As aventuras de Toñito

Fonte: “O Jogo”

Toñito assinou pelo Rijeka

O antigo jogador do Setúbal, Sporting e Boavista, António Gonzalez, mais conhecido por “Toñito”, deixou o Tenerife para assinar um contrato com os croatas do Rijeka (I Divisão). O montante da transferência não foi revelado, mas segundo a Imprensa local, os vencedores da Taça da Croácia vão desembolsar cerca de 200 mil euros pelo passe do médio criativo. O jogador, que conta com 29 anos, torna-se desta maneira no primeiro espanhol a transferir-se para um clube da Croácia.

A seguir ao Chipre, a Croácia deve ser o novo El Dorado das vedetas da Liga portuguesa! :slight_smile:

O homem que na altura de Inácio, substituía sempre o Pedro Barbosa por volta dos 60-70 minutos.

Até tenho boas recordações do espanhol, depois entrou em decadência a sua carreira no Sporting.

E vai para o clube em que outro antigo leão, curiosamente da altura do Toñito, jogou no seu final de carreira: Petar Krpan!

E vai para o clube em que outro antigo leão, curiosamente da altura do Toñito, jogou no seu final de carreira: Petar Krpan!

Dois jogadores que nunca deviam ter vestido a camisola do Sporting :!:

o Krpan entao foi um verdadeiro barrete.Mais um de tantos.

Sobre o Krpan estou totalmente de acordo, agora sobre o Toñito não concordo! Foi-nos extremamente útil quando fomos campeões em 1999/2000. Aquela substituição à-la-Inácio: Aos 60 minutos, saía um desgastado Barbosa e entrava o irrequieto espanhol. Trouxe-nos muito sucesso!

Concordo com o Spittlau, e junto números:
Em 1999/00, jogou 35 jogos (27 campeonato, 6 taça, 2 europa), 1 golo (taça)
Em 2000/01 25 jogos (18+4+3), 2 golos (1+1+0)
Em 2001/02 35 jogos (28+3+4), 7 golos (5+0+2)
Em 2002/03 16 jogos (13+1+2), 3 golos (3+0+0)

Ou seja, pelos números parece-me ter sido importante nos 2 campeonatos conquistados e na 2ª melhor caminhada europeia dos últimos 5 anos (no ano de Mário+Marius+JVP).

Em 2001/02 35 jogos (28+3+4), 7 golos (5+0+2)

Nessa época ele esteve emprestado ao Santa Clara, não se sagrando campeão. Lembro-me até que o FCP perdeu nos Açores com um golo dele.

Em 2001/02 35 jogos (28+3+4), 7 golos (5+0+2)

Nessa época ele esteve emprestado ao Santa Clara, não se sagrando campeão. Lembro-me até que o FCP perdeu nos Açores com um golo dele.


No ano em que quebrámos o jejum todos se recordam da clássica substituição “sai Barbosa entra Toñito” aos 65 minutos, mas bem que me estava a custar visualizar o Toñito na equipa campeã em 2002, para mais jogando tantos jogos. Afinal estava nos Açores, já nem me lembrava disso.

O valor que pagámos por ele (400 mil contos) hoje até dá vontade de chorar, mas não considero o Toñito das piores aquisições que fizemos nos últimos anos. Mas isto sou eu, que gostava do Krpan… :smiley:

PS- O Hanuch também não jogou um ano no Santa Clara, ou estou a fazer confusão?

Jogou. Quer dizer, pelo menos esteve no Santa Clara, quanto a jogar já não estou assim tão certo! Esteve lá na mesma altura que o Toñito mas lembro-me que passou muito tempo lesionado.
Já agora, sabem por onde anda actualmente o “El Turco” que tanta concorrência disputou entre nós e os periquitos? Na 3ªdivisão do Brasil… Grande flop

Erro meu! Erro meu! Transcrevi mal os dados do http://www.sportingdb.com/

Repito agora, com os valores corrigidos:
Em 1999/00, jogou 35 jogos (27 campeonato, 6 taça, 2 europa), 1 golo (taça)
Em 2000/01 25 jogos (18+4+3), 2 golos (1+1+0)
Em 2001/02 esteve no Santa Clara
Em 2002/03 35 jogos (28+3+4), 7 golos (5+0+2)
Em 2003/04 16 jogos (13+1+2), 3 golos (3+0+0)

Toñito gostava muito dele,mal aproveitado.Deveria ter tido mais oportunidades mas nessa altura tambem tihamos um meio campo de grande qualidade mas ainda fez uns bons jogos na altura, o foculporco tambem o queria.Fez uma grande época em Setubal.

https://twitter.com/Sporting_CP/status/1157970918364372994?s=20

«JOGAR SEM PÚBLICO NÃO NOS TIROU A CONCENTRAÇÃO»

FUTEBOL 12:23

Por
Rogério Azevedo

O espanhol Toñito, 43 anos, jogou no Sporting no princípio dos anos 2000 e, a 3 de outubro de 2002, teve oportunidade de jogar, pelos leões, no Estádio do Partizan de Belgrado, com capacidade para 32 mil pessoas. Porém, devido a problemas nas bancadas durante o Partizan-Bayern, da 3.ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões, o jogo realizou-se à porta fechada.

