A Praxe

Acho as praxes rídiculas sinceramente. Ainda bem que não me meti nisso e até tenho pena quando vejo os caloiros a serem humilhados.
O objectivo das praxes devia ser a «integração» do novo aluno e acredito que isso maioritariamente não acontece… Mas também estou por fora e não sei, só pelo que me dizem.

São todos (ou pelo menos a maioria) de Medicina Dentária… A “chefa” da minha manada é a Dr. Madalena Cabral (quintanista) ::slight_smile:
Hoje então só andámos a escrever o hino da manada e as canções para os confrontos :lol:

Eu digo-vos que gostei bastante mais de ser praxado do que de praxar.
Tive a sorte de ter entrado no curso com as melhores praxes da Universidade de Évora e também da Universidade ter uma grande história, e de lá se ter um grande espirito académico. Sinceramente nunca vi nada que fosse verdadeiramente humilhante numa praxe, mas acredito que haja, há gente estupida em todo o lado…
No caso da minha turma acho que foi extremamente benéfico na integração do pessoal, mas teve custos porque durante o primeiro mês de aulas não fomos a praticamente nenhuma. Isso foi o pior de tudo, e isso achei muito mal. Hoje em dia a Universidade de Évora tem aulas obrigatórias o que neste ponto acho muito benéfico porque permite que se acompanhem as aulas e que as praxes durem menos tempo, o que facilita a vida a quem praxa e a quem é praxado e faz as coisas muito mais interessantes (1 mês e mais qualque coisa a ser praxado´, ou a praxar todos os dias é dose).
Como em tudo o que é necessário é existir equilibrio, e bom senso, quem quer ser praxado é, quem não quer não é. As praxes para quem gosta são um momento único na vida e em que quer queiramos quer não estabelecemos muitos laços de amizade e em que são passados os valores do Curso e da Unversidade.

São talvez o principal responsável por existir uma ligação entre o aluno e a Universidade, mas claro está ter aulas no Colégio do Espirito Santo ajuda em muito (como no caso de Coimbra ainda em maior escala, e outros exemplos haverão) a termos um respeito enorme pela instituição.

É uma pena o estado financeiro em que as Universidades se encontram, e em especial a de Évora que está muito mal, esperemos que se recupere e que dê ao mundo excelentes profissionais e homens e mulheres capazes.

Entraste em que curso e em que ano, romero?

Entrei em Economia em 2004. Também lá andaste?

Para ti Mr Virus, só te digo isto: :clap: :clap: :clap: :clap:

Tb gostei das minhas praxes desde as proprias praxes, às saídas dps a nte, festas, bubas, baptismo etc pq as praxes não só andar a rastejar, sujar,etc mas sim tb beber, convivio, gaijas ;D

Informática, 2000. Mas depois entrei na segunda fase em lisboa, tal como está no meu post

As praxes são tudo isso, de facto. O rastejar, sujar etc, acaba por ser só uma fase inicial. :beer:

Tambem eu “sofri” na pele a praxe de Évora no distante ano de 92, realmente ser bixo foi terrível mas a nível de integração foi porreiro, se existe coisa que não me esqueço foi a praxe de curso organizada pelo 3º ano, teve de tudo, foi especial e acabou numa valente jantarada nem me lembro onde.

Para que fique registado nessa altura (1992) só era permitido praxar a quem tivesse a 3ª matrícula, assim o pessoal do 2º ano acalmava a passarinha e depois no 3º ano a coisa era mais “profissional”, sempre achei esta medida a melhor de todas.

O meu curso era Matemática (ramo ciêntífico)

Neste momento estou a viver o meu ano de caloiro e para já tenho a dizer que tenho gostado bastante.
Pelo menos na minha praxe os valores da rpaxe são ali sempre lembrados e incutem nos valores como a União, repeito e o amor pelos curso.
É dura fisicamente, estou na praxe até as 8 da noite mas sinceramente nem me importo, porque graças a praxe conheci colegas caloiros, conheci também as pessoas que estavam a praxar que sempre se mostraram disponiveis para me ajudar, quer a encontrar casa quer em apontamentos e isso! Para mim que foi de bragança para braga é muito importante, até agora nunca estive sozinho, perdido na universidade, ainda não senti grande falta de casa, porque a praxe ajudou me a integrar dentro da propria universidade.
Sou 100% a favor da praxe, mas também é verdade é que tenho estado a ser muito bem praxado.

tavas com a mado? lol ela é do meu ano :wink: e ja foi da minha turma. e entao curtiste a semana ou nao?

Em Évora ainda hoje é assim, assim como trajar, apesar de no 1 de Novembro já deixarem por 1 dia os do segundo ano trajar.

