Basquetebol

krespo, tinha agora falado do torneio no tópico da NBA! É a minha altura preferia do ano excepto quando o Sporting ganha o campeonato. Cá estarei! (confesso que me custa um bocado escrever sobre basket em portugues, nao sai natural, mas vou insistir).

And… GO PATRIOTS! (este ano há motivo adicional de interesse, já tinha saudades!):victory:

O confronto entre os Patriots e Villanova é um dos mais apetecidos da 1ª ronda.

Sim, espero um excelente jogo e muito equilibrio. Villanova vinha em quase implosão, mas tiveram tempo de sobra para recuperar a confiança e a saúde. Mas confesso estar ligeiramente optimista.

Excelentes matchups individuais: Wayns/Cornelius, Fisher/Long, Stokes/Hancock, Pena/Pearson, Yarou/Morrison. Acho que o Hancock e o Long podem defender os Coreys bem e isso e a transição é mais de três quartos da capacidade ofensiva dos Wildcats. Os Patriots têm-se dado bem com estas equipas que baseiam o ataque no perímetro. O Luke Hancock tem tido uns problemas no ombro, espero que já esteja bom na sexta. O banco de Nova é muito fraquinho, ainda mais que dos Patriots. É questão de proteger a tabela defensiva, defender a linha de 3 pontos e continuar a defender bem a penetração sem fazer faltas. Depois atacar com os dribble-drives sempre que o Yarou estiver a descansar. O meu maior medo é que acertem uns triplos cedo e depois preguicem o resto do jogo.

Houve um jogo no Puerto Rico Tip-Off o ano passado que Nova ganhou por um ponto (um triplo do Armwood), mas na altura tinham o Scottie Reynolds (que fez o passe nessa jogada, depois de ter sido “doubled”) e a meu ver tiveram a sorte do jogo. Espero um jogo igualmente equilibrado desta vez. Decidido nos detalhes.

Eu acho que se jogarmos com a OSU na segunda ronda não teremos grandes hipóteses, não temos resposta para o Sullinger na pintura e so uma grande noite no lançamento exterior nos salvará. Por isso este torneio para mim é ganhar a Villanova. Ganhem este jogo e já fico feliz por mais 4 ou 5 anos.

Estou a ver que conheces bem a NCAA. Eu só vejo os jogos mais importantes e agora vou procurar seguir com mais atenção esta fase. Destaquei a negrito a frase em que dizes que ficas feliz por mais 4/5 anos só com a vitória sobre Villanova. Podes corrigir-me se o meu parecer não é correcto mas a sensação com que fico é que isso é bem representativo do espírito dos adeptos destas equipas universiárias. Sabem os limites das suas equipas e ficam muito felizes com uma simples vitória no torneio. Pelo que sei a simples presença no torneio já é mais importante do que uma boa participação nestes torneios menores em que participam as outras equipas (acho que é o NIT)

Eh… isso depende das expectativas, do prestígio e da ambição do programa. Se for um fan de Kentucky, de Duke, UCLA, etc, certamente que terá outro grau de exigência e todos os anos em que não vençam o torneio fica desapontado. Ou uma presença na Final 4, como mínimo exigível. A não ser que estejam num rebuilding declarado, num ano-ponte, mas as fanbases desses programas têm pouca paciência para rebuildings muito prolongados.

Para uma mid-major como GMU chegar ao torneio já é uma proeza. É inegável que todos teremos o sonho de repetir 2006: a magia do torneio, deste tipo de formato, é que quase tudo pode acontecer. No entanto, tendo em conta a história de mediocridade do programa até à chegada do Coach Larranaga, todos estes momentos são para saborear. Pelo menos para mim, que tenho poucas ilusões que quando ele se reformar ou finalmente resolver aceitar um convite de um programa maior regressaremos aos tempos de obscuridade. Há mid-majors que têm a ambição de crescer, vê actualmente o caso de Butler, e.g. mas para a GMU será sempre muito complicado: para lá da questão da dimensão, a própria identidade da escola, o ethos institucional, é pouco conducente a ser uma potência atlética quando se tem em conta como, hoje por hoje, as coisas acontecem na NCAA, num desporto como o basketball. Todo o corpus escolar, os estudantes-atletas e directores/professores/tutores da GMU sabem quais são as prioridades - e, frequentemente, essas são pouco compatíveis com o ambiente homo hominis lupus da NCAA. Mas enfim, não sei se será muito diferente de um adepto do Paços de Ferreira ou coisa que o valha que caso consiga a manutenção ou se qualifique para a UEFA não fica triste por não ter vencido o campeonato. De resto, não sei se o proverbial “homerism” será menor entre os fans da NCAA. Talvez, nunca pensei nisso.

