Isso não sei Eddie, se for verdade ainda mais escandaloso é…
então não ligues, se calhar fui eu que criei essa ideia inconscientemente…
Tb nâo o acho grande pistola de jogador mas 1 fulano que é titular a maioria dos jogos logo na 1a época de estar no clube dificilmente se pode dizer que nâo foi um bom reforço.
Tb nâo o acho grande pistola de jogador mas 1 fulano que é titular a maioria dos jogos logo na 1a época de estar no clube dificilmente se pode dizer que nâo foi um bom reforço.
Uma mentira contada muitas vezes passa a ser verdade.
Ele até podia ter jogado todos os jogos a titular, o que me interessa é o seu rendimento que para mim foi mau, portanto nunca o posso considerar um reforço, quanto mais um bom reforço.
Por aí se vê as belas contratações que se fizeram em termos de avançados quando um gajo como o “Cabeça de ervilha” é titular.
E podes dar exemplo desses jogadores que foram queimados?
Acho que esse tipo de intervenções não vai no sentido de ajudar à discussão.
Ok, vou corrigir o post inicial com essa informação. Mas fico na dúvida relativamente a Edson, Tonel e Loureiro, porque podem ainda ter sido negociados pelo Carlos Freitas. Preciso de links a falar disto para confirmar o que sucedeu na realidade.
Louvo a iniciativa e o trabalho do Alemid sobre uma das figuras mais controversas e misteriosas do Sporting dos últimos anos.
Espero que se lembrem daqui para a frente quando quiserem falar sobre Carlos Freitas, este é o tópico indicado.
Atitude correcta para chegar a algum conclusão, sem dúvida…sei que és um dos maiores opositores a Cácá no Sporting, mas ao menos podias contribuir de alguma forma positiva, nomeadamente fazendo a tua análise.
Rogério: titularissimo enquanto cá esteve, na equipa que nos fez sonhar a todos com uma Taça UEFA. Certos ódios são dificeis de entender!
Tinga: jogador de muita qualidade, tanto assim que depois foi vendido novamente pelos braseilros a uns alemães, por uma fortuna, e penso que até foi novamente convocado à selecção. Outro jogador muito odiado, não percebi muito bem porquê. Mas também o Nani foi assobiado, portanto… :o Foi barato e jogou, cumpriu quando foi chamado. Não foi “muito negativo”.
Alecsandro: de todos os odiados, este foi sempre o que menos percebi. Mesmo tendo que alternar a titularidade com Yannick, ainda assim jogou 25 jogos, incompletos, nos quais marcou 8 golos, uma média próxima de 1 golo cada 3 jogos, e se levarmos em conta só os minutos jogados, deve estar próximo da média “mágica” de 1 golo cada 2 jogos. Não corria, não era um portento técnico? É pá, um avançado é medido de muitas formas, mas a mais importante são mesmo os golos.
Danny: considerado um jogador com muito talento, nunca conseguiu impor-se no Sporting. Este realmente é discutível. Mas não é um caso típico de caruncho, e assim o tem mostrado no cemitério de jogadores que é o Dinamo de Moscovo. Acho que ainda foi vendido por um bom valor, mas não tenho esse dado.
Ena, outra contribuição excelente para o tópico! >:D
Um dos objectivos é precisamente clarificar a questão sempre presente de quando é que CF começou a “mexer” nas contratações e quando não o fez. Vou fazer as correcções ao post inicial com alguns dos inputs já recebidos.
Alemid, retirei isto de um blog que por sua vez tinha tirado o texto do jornal O Jogo.
Cinco anos em revista1999/2000
Luís Duque presidia à SAD “leonina” quando Carlos Freitas foi contratado, em Novembro de 1999, como consultor, iniciando assim uma nova fase da sua carreira na “indústria” do futebol, depois de ter sido jornalista e empresário.
