Eu quero lá saber se era ou não o braço direito ou esquerdo do Roquette, o meu objectivo não é o de avaliar essa relação.
Mas já que dizes que não é verdade que a gestão seja equilibrada, então suponho que tenhas uns números diferentes para nos mostrar… fico à espera, portanto. :arrow:
Muitos parabéns, Paracelsus, por esta clara apresentação das contas da SAD. Seria útil, se não fosse pedir muito, decompor a estrutura de receitas (quotizações, gameboxs,patrocinios,champions, televisão, bilhetes . . .) e despesas (salários jogadores, equipa técnica, cargos directivos, contratações . . .). Provavelmente esta informação não está disponível.
Eu não sei de o FSF ou o DdC cometeram algum tipo de gestão danosa. A desejada auditoria poderia vir a esclarecer muita coisa.
Mas devemos ter algum cuidado em analisar, com os dados de hoje, actos de gestão de anos anteriores. O DdC, na minha opinião, fez um grande trabalho, quer na melhoria das contas da SAD, quer na luta pela credibilização do futebol.
Hoje é fácil criticar a venda de jogadores há 4 ou 5 anos, jogadores que à data tinham 18 anos e que ninguém podia garantir que eram valores seguros. E o dinheiro fazia falta nessa altura! Quando o dinheiro faz falta não se podem fazer os melhores negócios.
E se calhar foi à conta dos jogadores que saíram que a Academia ganhou grande prestígio, que nos permite hoje vender jogadores com menos potencial, por valores superiores.
Sem querer afirmar se FSF é bom gestor ou não, em determinados aspectos não há dúvida que ele está a colher frutos semeados por DdC. Por outro lado, se FSF , com a mesma gestão que tem tido, tivesse tido o azar de ficar em 3º ou 4º, gostava de ver quem é que o elogiaria hoje.
Obrigado bigfoot. Já agora, creio que a tua análise é bastante correcta.
Quanto ao pedido, vai demorar algum tempo (e não é seguro que existam todos os dados que pedes), mas prometo voltar ao tópico mais tarde. 
Paracelsus, parabéns pela exposição da informação de forma clara e correcta. :great:
Isso no fundo vem de encontro àquilo que sabemos, que a SAD do Sporting encontra-se financeiramente estável mas que o grande problema está no Universo Sporting. E era para este Universo Sporting que eu gostaria de ver soluções para minimizar o problema financeiro.
É por isso que é importante conhecer essa realidade logo que haja oportunidade. :great:
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Uma vez que o bigfoot pediu a descrição mais detalhada das Receitas e Despesas, então cá vai.
Primeiro que tudo, não se assustem ao verem os gráficos. Se repararem bem, são exactamente iguais a este que está abaixo, só que as Receitas estão decompostas nas suas parcelas e as Despesas a mesma coisa. Para facilitar, não fiz como neste gráfico das Receitas/Despesas e separei-os em 2.
Então, vamos ao gráfico das Receitas. Porque é que este gráfico é tão comprido? É simplesmente para que seja mais simples ver as diferentes parcelas, caso contrário, só mesmo à lupa ;D. Os dados falam por si, não é muito difícil percebê-los.
Agora o gráfico das Despesas. A interpretação é semelhante ao gráfico anterior. Algumas das parcelas são mais difíceis de entender (como Serviços Externos e Amortizações), mas se quiserem eu explico depois.
NOTA (em particular para o bigfoot): Os dados de salários por jogadores / directores entre outros que mencionaste estão dispersos pelos vários R&Cs, pelo que não é simples tentar apanhá-los a todos. Além disso, a disponibilidade dessa informação varia consoante o R&C. Portanto, nestes gráficos tentei usar os parâmteros comuns contabilizáveis a todos os R&Cs. Mas posso tentar esclarecer algum parâmetro que pretendam que seja analisado e que não esteja bem detalhado nestes gráficos.
Tenho uma dúvida, os valores dos passivos não estão errados?
É por isso que dei o meu contributo com a assinatura para a AG extraordinária. :great:
E por falar em extraordinária… Grande apresentação a tua agora, com esses gráficos! 