Sim, ir ao torneio é muito melhor que ir ao NIT (há outros mais obscuros, o NAIA, o CIT, etc). O NIT é a prova de consolação para quem não recebe convite para o Torneio. Também depende um bocado dos programas, há alguns para quem ir ao NIT é motivo de festa - mais vale isso que a absoluta mediocridade, de permanecer nas trevas -, há outros para quem é tipo um castigo, uma humilhação pública. Já houve alguns que se recusaram a jogar, ou meteram só freshmen.

Acabei agora de ver Louisville a ir borda fora, um bocado expectável. O treinador de Morehead St teve-os no sítio, para decidir-se por aquela jogada, um pull-up da linha de 3 pontos. Enorme jogada defensiva do Kenneth Faried na última possessão, excelente close-out, perfeito a contestar o lançamento. Começo a ficar convencido que ele pode ser um 3 na NBA; não sei mesmo se um 4. Um jogador ao estilo de um LRMAM. Mas é um 1st rounder, há sempre lugar para quem ressalta e defende desta forma.

Tenho os jogos de Kentucky e Butler no DVR para ver, mas agora vou esperar que comece o BYU. Foi uma pena aquilo com o Brandon Davies, acho que com ele e o Fredette os Cougars tinham equipa para estarem na Final 4 nas calmas. Só mesmo uma uni como BYU para deitar pela janela uma boa chance de ganhar o torneio porque um miudo quebrou o codigo de honra e dormiu com a namorada.

Quidditas,

Desculpa a pergunta, mas que fazes da vida?

Noto que estás super-bem informado no que toca a basket/NBA. Não te limitas a saber factos que poucos, ou mesmo ninguém, aqui sabe ou faz ideia…é estranho :inde:

Basket é um desporto que atrai muitos poucos em Portugal, NBA em si, ainda menos devido ás horas a que passa…tu percebes onde quero chegar.

De qualquer das maneiras, é um prazer ler os teus posts e aprender sobre este desporto que tanto gosto :great: [Tinha barbosa, krespo, Shism, Nakamoura, etc…e agora Quidditas] Apareces-te de onde? :lol:

Ahaha, trabalho na área da logística, faço consultadoria na gestão de camiões, armazens, racks, paletes, caixas, caixinhas e coisas assim - nada de particularmente entusiasmante, receio. :lol: Não estou ligado profissionalmente ao basket, se é isso que queres saber. Já estive em part-time, em funções comerciais, e já treinei umas equipas de miudos (e miudas) por hobby, joguei as minhas rec leagues até um joelho me rebentar. O basket sempre foi o meu desporto preferido (tradição cá de casa), também vivi e estudei nos EUA, é mais por isso. Mas sou apenas um fan, embora reconheça que um fan por vezes obcecado. Tenho imensa pena que a secção do Sporting continue adormecida, mas é o que é.

Ah, quanto aos horarios da NBA, LP International FTW!

Jogo agradável mas algo sonolento, o Fredette pareceu sempre mais preocupado em envolver os companheiros que em explodir. Gostei desta equipa de Wofford, tipicos overachievers. Parecem uma equipa treinada pelo Iba nos anos 50, houve ali possessões seguidas em que fizeram uns 10 passes sem ninguém por a bola no chão. Aquele Noah Dahlman é bom jogador, pode perfeitamente vir fazer uns trocos para a Europa durante uns anos se estiver para isso. Também gostei do #5 que esteve a defender o Jimmer, bom defensor. Esta equipa se tivesse a capacidade atlética média das equipas do torneio era das melhores do país.

A ausência do Davies transforma os Cougars numa equipa banal: de Jimmer dependentes passaram a ser uma equipa de um homem só.

