
6 de Janeiro de 2011
Grande financiamento na véspera de recebermos a Troika, um PIN de José Sócrates, parceria com Britalar de António Salvador, 1M€ no bolso com a SLN do BPN. Bem, esta notícia é incrível.
CGD, BCP E BES VÃO FINANCIAR PROJECTOS NO ALGARVE E LISBOA
Presidente do Benfica garante 250 milhões junto da banca para projectos imobiliários
A Caixa Geral de Depósitos (CGD), o Banco Comercial Português (BCP) e o Banco Espírito Santo (BES) vão financiar, em mais de 250 milhões de euros, projectos imobiliários do presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, que controla a Inland.
O empréstimo bancário ocorre num contexto de falta de liquidez que tem servido para o sector justificar o corte no crédito às pequenas e médias empresas.
O PÚBLICO apurou que os três bancos vão apoiar o desenvolvimento de projectos imobiliários de Luís Filipe Vieira em Altura, no Algarve (o Verdelago Resort) e na região oriental de Lisboa. O empresário adquiriu na Expo terrenos à Galp e o antigo edifício onde funcionava o Baptista Russo, devendo ser nesta zona que, nesta fase, será aplicada a maior fatia do empréstimo. A verba foi acordada recentemente entre Vieira, BCP e BES.
Já o investimento no Algarve (que, no final, terá mil camas repartidas entre um hotel de cinco estrelas, moradias de luxo isoladas e em banda e apartamentos), será, nesta fase, financiado em partes equivalentes pela CGD, BES e BCP. O montante em causa ascende a 90 milhões de euros. O contrato foi assinado por Vieira em 2005, mas a construção, que abrange um terreno de 100 hectares junto à praia, só agora é que vai arrancar. O Governo classificou o projecto de PIN (Potencial Interesse Nacional). (Nota: Governo Sócrates.)
O PÚBLICO tentou em vão obter um comentário por parte do empresário benfiquista, tendo deixado recado no telemóvel do seu assessor de imprensa. Junto do sector financeiro apurou que a construção dos empreendimentos em Lisboa e Algarve foi adjudicada nas últimas semanas a um grupo de empreiteiros, onde se encontra uma empresa de um outro dirigente desportivo, António Salvador, que é presidente do Sporting de Braga desde 2003. Salvador é proprietário da Britalar, responsável pela construção do Centro de Estágios do Benfica no Seixal. O negócio foi celebrado com base numa garantia bancária. Contratualmente, a obra terá de estar concluída em três anos.
A disponibilidade revelada pela banca para dar financiamento destinado especificamente a apoiar os projectos do empresário gerou perplexidade dentro de alguns segmentos das instituições financeiras envolvidas, dado o quadro de escassez de liquidez que se vive no país e que tem servido de justificação para a redução e o encarecimento do crédito bancário às pequenas e médias empresas. Por outro lado, estão em causa investimentos num mercado estagnado como é o imobiliário.
A sociedade imobiliária Inland, detida por Vieira, adquiriu o terreno no barlavento algarvio no início da década passada a um grupo de investidores finlandeses ligados ao Scandinavian Bank, que o haviam comprado, nos anos 1970, à CGD por 10 milhões de euros. Em 2004, a Inland vendeu a participação de 1,4 por cento que possuía na Sociedade Lusa de Negócios (SLN), então presidida por Oliveira Costa, e que controlava o BPN. Um relatório do Banco de Portugal, que se refere à empresa como o “grupo de Luís Filipe Vieira”, revelou que o empresário arrecadou com a alienação nove milhões de euros. O BdP diz que as acções da SLN tinham custado ao líder benfiquista cerca de oito milhões.
Isto tem contornos tão curiosos que quis saber mais, nomeadamente sobre o PIN do empreendimento em causa, o Verde Lago em Castro Marim.
9 de Dezembro de 2008
De excepção em excepção, anula-se o ordenamento
Iniciativa de “alto” risco é PIN no ano seguinte
O empreendimento turístico Verdelago, juntamente com Vale do Lobo III e Vilamoura XXI, foi um dos três projectos que beneficiaram de uma medida de “excepção” às regras definidas no Plano Regional de Ordenamento do Território do Algarve (Protal). Um despacho conjunto de dois ministros de Cavaco Silva, em 1994, em vésperas de cessarem funções, abriu uma janela no Protal, permitindo a construção desses projectos, chamados de “estruturantes”, pelo impacto positivo que teriam na economia.