Sim. Para fazermos contas sérias de previsao do balanco financeiro para os anos seguintes porque é disso que se trata, nao podemos levar em linha de conta as receitas do ano Peseiro em que chegámos à final da taça UEFA. Entre premios e bilheteira, e TVs foram qto 10M€? Num ano anterior 15M€ do Ronaldo. Pergunto eu se vender o melhor do mundo, ou chegar a uma final europeia se serao receitas que poderemos considerar normais para fazer balancos financeiros? Por isso os teus nºs sao demagogicos e nunca convenceriam ninguem.
E se o nosso cerebro nao chegasse para tirar conclusoes tao simples, podes sempre explicar porque é que tendo o Peseiro feito o Sporting ganhar imensas receitas extraordinarias, e se a gestao estava tao “equilibrada” porque é que o Rochemback foi vendido ao desbarato, o Deivid vendido qdo estava a fazer uma boa pre-epoca, o Liedson negociado com o Estugarda so n saiu pq o Estugarda desistiu, o Enarkarire vendido por 5M€, reforços que nao apareceram, isto nos ultimos 2 meses do mandato de Dias da Cunha. Isto tdo foi pq a gestao estava equilibrada? Dont think so
É um excelente assunto e tópico para continuar a ser discutido no Camarote dos Membros
O Futebol corrupto do Porco fez a sad à Roquette e geriu como um bordel
Os lampiursos não sabem gerir é só choradeira
Caro Administrador, não me parece correcto e proveitoso para o SPORTING, discutir a partir de um certo nível, algo que estamos a fazer bem, à vista de in_fil_trados :o
amigo paracelsus, agradeço-te desde já a paciência que estás a ter na pesquisa e exposição aqui no forum dos números do r&c. acho um assunto deveras importante para ser discutido e como tal, para leigos como eu, é bom ter alguma informação de fácil leitura.
mas não percebo um ponto. então no gráfico das receitas não vem contemplado os números de merchandising e serviços prestados pelo clube? a meu ver esse seria um ponto importante nas contas do clube, já que deveria ser uma parte importante dos proveitos de qualquer clube.
a ideia com que fico é que estas receitas estão contempladas na parte referente ás “receitas outros”. é isso? se assim for, e tendo em conta que está diluído em outras fontes de receitas, diria que é manifestamente insuficiente… ou então estes proveitos entram para as contas do Sporting clube…
outra questão que não entendo é o que fazem aqui os números das receitas de quotas. é que segundo me recordo, o presidente esclareceu há uns tempos que o dinheiro das quotas fazia parte das contas do Sporting clube e não da sad. na altura foi falado aqui no forum sobre essa questão (julgo que foi levantada a discussão pelo fll ou pelo mauras, não me recordo…)
a título de curiosidade, reparei que as despesas com os juros não são elevados como se fez querer passar cá para fora. as amortizações sim, mas uma conjuntura deste tipo até me parece bem positivo, acho eu…
por fim e pegando na discussão com o jcc gold, de facto até tem uma certa razão quando afirma que se venderam jogadores ao desbarato no tempo do dias da cunha, mas há aqui algumas considerações a ter em conta. em primeiro lugar a situação financeira aparentemente era muito instável, logo precisávamos de receitas extraordinárias urgentemente. segundo, a forma como o Sporting era visto internacionalmente não era ainda aquela a forma como o clube é visto hoje. o Sporting estava apenas a iniciar a sua vocação de clube formador por excelência e ainda não era visto lá fora como um clube onde se encontram potenciais bons jogadores. estava a começar mas ainda não tinha essa posição consolidada (cristiano ronaldo foi o grande empurrão). por fim. foi precisamente através dessas vendas que permitiu ao clube consolidar as suas contas e ter um saldo bem mais simpático hoje em dia, e uma consolidação deste tipo não demora meses, mas sim anos. no caso do Sporting até acho que foi conseguído de uma forma bem rápida.
uma questão que me preocupa é precisamente as contas do Sporting clube, já que as da sad parecem mais ou menos estáveis. haverá a hipótese de manobras financeiras para dar a ideia de que está tudo controlado? espero que não. essa ag começa a ser cada vez mais urgente. não é bom para ninguém, especialmente para o próprio clube que se continue com estas dúvidas. o próprio fsf, se não tem nada a esconder, deveria ser o mais interessado em esclarecer este ponto, acho eu…
para o paracelsus (sei que deve ter mais que fazer senão aturar um leigo ) ou outros que tenham mais visão do que eu para estas coisas das contabilidades e matemáticas, comentem se quiserem, se não quiserem não comentem :mrgreen:
Não sei o que entendes por ‘errados’… contabilizei o Passivo como o somatório das rubricas “Dívidas a terceiros de curto prazo” + “Dívidas a terceiros de médio e longo prazo” + “Acréscimos e Diferimentos”.
