Colocam-se as baionetas, verificam-se os carregadores…
De ambos os lados da barricada os partidários acertam as últimas estratégias.
Qual o melhor ataque a utilizar? Devem ser concentrados todos os esforços num só alvo ou, pelo contrário, tentar atingir o maior número de alvos possíveis?
Aqui e ali, um tiro surge. Mais para assustar… Um partidário avança, despeja as suas munições e recua para recarregar. Não provoca danos, mas também não os sofre…
De resto, apenas o silêncio. O silêncio enganador… Sussurros indestintos, pequenas gargalhadas, de puro nervosismo. Conversas murmuradas de análise de prós e contras, de vantagens e desvantagens. O silêncio que antecipa a batalha. A batalha final…
Alguns fazem planos para o futuro. Quem liderará, qual o sistema a adoptar. Quem manda…e o que manda… Todos sabem que posteriormente não haverá grandes alterações. Dificilmente existirá nova batalha. É aqui que se joga o futuro…
Mas, que futuro? De que vale pensar no futuro? Futuro depois da batalha? Será preciso ver quem vence. Contabilizar mortos e feridos. Porque aquele que é demasiadamente exposto na batalha, poderá não ter futuro no fim da mesma…