A quinta-feira (dia das justas) e hoje (dia do juramento) foram os melhores dias :victory: :victory:
Adorei, entrei completamente no espírito académico. É uma grande sensação ser bicho e hoje ter passado a caloiro com os doutores todos a congratularem-me :clap: ;D

lol eu avisei que o 1º dia nunca gostavas. qual era o teu nome de praxe?

“filho do mar” :inde: porque o meu adereço era uma bóia :lol: :lol:

Vou desenterrar este tópico porque entrámos numa nova altura de praxes, e como já existia, não fazia sentido abrir outro.

Nunca passei por tal coisa nem vou passar este ano, só para o próximo se correr bem.

No entanto, o conceito actual de praxe revolta-me bastante. Integrar pessoas não é humilhar. No entanto, o que assisto, o que vejo, é uma humilhação, é a maneira dos “veteranos” se impôrem e quererem ser superiores á miudagem que entra. É também a maneira de descarregarem as frustrações de uma vida ainda curta.

E depois é incrível como desprezam quem se declara anti-praxe.

Desprezam alguém que se recusou a rebolar num lago de merda. Isto tem cabimento?

Sou totalmente contra este tipo de praxes. Se querem integrar, organizem jantares, almoços, etc…Não se integra humilhando. Ou então façam praxes decentes. Não ponham as pessoas a gritar merda, a fazer merda no meio da rua perante o olhar chocado da sociedade (para mim é inconcebível que uma actividade destas transcenda os limites do espaço universitário). Não abusem das raparigas como já tantas vezes fizeram com alguns casos a acabar em tribunal. E outros a acabarem em mortes. Isto para mim, num país que se diz civilizado, é uma vergonha.

As praxes deviam ser uniformizadas, deveriam ter padrões iguais em todo o lado, com limites iguais em todo o lado e com certificação de que esses limites não eram ultrapassados. Aplaudo aqueles que as sabem organizar sem humilharem os “caloiros”. Repudio aqueles que só lá estão para diversao própria e para por momentos abusarem de alguém e sentirem-se superiores. Esses, p*ta que os pariu.

Bom post, com o qual concordo na sua totalidade. Estou no 4º ano da faculdade, e apesar de já ter sido praxado, nunca praxei nem tenho intenções de o fazer.

Tive em duas faculdades. No ISEG ainda fui praxado (embora não tenha ido a todas as actividades, mas fui e podia trajar), já em Setúbal não fui porque sinceramente me diz muito pouco. Não acho piada nenhuma à maioria das praxes, que normalmente são recheadas de brincadeiras parvas que podiam bem servir de integração a um ensino básico. Aliás, eu digo que há muita gente que quando chega à faculdade regride 3 ou 4 anos e em vez de se tornarem mais adultos, tornam-se mais crianças. Mas cada um sabe de si e não tenho nada contra quem é um defensor “no matter what” das praxes.

As famosas praxes é um pau com dois bicos.

Se forem bem aplicadas penso que não tem mal nenhum, é uma espécie de jogo de integração. Falo em camisolas e caras pintadas, gritos de guerra, musicas entoadas em coro, e alguns jogos.
A minha irmã quando entrou para a faculdade aceitou ser praxada e acho que fez muito bem porque foram coisas engraçadas como por exemplo andar de cara pintada e a cantar na Praça do Bocage em Setubal :mrgreen: nada de praxes discriminatórias ou humilhantes. Não é só a integração, é um pouco o espirito académico.

Claro que há sempre quem abuse e aproveite as praxes para descarregar frustrações e isso inflizmente não acontece apenas nas faculdades. Eu tenho o caso de um primo que quando foi para a tropa foi obrigado a fumar pêlos do rabo enrolamos numa mortalha, nojento mas é a mais pura das verdades :sick:
Isso não são praxes de integração, é apenas o abuso de poder por parte dos mais velhos seja na faculdade, na tropa, nos bombeiros… enfim em todo o lado.

Cada um é livre de escolher se é praxado ou não e não tem de ser discriminado por isso. Eu por exemplo espero conseguir entrar na ESDRM para o ano e vou aceitar ser praxada porque acho que faz parte e acaba por ser engraçado mas tudo até um certo limite pois se vir que há coisas que eu não quero fazer, eu não o vou fazer com medo da discriminação. O espirito académico é importante e as amizades também mas o mais importante para mim é o que vou fazer durante aqueles 3 anos de curso. Acho que quem sofre de abusos deve participar esses acontecimentos ou então rejeitarem sem medo de ser discriminados pelos mais velhos.