Spartans vs Bruins agora, Ben Howland vs Tom Izzo, grande batalha defensiva. O grande jogo desta primeira noite. No papel Michigan deveria ganhar isto, talvez o Josh Smith + a defesa típica das equipas do Howland carreguem os Bruins para a vitória.

Vi o jogo entre UCLA e MSU até ao intervalo porque pensei que estaria decidido e pelos vistos os Spartans deram luta até ao final. Os Bruins pareceram sempre uma equipa mais consistente com várias opções para marcar pontos enquanto que MSU é Green, Summers e pouco mais.

Quidditas, em relação à expulsão de Davies da equipa de BYU, é algo que se costuma ver com alguma frequência quando um jogador quebra as regras de detrminado programa. Bem sei que o estado do Utah tem características muito próprias e principalmente essa universidade (BYU).
Se por um lado os jogadores têm conhecimento das regras no momento em que aceitam representar essa universidade e sabem que se as infringem são expulsos, como é que essa situação de ter regras tão contrárias à natureza humana é vista nos EUA?

Alguns pontos do código de honra de BYU:

  • abstiência de alcool, drogas, tabaco, café e chá
  • castidade e vituosidade (proibição de relações sexuais fora do casamento, material pornográfico e homossexualidade)
  • participação activa em serviços religiosos
  • código de vestuário bastante restrito como por exemplo saias e calções até ao joelho, proibição de roupa ajustada ao corpo de forma a revelar a sua forma.
  • proibição de uso de barba sem justificação apropriada (problemas de pele ou religião)

Parece que esta universidade quer continuar a ser mais conhecida pelo seu rigor ético do que pelo seu sucesso desportivo

Há realmente alguém que se candidate a uma faculdade dessas? :rotfl:

Perdi os últimos 8 segundos entre Villanova e George Mason porque falhou a luz e quando voltou já tinha acabado. A EDP está oficilamente amaldiçoada por mim.
Grande vitória da equipa do Quidditas por 61-57.

Duke venceu como esperado e Irving regressou com 14 pontos

Nota também para Arizona que venceu Memphis por 77-75. Bom jogo de Derrick Williams (22 pontos e 10 ressaltos)

Go Mason, grande vitória! Eu sabia que ia ser um nail-bitter, felizmente desta vez não acertaram o lançamento final. 8 segundos? Viste o fabuloso triplo do Luke Hancock? Depois houve uma charge que os idiotas dos árbitros não marcaram e de seguida ainda dá um último lançamento para o Stokes, um 10ft da baseline, que nem ao rim foi. Ganhamos o ressalto e ainda deu para o Morrison por um exclamation point. Foi um jogo de muitos nervos, mas Mason jogou excelente defesa, como de costume. Na 1ª parte os triplos dos bases de 'Nova estavam a cair mas estavam a ser bem defendidos. Como eu previa, parando os dois Coreys, 'Nova não tinha qualidade no ataque suficiente. Bom trabalho nas tabelas na 2ª parte. Irritante tanto FT falhado. Grande jogo do Johnny também, great guy.

Agora venham os Buckeyes. Não sei bem como vão defender o Sullinger. Vão ter de aprender a box-out até Domingo, hoje o Yarou fez uma festa na tabela ofensiva.

E pronto, pela segunda vez na história Mason ganha um jogo no Torneio. É sempre uma boa sensação.


Quanto ao Davies e a BYU:

  • Mudo, BYU é uma universidade ligada à LDS (vulgo mormons). Uns 95% do corpo estudantil são mormons. É uma excelente escola, o que não faltam é candidatos a ir para lá. Também têm sempre boas equipas, em football e em basket. O Danny Ainge é de lá, por exemplo. Também me lembro que havia uma altura que iam vários jogadores de lá para Portugal, para jogar pelo Porto.

  • Eu aplaudo a decisão deles de fazerem cumprir o Honor Code (e ele não foi expulso, apenas suspenso até ao final do ano). É particularmente admirável tendo em conta a temporada que estavam a fazer.

  • Não acho que as regras violem ou vão contra a natureza humana. A natureza humana é muito complexa e não passível de ser reduzida apenas a uma perspectiva de vida e do que são os valores a que devemos aspirar.

