Um Airbus A330-200, da Air France, desapareceu dos radares ao largo do Brasil às 07:00 (hora portuguesa), horas depois de deixar o Rio de Janeiro com destino a Paris - a chegada estava prevista para as 10:10 (hora portuguesa). Uma falha eléctrica poderá ter estado na origem do incidente.
Seis horas depois de deixar o Rio de Janeiro, o avião enviou uma mensagem reportando uma avaria no sistema eléctrico. O governo francês avança com a hipótese de o aparelho ter sido atingido por um raio. Nesta altura, a aeronave já não teria combustível para continuar a voar.
Trata-se da mais grave catástrofe para a companhia aérea Air France e uma das mais mortíferas nos últimos anos em todo o mundo.
Há coisa de 5 anos fui ao Brasil, na altura a Natal, fui e vim num vôo da Yes, a companhia que depois deu imensos problemas, naqueles aviõezinhos ja velhotes, os Lockheed Tristar…
E para lá, fiz uma viagem tranquilissima, sem absolutamente um pingo de turbulência…
Para cá, em plena madrugada, turbulência violentissima, com poços de ar, o avião a ter várias vezes de puxar pelo motor pa subir, e de repente a cair nos tais poços…
Segundo o que já li em foruns da aviação, algumas cadeias noticiosas estão a dizer que poderão ter sido encontrados alguns destroços em águas de Cabo Verde…no entanto, ainda não está confirmado.
Este acidente é muito estranho, o avião estava a passar por uma zona de tempestade e forte turbulência, e poderá ter sido atingido por um raio. Porém, é muito difícil que um só raio faça um avião cair, pois já vários aviões, até de menor tamanho, foram atingidos por um raio sem que qualquer coisa se pasasse (há videos no youtube). A própria turbulência, que suponho ser normal em zona equatoriais (onde há muitas tempestades), duvido que fosse razão para que o alerta enviado fosse referente a problemas eléctricos e penso que de pressurização, que foi enviado graças aos sistemas eléctricos do avião, pelo que os possíveis efeitos do “raio” não se fizeram sentir imediatamente.
Quanto ao facto de desaparecer do radar, é importante saber que sobre o oceano Atlântico não há controlo radar, e que este é mantido com os aviões apenas por rádio e sinais GPS, que por vezes falham e deixam aviões incontactáveis durante pequenos períodos de tempo. Obivamente este não é o caso, pois já passou demasiado tempo.
Só resta esperar…que tristeza pelas famílias e a angústia que devem sentir.
Ouvi à uns minutos atrás na rádio , que o governo do Senegal reportou às autoridades francesas ter encontrado destroços que podem ser do avião desaparecido da Air France, no seu território maritimo .
Na notícia que tava a ouvir eles tavam a citar uma outra notícia mas do site brasileiro O GLOBO .
Este acidente teve um efeito muito estranho na minha pessoa. A minha mãe trabalha na TAP como Chefe de Cabine e esteve no Natal, regressou ontem, e o voo dela vinha cerca de uma hora atrás do da Air France. Ante-ontem ela mandou-me uma mensagem a dizer que o voo ia sair com cerca de duas horas de atraso, porque vinha relativamente vazio, e a companhia decidiu juntar o voo do Natal com o de Fortaleza. O voo da Air France vinha com 216 passageiros e 12 tripulantes, o da minha mãe tinha 217 passageiros e 12 tripulantes, e ambos os aviões eram do mesmo modelo (A-330-300)…
Parece que afinal era um cidadão angolano.
Mais ou menos. Mesmo quando estão sobre terra os aviões identificam-se através dum aparelho chamado transponder. Este aparelho transmite toda a informação relevante acerca do voo, companhia, avião, altitude, velocidade e direcção. Um radar normal só receberia um eco do avião em questão, além de que, para chegar às distâncias necessárias, a potência necessária causaria falsos sinais.
Nesta altura do ano, o hemisfério sul está a entrar no inverno, que é quando eles têm as tempestades tropicais, que podem ser bastante complicadas. Não sei se se saberá exactamente o que aconteceu, mas pode ser que depois de atravessar a pior parte, o aparelho estivesse muito carregado de electricidade estática, e que um raio pudesse ter causado bastantes estragos. Lembrem-se que a aeronáutica está cada vez mais depende da electrónica, portanto não é de todo inconcebível que uma falha catastrófica dos sistemas tenha acontecido.
O que aconteceu foi que houve uma comunicação da tripulação relativamente à turbulência, depois houve um aviso automático de falha de sistemas, e depois nada. O transponder ter deixado de transmitir, e não haver mais comunicações radio sugere que no mínimo o aparelho perdeu todas as comunicações, e possivel muito mais, ou já teria aparecido ou sido encontrado algures.
Aposto em manutençao deficiente a provocar uma despressurizaçao no interior do aparelho…dificilmente relampagos estarao na origem do acidente, ate porque se tivesse havido algum curto circuito no aparalho as comunicaçoes bem como todo o sistema electrico ficaria anulado desde logo e ao que parece na ultima comunicaçao á torre relatavam se ja problemas dentro do aviao…um curto circuito nao daria tempo para isso…digo eu.
