Eh… isso depende das expectativas, do prestígio e da ambição do programa. Se for um fan de Kentucky, de Duke, UCLA, etc, certamente que terá outro grau de exigência e todos os anos em que não vençam o torneio fica desapontado. Ou uma presença na Final 4, como mínimo exigível. A não ser que estejam num rebuilding declarado, num ano-ponte, mas as fanbases desses programas têm pouca paciência para rebuildings muito prolongados.
Para uma mid-major como GMU chegar ao torneio já é uma proeza. É inegável que todos teremos o sonho de repetir 2006: a magia do torneio, deste tipo de formato, é que quase tudo pode acontecer. No entanto, tendo em conta a história de mediocridade do programa até à chegada do Coach Larranaga, todos estes momentos são para saborear. Pelo menos para mim, que tenho poucas ilusões que quando ele se reformar ou finalmente resolver aceitar um convite de um programa maior regressaremos aos tempos de obscuridade. Há mid-majors que têm a ambição de crescer, vê actualmente o caso de Butler, e.g. mas para a GMU será sempre muito complicado: para lá da questão da dimensão, a própria identidade da escola, o ethos institucional, é pouco conducente a ser uma potência atlética quando se tem em conta como, hoje por hoje, as coisas acontecem na NCAA, num desporto como o basketball. Todo o corpus escolar, os estudantes-atletas e directores/professores/tutores da GMU sabem quais são as prioridades - e, frequentemente, essas são pouco compatíveis com o ambiente homo hominis lupus da NCAA. Mas enfim, não sei se será muito diferente de um adepto do Paços de Ferreira ou coisa que o valha que caso consiga a manutenção ou se qualifique para a UEFA não fica triste por não ter vencido o campeonato. De resto, não sei se o proverbial “homerism” será menor entre os fans da NCAA. Talvez, nunca pensei nisso.
Sim, ir ao torneio é muito melhor que ir ao NIT (há outros mais obscuros, o NAIA, o CIT, etc). O NIT é a prova de consolação para quem não recebe convite para o Torneio. Também depende um bocado dos programas, há alguns para quem ir ao NIT é motivo de festa - mais vale isso que a absoluta mediocridade, de permanecer nas trevas -, há outros para quem é tipo um castigo, uma humilhação pública. Já houve alguns que se recusaram a jogar, ou meteram só freshmen.
Acabei agora de ver Louisville a ir borda fora, um bocado expectável. O treinador de Morehead St teve-os no sítio, para decidir-se por aquela jogada, um pull-up da linha de 3 pontos. Enorme jogada defensiva do Kenneth Faried na última possessão, excelente close-out, perfeito a contestar o lançamento. Começo a ficar convencido que ele pode ser um 3 na NBA; não sei mesmo se um 4. Um jogador ao estilo de um LRMAM. Mas é um 1st rounder, há sempre lugar para quem ressalta e defende desta forma.
Tenho os jogos de Kentucky e Butler no DVR para ver, mas agora vou esperar que comece o BYU. Foi uma pena aquilo com o Brandon Davies, acho que com ele e o Fredette os Cougars tinham equipa para estarem na Final 4 nas calmas. Só mesmo uma uni como BYU para deitar pela janela uma boa chance de ganhar o torneio porque um miudo quebrou o codigo de honra e dormiu com a namorada.