“Procura beneficiar as empresas”. Em que história leste isso? Não inventes…
As empresas portuguesas vivem asfixiadas por este governo. A maioria dos foristas daqui, “sábios” como sempre, têm uma tendência orgásmica para confundir direita com ultra-liberalismo económico e laissez-faire no seu melhor. Muitos, diria quase todos, dos grandes defensores do mercado livre, do liberalismo económico, são mais anti-socialistas, ou seja, presença de estado forte, do que propriamente defensores do mercado não socializante. Vejam o caso de Friedman. Sempre que ouvia falar em Serviço Nacional de Saúde quase que lhe dava um AVC.
O Medina Carreira já avançou com várias soluções, tentativas de contrariar este portuguesismo político. Não falem do que não sabem. O último capitulo do livro “O dever da Verdade” é isso mesmo, ou seja, soluções para os problemas que ele identifica ao longo de 130 páginas. Entre outros, fica uma, a mais importante: não asfixiar o principal agente económico de qualquer Economia, isto é, as empresas. As empresas são o motor do desenvolvimento nacional e não podem estar constantemente sobrecarregadas de impostos.
Em Portugal, especialmente, nunca houve ideologia na criação e aplicação de políticas, seja na vertente social ou económica. O que existe é uma politiquice total, com medidas criadas para suprimir os efeitos - e nunca os prevenir - da crise que, desde sempre, vivemos.
Além disso, em jeito de conclusão, para quem sabe um pouco da nossa história, sabe muito bem que sempre cometemos erros gravíssimos e infantis na condução do país. Com o tecido empresarial composto por 90% de PME’s, devemos ser o único país do mundo, nestas circunstâncias, a não possuir uma política clara para as PME’s, sendo estas englobadas no chamado market share empresarial global, ou seja, é tudo igual, não há especificidades entre empresas.
Aumenta o salário mínimo em não-sei-quantos-porcento para depois veres as empresas, que mal conseguem pagar os impostos e as matérias primas, a colapsar, engrossando a taxa de desemprego em não-sei-quantos-porcento.
Essa agregação gigantesca, pela via da nacionalização, de que falas (PARACELSUS) é ilusória. Todos sabemos que é extremamente difícil garantir a sustentabilidade de empresas públicas, excluindo do sistema bancário.
Mais do que ver pela Esquerda ou pela Direita, há que ter em conta as circunstâncias do país, as especificidades da economia, e as necessidades mais básicas do povo. Podes ter a certeza que nacionalizar não iria resolver absolutamente nada.
Capitalismo? Sim. Capitalismo regulado, supervisionado? Sim, claro! O sistema capitalista, tal como todos os outros, é gerido e dirigido pelo Homem. O Homem é um ser ganancioso, portanto, exige-se supervisão e responsabilização…severa!!
A ESQUERDA, ideologicamente falando, viu o seu apogeu no New Labour de Tony Blair. Uma Esquerda moderna, aberta à constante evolução do mundo, cortando com dogmas do passado que não serviam ninguém a não ser ás bases partidárias, impossíveis de alterar, conservadoras do ponto de vista evolutivo. No Reino Unido, a direita (Os Conservadores) terão que seguir, obrigatoriamente, a via da Esquerda de Tony Blair, isto é, modernizar a sua base ideológica, dando mais atenção à causa social e à obrigatoriedade de ter um Estado presente na Economia, apenas servindo como regulador.