André Cruz
Mbo Mpenza
César Prates
Spehar
Logo na época de estreia em Alvalade, Carlos Freitas garantiu, no mercado de Inverno, a contratação de quatro reforços, três deles fundamentais - André Cruz, Mpenza e César Prates - no caminho para o título que poria fim a jejum de 18 anos.2000/2001
Tello
Rodrigo Fabri
João Pinto
Paulo Bento
Dimas
Alan Mahon
Phil Babb
Horvath
Kirovsky
Bruno Caires
Foram muitas as contratações levadas a cabo por Carlos Freitas e Luís Duque na época pós-título. João Pinto e Paulo Bento, a custo zero, são os nomes referência de uma época que fica longe do esperado. É também a temporada em que Luís Duque deixa a SAD, dando lugar a Miguel Ribeiro Telles e a José Eduardo Bettencourt. Carlos Freitas assumiu a gestão de activos do futebol do Sporting.2001/2002
Jardel
Hugo
Diogo
Rui Bento
Niculae
Luís Filipe
Sá Pinto
Nalitzis
Decisivo na contratação de Jardel, Carlos Freitas conseguiu um negócio “do outro mundo”: além de contratar o reforço decisivo para o segundo título em três épocas, promoveu também um corte salarial significativo, com as saídas de Mpenza, Horvath e Spehar, para o Galatasaray, em troca do brasileiro. Antes, já tinha contratado Laszlo Boloni como técnico principal.2002/2003
Contreras
Danny
Kutuzov
Marcos Paulo
João Paulo
As esperanças eram grandes, mas acabou por ser uma época para esquecer. As contratações não vingaram e surgiu um problema chamado… Jardel. O terceiro lugar conquistado por Laszlo Boloni não agradou e o técnico saiu no final, tal como Super-Mário.2003/2004
Miguel Ribeiro Telles deixou no início da nova época a SAD, ficando na orientação do futebol José Eduardo Bettencourt e Carlos Freitas, que voltou a ver os seus poderes reforçados. Fernando Santos foi o técnico contratado, a par de jogadores como Rochemback, Liedson e Polga.
Rochemback
Mário Sérgio
Ricardo
Liedson
Polga
Tinga2004/2005
No início da época que agora termina, foi a vez de se verificar a saída de José Eduardo Bettencourt. Paulo de Andrade foi chamado para administrador-executivo da SAD, permanecendo… Carlos Freitas. O até então gestor de activos passou a director-geral do futebol profissional, assumindo as responsabilidades da construção do novo plantel. As contratações de José Peseiro e Pinilla e o regresso de Viana foram algumas das medidas tomadas.
Hugo Viana
Douala
Enakarhire
Rogério
Pinilla
Mota
http://oqueelesqueremseieu.blogspot.com/2005/05/credenciais.html
E ainda…
Carlos Freitas, o director desportivoCarlos Freitas está de regresso ao Sporting, mas com funções diferentes daquelas que exercia na temporada passada, antes de sair no final da época em divergência com Paulo Andrade. O ex-jornalista e empresário vai ser o novo director desportivo dos leões. E, como explicou Filipe Soares Franco, “o treinador Paulo Bento não reporta ao director desportivo. O director desportivo é muito mais um conselheiro. Faz o trabalho de casa, pesquisa novos valores para a política de recrutamento, dá conselhos ao treinador e ao Conselho de Administração”.
Carlos Freitas entrou em Alvalade pela mão de Luís Duque, em 1999, como assessor do então presidente da SAD leonina. Freitas contratou André Cruz, César Prates e Mpenza na reabertura do mercado de transferências, contratações determinantes na conquista de um título que quebrou um longo jejum de 18 anos do Sporting.
Foi depois promovido a gestor de activos - com responsabilidades na construção do plantel que conquistou o título em 2001/2002 -, sendo nomeado director-geral da SAD, após a saída de Bettencourt (2004). Saíu depois em discordância com Paulo Andrade, o director-geral da SAD até ao início da semana. Freitas regressa, agora ao futebol leonino, com um grau de intervenção menos abrangente do que o anterior, mas igualmente importante na gestão de activos do clube e estudo de mercado.
O presidente da SAD revelou ainda o regresso de Rita Figueira, “como colaboradora do departamento jurídico”.
A restruturação da SAD leonina não tem tido repercussões ao nível da Bolsa, com as acções do Sporting a sofrerem uma quebra de 1.8 %. Desde o início do ano valorizaram 5.43%.
http://dn.sapo.pt/2005/10/22/desporto/carlos_freitas_o_director_desportivo.html
Afinal estás no barco ou estás fora do barco? Comentas ou náo comentas?
Realmente uma mentira dita muitas vezes torna-se em verdade. E a mentira é que o Douala é mau jogador. Foi titular na maior parte dos jogos, não foi vendido por uma boa maquia por uma teimosia ainda por explicar. Fartou-se de jogar bem e marcar golos decisivos na época em que fomos à final da UEFA, época essa em que tinhamos um futebol ofensivo de sonho, quem é que implementou esse futebol ofensivo? Cá para mim foram os avançados e médios, entre os quais o célebre Douala.
