Benfica, orelhas e a banca

15 DE DEZEMBRO DE 2006
Sabe-se que a Obriverca tem diversas investigações na Polícia Judiciária sobre os seus negócios na zona de Lisboa e arredores, e que apesar de o orelhas ter saído em 2001 (curiosamente no ano em que saiu do Alverca para ir para o benfica), a empresa ribatejana ainda tem familiares na sua estrutura familiar.

Construtora Obriverca investigada pela Judiciária

O departamento de combate à criminalidade económica da Polícia Judiciária tem pendentes várias investigações sobre os negócios de empresas do grupo Obriverca. Alegadas irregularidades praticadas pela construtora, em Odivelas e Vila Franca de Xira, estão também a ser investigadas pelo Ministério Público, enquanto a Inspecção-Geral de Administração do Território enviou para o Tribunal de Almada um processo em que recomenda a nulidade do licenciamento de um imóvel, construído na orla costeira de Sesimbra. Em Odivelas, os inspectores encontram ainda indícios de violação dos deveres municipais em obras da construtora.

Detentora dos terrenos da ex-Sociedade Nacional de Sabões, pelos quais passa o canal de amarração da terceira travessia do Tejo, contemplada no PDM de Lisboa, o grupo empresarial viu-se envolvido na discussão entre a Câmara de Lisboa e o Governo sobre os direitos eventualmente adquiridos com a autorização de loteamento.

Num percurso de duas décadas, polémicas e críticas nunca faltaram à construtora, que optou por um core business quase exclusivamente de habitação residencial ou de negócios, apostando em projectos de vulto, diferentes da habitual traça portuguesa - há quem lhes chame urbanizações espanholadas - com relevo para espaços verdes exóticos. À qualidade das urbanizações, defendida por uns, somam-se as críticas de outros: a empresa é acusada de actuar à revelia de licenciamentos, de não respeitar embargos dos tribunais, de fechar os olhos a servidões e outras condicionantes administrativas e de ultrapassar os índices de construção permitidos.

A ascensão da Obriverca, fundada em 1986 por Eduardo Rodrigues, Luís Filipe Vieira e Joaquim Marto (já falecido), com uma quota de 500 contos cada um, foi meteórica, sendo hoje o império económico constituído por mais de 40 empresas, em diferentes ramos de actividade.

O presidente do Sport Lisboa e Benfica veio a sair, formalmente, da Obriverca em 2001, mas alguns familiares seus ainda se mantêm na estrutura empresarial. É também na família que Eduardo Rodrigues se apoia: as duas filhas, Sandra e Ana Filipa, integram actualmente a administração de várias empresas do grupo.

Aproveitando as oportunidades de negócio que iam surgindo na sua área de influência - a Grande Lisboa -, a empresa foi revelando especial apetência para a requalificação de solos industriais (Fábrica de Material de Guerra, em Lisboa, fábrica de loiça, em Sacavém, ou Mague, em Alverca, por exemplo) e para a recuperação de edifícios inacabados (Mar da Califórnia e Quinta do Mocho).

Em 1999, essa visão empresarial resultou na constituição da sociedade Jardins de Braço de Prata, entre a Obriverca e Paulo Castro Nabais, da Somague. A empresa apanhou a meio a discussão sobre o Plano de Urbanização da Zona Ribeirinha Oriental, entretanto lançado pela câmara e pelo qual se viabilizaria a construção de uma urbanização nos terrenos da antiga fábrica.

Nabais abandonou o projecto já este ano, deixando Ana Filipa Rodrigues na administração. A trilogia familiar é partilhada na sociedade Alcântara Rio, formada em 2000. Nesse ano, em associação com Simão e Miguel Soares da Costa, Eduardo Rodrigues constituiu a Mar da Califórnia, empreendimentos. A designação-mãe foi aproveitada, em 2005, para a constituição da Mar da Califórnia, actividades hoteleiras.

O impulso pela oportunidade levou, em 2001, à constituição da Lismarvila, com 100 mil euros. Eduardo Rodrigues preside à administração, partilhada com Simão Soares da Costa e Joaquim do Vale Tarré.

Para a elaboração deste trabalho, o DN quis falar com Eduardo Rodrigues, que não estava disponível, o mesmo sucedendo com as outras administradoras.

15 DE AGOSTO DE 2007

Equipa de Morgado acusada de poupar Vieira
Um dossier anónimo entregue na Prouradoria-Geral da República (PGR) acusa Maria José Morgado e a sua equipa de investigação de ter ligações estreitas com o presidente do Benfica Luís Filipe Vieira e de, por isso, ter direccionado a investigação do Apito Dourado no sentido de prejudicar o FC Porto e ignorar indícios sobre favorecimentos ao Benfica. (…)

Já partilhei este dossier neste tópico:
http://www.forumscp.com/index.php?topic=69115.0
No contexto deste tópico, acho que é importante realçar o seguinte:

[spoiler]
(…)Comecemos pela Drª Maria José Morgado.