Mas não avançaram de imediato. Ao fim de sete anos, o projecto foi desbloqueado quando José Sócrates ocupava o cargo de ministro do Ambiente. O plano de pormenor do Verdelago foi ratificado em Conselho de Ministros, a 17 de Janeiro de 2001, depois de ter sido sujeito a Avaliação de Impacto Ambiental. A proposta de investir nesta zona verde, onde as copas dos pinheiros quase se tocavam, vem desde a década de 1970, quando o terreno foi adquirido por um finlandês por dez milhões de euros.
O Scandinavian Bank, em 1991, chamou a si o projecto, que, por dificuldade em compatibilizar os interesses imobiliários com os valores da natureza, caiu num impasse. É nessa altura, diz o presidente da Câmara de Castro de Marim, José Estevens, citado pelo Diário de Notícias, em 2005, que o grupo de Luís Filipe Vieira, numa “iniciativa de alto risco”, compra o terreno aos finlandeses. No ano seguinte recebe o carimbo de PIN. (LOL)
Além deste aldeamento com 2041 camas, no concelho de Castro Marim estão ainda previstos mais três projectos de PIN: Almada de Ouro (hotel, aldeamento e campo de golfe, 2800 camas); Quinta do Vale (aldeamento, campo de golfe e marina, 2500), e Corte Velho (hotel, aldeamentos e campo de golfe, 2300 camas).
Recordo que José Sócrates é suspeito no caso Vale do Lobo, que até é referido na notícia. Curiosamente, o emprrendimento Vale do Lobo tb envolve o nosso conhecido Diogo Gaspar Ferreira que enquanto dirigente do Sporting vendeu estes terrenos à empresa MDCI, onde se tornaria pouco depois mais tarde, director.
12.10.13
http://www.cmjornal.pt/opiniao/detalhe/dividas-em-casa
As grandes empresas estão afogadas em dívidas, mesmo aquelas que, durante largos anos, dominaram os maiores negócios do País. É o caso da Obriverca. A empresa de Eduardo Rodrigues construiu alguns dos condomínios de luxo mais caros do País e alimentou-se do fácil crédito bancário, especialmente dado pelo Grupo Espírito Santo. Agora, na sua sede, num empreendimento em Alverca, a empresa nem tem dinheiro para pagar o condomínio. São 29 220 euros que a construtora deve à administração do prédio. O anúncio, que agrega outros devedores, está exposto na porta da garagem.Miguel Alexandre Ganhão
Edição de 15.10.2014
Construtor das principais urbanizações de luxo do concelho estará a passar por dificuldades. Empresa terá, alegadamente, avançado para um Processo Especial de Revitalização.
O município de Vila Franca de Xira diz-se atento ao evoluir da situação da Obriverca, que foi uma das maiores construtoras do concelho e que, alegadamente, avançou para um Processo Especial de Revitalização. Este é um processo em que as empresas em situação económica difícil ou em situação de insolvência iminente podem recorrer para tentar pagar as suas dívidas.Na última semana, durante a reunião pública de câmara, o presidente do executivo, Alberto Mesquita (PS), garantiu que o município vai tentar salvaguardar os seus interesses reclamando junto do administrador de insolvência da empresa todos os créditos que lhe são devidos. O autarca respondia ao vereador Nuno Libório, da CDU, que avançou com a informação de que a empresa estará a passar por dificuldades financeiras e próxima da falência. “É uma situação que pode deixar os credores e os trabalhadores numa situação delicada”, lamentou. O MIRANTE contactou a Obriverca sobre este assunto, por e-mail e telefone, mas apesar da insistência nenhuma resposta lhe foi enviada até à data de fecho desta edição.A Segurança Social, através do seu site na Internet, explica que o processo especial de revitalização, também conhecido por PER, é um processo judicial que se inicia pela manifestação da vontade do devedor e de, pelo menos, um dos credores, por meio de declaração assinada e escrita, em que o devedor convida credores que não tenham assinado a declaração para participarem no processo de regularização das dívidas. Recentemente, no concelho, várias empresas foram notícia por terem avançado para processos PER que acabaram por não resultar, como foi o caso da Cimianto, de Alhandra.Em Outubro de 2013, recorde-se, os administradores do condomínio onde está a sede da Obriverca, no complexo “Pratagi”, um condomínio fechado