Uma despressurização não funcionaria desta maneira. A primeira coisa que a tripulação faria seria uma redução drástica de altitude, devido às baixissimas temperaturas a 35 mil pés e à escassez de oxigénio. Segundo o que se sabe, o sinal desapareceu sem dar indicação de mudanças de altitude, sendo mais provável uma falha eléctrica para isso ter acontecido. Além disso, dependendo da zona despressurizada, a tripulação teria tido tempo para informar os controladores em terra do que estava a suceder. Não foi o que aconteceu, tiveste uma comunicação um par de minutos antes, a falar da turbulência, depois o sinal automático de falha de sistemas, e depois nada. Pelo menos sem comunicações ficaram, e a falha do transponder logo a seguir aponta mais para uma falha ao nível electrónico do aparelho, que potencialmente também incluía os sistemas de navegação e controlo.
Não é de todo ridícula. No entanto, já passaram mais de 24 horas, pelo que o avião já se teria afundado, e qualquer pessoa que pudesse ter conseguido saltar para a água provavelmente já teria morrido por falta de nutrição e até mesmo por afogamento, pois apesar de ter colete o mar alto é muito agitado.
Além disso, uma amaragem em mar alto e em tempestade, é extremamente complicada, pois a força das ondas facilmente poderia danificar o avião. Ainda para mais sendo à noite, onde a noção do relevo oceânico é mínima.
Em resposta ao Alfie, tens razão no que toca ao transponder, e já houve casos em que este falhou (lembro de um avião na Ásia que esteve 4 horas incontactável e aterrou em segurança). No entanto, e corrige-me se estiver enganado, o transponder só serve para verificar a localização de um avião se estiver sobre controlo radar, e em zonas oceânicas o único controlo de posição existente é através de relatórios por rádio, aos chamados centros de controlo oceânico (como é o aeroporto de Santa Maria, nos Açores).
Há duas grandes diferenças entre este voo e o de NY, MRG, diferenças essas que tornam quase impossível uma amaragem com sucesso… A primeira e mais importante é o estado do mar. Amarar ao largo duma grande cidade, de dia, com a agua calma e sem ondulação, como foi em NY, é completamente diferente de o fazer em mar alto, principalmente perto duma tempestade tropical, e ainda para mais à noite, sem pontos de referência nenhuns…
Acrescenta a isso o facto do voo de NY ter descolado à poucos minutos, ou seja, ainda estava relativamente baixo, logo levar o aparelho para um local onde pudesse amarar era complicado, mas claramente acessível. O avião da Air France estava em altitude de cruzeiro, ou seja cerca de 35 mil pés. Quase a 11 quilómetros de altitude. Se ele teve uma falha nos sistemas, a possibilidade de conseguir planar o avião até ao nível do mar é praticamente impossível…
Quanto aos transponders, tens razão, em voos sobre zonas sem cobertura de radar, que acontecem devido à curvatura do planeta, os aviões mantêm contacto através de comunicações radio com o controle de voo da zona em que se encontram, que, na altura que o avião desapareceu, penso ainda ser Fernando Noronha no Brasil, ou então estavam praticamente a entrar na cobertura de São Tomé, e fazem-no através de satélite, a intervalos regulares, quando passam posições pré estabelecidas.
No entanto, lembra-te que os transponders respondem quando recebem o pedido de identificação, e isso não vem só de radares terrestres. Os próprios aviões recebem os squawks uns dos outros, e havia aeronaves em contacto radar com ele. Nas notícias penso que referiram já que foi pedido ao comandante do voo do Natal (o da minha mãe) se ele conseguía detectar ou contactar o Air France, e parece que um piloto da TAM viu uma explosão ao nível do mar, onde estão a encontrar destroços.
Não te preocupes com isto. Para além de ser o modo mais seguro de viajar que existe, as redundâncias e controlos de segurança são enormes. Infelizmente são muito mais mediáticas do que acidentes de comboio ou de automóvel, mas tendo em conta a quantidade de voos que há por dia, acidentes aéreos são extremamente raros. Só para teres uma ideia, JFK, um dos aeroportos de NY, tem um avião a descolar ou aterrar a cada 30 segundos, 24 horas por dia. E há mais 2 aeroportos em NY, um deles com um tráfego praticamente igual, e o outro não lhes fica muito atrás… E por incrivel que pareça, estes aeroportos estão bem abaixo na lista de aeroportos com mais tráfego. O topo da lista é o aeroporto de Atlanta, com praticamente um milhão de voos por ano (978824). Isto é equivalente a um avião a aterrar ou descolar a cada 15 segundos durante o ano todo.