O seu marido trabalha há alguns anos para o Sr. Luís Vieira recebendo, sem recibo, elevadas quantias em dinheiro, mau grado não se coibir de criticar tudo e todos, nomeadamente as fugas ao fisco. Quando a Polícia iniciou, com o comando da Drª Maria José Morgado, o afamado processo das Finanças, recordar-se-á V. Ex.ª que o mesmo se tinha iniciado com uma comunicação que circulava no interior das Finanças denunciando a forma como havia sido vendida a Fábrica de Louças de Sacavém.
A mesma fora adquirida por negociação directa por uma empresa de que o Sr. Luís Vieira era sócio por um preço quase anedótico. (Nota: Obriverca) Na altura apurou-se que viviam no Condomínio Privado que entretanto ali fora construído pela empresa compradora quatro Directores de Finanças.
O que resultou para o Sr. Luís Vieira? Quanto sabemos, até agora, nada.

(…)

Assim, o Sr. Luís Vieira contactou o seu homólogo (e companheiro de negócios) da Naval, entrou com a “massa” e o “caldinho” foi “cozinhado”. Foi um pouco mal confeccionado, pois cheirou a esturrado, mas até agora ninguém notou o cheiro a esturro.
Os negócios entre o Sr. Luís Vieira e o Sr. Aprígio Santos são a pesquisa de terrenos em conta, nem que pertençam a reservas, pois vendem-nos a preço elevado ao fundo do BPN, havendo um conluio com o seu Presidente, Oliveira e Costa. O lucro obtido é repartido entre os três, e os accionistas do Banco são severamente penalizados.
(…)[/spoiler]

Sobre o Aprígio Santos, há que ter em conta as seguintes notícias, que apareceram anos depois destas revelações:

29 DE JANEIRO DE 2009

Vilarinho refere ter sido um “testa-de-ferro” do BES (e PT) para tirar o Vale e Azevedo na presidência do benfica…

Vilarinho mantém 159 mil acções da SAD benfiquista
Manuel Vilarinho, antigo presidente do Benfica, garantiu, em carta enviada à SAD do clube, que continua a deter 159.000 acções da instituição, comunicou ontem a Benfica, SAD à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“Junto cópia da carta nesta data enviada à CMVM, na qual informo, a pedido da referida entidade, que continuo proprietário de 159.000 acções da Sport Lisboa e Benfica - Futebol SAD, representativas de 1,0599999% do respectivo capital social”, refere Vilarinho, em carta transcrita pela SAD “encarnada”.

A 30 de Dezembro, o Banco Espírito Santo (BES) passou a deter 1.832.730 acções da Benfica, Futebol SAD (12,22 por cento dos votos), depois de ter recebido 1.680.000 por meio de dação em cumprimento do accionista Manuel Vilarinho.

Assim, o BES passou a ser titular directo das 1.680.000 acções, cujos direitos de voto já lhe eram imputados.

Em Agosto de 2007, Manuel Vilarinho disse estar confiante numa decisão favorável no processo judicial que o opôs ao BES e garantiu que iria ser provado em tribunal que a titularidade de 12,22% acções da SAD do Benfica é mesmo do banco.

O antigo presidente do clube disse à Agência Lusa, na altura, que estava preparado para provar em tribunal que foi apenas “testa-de-ferro” de um negócio, preparado aquando da sua candidatura contra João Vale e Azevedo, em 2000.

Para Manuel Vilarinho, era claro, na altura, que essas acções (1.680.000), que correspondem a 12,2% da SAD do Benfica, pertencem ao BES e não apenas os direitos de voto.

Vilarinho sustenta que, no contrato, assinado a 11 de Maio de 2001, ele não era mais do que um testa-de-ferro, num negócio que envolvia várias partes, e em nenhum momento esteve em causa que ficasse com as acções.

Tudo terá começado com o envolvimento do BES e da PT na candidatura da lista de Vilarinho contra Vale e Azevedo, em 2000, que pressupunha um aumento de capital caso ganhasse as eleições. No entanto, a PT acabou por alterar a estratégia e não participar desse aumento de capital da SAD benfiquista.

O antigo presidente do Benfica acabou por ficar com mais de 22 milhões de euros de acções, não vendidas nesse aumento de capital, no pressuposto de serem colocadas no mercado pelo BES no prazo de um ano, o que não veio a acontecer.

Em termos formais, Vilarinho ficava devedor do BIC, banco que mais tarde seria integrado no BES, através de uma operação de fusão por incorporação. Seria ainda o BIC a recorrer ao penhor das acções, para pedir a Vilarinho o alegado pagamento da dívida.

A 10 de Agosto de 2007, o BES veio publicamente afirmar que tem os direitos de voto sobre essas acções (12,2 por cento da SAD do Benfica), resultantes do penhor dado em garantia no acordo de 11 de Maio. Segundo o banco, as acções (e a dívida) eram de Vilarinho, mas os direitos de voto eram do BES.

6 de Janeiro de 2011
Grande financiamento na véspera de recebermos a Troika, um PIN de José Sócrates, parceria com Britalar de António Salvador, 1M€ no bolso com a SLN do BPN. Bem, esta notícia é incrível.

CGD, BCP E BES VÃO FINANCIAR PROJECTOS NO ALGARVE E LISBOA
Presidente do Benfica garante 250 milhões junto da banca para projectos imobiliários

A Caixa Geral de Depósitos (CGD), o Banco Comercial Português (BCP) e o Banco Espírito Santo (BES) vão financiar, em mais de 250 milhões de euros, projectos imobiliários do presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, que controla a Inland.

O empréstimo bancário ocorre num contexto de falta de liquidez que tem servido para o sector justificar o corte no crédito às pequenas e médias empresas.

