Eu fui…8)
Como espectáculo foi memorável. Jagger estava em super-forma (curiosamente logo a seguir teve que adiar o concerto em Valladolid por causa de uma laringite), e os outros não lhe ficaram muito atrás, se bem que o Keith Richards estava um pouco mais zombie que o habitual. Quem olha para ele fica com a sensação que apenas lhe sobra o resíduo de consciência estritamente necessário para tocar a guitarra. Mas toca-a, e como!
O alinhamento não foi totalmente do meu agrado. Penso que bandas como os Stones devem assumir a sua condição de peças arqueológicas. O público vai lá para ouvir as músicas emblemáticas, e por isso devia evitar-se a perda de tempo a promover cançonetas menos inspiradas dos novos álbuns ou a revisitar temas mais obscuros do passado. No Porto ficaram por tocar “Under My Thumb”, “Paint It Black”, “Angie”, “Fool to Cry”, “Wild Horses” ou “Gimme Shelter”… Mas paciência, eram os Stones que ali estavam, e estavam em grande.
Fica uma pequena reportagem fotográfica, condicionada pela fraca qualidade da câmara do meu telefone.
Tocavam os Dandy Warhols.
Naquelas galerias laterais estava o pessoal dos backstage passes.
Sequência do momento mais original do espectáculo. Um mini-palco móvel destacou-se do palco principal e entrou pelo relvado dentro.
Enquanto a acção se desenrolava no meio do relvado, no palco principal preparava-se um número insuflável “à Pink Floyd”.
“Sympathy for the Devil”. O concerto já estava quase a acabar…
A noite fechou com um apoteótico “Satisfaction”.
PS- Foi também a primeira vez que entrei no estádio do Porto, e gostei muito. É muito elegante e sóbrio. Mas penso que, à excepção da luminosidade, que é fantástica (os materiais claros ganham de goleada ao cimento cinzentão), o Dragão, como estádio de futebol, perde para o nosso, que tem uma acústica superior e umas bancadas que “oprimem” muito mais o relvado.