Curioso, e agora esta frase é para os “anti-Cácá”: abre-se uma discussão sobre o cácá, que se pretende séria, em que se esgrimam argumentos, jogadores, contratações. Resposta dos que são “anti-cácá”: “ah, não concordo com esta avaliação, assim não brinco”, mas não se escusam de mandar as suas bocas, foleiras na minha opinião.
Não tenho um grande amor por cácá, acho que se estivesse lá EU faria um trabalho melhor, mas o que se pretende avaliar é se ele foi bom ou foi mau. A minha conclusão até aqui é que foi…médio…mas “crime” dizem vocês. É pá, tenham lá mais um bocado de mente aberta e participem na discussão com argumentos, não com pedras. Quando comecei a análise disse logo “eu acho que foi ligeiramente positivo”, mas ainda não tinha os dados, peguei nos dados, analisei e tirei as minhas conclusões; não pretendo enfiar as MINHAS conclusões à força na cabeça de ninguém, cada um tire as suas, sei que o tópico não vai fazer ninguém mudar de opinião, mas pelo menos quando disserem “ah e tal Alecsandro, Bueno, Koke”, também pode haver alguém que venha e diga “ah e tal Liedson, Polga, Abel, Tonel, Caneira, Hugo Viana, Rochemback, Romagnoli”. Há 13 claramente bons e muito bons, ok, se quiserem desçam para 8 ou para 10, e há 15 muito maus, ok se quiserem desçam para 12, mas a conclusão óbvia só pode ser que o gajo não é o demónio que se está a querer passar de 5 em 5 minutos.
Já tinha lido esse blog mas não me pareceu credivel. Quando o Freitas entrou, não mandava nada, era apenas um assessor contratado para dar um bónus ao D’Onofrio pelas compras dos 3 craques que nos deram o título em 1999/2000. Só 2 anos depois é que ele subiu o suficiente para começar a ser responsável pelas aquisições. Até pode ter ajudado o Luis Duque, apontando alguns jogadores, mas isso não é “ter responsabilidade”. Anyway, caso isso seja verdade, a balança fica mais a favor dele.
O Douala foi um dos jogadores mais injustiçados em Alvalade nos últimos anos.
Em primeiro lugar, era o jogador mais rápido da Superliga. Só de si, essa qualidade é suficiente para que seja respeitado por qualquer defesa.
Depois, jogou quase sempre (senão sempre) fora da sua posição. Ele é extremo e no Sporting nunca jogou a extremo. Mesmo assim, conseguiu um número razoável de golos e assistências.
Finalmente, teve prestações muito boas na edição da Taça UEFA em que o Sporting atingiu a final. Lembro-me de ter sido o melhor em campo em vários jogos.
Dirão alguns que o Douala era, por vezes, inconsequente, desperdiçando grandes correrias com maus remates e cruzamentos. É verdade… mas comparar a sua potencial capacidade de desequilibrar (a favor do Sporting) com a de Pinilla, Koke, Mota, Bueno, Alecsandro, Nalitzis, Silva e mesmo Deivid… nem faz sentido! E estes são avançados centro, ao contrário do Douala.
Ah, e antes que me esqueça, o Sporting teve uma oferta de 6 milhões por ele, que foi recusada precisamente porque Douala era visto como um jogador valioso. Depois, chegou o PB, que decididamente não quer extremos na equipa, daí o Douala ter sido emprestado (o Peseiro também não jogava com extremos, mas a sua aversão a estes não era total).
Bom trabalho, alemid.
Concordo com a avaliação ao desempenho da maioria dos jogadores (Douala foi, efectivamente, dos jogadores mais regulares na primeira época que esteve ao serviço do Sporting), sendo da opinião que este apanhado ajuda a desmistificar a ideia de que apenas chegou entulho com o Carlos Freitas no Sporting.
Outro ponto positivo no trabalho de Freitas e que não pode ser esquecido é a aposta em Paulo Bento.
Sério candidato ao próximo prémio Susceptibilidade!
Vou passando por cá para ver se já se chegou a um consenso alargado sobre a lista presente no tópico inicial, e a partir daí tentarei dar a minha opinião, da forma que sei, que poderá não ser a que desejas.
Nem me vou dar ao trabalho de ler as 3 páginas pois serão, certamente, mais do mesmo.