Agora segue-se uma explicacão algo complexa que podem passar à frente até ao próximo quote, caso não tenham muita paciência. ;D
Existe um pequnino problema (não sei se é isso que te estás a referir) que é o seguinte: No gráfico que coloquei do Passivo, existe uma reducão abrupta da época de 2004/05 para a época 2005/06. EDIT/ Apesar de ter existido um resultado líquido positivo muito elevado devido à venda dos direitos TV que poderia explicar esta situacão, a SAD não recebeu dinheiro do Clube, pelo que é provável que a reducão se deva a uma operacão demasiado complicada para descrever aqui + emissão de accões que permitiram saldar dívidas de mais de 50M€ num espaco de um ano.
No entanto, as novas recomendacões para o cálculo dos R&Cs (um nome esquisito… IFRS) não reconhecem esta venda (a dos direitos de TV) e obrigam a SAD a colocar a operacão como fazendo parte do seu passivo, uma vez que, apesar de os ter vendido, a SAD ainda não recebeu qualquer quantia da parte do Clube (é lógico, o Clube não tinha 65M€ para dar à SAD). Assim, a partir já deste ano, julgo eu, a SAD vai passar a ter o seu Passivo contabilizado desta forma e é fácil de perceber que em vez dos 60M€ aproximadamente, o valor sobe mais 65M€ - 127,5M€ para ser totalmente exacto.
Como é que a SAD vai resolver este problema, não faco ideia. Uma vez que as contas têm estado equilibradas, penso que não haverá em princípio grande problema. No entanto, sei que existem problemas jurídicos associados quando uma sociedade tem uma má relacão activo/passivo, o que, com estes novos números, passa a ser o caso. Alguém mais habilitado que eu terá de explicar isto melhor.
Como já te disse, aguardo os teus números para tirar outras conclusões… os ‘meus’ constam dos Relatórios e Contas da SAD.
Vou responder-te por pontos, para que os outros que nos lêem também entendam as explicacões. Seja como for, concordo na generalidade com a tua avaliacão da evolucão da SAD.
1. “(…) O dinheiro das quotas fazia parte das contas do Sporting clube e não da Sad (…)”
Não. O Clube recebe as quotas e transfere 75% desse valor para a SAD. Ou seja, o que consta no gráfico descritivo das receitas corresponde a 75% das quotas recebidas pelo Clube Sporting. Esta relacão está contratualizada entre a SAD e o Clube Sporting.
2. “(…) no gráfico das receitas não vem contemplado os números de merchandising e serviços prestados pelo clube? (…)”
A tua pergunta é difícil de avaliar, uma vez que a informacão disponível não é muita. Ainda assim, sabem-se algumas coisas importantes:
Em relacão ao Merchandising:
Royalties - A SAD tem um contrato com a TBZ de cedência de exploração comercial, em regime de exclusividade da marca Sporting. O Clube tem direito a receber da SAD 25% dos royalties relacionados com as vendas. Não consigo perceber se o merchandising está incluído neste item, mas tenho uma vaga ideia que é um item que pertence sobretudo ao Clube e não à SAD.
Em relacão à Prestacão de Servicos, eles são de 4 tipos e já constam do gráfico das receitas, mas eu deixo uma explicacão para os diferentes items obtida a partir do R&C mais recente que pode dar algumas luzes sobre o que está contido em cada item. Esta parte é complexa, por isso os não-interessados devem passar à frente ;D:
Direitos Televisivos - Foi celebrado em 2001 com a Olivedesportos, SA, em regime de exclusividade, um contrato sobre os direitos de transmissão televisiva para as épocas de 2001/2002 a 2007/2008. O pagamento dos direitos televisivos, por parte da Olivedesportos, é efectuado directamente à SPM (empresa do grupo Sporting). A Sporting, SAD debita a SPM por esse mesmo montante.
