Regras no andebol vão mudar: confira as quatro alterações, apenas duas obrigatórias
Regras no andebol vão mudar: confira as quatro alterações, apenas duas obrigatórias

Numa ação destas, se a bola, que poderá ter resina ou não, for à cara do guarda-redes, o rematados será excluído
Fotografia: EPA
Rui Guimarães
14 Junho 2022 às 22:11
TÓPICOS
Haverá mudança de regras para a temporada de 2022/23, ou seja, a partir de 1 de julho. São quatro e uma tem a ver com uma nova bola
A próxima época vai trazer algumas mudanças de regras, propostas por um comité próprio para o efeito e aprovadas em assembleia geral da IHF (Federação Internacional de Andebol). São quatro as alterações, apenas duas totalmente obrigatórias. Começando pela não vinculativa, passará a haver a possibilidade de se jogar com bolas sem resina, mais pequenas e leves.
RELACIONADOS
Andebol. Kiko Costa trocou o FC Porto pelo Sporting: “Foi uma aventura vir para Lisboa”
Andebol. FC Porto reforça críticas e fala em Taça de Portugal “sonegada”
“Ninguém será obrigado a mudar, cada país e cada prova dentro de cada país decidirá com quais joga. Nós ainda vamos jogar com as bolas com resina, até porque temos contrato com a Select”, explicou a O JOGO Pedro Sequeira, que, entre outros cargos, é vice-presidente da Federação portuguesa (FAP) e membro da comissão de métodos da Federação Europeia de Andebol (EHF).
A outra mudança, esta apenas para alguns obrigatória, tem a ver com o passe de saída, que deverá ser feito num círculo com quatro metros de diâmetro. Havendo recintos com marcações para futsal, que também têm esse circulo, embora maior dois metros, poderá, pelo menos de início, vir a ser algo confuso.
Tornar o jogo ainda mais rápido, evitar paragens desnecessárias e proteger a integridade física dos guarda-redes são conceitos na base das alterações decididas pela Federação Internacional de Andebol
“Admito que sim”, disse Sequeira. “O objetivo é evitar paragens desnecessárias do jogo por parte dos árbitros e torná-lo mais rápido”, explicou, acrescentando: “Em Portugal, apenas os clubes da I Divisão, quer masculina, quer feminina, estão obrigados a jogar com essa nova regra”.
Uma das leis mais discutidas de sempre, por ter uma componente subjetiva, é a do jogo passivo. Continuará a ser a interpretação dos árbitros a ditar essa penalização, mas a regra dos passes veio ajudar. E, se antes havia a possibilidade de seis passes após a respetiva sinalética [levantar do braço], agora passarão a ser apenas quatro, sendo a equipa obrigada a rematar na quarta ação.
Por fim, para proteção da integridade física dos guarda-redes, todos os jogadores que lhes acertarem com a bola na cabeça em espaço livre - sem adversários pela frente, sem terem sido tocados ou importunados na sua movimentação -, serão punidos com dois minutos de exclusão. Antes, tal só acontecia nos livres de sete metros.
Famoso 7x6 continua válido
Outra regra que deu muito que falar, a da possibilidade de retirar o guarda-redes e jogar com sete atletas de campo, o famoso 7x6, continuará em vigor. Alguns agentes da modalidade previam o seu desaparecimento, mas, pelo menos por quatro anos, nada se deverá alterar. “Não é uma obrigatoriedade, mas as regras, geralmente, mudam-se no ano a seguir aos Jogos Olímpicos”, lembrou Pedro Sequeira, também cronista de O JOGO.
As quatro alterações
Bolas sem resina podem ser usadas
A partir de 1 de julho, poderão ser utilizadas bolas sem resina, que serão mais pequenas e leves.
Jogo passivo ao fim de quatro passes
Apenas passarão a ser permitidos quatro passes, em vez dos atuais seis, após a sinalética [braço no ar] de jogo passivo.
Proteção dos guarda-redes
Todos os jogadores que rematarem à cabeça do guarda-redes tendo espaço aberto, ou seja, sem defensores pela frente, sem terem sido tocados ou atrapalhados na ação, levarão dois minutos de exclusão.