A verdade é que nunca haverá ninguém satisfeito na plenitude. A verdade é que um gestor que chegue a um clube que tem de ser campeão e lhe digam “faz o mesmo que os outros mas sem dinheiro para pagar e 1/10 para dar em ordenados” iria dizer logo que não seria capaz. Mesmo assim, CF tem conseguido trazer jogadores (e treinadores) que têm dado títulos e feito a equipa andar nos primeiros lugares da época.
Claro que há barretes, claro que muitos não saem vedetas mas… a maioria são emprestados ou custo zero. Se fossem vedetas mundiais certamente não viriam nessas condições. Posto isto, todas as críticas ao seu trabalho têm de ser consideradas ridículas.
Com 20M para gastar dá para ir buscar 3 ou 4 jogadores de maior qualidade. Com 5M, precisando de 10 jogadores novos, fica muito mais complicado. Tenham isso em consciência. E, infelizmente, não há um Lidl de jogadores de futebol.
Bom trabalho alemid.
Existe um factor que deves, no entanto, ter em conta e que é: o Custo Zero.
O que é isso do custo zero? O JVP entrou no Sporting a custo zero… e no entanto segundo se faz por aí ouvir, entraram na sua conta pessoal uns belos milhares de contos. Ou seja, essa história do custo zero é uma senhora aldrabice que serve para encobrir custos de prémios para jogador, comissões para este e aquele que estavam relacionados com o negócio.
A principal crítica que faço ao Cacá é sobretudo essa: a de efectuar imensos negócios de “custo zero” que para mim mais não são uma forma de encobrir ganhos à conta do Sporting. E se existem negócios que acabam por resultar bem a nível desportivo para o Sporting, negócios como o Labarthé ou assim (que vêem a “custo zero” - yeah right! ::)) são no mínimo duvidosos. Porque uma coisa é ser medianamente competente… outra coisa é ser medianamente competente E usar o Sporting para ganhos extra pouco transparentes.
A análise fica prejudicada por factores de vária ordem:
- Erros factuais: CF veio no mesmo pacote que Mpenza, Cruz e Prates, negociados por Duque com Luciano D’Onofrio, que aproveitou para arranjar tacho ao afilhado. CF assumiu um cargo enquanto consultor de mercado, e a primeira contratação em que teve influência foi a de Spehar, que chegou, já lesionado, em Dezembro de 1999.
A partir daí CF teve sempre, até à sua saída em Maio de 2005, maior ou menor preponderância na política de recrutamento do Sporting.
Como tal, não vejo porque não devam ser-lhe creditadas as aquisições feitas em 2000 e 2001 (aqui à excepção de Jardel, cujo compra de ocasião foi proposta pelo Veigarista directamente a MRT e negociada por este sem a intervenção de CF, que nem se sentou à mesa com o Galatasaray).
Das compras feitas em 2005, apenas acho razoável imputar a CF a de Manoel, que chegou no dia seguinte à sua saída, e certamente precedido de referência por parte do “departamento” (sejamos benévolos) de prospecção. Edson, Loureiro, Tonel, Deivid e o duo dinâmico de Braga foram responsabilidade conjunta de Peseiro, Andrade e Meireles.
- Delimitação do objecto da avaliação: Quando se procura avaliar o trabalho de CF, observa-se normalmente o seu conhecimento e capacidade de prospecção de mercado. Ou seja, se bem percebo, a sua competência para descobrir bons jogadores onde outros não seriam capazes de o fazer.
Dito isto, pergunto: qual é o mérito “prospectivo” da “descoberta” de internacionais portugueses (JVP, Sá Pinto, Paulo Bento, Hugo Viana, Caneira), jogadores de colossos mundiais (Fabri, Rochemback) ou campeões do mundo (Polga)? Nenhum, digo eu; quanto muito haverá o golpe de asa para arriscar (a que preço?) e a capacidade para negociar (não é sério negá-la a CF).
- Avaliação jogador-a-jogador: É em muitos casos complicada. A subjectividade da classificação é grande e os critérios não são exactamente claros.
Há também a tendência para mitigar algumas avaliações negativas, a pretexto de que não custaram muito dinheiro. Tome-se como exemplo o Mota, metido no saco dos que “não foram caros” e que a meu ver é paradigmático do erro desta análise.
Tudo bem que Mota não custou praticamente nada em termos estritamente financeiros. Mas quanto poderá ter custado, desportivamente, o falhanço dessa contratação, feita em Janeiro para colmatar uma evidente lacuna de um plantel que nessa altura discutia tudo?