O PÚBLICO apurou que os três bancos vão apoiar o desenvolvimento de projectos imobiliários de Luís Filipe Vieira em Altura, no Algarve (o Verdelago Resort) e na região oriental de Lisboa. O empresário adquiriu na Expo terrenos à Galp e o antigo edifício onde funcionava o Baptista Russo, devendo ser nesta zona que, nesta fase, será aplicada a maior fatia do empréstimo. A verba foi acordada recentemente entre Vieira, BCP e BES.

Já o investimento no Algarve (que, no final, terá mil camas repartidas entre um hotel de cinco estrelas, moradias de luxo isoladas e em banda e apartamentos), será, nesta fase, financiado em partes equivalentes pela CGD, BES e BCP. O montante em causa ascende a 90 milhões de euros. O contrato foi assinado por Vieira em 2005, mas a construção, que abrange um terreno de 100 hectares junto à praia, só agora é que vai arrancar. O Governo classificou o projecto de PIN (Potencial Interesse Nacional). (Nota: Governo Sócrates.)

O PÚBLICO tentou em vão obter um comentário por parte do empresário benfiquista, tendo deixado recado no telemóvel do seu assessor de imprensa. Junto do sector financeiro apurou que a construção dos empreendimentos em Lisboa e Algarve foi adjudicada nas últimas semanas a um grupo de empreiteiros, onde se encontra uma empresa de um outro dirigente desportivo, António Salvador, que é presidente do Sporting de Braga desde 2003. Salvador é proprietário da Britalar, responsável pela construção do Centro de Estágios do Benfica no Seixal. O negócio foi celebrado com base numa garantia bancária. Contratualmente, a obra terá de estar concluída em três anos.

A disponibilidade revelada pela banca para dar financiamento destinado especificamente a apoiar os projectos do empresário gerou perplexidade dentro de alguns segmentos das instituições financeiras envolvidas, dado o quadro de escassez de liquidez que se vive no país e que tem servido de justificação para a redução e o encarecimento do crédito bancário às pequenas e médias empresas. Por outro lado, estão em causa investimentos num mercado estagnado como é o imobiliário.

A sociedade imobiliária Inland, detida por Vieira, adquiriu o terreno no barlavento algarvio no início da década passada a um grupo de investidores finlandeses ligados ao Scandinavian Bank, que o haviam comprado, nos anos 1970, à CGD por 10 milhões de euros. Em 2004, a Inland vendeu a participação de 1,4 por cento que possuía na Sociedade Lusa de Negócios (SLN), então presidida por Oliveira Costa, e que controlava o BPN. Um relatório do Banco de Portugal, que se refere à empresa como o “grupo de Luís Filipe Vieira”, revelou que o empresário arrecadou com a alienação nove milhões de euros. O BdP diz que as acções da SLN tinham custado ao líder benfiquista cerca de oito milhões.

Isto tem contornos tão curiosos que quis saber mais, nomeadamente sobre o PIN do empreendimento em causa, o Verde Lago em Castro Marim.

9 de Dezembro de 2008

De excepção em excepção, anula-se o ordenamento

Iniciativa de “alto” risco é PIN no ano seguinte

O empreendimento turístico Verdelago, juntamente com Vale do Lobo III e Vilamoura XXI, foi um dos três projectos que beneficiaram de uma medida de “excepção” às regras definidas no Plano Regional de Ordenamento do Território do Algarve (Protal). Um despacho conjunto de dois ministros de Cavaco Silva, em 1994, em vésperas de cessarem funções, abriu uma janela no Protal, permitindo a construção desses projectos, chamados de “estruturantes”, pelo impacto positivo que teriam na economia.

Mas não avançaram de imediato. Ao fim de sete anos, o projecto foi desbloqueado quando José Sócrates ocupava o cargo de ministro do Ambiente. O plano de pormenor do Verdelago foi ratificado em Conselho de Ministros, a 17 de Janeiro de 2001, depois de ter sido sujeito a Avaliação de Impacto Ambiental. A proposta de investir nesta zona verde, onde as copas dos pinheiros quase se tocavam, vem desde a década de 1970, quando o terreno foi adquirido por um finlandês por dez milhões de euros.

O Scandinavian Bank, em 1991, chamou a si o projecto, que, por dificuldade em compatibilizar os interesses imobiliários com os valores da natureza, caiu num impasse. É nessa altura, diz o presidente da Câmara de Castro de Marim, José Estevens, citado pelo Diário de Notícias, em 2005, que o grupo de Luís Filipe Vieira, numa “iniciativa de alto risco”, compra o terreno aos finlandeses. No ano seguinte recebe o carimbo de PIN. (LOL)

Além deste aldeamento com 2041 camas, no concelho de Castro Marim estão ainda previstos mais três projectos de PIN: Almada de Ouro (hotel, aldeamento e campo de golfe, 2800 camas); Quinta do Vale (aldeamento, campo de golfe e marina, 2500), e Corte Velho (hotel, aldeamentos e campo de golfe, 2300 camas).

Recordo que José Sócrates é suspeito no caso Vale do Lobo, que até é referido na notícia. Curiosamente, o emprrendimento Vale do Lobo tb envolve o nosso conhecido Diogo Gaspar Ferreira que enquanto dirigente do Sporting vendeu estes terrenos à empresa MDCI, onde se tornaria pouco depois mais tarde, director.