O Sporting perdera em casa, na primeira-mão, por 1-3, e precisava de, em Belgrado, inverter a desvantagem para seguir para a 3.ª eliminatória da Taça UEFA. Toñito recorda-se muito bem desse jogo. «Foi um dos melhores da minha carreira», diz o antigo leão, «pois fiz um golo [0-1 aos 13] e a assistência para o 3-1 [Contreras, aos 82] que empatava a eliminatória e levava o jogo para prolongamento».

O rapidíssimo médio de ataque, então com 25 anos, lembra-se muito bem da ausência de sons vindos das bancadas: «Foi um jogo inabitual por causa das bancadas que estavam vazias. Ouvia-se muito o eco dos jogadores a falarem entre si e das pancadas que dávamos na bola. Não estava habituado aquilo, nem sequer vira um jogo assim, sem público. A verdade é que jogámos 120 minutos sem espectadores e esse jogo ficou, por diversas razões, na minha memória. Por ter sido um dos meus melhores e ainda por ter sido disputado sem público.»

Foi a única experiência assim na carreira do jogador espanhol. «Que me lembre, sim», avança. «Julgo que o Partizan estava a cumprir um castigo da UEFA e o jogo foi realizado à porta fechada. Tive jogos em que estava muito pouco público nas bancadas, mas como aquele, de facto, não tive mais», explicou.

Toñito acha, no entanto, que não valorizou demasiado o jogo ter-se realizado sem ninguém nas bancadas: «Quando estás na alta competição, não dás por certas coisas. Tivemos um primeiro jogo em Alvalade muito fraco e precisávamos de fazer o jogo das nossas vidas para continuar na Taça UEFA. Jogar sem público não foi algo que nos tirasse a concentração, pois estávamos totalmente focados em ganhar por dois golos de diferença, pelo menos. Tínhamos de fazer um jogo quase perfeito e quase conseguimos. Tivemos apenas um pouco de azar na parte final [3-1 para 3-3 no prolongamento].

O agora treinador diz, mesmo assim, que houve alturas em que o Partizan-Sporting chegou a parecer um jogo a feijões. «Faltava aquela sensação de jogo de competição europeia, de jogo a doer, por vezes assemelhou-se a um jogo-treino, por causa da ausência de barulho vindo das bancadas», recorda. «Costumávamos jogar com o Estádio de Alvalade cheio e, de repente, chegámos a Belgrado e as bancadas estavam desertas. Foi estranho, sim, mas nada mais», desmistificou. «Aliás», diz, «não foi por causa da ausência de público que acabámos eliminados; faltou, sim, algo essencial, que são os adeptos na bancada.»

Toñito diz que Laszlo Boloni, treinador acabadinho de sagrar-se campeão pelo Sporting na época anterior, nem sequer valorizou muito o facto de o jogo se realizar à porta fechada. «Que me lembre, não falou do tema, pois a sua única ideia era virar a desvantagem que levávamos de Lisboa», começou por relembrar. «Boloni era muito competitivo e preparou o jogo ao detalhe, mas, que me lembre, nunca se focou nas bancadas vazias. Pediu-nos apenas máxima concentração e, claro, um grande jogo.»

Estranho, para Toñito, foram apenas os primeiros momentos em que se ouviam, sobretudo, as ordens dos treinadores. «Ouvia-se tudo», esclarece, «desde as palavras dos treinadores, aos gritos de colegas e adversários e ainda alguns pequenos sons vindos das bancadas, não sei de quem». O antigo leão aponta os jogadores que poderão sentir mais a ausência de barulho vindo das bancadas: «Quando estás no relvado, a não ser que jogues junto à linha lateral, estás tão concentrado que nem dás pelo ruído que possa vir das bancadas. É quase como um treino. Estás habituado a ouvir bem as indicações do treinador e, num jogo à porta fechada, passa-se o mesmo. Não é preocupante nem te desconcentras. É mais fácil para os treinadores darem ordens e para os jogadores é mais fácil ouvi-las.»

Agora, porém, em Portugal, como em todos os países, não será apenas um jogo à porta fechada. No caso português, serão dez jornadas. Ou seja, 90 jogos. «Um jogo ou outro, ok, não faz mal», antevê, antes de concretizar: «Mas dez jornadas é muito. O jogo de Belgrado era muito especial para nós, como serão estes dez para as equipas portuguesas. Mas são dez vezes mais jogos à porta fechada. Num momento essencial e todos consecutivos e decisivos. A concentração dos jogadores terá sempre de estar no máximo. Um ou outro jogo poderá ser mais complicado, sobretudo para os clubes que estão acostumados a ter mais gente nas bancadas, ou seja, aqueles que, em princípio, lutarão pelo título. São demasiados jogos sem ninguém a torcer e sem sentir o alento dos adeptos. Julgo que acontecerão muitas coisas inabituais.»

A Bola