Ora, cá vamos nós outra vez (estou a brincar, os intervenientes são diferentes, o debate é que é sobre o mesmo assunto)…
Eu venho propor outra coisa: E que tal uma estátua na capital do País em homenagem aos fumadores e aos seus impostos? Vai em quanto anualmente? Novecentos milhões? Mil milhões? Há uns 4 anos eram cerca de mil e quatrocentos milhões. Bravo! 
Ora, todas as coisas que me chateiam e colocam a minha vida em perigo… Automóveis que não param nas passadeiras, automóveis que estacionam mesmo antes das passadeiras impedindo a visibilidade, pessoal que conduz (poluição), pessoal que não recicla, pessoal que gasta água a mais, pessoal que gasta energia a mais (e obriga à queima de carvão), vegetarianos (impacto ambiental do cultivo de vegetais), omníveros (pegada ambiental - as vaquinhas, os porcos, os frangos e os perus ocupam espaço e devassam campos para a sua alimentação), todos os que vão à casa de banho em cidades sem tratamento de esgotos… e se for necessário, posso continuar horas.
Inclusive todos aqueles que tenham um doença, que potencialmente possa levar à morte de outro por contaminação (como a simples gripe) devem ser proibidos de estar junto de todos os saudáveis!
Já agora, vamos banir os seropositivos que tenho de atender. Afinal, podem contaminar-me. Vamos ser radicais a esse ponto. Vamos abolir também os toxicodependentes. Quem gosta de os aturar? Ou não, porque só trabalha com essas populações quem quer. E nem recebem, subsidio de risco! Que se lixe. Fazem-no porque querem, fossem para direito ou contabilidade. Vamos é banir o fumo, porque “incomoda”. E porque põe a saúde dos portugueses em risco. Sabem o que é que provoca cancro, logo põe a saúde em risco: sair de casa! Vamos proibir o sol!
Como já devem ter percebido, eu fumo. Sou um “agarrado”, um viciado, um… o que quiserem, já ouvi muita coisa semelhante. Também sou suficientemente “livre” para passar sem fumar 10 ou 12 horas enquanto faço uma viagem de avião. Ou quando estou doente. Ou durante as horas em que conduzo o meu automóvel. Ou, e era aqui que queria chegar, quando vou a um restaurante, pois sei que é incomodativo para as outras pessoas. Pois é, os meus pais deram-me educação. Suficiente para eu saber estar.
Agora não me lixem, eu fumar o meu cigarro em frente a um edifício, ao ar livre, não é crime! Não sou criminoso! E não chateio ninguém, pois não me vou enfiar onde estão outros. Se outros vierem “para cima” de mim (salvo seja), devo eu ser banido, ostracizado, incomodado? Devo eu apagar o cigarro? Devo ser proibido? Não venham, há mais passeio, há mais rua, há mais espaço sem ser aquele.
Querem criar espaços diferenciados? Óptimo, criem. Querem pôr uma bancada para fumadores? Ponham. Será preciso pagar mais. Ok, já estou habituado. Já estou habituado a pagar 80% de imposto em quase tudo. Também estou habituado a pagar para chulos andarem a jogar poquer com dinheiro escondido em offshores (pelo qual não pagam impostos e ainda recebem “ajudas”, pois os desgraçados não têm emprego) , enquanto aguardam (em liberdade) por julgamentos (demorados) pelas suas ilegalidades. E depois, ainda continuaram em liberdade, pois a justiça em Portugal é assim. E recurso, e recurso, e recurso. Mas vamos engaiolar os fumadores.
Vamos multá-los até eles ficarem sem cuecas. Até porque mais ninguém paga multas neste país. Mas os fumadores é que são culpados de tudo. Quando forem assim e fizerem esses discursos em relação a tudo o resto, venham falar comigo de fumos e cigarros. Até lá… Vou continuar a fumar ao ar livre, em espaços que mo permitiam (não vou a espaços que banem fumadores, mesmo que acabe por não fumar). Quando mo proibirem, fumo em casa, compro tabaco no estrangeiro ou no “dealer” local. E começo a fugir aos impostos, porque isso já é boa educação. E a cuspir para o chão, ou mandar a pastilha para o passeio. Os “tugas” gostam muito disso. E berrar em tudo quanto é lado (raio de povo, não sabe falar baixo).
Gostam. Chama-se “fixação oral”! Qual será a tua? Ora temos a oral, a anal… 