12.10.13
http://www.cmjornal.pt/opiniao/detalhe/dividas-em-casa

As grandes empresas estão afogadas em dívidas, mesmo aquelas que, durante largos anos, dominaram os maiores negócios do País. É o caso da Obriverca. A empresa de Eduardo Rodrigues construiu alguns dos condomínios de luxo mais caros do País e alimentou-se do fácil crédito bancário, especialmente dado pelo Grupo Espírito Santo. Agora, na sua sede, num empreendimento em Alverca, a empresa nem tem dinheiro para pagar o condomínio. São 29 220 euros que a construtora deve à administração do prédio. O anúncio, que agrega outros devedores, está exposto na porta da garagem.

Miguel Alexandre Ganhão

Edição de 15.10.2014

Construtor das principais urbanizações de luxo do concelho estará a passar por dificuldades. Empresa terá, alegadamente, avançado para um Processo Especial de Revitalização.

O município de Vila Franca de Xira diz-se atento ao evoluir da situação da Obriverca, que foi uma das maiores construtoras do concelho e que, alegadamente, avançou para um Processo Especial de Revitalização. Este é um processo em que as empresas em situação económica difícil ou em situação de insolvência iminente podem recorrer para tentar pagar as suas dívidas.Na última semana, durante a reunião pública de câmara, o presidente do executivo, Alberto Mesquita (PS), garantiu que o município vai tentar salvaguardar os seus interesses reclamando junto do administrador de insolvência da empresa todos os créditos que lhe são devidos. O autarca respondia ao vereador Nuno Libório, da CDU, que avançou com a informação de que a empresa estará a passar por dificuldades financeiras e próxima da falência. “É uma situação que pode deixar os credores e os trabalhadores numa situação delicada”, lamentou. O MIRANTE contactou a Obriverca sobre este assunto, por e-mail e telefone, mas apesar da insistência nenhuma resposta lhe foi enviada até à data de fecho desta edição.A Segurança Social, através do seu site na Internet, explica que o processo especial de revitalização, também conhecido por PER, é um processo judicial que se inicia pela manifestação da vontade do devedor e de, pelo menos, um dos credores, por meio de declaração assinada e escrita, em que o devedor convida credores que não tenham assinado a declaração para participarem no processo de regularização das dívidas. Recentemente, no concelho, várias empresas foram notícia por terem avançado para processos PER que acabaram por não resultar, como foi o caso da Cimianto, de Alhandra.Em Outubro de 2013, recorde-se, os administradores do condomínio onde está a sede da Obriverca, no complexo “Pratagi”, um condomínio fechado vigiado por seguranças privados e onde é precisa autorização para entrar, afixaram uma lista dos condóminos devedores onde constava o nome da Obriverca, cuja sede fica situada no bloco 4, sexto piso. A Obriverca, que construiu os principais condomínios de luxo do concelho de Vila Franca de Xira, devia 29.220 euros ao condomínio. Na altura contactado por O MIRANTE, um dos administradores do condomínio admitiu a existência de dívidas por parte de alguns condóminos mas recusou prestar mais informações.O grupo Obriverca contava em 2007 com um universo de 43 empresas, distribuídas pelas áreas da construção, promoção imobiliária, hotelaria, lazer e turismo. Era detentora, entre outras, da empresa Circuitos, que geria o Vila Franca Centro, entretanto encerrado. A Obriverca foi fundada em 1986 por Eduardo Rodrigues, Luís Filipe Vieira e Joaquim Marto, entretanto falecido. O agora presidente do Sport Lisboa e Benfica, Luís Filipe Vieira, veio a sair formalmente em 2001, tendo ficado Eduardo Rodrigues no controlo da empresa. A Obriverca é a responsável por alguns dos mais significativos empreendimentos no concelho de Vila Franca, como as urbanizações da Malvarosa e o Centro Comercial Parque, em Alverca. Construiu também o Solar das Marinhas, na Póvoa de Santa Iria, e o edifício Varandas da Lezíria, em Vila Franca. As obras da empresa estendem-se aos concelhos vizinhos, como o Museu da Cerâmica em Sacavém, e o Alcântara Rio, para habitação e lojas, em Lisboa.

30.12.2015 às 18h51

Pedro Santos Guerreiro (benfiquista) faz um artigo onde são conhecidos os 50 maiores clientes do BES antes do escândalo.

Em 3º lugar aparece a PROMOVALOR Luis Filipe Vieira.

LUÍS FILIPE VIEIRA A ligação de Luís Filipe Vieira ao Banco Espírito Santo era forte e conhecida. E isso acontecia com diversas empresas de construção e imobiliário a que estava ligado. Além disso, o próprio Benfica, de que Vieira é presidente, tinha relações de crédito fortes com o BES. No final de 2012, a dívida bancária junto do BES era de pouco mais de cem milhões, valor que subiria no ano seguinte para quase 150 milhões, estando agora o Novo Banco a exigir uma redução dessa exposição.

Mas a promovalor não é a única empresa relacionada com o orelhas neste top. Sabe-se ainda o seguinte:

09 DE ABRIL DE 2016
Vilarinho criou offshore para evitar execução de milhões pelo BES

Antigo presidente do Benfica assumiu em entrevista à RTP que o objetivo foi resguardar o seu património, face a duas ações executivas do banco que ultrapassavam os 10 milhões de euros

Manuel Vilarinho admitiu, em entrevista à RTP, transmitida no Telejornal deste sábado, que constituiu uma offshore para evitar uma penhora, numa ação que lhe tinha sido movida pelo Banco Espírito Santo. O antigo presidente do Benfica garantiu que as autoridades portuguesas já conhecem esta situação há pelo menos quatro anos.