De facto, os aviões recebem os squawks uns dos outros, que aparecem num sistema radar que os aviões têm chamado TCAS, que lhes permite controlar a posição do seu avião em relação ao tráfego em redor, evitando assim colisões. No entanto, apenas podem detectar os aviões se os transponders estiverem activados, não permitindo estimar uma localização precisa caso isso não aconteça (caso do Legacy no voo 1907 da GOL, há pouco tempo). Este também é um grande problema no espaço aéreo do continente africano, onde há vários aviões “pirata” que não têm (ou não utilizam) transponder nem mantêm contacto com os controladores, que são frequentemente incompetentes e com um inglês muito deficiente (se é que sabem), além de que utilizam sistemas muito antiquados (ás vezes nem radar têm), sobretudo na África subsariana. Não são novidade as histórias de aviões que várias vezes fizeram desvios inesperados devido a estes aviões e a erros de expressão dos controladores. Essa é uma das razões pela qual os voos Europa-África operam sempre durante a noite e efectuam o controlo aéreo entre eles, raramente utilizando os controladores em algumas áreas.
No entanto, este radar é bastante menos potente (um radar normal utilizado nos controlos de tráfego terá um raio de alcançe de cerca de 250 kms, o TCAS tem um raio de cerca de 45-50 kms, formando uma espécie de “cilindro” em redor da aeronave), pelo que apenas as aeronaves mais próximas poderiam ter detectado, e em caso de falha dos sistemas, o avião poderia ter continuado a voar, sem aparecer no TCAS das aeronaves, e sem contacto rádio (feito por satélite), não foi possível localizá-lo precisamente.
Segundo as notícias, o avião não respondeu à autorização para passar para o controlo oceânico de Dakar, emitida pelo controlo oceânico de Natal, ainda no Brazil. A zona de controlo oceânico a que te referes, não é de São Tomé, mas sim do Sal, em Cabo Verde, que seria contactada pelo avião quando se estivesse mais a norte
De resto, não é impossível fazer planar um avião de uma altitude elevada até à superfície. Relembro o incidente com um avião da Air Transat, na Terceira há uns anos, em que a falta de combustível provocou uma falha total nos sistemas electrónicos do avião, que era exactamente do mesmo modelo que este (salvo erro), em altitude de cruzeiro e o piloto conseguiu descer o avião até fazer uma aterragem de emergência na ilha.
[center]Destroços são do A 447 da Air France Ministro da Defesa brasileiro confirma suspeitas. Avião despenhou-se a 740 Km do arquipélago de Fernando de Noronha[/center]
(…) «Não há dúvida» de que os destroços localizados pela Força Aérea Brasileira a flutuarem no oceano Atlântico pertencem ao avião da Air France, que desapareceu na madrugada de domingo para segunda-feira, com 228 pessoas a bordo.
(…) A Aeronáutica do Brasil identificou esta manhã manchas de óleo e de sinais metálicos do aparelho que desapareceu no domingo durante o voo Rio de Janeiro - Paris. A Reuters avançava que a Força Aérea detectou ainda cadeiras de avião e uma bóia.
Os sinais metálicos e as manchas de óleo situam-se perto do arquipélago de São Paulo e de São Pedro. O local referenciado coincide com a zona indicada por um piloto da companhia TAM que diz ter visto sinais laranja, que poderiam ser fogo.
(…)
Eminem, não quererás dizer que os destroços são do A330.
In:RTP
Destroços encontrados no oceano são do [b]Airbus A330[/b]
Aviões brasileiros, franceses, um americano participam nas buscas. ECPAD
O Governo brasileiro confirmou que os destroços avistados na tarde de terça-feira a 650 quilómetros a nordeste de Fernando de Noronha pertencem ao A330 da Air France que desapareceu na noite de domingo.
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A confirmação, sem “qualquer dúvida”, foi dada, em conferência de imprensa, pelo ministro brasileiro da Defesa, Nelson Jobim.
Confirmado o desastre, permanece a dúvida sobre as verdadeiras causas do acidente com o avião da Air France. Só a recuperação da “caixa negra” permitirá aos peritos da aeronáutica chegarem, eventualmente, a uma conclusão.
A dúvida nas próximas horas residirá na exacta localização da carcaça do avião, tal como na profundidade a que se encontra. Outro problema está relacionado com o facto de a caixa negra emitir um sinal até aos 4 km de profundidade e durante um tempo médio de 30 horas, variando de acordo com os fabricantes.
É sabido que naquela zona do Oceano Atlântico a profundidade varia entre os 4 e os 6 quilómetros.
Destroços avistados às 05h00 (hora de Lisboa)O primeiro conjunto de destroços foi detectado por um avião Embraer R-99 da Força Aérea Brasileira (FAB) equipado com radar. Na ocasião já se admitia que poderiam pertencer ao voo 447 da transportadora Air France.
Os vestígios, adiantava em Brasília o coronel Jorge Amaral, subchefe de comunicação da FAB, incluíam uma cadeira, uma bóia alaranjada, querosene e óleo.
O porta-voz da Força Aérea sublinhava na ocasião que não estavam em condições de confirmar se os destroços pertenciam Airbus.
O responsável brasileiro afirmava que era “necessário que sejam retiradas das águas essas peças” e que uma delas apresentasse “um número de série”.
Navios mercantes dirigiram-se durante a tarde para o local para retirar do mar as peças encontradas.
As autoridades brasileiras confirmam agora que os destroços avistados pelo Embraer brasileiro pertencem de facto ao avião da Air France desaparecido.