  • Não creio que eles queiram ser conhecidos pelo rigor ético. Apenas o consideram mais importante que o sucesso desportivo. E isso é um valor que eu definitivamente partilho com eles.

Hoje em dia são comuns as queixas sobre a falta de valores na sociedade e whatnot. Acho que é refrescante quando alguém, neste caso uma instituição, demonstra que ser fiel aos valores éticos é mais importante que sucessos de natureza efémera.

O Kalin Lucas jogou muito mal pelos Spartans. O Kyrie Irving não pareceu tão enferrujado como seria de esperar, mas há que ver quando jogar contra um adversário mais complicado.

Eu continuo com algumas dúvidas sobre que tipo de jogador o Derrick Williams pode ser na NBA, mas começo a ficar convencido. Faz-me lembrar um prime Shawn Marion. Ofensivamente, claro. Defensivamente, é que é mais complicado. Um bocado o tipico tweener que é demasiado pequeno para defender 4s e demasiado lento para defender 3s. Mas aquele shot-block dele hoje foi uma enorme jogada.

Pelos vistos o Bruce Pearl vai ser despedido dos Vols. Atroz, sair assim, com a equipa praticamente a desistir do jogo na segunda parte. Mas se calhar merecido. Justiça poética.

Os jogos desta noite são fraquitos. Georgia vs Washington e Illinois vs. UNLV parecem-me os mais interessantes. Também era giro que VCU batesse Georgetown, outra equipa da Colonial na segunda ronda.

[youtube=425,350]http://www.youtube.com/watch?v=XhYFh4k5wWk[/youtube] :victory:

Vi o triplo do Hancock e depois do lance da provável falta atacante fiquei sem electricidade em casa. Logo no momento decisivo. Desesperante.
Contra OSU não creio que tenham muitas hipóteses mas neste torneio tudo pode acontecer.
Há algum jogador de George Mason que tenha hipóteses de entrar no draft deste ano?

Em relação ao Derrick Williams, foi a primeira vez que o vi jogar este ano mas parece-me um jogador mais fixo no jogo interior do que o Marion. Tem mais características de PF do que SF embora não seja o primeiro que ao chegar à NBA acabe por jogar a SF.

Ainda em relação a BYU, já percebi que nos EUA existem várias universidades privadas com um código de honra muito rigoroso e só vai para lá quem quer, ninguém é obrigado e muitos ficam de fora.
Independentemente da bizarria de algumas regras (não estou a ver onde beber chá ou usar barba possa ser moralmente condenável) quando vão para lá já sabem que têm de as cumprir. No entanto, para as fazer cumprir certamente que a universidade terá um grande “exército secreto” para verificar se os seus alunos se estão a portar bem.
Dentro de campo têm-se portado muito bem, principalmente o Jimmer Fredette, o que é que achas que ele poderá ser na NBA. Mais um bom base ou alguém que poderá eventualmente liderar uma equipa?

Os seniors são todos automaticamente elegíveis para o draft, mas nenhum jogador de Mason vai ser draftado. Só se for o Luke Hancock daqui a um par de anos, mas é duvidoso que evolua tanto. O Cam Long talvez consiga um convite para uma Summer League ou um training camp, veremos.

Sim, eu também acho que o Derrick Williams é um PF. É a posição onde pode tirar partido de uma vantagem em termos de rapidez e ele gosta de jogar no poste, ataca bem a partir da pintura com a mobilidade superior que tem. E tem “toughness” para jogar ali. Mas o Marion também era assim, pre-Nash e pre-D’Antoni. Hoje em dia, não sei, um David West algo diferente, mais atlético. O Williams vai precisa de ir para uma equipa em que utilizem muitos pick’n’rolls, muito screening, para ser bem sucedido.