“As autoridades judiciais, designadamente o senhor doutor juiz Carlos Alexandre e o Ministério Público, ficaram a saber do porquê que eu tive que constituir uma opacidade na minha vida”, disse. “E essa opacidade resultou de um problema muito grave que eu tinha com o Banco Espírito Santo - e ainda bem que o fiz porque resolvi a meu favor. Está resolvido e não tive que pagar as quantias que me queriam obrigar a pagar”.

Em causa terá estado um diferendo motivado por uma questão de titularidade de dois lotes de 840 mil ações do Benfica, dos quais Vilarinho recusava ter sido o comprador. O empresário insistiu que não está arrependido das medidas que tomou: “Tinha dois ações judiciais no valor de dez milhões e 300 mil euros, do BES contra mim, e eu tinha que vender o meu património porque achava - como tinha razão para achar - que não tinha que pagar. Entretanto, as ações eram executivas. Se eu não me defendo desta maneira que defendi se calhar ainda agora estava a desembrulhar problemas”

O nome de Manuel Vilarinho surgiu, no âmbito da investigação aos Papéis do Panamá, por ser um dos gestores da offshore Soyland Limited Company, com sede no Estado do nevada, Estados Unidos.

https://twitter.com/Mister_do_cafe/status/955853206835335169

https://twitter.com/guttmann_bela/status/979145115632627712

A desenvolver…

BPN

CGD

Uns posts interessantes do Mister do Café sobre o assunto. Vejam como o BES perdeu dinheiro com as acções do benfica:

sexta-feira, 15 de janeiro de 20168
O verdadeiro “perdão financeiro” do BES e a destruição de mais umas lampionices

Ontem fiz um post muito completo sobre as VMOC e a campanha de desinformação que o Estado Lampiânico tem levado a cabo sobre o tema. Se ainda não leram cliquem (aqui). Se já leram, e ainda não partilharam nas redes sociais por todos os vossos amigos lampiões, não são bons chefes de família. (“Oh, Oh Sousa Martins! Sejamos sérios. Isto é inacreditável! Isto não pode valer tudo! Toda a gente sabe que só os Benfiquistas é que são bons chefes de família. Há um estudo Vox Merdulis que o comprova”.)

Mas vamos ao que interessa. Entretanto surgiu outra lampionice que é preciso “deslampializar”.

“Ahh e tal o Sporting teve condições extraordinárias junto da banca”

Rui Gomes da Silva, ontem no oficioso começa o seu artigo com " Nos últimos anos, o Sporting aprovou um plano de reestruturação financeira, tendo conseguido condições extraordinárias junto de duas instituições bancárias(…) Escandalizados?"

“Escandalizados?” pergunta o “artista”!? Obviamente que não. Ficaria se o “artista” escrevesse alguma coisa com pés e cabeça. Se fosse com uma caneta de marfim poderia sair melhor. Rui Gomes da Silva, considera condições extraordinárias a redução brutal de custos que o Sporting teve que efectuar, tendo inclusivamente que recorrer a reduções salariais e até despedimentos. Vejamos:

Como podem verificar, o Sporting por via de uma politica de contracção financeira tendo em vista a criação de condições para pagar aos seus credores, de acordo como plano de reestruturação financeira teve que fazer o seguinte: Reduzir os gastos que estavam na casa dos 95 Milhões/Época no tempo de Godinho Lopes para os 56 Milhões/época. São 38,5 Milhões a menos. Menos 40%.

De facto condições extraordinárias, como diz o artista.

Vamos agora comparar as condições extraordinárias do Sporting com as dos rivais:

Coisa pouca. Porto gastou mais do dobro do que o Sporting e Benfica gasta umas incríveis três vezes mais do que o Sporting. Outra curiosidade é que o Benfica gasta mais do que Porto e Sporting juntos. (Oh, oh Sousa Martins! Sejamos sérios! Isto não pode valer tudo, caramba!! Toda a gente sabe que eu o Shrek do Trio gastamos uns milhões largos em “ração”.!!

Eu sei que lhes doí verem uma equipa com menos de um terço do Orçamento lutar pelo campeonato como aconteceu nesse ano. Também deve doer a quem gasta o dobro e fica atrás do Sporting.

Mais uma vez se prova as condições extraordinárias que foram oferecidas ao Sporting pela banca.

" Ah e tal, se fosse “uma pessoa normal” não conseguia renegociar nada com o banco. Eles ficavam com os bens e pronto."

Lampiões não chorem mais! Encontrei o exemplo perfeito de “pessoa normal”. Ontem se bem se recordam mostrei-vos que o Estado é accionista do Benfica.

Vamos recordar:

O Estado português através do Novo Banco detém uma participação de cerca de 8% do capital social do Benfica. “Oh, Oh Sousa Martins. Isto é inacreditável. A maquina de propaganda do Sporting não pára. Isto é tudo normal, isto já vinha do tempo do BES por isso o Estado não tem culpa, como é evidente”. Eh lá Jabba The Hut, finalmente concordo contigo. A reestruturação financeira também foi assinada com o BES!