Patrocínios - A EDP é o patrocinador oficial da porta 4 através de um contrato por 4 épocas. Ficou estabelecido, nesse contrato, que a Sporting, SAD tem direito a uma parte desse patrocinio, pelo que debita a SPM por esse valor. Nos primeiros R&Cs este item é descrito como “Patrocínios”, nos R&Cs mais recentes já como “Patrocínios + Publicidade”
Royalties - Foi celebrado um contrato entre a Sporting Multimedia, o SCP e a Sporting, SAD, de cedência por 30 anos, de um conjunto de direitos a serem explorados através do site do Sporting. Como contrapartida desses direitos o SCP e a Sporting, SAD terão direito a receber, conjuntamente, 52,5% das receitas anualmente obtidas pela Multimédia, sendo que destes 15% são devidos ao SCP e 85% à Sporting, SAD.
Bilhetes de Época - Uma das componentes do preço defenido para os Camarotes e Business Seats é o Bilhete de Época, sendo esta receita da Sporting, SAD. Assim, é efectuado uma débito pela Sporting, SAD à SPM correspodente ao valor de Bilhete de Época incluido nas vendas Lugares Especiais.
Caso não tenham percebido, não se coíbam de perguntar que eu tento esclarecer.
Os teus numeros vêm do relatorio e contas da SAD mas englobam receitas extraordinárias como a de vendas de jogadores e receitas de chegar à final duma taça UEFA e apuramento directo pra liga dos campeoes que um presidente sério do Sporting nao pode tomar essas receitas como certas todos os anos.
E mais uma vez pergunto se a gestao estava tao “equilibrada” pq é que o Dias da Cunha nos ultimos 2 meses de mandato vendeu tudo o q podia vender ao desbarato, nao dando ao Peseiro os jogadores que queria lembro-me por ex do Mossoró?
Tu para analizares as financas da SAD Sporting, tens de faze-lo excluindo receitas extraordinarias para se obter uma ideia fidedigna.
'celsus, há aqui uma dúvida que talvez possas esclarecer, ainda não tive tempo de analisar com cuidado os R&C antigos.
A venda dos direitos de transmissão foi feita para recapitalizar a SAD, novamente para cima do nível legalmente exigido. Ora essa venda não teve como contrapartida um pagamento (ficou como dívida do Sporting no activo da SAD), e do lado direito do balanço a mais-valia foi levada a resultados/capital. Ou seja, não devia ter tido qualquer influência no valor absoluto do Passivo. Sabes explicar ?
Quanto às IAS/IFRS ainda não percebi bem o esquema… se eles acharem que a venda é incobrável, anula-se o resultado (mais-valia da venda), por contrapartida de provisões, abatendo-se mais tarde o valor ao activo se assim se entender. Novamente, não deveria ter impacto no passivo…
Abraço e obrigado pelos gráficos
Sim, a operacão permitiu que o Capital próprio subisse para o nível legalmente permitido e sim, tens toda a razão… uma vez que esta operacão gerou apenas uma mais-valia contabilística instantânea sem ter existido um “real pagamento”, isso não deveria ter tido influência no Passivo. Mas quando olhas para o R&C de 2005 vês que diversas “dívidas a terceiros de curto prazo” foram saldadas ;), nomeadamente as “Dívidas a Instituicões de Crédito”, Fornecedores Conta Corrente", “Accionistas” e “Outros Credores” baixaram muitos milhões de euros (mais de 50M€ à vontade). Como coloquei este item no cálculo do Passivo, o mesmo baixou perante estas diferencas.
A interpretacão desta reducão no Passivo é de facto complicada de fazer e a única forma que vejo que a justifique é a reducão do capital social de 54M€ para 22M€ a 30 Junho 2004 (ou seja, 32,9M€ para cobertura de prejuízos) + 20M€ de emissão de accões a 31 Marco 2005, portanto, mais de 50M€ que podem justificar a reducão do passivo para níveis aceitáveis.
Creio ser isto a que te referes e se estiveres de acordo com esta interpretacão, edito a explicacão que coloquei sobre a reducão abrupta do mesmo. Sobre a IFRS, aconselho a leitura do último R&C ;).
Sim, agora me recordo que foi feita essa operação “harmónio”, que explicou a entrada de 20 M.€… mas a parte de 32,9 M.€ para cobertura de prejuízos não deveria, novamente, ter influencia no passivo. Já que tens aí a mão na massa, não consegues ver nenhuma redução de activo (alienação) que explique isso ? Digo, se ao total do activo expurgares os 60 M.€ da dívida do sporting, quanto foi a redução do activo, e em que rubricas ?