A única equipa que o Fredette liderará são os Cougars. A não ser que fracasse e acabe na Europa ou na D-League, mas também não vejo isso acontecer. Ele nunca mostrou a capacidade de passe, de ball-handling e de entendimento de jogo, de capacidade de tomar decisões, necessário para ser um PG titular na NBA. Talvez a tenha ou a desenvolva, o facto de ele não jogar a 1, de ser forçado a marcar tantos pontos torna um bocado difícil de avaliar se ele pode ser um PG na NBA. Mas é pouco crível. Acho que para ser um PG titular, tem de ser num sistema com um 2-guard front, tipo o triângulo, ou com um playmaking wing, tipo o Mo Williams em Cleveland com o LeBron. Ou o Bibby em Sacramento com o Webber. Uma situação em que se possa concentrar em marcar e seja apenas um ball-handler/playmaker secundário. Mas mesmo nesse caso não sei se ele poderá ser titular porque se ele já é um mau defesa a nível universitário será ainda pior na NBA. Eu acho que neste momento o melhor cenário para ele é ser um marcador a partir do banco. Uma situação em que possa disparar à vontade, um micro-ondas. Em que tenha de defender backups e ser defendido por eles. Mesmo nesse papel vai ter de melhorar muito a shot-selection.

Ontem fui ao jogo e depois ainda fiquei para o MVB; hoje para compensar fiquei a ver jogos desde o almoço. Vou fazer uma interrupção para depois ver Mason em directo. Depois logo comento, mas o final do Pittsburgh vs Butler foi espantoso. Este jogo entre Michigan e Duke também está a ser muito bom. Gosto do Darius Morris, acho que vai dar jogador.

Montes de equipas com jogadores projectados para sairem na lotaria e na 1ª ronda ainda sobrevivem. Bom torneio para quem gosta do draft, vão haver montes de matchups. Por falar nisso o Faried é mesmo uma nulidade ofensivamente. Assim que apanhou alguém com tamanho e um mínimo de talento, foi o que foi. A minha comparação com o LRMAM foi demasiado optimista mesmo ofensivamente. Não o estou a ver a sair na lotaria.

O final de jogo entre Pittsburgh e Butler demonstra o melhor e o pior que se pode ver no basquetebol universitário. Muita emotividade, mas como neste caso, a surgir à custa da estupidez mais gritante que se pode ver em jogadores que querem ser profissionais. Coisas como as que se viram nos últimos segundos só podem ser explicadas pelo ambiente de pressão a que estão submetidos.
Para quem não viu: Butler passou para a frente (70-69) a 2,2 seg. do final e inexplicavelmente Shelvin Mack que fez um grande jogo cometeu falta sobre o Brown quando ele estava pressionado no meio campo e com uma posição difícil para acertar no cesto. Brown só necessitava de meter os 2 lances livres mas falhou o 2º, Matt Howard ganhou o ressalto e, quando se achava que a falta do Mack tinha sido estúpida, o Nasir Robinson lembra-se de fazer uma falta evidente sobre o Howard com 0,8 para jogar como se ele fosse meter a bola dum lado ao outro do cesto e ainda por cima pressionado. Bastou-lhe converter um lance livre para dar a vitória aos Bulldogs. Inacreditável! O Nasir Robinson vai necessitar de uma boa dose de benzodiazepinas para conseguir adormecer nos próximos tempos. Esta fica para a história e eu diria que fica bem perto do famoso desconto de tempo pedido pelo Chris Webber.

OSU varreu de campo a equipa de George Mason por 98-66. Muita diferença de qualidade e de ritmo de jogo.

Mal acabei de escrever aquele post, li no twitter as notícias sobre o Hancock. Se já era uma tarefa difícil, tornou-se uma missão impossível. Com os lançadores deles numa boa noite, o blowout era inevitável. O Luke é demasiado importante nesta equipa, é o único facilitador, o floor-general. Enfim, não foi possível repetir 06 mas fica mais uma vitória no torneio. Os rapazes estão de parabéns por uma esplêndida época, espero que estejamos de volta no próximo ano. Ohio é uma equipa belíssima, quando estão sincronizados e o lançamento do perímetro está a cair são impossíveis de bater.

Duke é outra equipa que será fortíssima se conseguirem compatibilizar o Irving e o Nolan Smith. O Darius Morris acho que lhe fará bem mais um aninho na universidade. Melhorar os tempos do jogo, ainda joga sempre com a mesma velocidade, sempre a atacar da mesma forma, força as coisas demasiado. Tem que aprender a olhar para os cutters em vez de tentar o dribble-drive mesmo quando este não está lá. Se ele fizer isto + melhor o lançamento do perímetro + melhorar defensivamente (principalmente a lidar com screens) vai ser um projecto excepcional.