“Oh, oh Sousa Martins mas, mas, ahh, mas, ahh, mas, mas o BES e o Novo Banco são verdes! E o Benfica é vermelho. Se isto não é concorrência desleal eu não sei o que é!? E os relvados, já viu!’ Tudo em verde. Isto é inacreditável”

Vamos ao que interessa. Querem saber como é que o BES ficou com capital do Benfica!? Leiam a notícia seguinte:

Espera lá deixa-me lá ver se eu percebi bem. Então o Manuel Vilarinho “Ex.Presidente do Benfica” pediu um empréstimo para comprar acções do Benfica no valor de 21 Milhões de Euros e eles emprestaram-lhe? Sem garantias adicionais, só com a garantia das acções!? Nem com a garrafeira como garantia? Eh pá lindo. Isto sim são condições extraordinárias, oh Gomes da Silva.

Vamos aos documentos oficiais:


(link da comunicação à CMVM)

Vamos a contas:

Manuel Vilarinho dos 21 Milhões que pediu emprestado ao BES ficou a dever 8.400.000,00 € O banco ficou com 1.680.000 acções uma vez que Vilarinho não liquidou o montante em dívida.

Vejamos então quanto valiam à data essas acções:

Segundo os dados disponíveis relativos ao histórico das acções do Benfica as mesmas valiam 2,10 € em 30/12/2008, data do anúncio da Benfica SAD.(link da cotação)

Ora 1.680.000 acções X 2,10€ = 3.528.000,00 €

Mau Maria. Mas então o homem não devia 8,4 Milhões!? Só se o banco estava a contar que as acções subissem no futuro. É deve ser isso! Vamos lá ver quanto valem hoje.

Segundo a cotação de hoje valem 1,041 €. Ora 1.680.000 X 1,041€ = 1.748.880,00€

Então pá!? Dos 8,4 Milhões passa para 3,5 Milhões e agora já vai em 1,7 Milhões !?

Como diria o outro. Perdões há muitos seu palerma!

Agora vejam a “classe” da CMVM. (Link em baixo para consulta da notícia.)


Vejam o link da notícia para não haver dúvida. Mais uma vez fica a prova de que a CMVM anda a dormir na forma. (link aqui)

Hoje o café vem com um bombom.

https://www.youtube.com/watch?v=Xqa3tADvppY

Mais uma vez agradecer a toda a malta que ao longo deste primeiro mês de vida, tem passado pelo Café do Mister para tomar a bica/cimbalino. Se puderem dar um like no Facebook e no Twitter ajudavam o café a crescer. Está tudo no canto superior direito.

[left][/left]x.com

A editar no futuro…

https://twitter.com/BaluarteDragao/status/979120307503067142

https://twitter.com/Mister_do_cafe/status/979056292575637504

---- TORNEIRA ABERTA NO BES | COLAPSO DO BANCO | PRIMEIRA REESTRUTURAÇÃO ----

“Amílcar Morais Pires. Foi com ele que Vieira montou muitos negócios e chegou a ser um dos maiores devedores ao BES. No final, as suas empresas safaram parte dos empréstimos”.

Entre os executivos do BES, não havia apenas adeptos do Sporting. Morais Pires era um aficionado do Benfica. Os jantares na sede do banco entre Morais Pires e o presidente do clube da Luz, Luís Filipe Vieira, eram normais. O CFO tinha uma torneira aberta para o universo empresarial do dirigente benfiquista com créditos no BES, em 2012, de largas centenas de milhões de euros (fala-se em 600 milhões). Morais Pires reestruturou a dívida e colocou-a em fundos do BES Vida e da ESAF, o que permitiu a Luís Filipe Vieira deixar de constar na lista dos grandes devedores ao BES. Em 2013, do financiamento global (215 milhões) concedido pelo BES aos três grandes clubes (Porto, Sporting, Benfica), cerca de 114 milhões destinaram-se à SAD benfiquista (com dívidas à banca de 283,3 milhões).

Joaquim Goes confirmou que a empresa do presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, é cliente do banco.

Goes confirmou que alguns dos activos imobiliários da Promovalor foram adquiridos pela BES Vida e que isso fazia parte de uma política de «diversificação dos investimentos» da carteira de clientes.

O antigo administrador do BES foi questionado pela deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua sobre as notícias, que davam conta que a dívida de 600 milhões de euros de Luís Filipe Vieira foi reestruturada para evitar que o dirigente entrasse na lista dos maiores devedores da banca nacional.

---- SEGUNDA REESTRUTURAÇÃO ----

Dívida: Ascendia a mais de 468 milhões de euros em setembro de 2013 (ETRICC2). O BES é de longe o maior credor (402 milhões).

Situação atual:: As empresas do grupo imobiliário e turístico lideradas pelo presidente do Benfica estão a negociar um acordo para amortizar dívida.

Durante cerca de um ano e meio, o Novo Banco e Luís Filipe Vieira negociaram a dívida do presidente do Benfica. Chegaram a um acordo, revela o “Expresso” na edição deste sábado. O Novo Banco terá entregue os melhores activos da Promovalor, empresa gerida pelo filho de Vieira, a Nuno Gaioso Ribeiro, com o intuito de os explorar e rentabilizar no prazo de cinco anos. Em troca, recebeu um reforço das garantias.