Pois, aqui tens de me ajudar, já que não encontro o porquê (é possível que tenham passado a contabilizar a coisa de forma diferente). Deixo em anexo o R&C (ver a página 17).
RC-2005.6.30.pdf (118 KB)
eu digo isso porque no ano 2007 o passivo foi de 127 milhões tal como está no relatório e contas, o de 2006 foi de 129. segundo o balanço que consta nos dois relatórios.
Já expliquei que isso se deve ao ajustamento da IFRS e esses valores só aparecem no R&C 06/07 corrigido IFRS.
Aliás, nesse relatório consta uma nota 32 que explica porque é que esse valor consta agora do Passivo:
a) Operação DE No âmbito do processo de transição para as IFRS, e nos termos da IFRS 1 - Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro, foi objecto de análise o tratamento contabilístico da operação de alienação da participação financeira de 100% detida pela Sporting, SAD na Desporto e Espetáculo, SA, à sociedade Sporting Comércio e Serviços, SA pelo valor de Euros 65.000.000. Esta operação gerou uma mais-valia de Euros 64 950 000 tributada, reconhecida nas demonstrações financeiras de 2004/2005, preparadas de acordo com o Plano Oficial de Contabilidade.Considerando as disposições previstas nas IFRS em termos do reconhecimento de réditos, foi necessário reequacionar o tratamento contabilístico desta operação. Face ao mencionado nos parágrafos anteriores, as demonstrações financeiras IFRS incluirão desde a data de transição (definida nos termos das IFRS como 1 de Julho de 2006) um ajustamento de transição pelo diferimento da referida mais-valia de Euros 64 950 000, antes reconhecida em base POC, líquido do respectivo efeito fiscal de Euros 17 211 750, pelo que os capitais próprios em base IFRS serão reduzidos, por este ajustamento, no montante líquido de Euros 47 738 250.
A minha dúvida é outra e resulta da leitura dos gráficos.
Como é que em 2004/05 o montante das “Receitas Outros (Royalties, etc.)” é tão elevado face à pouca expressão dos restantes anos. Aliás, quase que diria que é mais elevada nesse ano do que na soma dos restantes… 
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Essa é bem mais simples que a discussão do passivo. ;D
Incluí em “Outras Receitas” a operacão em que a SAD vendeu a ‘sua’ “Desporto e Espectáculo SA” a uma empresa do Clube Sporting. Esta operacão foi feita apenas uma vez, daí que este item não tenha correspondência nos outros anos.
Para que percebam do que trata esta operacão, vou citar o R&C de 2005 que penso ser bastante claro… avisem se tiverem dúvidas ainda assim:
No âmbito do processo de consolidação, reestruturação e reorganização económico-financeira a Sporting SAD cedeu, em finais do mês de Março de 2005, à DE – Desporto e Espectáculo, SA, sociedade na qual detinha 100% do seu capital: (i) os direitos televisivos e os direitos acessórios relativos às épocas desportivas de 2008/09 a 2018/19 e os créditos do contrato celebrado com a TBZ Marketing – Acções Promocionais, SA. Os direitos cedidos são-no a título exclusivo e irreversível, ficando a DE – Desporto e Espectáculo, SA como a única entidade com poderes para negociar com terceiros os direitos televisivos, os direitos acessórios e os créditos TBZ Marketing – Acções Promocionais, SA. A Sporting SAD atribui ainda à DE – Desporto e Espectáculo, SA o direito de preferência na celebração de contratos referentes a jogos particulares e que tenham por objecto a cessão de direitos televisivos. A globalidade dos direitos anteriormente referidos são cedidos sem contrapartida, cabendo à DE – Desporto e Espectáculo, SA suportar as despesas relacionadas com esses mesmos direitos, as quais foram fixadas entre 20% e 30% do valor das receitas objecto de comercialização.Por contrato celebrado em finais de Março de 2005 a Sporting SAD alienou a participação financeira detida na DE – Desporto e Espectáculo, SA à Sporting Comércio e Serviços, pelo montante de m€ 65 000. Esta operação gerou uma mais valia contabilística de m€ 64 950, a qual se encontra relevada nas demonstrações financeiras a 30 de Junho de 2005.