vigiado por seguranças privados e onde é precisa autorização para entrar, afixaram uma lista dos condóminos devedores onde constava o nome da Obriverca, cuja sede fica situada no bloco 4, sexto piso. A Obriverca, que construiu os principais condomínios de luxo do concelho de Vila Franca de Xira, devia 29.220 euros ao condomínio. Na altura contactado por O MIRANTE, um dos administradores do condomínio admitiu a existência de dívidas por parte de alguns condóminos mas recusou prestar mais informações.O grupo Obriverca contava em 2007 com um universo de 43 empresas, distribuídas pelas áreas da construção, promoção imobiliária, hotelaria, lazer e turismo. Era detentora, entre outras, da empresa Circuitos, que geria o Vila Franca Centro, entretanto encerrado. A Obriverca foi fundada em 1986 por Eduardo Rodrigues, Luís Filipe Vieira e Joaquim Marto, entretanto falecido. O agora presidente do Sport Lisboa e Benfica, Luís Filipe Vieira, veio a sair formalmente em 2001, tendo ficado Eduardo Rodrigues no controlo da empresa. A Obriverca é a responsável por alguns dos mais significativos empreendimentos no concelho de Vila Franca, como as urbanizações da Malvarosa e o Centro Comercial Parque, em Alverca. Construiu também o Solar das Marinhas, na Póvoa de Santa Iria, e o edifício Varandas da Lezíria, em Vila Franca. As obras da empresa estendem-se aos concelhos vizinhos, como o Museu da Cerâmica em Sacavém, e o Alcântara Rio, para habitação e lojas, em Lisboa.
30.12.2015 às 18h51
Pedro Santos Guerreiro (benfiquista) faz um artigo onde são conhecidos os 50 maiores clientes do BES antes do escândalo.
Em 3º lugar aparece a PROMOVALOR Luis Filipe Vieira.
LUÍS FILIPE VIEIRA A ligação de Luís Filipe Vieira ao Banco Espírito Santo era forte e conhecida. E isso acontecia com diversas empresas de construção e imobiliário a que estava ligado. Além disso, o próprio Benfica, de que Vieira é presidente, tinha relações de crédito fortes com o BES. No final de 2012, a dívida bancária junto do BES era de pouco mais de cem milhões, valor que subiria no ano seguinte para quase 150 milhões, estando agora o Novo Banco a exigir uma redução dessa exposição.
Mas a promovalor não é a única empresa relacionada com o orelhas neste top. Sabe-se ainda o seguinte:
09 DE ABRIL DE 2016
Vilarinho criou offshore para evitar execução de milhões pelo BES
Antigo presidente do Benfica assumiu em entrevista à RTP que o objetivo foi resguardar o seu património, face a duas ações executivas do banco que ultrapassavam os 10 milhões de euros
Manuel Vilarinho admitiu, em entrevista à RTP, transmitida no Telejornal deste sábado, que constituiu uma offshore para evitar uma penhora, numa ação que lhe tinha sido movida pelo Banco Espírito Santo. O antigo presidente do Benfica garantiu que as autoridades portuguesas já conhecem esta situação há pelo menos quatro anos.
“As autoridades judiciais, designadamente o senhor doutor juiz Carlos Alexandre e o Ministério Público, ficaram a saber do porquê que eu tive que constituir uma opacidade na minha vida”, disse. “E essa opacidade resultou de um problema muito grave que eu tinha com o Banco Espírito Santo - e ainda bem que o fiz porque resolvi a meu favor. Está resolvido e não tive que pagar as quantias que me queriam obrigar a pagar”.
Em causa terá estado um diferendo motivado por uma questão de titularidade de dois lotes de 840 mil ações do Benfica, dos quais Vilarinho recusava ter sido o comprador. O empresário insistiu que não está arrependido das medidas que tomou: “Tinha dois ações judiciais no valor de dez milhões e 300 mil euros, do BES contra mim, e eu tinha que vender o meu património porque achava - como tinha razão para achar - que não tinha que pagar. Entretanto, as ações eram executivas. Se eu não me defendo desta maneira que defendi se calhar ainda agora estava a desembrulhar problemas”
O nome de Manuel Vilarinho surgiu, no âmbito da investigação aos Papéis do Panamá, por ser um dos gestores da offshore Soyland Limited Company, com sede no Estado do nevada, Estados Unidos.
https://twitter.com/Mister_do_cafe/status/955853206835335169
https://twitter.com/guttmann_bela/status/979145115632627712
A desenvolver…