Nas negociações terá estado Nuno Gaioso Ribeiro, sócio fundador de uma gestora de capital de risco, a Capital Criativo, e vice-presidente do Benfica, e também de Tiago Vieira, filho do presidente benfiquista. Grande parte da dívida diz respeito à empresa Promovalor, gerida pelo filho do presidente do benfiquista, Tiago Vieira, que é também accionista da Capital Criativo.

A 20 de Novembro do ano passado foi constituído o fundo FIAE (Fundo de Investimento Alternativo Especializado) da Capital Criativo, depois de ter sido registado junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Este fundo teve como objectivo a aquisição dos créditos detidos pelo Novo Banco sobre a Promovalor.

Arrancou com um capital inicial de 146 milhões de euros, segundo o jornal, com três investidores institucionais (Novo Banco, Capital Criativo e Promovalor) e dois investidores singulares. O fundo tem a duração de cinco anos, com possibilidade de renovação.

Este fundo ficou “ainda com alguma liquidez”, revelou Nuno Gaioso Ribeiro, ao “Expresso”. “Comprámos os créditos sem desconto e sem perdão”, sendo que “alguns desses activos podem ter dívida associada que ficam no fundo”, acrescentou.

Do capital inicial do fundo, 90% serviram para trocar créditos por capital do fundo, isto é, unidades de participação e 10% representam liquidez que ainda está no fundo. Nesta operação, que o jornal sublinha ser apenas contabilística para o banco, o Novo Banco “coloca” dinheiro no fundo que compra as dívidas associadas aos activos que são transferidos para o dito fundo. O prazo de pagamento foi prolongado por, pelo menos, mais cinco anos.

Quando o BES colapsou, Vieira era um dos maiores devedores do banco, com uma dívida superior a 400 milhões de euros relacionada com vários negócios do ramo imobiliário.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca---financas/detalhe/expresso-novo-banco-reestrutura-divida-de-luis-filipe-vieira


Eu bem tento, mas isto tudo é demais.

Excelente contributo radical, vou pegar no que meteste aqui.

Estou agora a ver andebol, dps já pego nisto.
Agora tb me lembrei disto, que tb é mto interessante:

http://www.sabado.pt/portugal/politica/detalhe/o-arguido-luis-filipe-vieira-nos-negocios-com-o-bpn

http://www.reflexaoportista.pt/2015/07/as-50-sombras-de-vieira.html?m=1

https://www.esquerda.net/dossier/quem-sao-os-maiores-devedores-do-novo-banco/48032

Assim, o Sr. Luís Vieira contactou o seu homólogo (e companheiro de negócios) da Naval, entrou com a “massa” e o “caldinho” foi “cozinhado”. Foi um pouco mal confeccionado, pois cheirou a esturrado, mas até agora ninguém notou o cheiro a esturro. Os negócios entre o Sr. Luís Vieira e o Sr. Aprígio Santos são a pesquisa de terrenos em conta, nem que pertençam a reservas, pois vendem-nos a preço elevado ao fundo do BPN, havendo um conluio com o seu Presidente, Oliveira e Costa. O lucro obtido é repartido entre os três, e os accionistas do Banco são severamente penalizados.

http://www.forumscp.com/index.php?topic=69115.0

Onde anda agora as jornalistas investigadoras da TVi Ana Leal e Alexandra Borges (caso IURD e Raissimas)?
Onde anda a jornalista investigadora do “Sexta às 9” Sandra Felgueiras que se diz “ir ao fundo das questões, para confrontar versões e alcançar a verdade” (Caso BES)?

Afinal existem ou não os Jornalistas “incorruptíveis” que tentam fazer “tudo pela verdade”?

ahh mas espera… existe entre elas um “clube querido” e estas questões que realmente nos interessa a todos nós Portugueses, devem de continuar no limbo do silencio dos media…

Ainda por cima há aqui tanta lenha, e envolve tanta gente poderosa… não percebo… :confused:

mas a malta ainda como gelados?
há uma regra de ouro desde os primórdios.
se deves 1.000, 10000 ou 100.000 à banca, então tens um problema.
se deves 100 milhões, então quem tem o problema é banca…

o gajo vai sair “limpinho limpinho” disto.
não tenho dúvidas

Enviado do meu Redmi Note 3 através do Tapatalk

Em Pt há uma atenuante a esse ditado que é: se deves mto dinheiro à banca, então é a banca e os contribuintes que têm um problema…

em abono da verdade, isso n é PT…

se deves 100’000€ ao banco tens um problema… se deves 10’000’000€ o problema é do banco.

Afinal tb sobra para o Banif, e há mais toupeiras, LOL

Mais um ano de segredo no processo Vara/Banif

Processo foi declarado de especial complexidade. Há três arguidos neste caso.

O caso que envolve suspeitas de violação do segredo de justiça e que tem como arguidos Armando Vara, o ex-inspector da Polícia Judiciária Sérgio Bagulho e a mulher deste, Maria José Bagulho, foi declarado de “especial complexidade” pelo juiz de instrução Carlos Alexandre. O magistrado, segundo informações recolhidas pelo DN, também prolongou por mais um ano o segredo de justiça no processo.