O Matthew Bryan-Amaning, PF de Washington, pode ser um jogador muito interessante para equipas europeias de topo. Faz lembrar o Pops Mensah-Bonsu. Atlético, muito bouncy, explosivo. Não corre de cesto a cesto tão bem como o Pops, mas parece-me que tem melhores mãos. Para a NBA, falta-lhe capacidade defensiva e ofensivamente é um jogador limitado a afundanços e alley-oops, idealmente no fastbreak. Mas interessante para uma equipa europeia já para a próxima época.

Lembro-me de ver o Dogus Balbay pela primeira vez num Europeu de sub-16 em Espanha (onde também vi o Rubio pela primeira vez), era um dos que tinha mais hype nesse torneio. É impressionante como evoluiu tão pouco, ainda não consegue lançar. Um faz tudo que não consegue fazer nada a um nível suficientemente alto. Destinado para a Europa e nem é jogador para a Euroleague. Os Longhorns têm imenso talento, mas é uma equipa desorganizada ofensivamente. Sem identidade. Sem grande inteligência. Só o talento do Jordan Hamilton os mantêm vivos.

VCU com 10 pontos de avanço ao intervalo. Que uma equipa da CAA siga em frente.

Duas equipas tão burras, tanto erro não forçado. Pelo menos os Wildcats têm a desculpa de serem muito novinhos.

krespo, ainda sobre o código de honra da BYU: os mormons acreditam que as pessoas devem manter um controlo absoluto sobre o seu próprio corpo excepto em caso de doença, por isso é proibida a ingestão de quaisquer substâncias psicoactivas e adictivas: álcool, tabaco, outras drogas e também a cafeína - por isso a restrição ao consumo de café. Quanto à barba, não é uma questão de dogma religioso (e nem é proibido, precisam é de obter uma autorização), mas mais de decoro na apresentação pública e disciplina, eles querem os miudos de cabelo curto e barba feita excepto se eles quiserem mesmo outro visual (por isso a necessidade de autorização). Eu não tenho problemas com isso. É como em West Point, também não se pode andar de barba crescida em West Point. E não era o Daniel Passarela que não queria gajos de cabelo comprido na selecção argentina? É a mesma coisa. Os mormons prezam muito a hierarquia e um certo sentido de prontidão militar, é por isso que são tão eficazes quando há catástrofes - como agora no caso do Japão. E eles só precisariam de um exercito fiscalizador caso as quebras ao código de honra fosse frequentes, mas segundo me disseram são extremamente raras (segundo uma amiga minha que é LDS e estudou na BYU).

Excelente side pick’n’roll para o and-1. É exactamente deste tipo de jogadas que o Williams vai precisar na NBA. Ele é excelente para a idade como roll man.

Texas merece perder por serem tão burros. Talvez tenha existido ali uma falta, mas não a mereciam.

Por falar em faltas no ultimo segundo, o final daquele jogo de Butler que o krespo descreveu:

[youtube=425,350]
Butler edges Pittsburgh, critical fouls & Brad Stevens locker room celebration[/youtube]

O Brad Stevens é muito bom treinador. À Mourinho. Mais cedo ou mais tarde vamos vê-lo na NBA.

:great: Obrigado pelo esclarecimento. O nosso mundo é de facto muito plural e não conheço bem as especificidades da comunidade mormon, mas pelo que tenho investigado ultimamente apesar de cultivarem esse rigor e essa exigência de forma a manter um padrão ético no qual acreditam têm o cuidado de educar para a igualdade e para a aceitação daqueles que optam por um estilo de vida diferente do deles de maneira a não acontecer o que por vezes se passa em comunidades que se fecham muito nos seus códigos, acabando por desenvolver preconceitos em relação aos outros que degeneram em atitudes doentias, desumanas e eivadas de ódio.

Olha, e acaba de acontecer mais um final de loucos. Arizona eliminou Texas (70-69) depois de estar a perder por 2 a 12 segundos do final e com posse de bola para Texas. Mais um erro infantil, Corey Joseph não repôs a bola em campo em tempo útil nem pediu desconto de tempo. Depois o Derrick Williams, que foi muito bem defendido durante o jogo, acabou por decidir numa jogada de 2+1.