O que poderia ter sido diferente nessa época 2004/05, se em vez do Mota tivesse chegado um jogador que aportasse a mais-valia de que a equipa precisava? Não custa imaginar que muito, nesta como noutras contratações-chave, que visam resolver problemas imediatos do plantel. E no entanto, como foi baratinho, o Mota aparece discretamente classificado como falhanço moderado - quando na verdade a sua contratação foi fiasco de consequências inquantificáveis.
Pode também atentar-se no caso de Kutuzov, que foi contratado em plena crise-Jardel e precisava de ser reforço a sério, ou no de todas as aquisições da época passada (o que poderíamos ter feito se tivéssemos tido um só reforçozinho digno desse nome?).
Posto isto, volto ao que sempre tem sido a minha opinião sobre o trabalho do sujeito. Em matéria de prospecção propriamente dita, Freitas não vale mais que a generalidade do adepto de futebol. Não há notícia de ele ir ao estrangeiro ver um jogo ou observar um jogador. O procedimento parece ser apenas o de trabalhar sobre a carteira dos empresários, em vez de ser proactivo na busca de valores.
A desculpa da falta de dinheiro não vai longe: se contrata mal quando não tem dinheiro, e bem quando tem, limita-se a fazer, sem nenhum mérito especial, o qualquer consumidor faz. Não percebo que louvor especial merecerá por isto, como não percebo o esquecimento do que fez quando em Alvalade o dinheiro parecia crescer nas árvores (lembrem-se de Tello ou Luis Filipe).
Por outro lado, utilizar esta época como exemplo não será a melhor ideia, porque bem vistas as coisas o essencial da política de aquisições manteve-se inalterado, ou seja, continuou o foco sobre os reforços emprestados ou sem custos. Os jogadores parecem melhores, sim, mas, salvo uma ou outra excepção, não veio ninguém que não pudesse, por razões financeiras, ter sido contratado noutro ano qualquer.
Tem sido, nesta matéria, um elemento com produção abaixo do exigível (não me venham com os falhanços do Porco e do beifica, com o mal dos outros posso eu bem), e para mim ficará por explicar aquilo que, valha a verdade não tem explicação: um miúdo que chegue a Alcochete a troco de uns milhares de euros, foi observado pelo olheiro local, a objecto de relatório, observado pelo enviado do Sporting, e objecto de relatório, observado pelos técnicos na Academia, e objecto de relatório. No final, por muito bom que seja, a sua contratação só será recomendada caso seja muito melhor que os jogadores que já lá estão. Remeto para o documentário sobre o Cristiano Ronaldo, um jogador de talento transbordante cuja contratação a troco do perdão de uma dívida de 4 mil contos careceu de uma recomendação especialíssima por parte de Aurélio Pereira.
Já o jogador contratado por milhões de euros para a principal equipa do Sporting, com a missão de reforçar o potencial desportivo (e de criação de receita) do plantel, é escolhido pelo Carlos Freitas, numa reunião num hotel, a horas tardias da noite, de entre o cardápio que um empresário lhe apresenta.
Para além da demência desportiva e económica que esta política comporta, os resultados comparativos falam por si.
Mais concordo inteiramente com a questão sobre os jovens da Academia tapados pelo entulho de Freitas, e acho falacioso o argumento de que nenhum se fez jogador fora do Sporting. Penso que todos já vimos o suficiente para perceber que a distância entre uma carreira internacional e a II Divisão B pode ser muito pequena, e que às vezes apenas uma oportunidade no momento certo pode fazer a diferença. Ainda ontem assisti, abismado, a uma reportagem da SIC sobre os campeões do mundo de 91. Para alguns (e não necessariamente menos talentosos), a falta de uma oportunidade, o empréstimo ao clube errado ou o encontro com um empresário sem escrúpulos significou toda a diferença.
Por outro lado, não lhe nego a faceta de negociante, de que o negócio-Caneira é o melhor exemplo.
e…Dias da Cunha!
Bom post, esclareces-te algumas coisas e esse caso Mota, realmente é verdade!
A parte negrito … também vi essa reportagem e fiquei :o como é possível o que lhes aconteceu, tiveram mesmo muito azar e rodearam-se de gente que não interessa a ninguem, fiquei mesmo lixado por eles, deve ser tao frustante, olhar para a tv e ver 1 Joao Pinto, um Jorge Costa, pa não falar no Figo e eles lembrarem-se que estavão ali e que destinos tao diferentes!