A decisão de atribuir o carácter de “especial complexidade” à investigação sobre a forma como um documento da Polícia Judiciária, que referia aspectos de um processo sobre a compra de acções do Banif, chegou às mãos de Armando Vara será algo inédito na justiça, já que até hoje nenhum inquérito por violação do segredo de justiça teve tal classificação. Segundo fonte ligada à investigação, a complexidade deste caso tem, sobretudo, a ver com a realização de perícias informáticas aos computadores da própria PJ. “A investigação está bem encaminhada, mas é necessário apurar todo o circuito por que terá passado o documento”, resumiu ao DN a mesma fonte.

E que documento é este? De acordo com a investigação, o papel que - durante uma busca ao escritório de Armando Vara, no Millennium bcp, feita no âmbito do processo “Face Oculta” - foi descoberto terá saído directamente do Sistema Integrado de Informação Criminal (SIIC) da PJ para as mãos do antigo administrador do BCP. O SIIC, refira-se, é uma aplicação informática onde constam várias informações (como nomes de arguidos, crimes em investigação, diligências previstas, etc.) sobre processos em curso na PJ.

O documento em causa seria uma espécie de resumo do chamado caso Banif, entretanto arquivado pelo Ministério Público, que teve origem numa queixa do Estado angolano contra três cidadãos portugueses. Em causa estava um negócio de compra de acções feito pelos portugueses com dinheiro do Governo de Angola. Anos mais tarde, alegava-se na queixa, o Estado angolano ficou sem o dinheiro e sem as acções. O caso acabou por ficar resolvido com um acordo entre as partes.

A circulação do documento terá, então, começado em Maria José Bagulho, inspectora da PJ que, há vários anos, trabalha na área do SIIC junto da Unidade Nacional contra a Corrupção. Terá sido do seu computador que o documento foi recolhido no sistema. Por isso foi constituída arguida. O seu marido, o ex-inspector Sérgio Bagulho, que trabalhou com Maria José Morgado nos processos do “Apito Dourado”, também foi constituído arguido. Porém, o DN não consegui apurar quais os factos que lhe são imputados pela investigação. Armando Vara é o terceiro arguido do processo, pelo facto de ter em sua posse o papel da Judiciária.

Ao mesmo que é constituído arguido em processo, Armando Vara, porém, não consegue ver a sua situação no processo “Face Oculta” resolvida. Interrogado, em finais de 2009, pelo juiz de instrução António Costa Gomes, que lhe imputou um crime de tráfico de influências, aplicando-lhe como medidas de coacção a proibição de contactos e o pagamento de uma caução de 25 mil euros, Armando Vara espera, desde 31 de Janeiro deste ano, por uma resposta ao recurso que apresentou à decisão do magistrado.

Segundo várias fontes ligadas ao processo “Face Oculta”, de todos os arguidos que recorreram das medidas de coacção aplicadas em primeiro interrogatório judicial, só Armando Vara é que não tem decisão. Uma fonte do Ministério Público do Porto garantiu ao DN que um procurador-geral adjunto do Tribunal da Relação do Porto já, “entre Abril e Maio deste ano”, se pronunciou sobre o recurso. Ou seja, o processo ainda está nas mãos dos juízes desembargadores da Relação do Porto.

Em relação ao Bagulho:

https://twitter.com/BaluarteDragao/status/983709389054971904

Li o título deste thread como “Carnide, orelhas e a branca.” ¯_(ツ)_/¯

Quando puder, tenho que rever muita coisa aqui neste thread… desculpem, mas o meu (pouco) tempo livre não dá para tudo! De qualquer maneira, mais uma notícia que prova que estes gajos ganharam o Treta mais caro do futebol mundial:

https://www.facebook.com/JornalEconomico/posts/759106064285715

Novo Banco perde milhões com oito devedores: ‘holding’ de Luís Filipe Vieira e Grupo Lena na lista Revista de Imprensa JE 10:22 Já no início deste mês, o presidente executivo do Novo Banco disse que "89% das nossas imparidades são para empresas".

O Novo Banco registou prejuízos cerca de 500 milhões de euros com os créditos de apenas oito devedores, no ano passado. Na lista dos grupos empresariais responsáveis pelas perdas com os créditos de alto risco constam a Promovalor, a holding imobiliária do presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e o Grupo Lena, segundo o “Correio da Manhã”.

Na edição deste sábado, o CM divulga os nomes dos oito, que representam cerca de 24% das 2.056,9 milhões de euros de imparidades registadas em 2017: além das duas anteriores, o Grupo Maló, o Grupo Moniz da Maia, o Grupo MSF, o Grupo Tiner, a Prebuild e a SCG, de João Pereira Coutinho.

Já no início deste mês, o presidente executivo do Novo Banco disse que “89% das nossas imparidades são para empresas”. Numa entrevista à “Antena 1” e ao “Jornal de Negócios”, o CEO da instituição bancária adiantou: “Nós tínhamos mais de 6 mil milhões [dos créditos com imparidade] nas mãos dos cinco maiores devedores do banco. Hoje temos menos de metade disso. E os três maiores devedores do banco todos eles estavam acima de mil milhões e neste momento só temos um que está acima dos 500 milhões”.

No final de março, o banco liderado por António Ramalho anunciou que o prejuízo do Novo banco aumentou 77% no ano passado, face a 2016, para 1.395,4 milhões de euros, empurrado pelo aumento de 49,6% das imparidades, para mais de 2.000 milhões de euros.

Devedores

Grupo Lena
Grupo Maló
Grupo Moniz da Maia
Grupo MSF
Grupo Tiner
Promovalor
Prebuild
SCG

LOL! :lol: